dado a cada caso em particular. Isso facilitará o seu raciocínio tornando os estudos
mais agradáveis.
Como o objeto dos nossos estudos no presente livro é a empresa industrial e, mais
precisamente, a função de produção desse tipo de empresa, nosso enfoque estará
sempre voltado ao custo de fabricação, embora outros aspectos importantes também
sejam tratados.
Não restam dúvidas de que um dos obstáculos enfrentados pelos estudantes de
custos está em saber diferenciar um gasto quando ele representa despesa e quando ele
representa custo.
Essas duas palavras (despesa e custo), embora, quando utilizadas pela
contabilidade de custos tecnicamente representem coisas diferentes, quando utilizadas
na nossa linguagem comum ou integrando terminologias de outras profissões, em certos
casos, podem representar coisas semelhantes.
Todas as vezes que a empresa industrial pretende obter bens, seja para uso, troca,
transformação ou consumo, ou ainda utilizar algum tipo de serviço, ela efetua gastos.
Esses gastos podem ser efetuados à vista ou a prazo.
Quando, por exemplo, no momento da obtenção do bem ocorre o respectivo
pagamento, dizemos que o gasto foi pago à vista, pois houve desembolso de numerário
no momento da sua consumação. Se, no entanto, no momento da compra não ocorre
pagamento, o qual deverá ser feito posteriormente, dizemos que o gasto ocorreu para
ser pago a prazo, pois não houve desembolso de numerário no momento da compra.
O desembolso, que se caracteriza pela entrega do numerário, pode ocorrer antes
(pagamento antecipado), no momento (pagamento à vista) ou depois (pagamento a
prazo) da consumação do gasto. Entretanto, ele não interfere na classificação do gasto
em investimento, custo ou despesa.
Os gastos que se destinam à obtenção de bens de uso da empresa (computadores,
móveis, máquinas, ferramentas, veículos etc.) ou a aplicações de caráter permanente
(compra de ações de outras empresas, de imóveis, de ouro etc.) são considerados
investimentos.
Consideram-se ainda investimentos os gastos com a obtenção dos bens destinados
à troca (mercadorias), à transformação (matérias-primas, materiais secundários,
materiais auxiliares e materiais de embalagem) ou consumo (materiais de expediente,
higiene e limpeza), enquanto esses bens ainda não forem trocados, transformados ou
consumidos.
Quando os gastos são efetuados para a obtenção de bens e serviços que são
aplicados diretamente na produção de outros bens, esses gastos correspondem a custos.
Quando os bens, que serão aplicados no processo de fabricação, são adquiridos
em grandes quantidades, no momento da compra serão estocados e, por esse motivo,
classificados como investimentos. Esses bens somente deixarão de ser investimentos
para serem classificados como custos a partir do momento em que forem retirados dos