CULTURA
❏CULTURA E SEUS SIGNIFICADOS
❏NATUREZA E CULTURA
❏A CONDIÇÃO HUMANA
PROFª VANISE FEITOSA
O QUE É CULTURA?
➢É Um complexo que inclui necessariamente a compreensão de
diversos valores morais e éticos que guiam nosso comportamento
social. É um grande conjunto de atividades e modos de agir,
costumes e instruções de um povo.
➢É o meio pelo qual o homem se adapta às condições de
existência transformando a realidade. Alcançar estes
conhecimentos tendo como condução nossas emoções e a
avaliação do outro, é um grande desafio.
A palavra cultura pode significar cultura da terra ou cultura de uma
pessoa letrada, “culta”. Em Antropologia, cultura significa tudo o que
o ser humano produz ao construir sua existência: as práticas, as teorias,
as instituições, os valores materiais e espirituais. Se o contato com o
mundo é intermediado pelos símbolos, a cultura é o conjunto de
símbolos elaborado por um povo.
A CONDIÇÃO HUMANA
“No alvorecer da humanidade, interagir com a natureza e conhece-la era
uma questão de sobrevivência. Hoje, o ser humano desenvolveu tecnologias
que permitem transformá-la para atender demandas nem sempre
essenciais”.
►Quando pensamos no assunto, inevitavelmente, surgem às perguntas:
1.O que nos faz humanos?
2.O que há de comum entre as pessoas que vivem na correria dos grandes
centros urbanos e aquelas que formam sociedades tradicionais, nas
quais o tempo é medido pelos ciclos da natureza e o conhecimento é
transmitido pela tradição?
Exemplos: Cidade grande x Tribo Himba (África do Sul).
►A Condição Humana pode ser entendida como o horizonte no
qual se traça toda a existência humana, com o mundo a servir de
lugar de exílio, de refúgio ao indivíduo.
►A Condição Humana pode ser entendida também, como a luta
entre a vida e a morte, entre o indivíduo e o grupo (a sociedade), a
liberdade e o destino, o que é finito e o que se pode aperfeiçoar.
►A Condição Humana não implica necessariamente e
exclusivamente negativismo, antes apenas reflexão e tomada de
consciência do papel do homem no mundo, no tempo e no
espaço.
O homem porque vive, há que se assegurar a manutenção da
sua própria vida, comendo, bebendo, aprendendo, conhecendo,
adaptando-se ao meio e ao grupo.
1. NATUREZA E CULTURA
O homem não pode encontrar-se, não por ter consciência de sua
individualidade, senão por intermédio da vida social. Como os
animais, se submete às regras da sociedade mas, além disso, participa
ativamente da produção e da mudança das formas da sua vida
social. Não é um ser isolado, fisicamente precisa de algo para ter uma
vida enquanto ser, necessita de outros seres, condição para a sua
realização humana, o que faz dele um ser cultural e solidário.
1.1- Na Antropologia Filosófica segundo Ernst Cassirer, o homem é
dilacerado (dividido) entre a estabilização e a evolução, uma procura
preservar as velhas formas, ao passo que a outra empenha-se por
produzir novas. Há uma luta que não cessa entre a tradição e a
inovação, entre as forças reprodutoras e criadoras.
1.2 – Segundo o pensamento da Filósofa Simone de Beauvoir,
“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”, indica que não são fatores
biológicos que determinam a forma como a mulher é compreendida
no interior da sociedade.
Existem povos que se organizam em torno da figura materna, em
um sistema matrilinear. Enquanto, esse costume é incomum nas
sociedades globalizadas , em que predomina a constituição familiar
fundamentada na autoridade paterna. Isso fornece elementos para a
reflexão a respeito do que é biológico e do que é cultural nos
gêneros.
1.3 – O Filósofo Maurice Merleau-Ponty amplia a discussão sobre a
influência da natureza e da cultura nas condutas humanas e sinaliza a
dificuldade em separar essas duas esferas.
É impossível sobrepor, no homem, uma primeira camada de
comportamentos que chamaríamos de “naturais” e um mundo
cultural ou espiritual fabricado. No homem, tudo é natural e tudo é
fabricado, como se quiser, no sentido em que não há uma só conduta
que não deva algo ao ser simplesmente biológico. – e que ao mesmo
tempo não se furte à simplicidade da vida animal.
