Convite à Filosofia
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vi Lembremos que o movimento, kinesis, é toda e qualquer alteração ou mudança experimentada por um
ser: mudança de qualidade e quantidade, mudança de lugar; nascer e morrer. O Primeiro Motor (o divino)
é Imóvel porque perfeito, jamais submetido a qualquer tipo de movimento, sempre idêntico a si mesmo.
Os seres mudam (movem-se) para realizar todas as alterações e, um dia, deixarem de mover-se.
vii Ver Unidade 2, especialmente o capítulo 4, e também a Unidade 3, especialmente o capítulo 3.
viii A palavra transcendental vem do vocabulário medieval, significando: aquilo que torna possível
alguma coisa, a condição necessária de possibilidade da existência e do sentido de alguma coisa. Ao falar
em Sujeito Transcendental, Kant está afirmando que o sujeito do conhecimento ou a razão pura universal
é a condição necessária de possibilidade dos objetos do conhecimento que, por isso, são postos por ele.
ix Kant, como já vimos, emprega a palavra crítica no sentido de condição de possibilidade. A crítica da
razão é o estudo das condições de possibilidade do conhecimento e da ação moral.
x Lembremos que a palavra epistemologia é composta de dois termos gregos: episteme, que significa
ciência, e logia, vinda de logos, significando conhecimento. Epistemologia é o conhecimento filosófico
sobre as ciências.
xi Arquitetura, pintura, escultura, gravura, música, dança e cinema.
xii A palavra autônomo vem do grego: autos (eu mesmo, si mesmo) e nomos (lei, norma, regra). Aquele
que tem o poder para dar a si mesmo a lei, a norma, a regra é autônomo e goza de autonomia ou
liberdade. Autonomia significa autodeterminação. Quem não tem a capacidade racional para a autonomia
é heterônomo. Heterônomo vem do grego: hetero (outro) e nomos; receber de um outro a lei, a norma ou
a regra.
xiii Aristoi, do grego, os melhores. Essa palavra referia-se àqueles que realizavam de um modo excelente
os valores gregos da coragem na guerra, da beleza física e do respeito aos deuses. São a elite ou a classe
dominante.
xiv Na Antiguidade, família não era o que é hoje para nós (pai, mãe e filhos), mas era uma unidade
econômica constituída pelos antepassados e descendentes, pai, mãe, filhos, genros, noras, tios e
sobrinhos, escravos, animais, terras, edificações, plantações, bens móveis e imóveis – pessoas e coisas
eram propriedades do patriarca (despotes ou pater-familias).
xv Os termos compostos com cracia são: autos, eu mesmo, eu próprio, si mesmo; aristos, o melhor, o
mais excelente; demos, o povo.
xvi Título dos imperadores romanos de Augusto (63 a.C.-14 a.C.) a Adriano (76-138). [Nota de Pausa
para a Filosofia.]
xvii Mt 16.18-19: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra,
terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra, terá sido desligado nos céus.” [Nota de Pausa para a
Filosofia.]
xviii Pv 8.15-16: “Por meu intermédio reinam os reis, e os príncipes decretam justiça. Por meu intermédio
governam os príncipes, os nobres e todos os juízes da terra.” [Nota de Pausa para a Filosofia.]
xix A vitória de Mandela, na África do Sul, resulta de longa e sangrenta luta contra o apartheid, isto é, a
segregação e exclusão impostas pelos brancos colonizadores aos negros.
xx A palavra utopia foi empregada pela primeira vez pelo filósofo inglês Thomas Morus, no livro Utopia,
a cidade ideal perfeita. A palavra é uma composição de palavras gregas e, rigorosamente, significa: em
lugar nenhum, lugar inexistente, imaginário. Por esse motivo, estamos acostumados a identificar utopia e
utópico com impossível, aquilo que só existe em nosso desejo e imaginação e que não encontrará, nunca,
condições objetivas para se realizar.
xxi Do artigo "Big Brother zangou e nós pagamos o pato", escrito por Alberto Dines e publicado no
Observatório da Imprensa nº 172, de 15/05/2002: “Para quem não sabe ou esqueceu: antes de ser nome de
reality show, Big Brother é a alcunha da entidade inventada por George Orwell em 1984, sua fábula sobre
o futuro. Inspirado na máquina de propaganda nazista, posteriormente aperfeiçoada pelo stalinismo, o
rebelde Orwell concebeu na sua trágica utopia um Grande Irmão, protetor e castrador capaz de controlar
acontecimentos, informações e aniquilar vontades.” [Nota de Pausa para a Filosofia.]
xxii A noção de materialismo surge, pela primeira vez, na filosofia grega. As escolas filosóficas estóica e
epicurista afirmaram, contra Platão, Aristóteles e neoplatônicos, que só existem corpos ou a matéria. Os
epicuristas, retomando idéias dos pré-socráticos atomistas (Leucipo e Demócrito), afirmaram que o
espírito era átomo material sutil e diáfano. Nos séculos XVII e XVIII, reagindo contra o espiritualismo
cristão, muitos filósofos se disseram materialistas, querendo com isto dizer que só existe a Natureza e que