Crítica produzida para a matéria de "Estética" do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas.
Obra: O Pianista
Size: 51.86 KB
Language: pt
Added: Feb 09, 2017
Slides: 2 pages
Slide Content
Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Comunicação Social – Jornalismo
Pedro Henrique do Rosário Correia
Estética
Maceió
2016
Roman Polanski – O Pianista
2002 – Drama
O sentimento ao longo do filme foi de apreensão, junto com o personagem, por ser
uma narrativa imprevisível – assim como a guerra. Na primeira cena uma bomba interrompe
os dedos de Adrien Brody e ele continua tentando tocar até ser atingido por um estilhaço; essa
cena demonstra o que o filme mostrará em geral: a perseverança de Władysław Szpiluav para
sobreviver à guerra e sua perseverança para continuar a tocar.
O filue leura outros filues de Polavski ouo ^Lua de Fel_ e ^O Beê de Roseuary_
pela forma inconfundível que sua direção se desenvolve. Além dos filmes do mesmo diretor, a
forma como o tema é tratado lembra ^A Lista de Shivdler_ de Steven Spielberg e ^A Queda_
de Oliver Hirschbiegel, considerando que estes filmes abordam a temática da segunda guerra
por meio da visão de um personagem.
Polanski aborda as atrocidades da segunda guerra de um aspecto mais próximo do
indivíduo. Quando nós estudamos a segunda guerra, geralmente temos a visão mais histórica
dessa fase: conhecemos os números de mortos, os líderes e como foram as estratégias e
alianças de cada lado. O diretor dessa vez traz ao espectador a parte mais crua da guerra – por
ter vivido em tal período e ter sofrido com ela –, ou seja, corpos jogados nos cantos do cenário
não é algo raro.
Um aspecto perfeito para a narrativa de Polanski é demonstrar a decadência gradativa
da vida dos judeus, começando quando eles tinham empregos e viviam bem passando pelo
momento em que começaram a perder tudo e ser transferidos para guetos chegando no ponto
em que eram transferidos para campos de concentração.
Outro fato importante é a forma como Polanski aborda a questão da falta de
humanidade tanto para os oficiais nazistas quanto para a população de áreas controladas pelo
Eixo. O governo alemão se esforçou para modificar o imaginário coletivo transformando os
judeus no que havia de pior na sociedade para argumentar as atrocidades feitas contra eles,
tanto que os oficiais cometiam atrocidades como se a vida daquelas pessoas não valesse nada
e a população ajudava na vigilância contra os judeus – como a vizinha que grita para todos que
havia um judeu no prédio quando Szpilman derruba pratos num dos esconderijos.
O filme é uma obra-prima, provavelmente o melhor trabalho do diretor junto à
^trilogia do apartauevto_ por uu ovjuvto de fatores, ivdo desde a forua ouo a varrativa
aborda a história até a atuação de Adrien Brody (ganhador do Oscar de melhor ator).
Direção (mixagem de som, movimentos de câmera e coloração): 8/10
Direção de Fotografia: 9/10
Atuações: 10/10
Efeitos Visuais: 8/10
Roteiro: 10/10