Na Antropologia Filosófica, trata de reflexões que propõem
investigar o que é o ser humano, quais são as suas características do
seu pensar e agir, como constrói sua existência e o processo de
aculturação pelo qual ele passa.
Antropologia: Origina-se do grego anthropos, “homem” e logos,
“teoria”, “ciência”. São níveis de estudo que investigam, os diversos
tipos físicos e biológicos, comparando duas ou mais culturas e o
comportamento humano com o de outros animais.
Aculturação: No contexto, processo por meio do qual cada
indivíduo apreende, desde a infância, a cultura da sociedade em
que vive.
2. O MUNDO HUMANO DOS SÍMBOLOS
2.1 - LINGUAGEM, A PORTA DE ENTRADA PARA O HUMANO
▪O que há de comum e de desigual entre o ser humano e os
animais?
As diferenças existentes não estão apenas nos graus diversos de
inteligência, pois enquanto os animais permanecem mergulhados na
natureza, somos capazes de transformá-la em cultura. E a cultura
torna-se possível graças à nossa capacidade de simbolizar.
▪Linguagem dos animais:
Os animais são capazes de demonstrar amor e raiva, alegria e
tristeza, além de tantas outras características comuns aos humanos,
descobertas no nosso convívio com eles. No entanto, mesmo que
identifiquemos nos animais algo semelhante à comunicação humana,
trata-se de uma linguagem rudimentar, que não alcança o nível de
elaboração simbólica de que somos capazes.
3. A CULTURA COMO CONSTRUÇÃO HUMANA
O mundo que resulta do pensar e do agir humanos não pode ser
chamado de natural, pois se encontra modificado e ampliado por
nós.
Os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por
contingências ambientais quanto por transformações da consciência
social. Cada país possui a sua própria cultura, que é influenciada por
múltiplos fatores.
A cultura seria a herança social da humanidade ou ainda de
forma específica, uma determinada variante da herança social. É um
conceito que está sempre em desenvolvimento, e com o passar do
tempo ela é influenciada por novas maneiras de pensar inerentes
(própria) ao desenvolvimento dos seres humanos.
3.1 – TRADIÇÃO E RUPTURA:
Ao nascer, a criança encontra-se diante de valores já
estabelecidos, porque a cultura é um sistema de significados
construídos ao longo de uma tradição e transmitidos por gerações
mais velhas a gerações mais novas. É a educação que nos insere no
mundo da cultura e permite a transcendência humana.
Transcendência: No contexto, é o ato de superar ou ir “além de”.
Como o processo de humanização ocorre por meio de relações
interpessoais, a consciência de si surge justamente dos impasses e
confrontos com o outro. Por isso, ao mesmo tempo que nos
reconhecemos como seres sociais, também somos pessoas
singulares, o que nos distingue das demais.
4. DIVERSIDADE CULTURAL
É natural que a gente estranhe os costumes de outros povos ou de
pessoas de diferente nível social ou religião. O estranhamento em si
não é empecilho para as relações humanas., a não ser quando se
torna motivo de exclusão ou preconceitos. São as atitudes de
discriminação que impedem o reconhecimento de todos os seres
humanos como pertencentes à mesma humanidade. O grande risco
da não aceitação do diferente encontra-se em gerar violência e
exclusão, como ocorre nos casos de xenofobia, homofobia, racismo,
de preconceito de classe social ou contra a mulher.
Xenofobia e homofobia: Os prefixos gregos xenos e homo
significam respectivamente “estrangeiro” e “semelhante”. E o sufixo
phóbos, “medo”, “pavor”.
5. UMA NOVA SOCIEDADE?
5.1 – A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO:
Vivemos a sociedade da informação e do conhecimento, que
está transformando de maneira radical todos os setores de nossas
vidas. A influência da mídia e informática acelerou o processo de
globalização, que nos coloca em contato com qualquer pessoa ou
grupo em qualquer lugar do planeta.
6. CONCLUSÃO
Concluímos, que nos permitimos questionar sobre o sentido e o fim
da nossa vida, para percebermos a grandeza do nosso ser e temos
em conta a nossa dignidade como pessoas.