PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DE CASA CAIADA
exposição em três aspectos: (1) O presbítero como homem de Deus; (2) O presbítero como
modelo na igreja; (3) O presbítero como mestre, líder e pastor.
2.1 O presbítero como homem de Deus
O cuidado e o governo da igreja devem ser sempre entendidos como uma concessão
de Jesus a alguns de seus servos. A Bíblia ensina que Cristo é Senhor e Cabeça da igreja e
também o seu “supremo Pastor” (I Pe 5.4), logo ser presbítero é ser comissionado pelo
próprio Deus para servir a igreja como Cristo serve. Tal realidade nos mostra a importância
de ser presbítero, pois implica em uma firme e próxima vida de comunhão com o Espírito
Santo. Assim, o presbiterato jamais poderá ser o resultado de uma eleição, onde a igreja
“dá o cargo” a um de seus membros destacados. Em primeiríssimo lugar, ser presbítero é
uma ação soberana de Deus que decide chamar e conferir autoridade a alguns de seus
servos para conduzir a igreja. Essa vocação é reconhecida pela igreja, pela prática e
desempenho do que se é, de forma análoga ao diaconato (I Tm 3.4,10).
2.2 O presbítero como modelo na igreja
Qualquer estudante atento do Novo Testamento poderá verificar com facilidade que
Jesus se apresentou como o modelo a ser imitado e que os apóstolos, entendendo bem esse
princípio, viveram e pregaram isso nas igrejas, colocando-se eles mesmos também como
modelos de imitação (I Co 4.16; Fl 3.17; Hb 6.12). Quando o apóstolo Paulo escreveu ao
presbítero Timóteo, o encorajou a tornar-se “padrão dos crentes na palavra, no amor, na
fé e na pureza” (I Tm 4.12). A palavra traduzida por “padrão” tem o significado de tipo
(semelhante ao das antigas máquinas de datilografia), de onde se originou a palavra
tipografia. Note que a idéia de duplicação padronizada a partir de um modelo fica bem
caracterizada. O presbítero é um homem de Deus chamado para ser modelo em tudo para
igreja. É bem verdade que a presença do pecado não foi eliminada, realidade que faz de
qualquer presbítero uma pessoa imperfeita. O presbítero é um modelo falho! Porém, não é
admissível que o presbítero possua uma vida onde pecados não são vencidos ou acontecem
com freqüência. Por ser um homem de Deus, por ser conhecedor das Escrituras, por ser
física e espiritualmente experimentado nas situações da vida, por ser um homem de
oração, o presbítero deve ser um modelo desejado. Na igreja e fora da igreja, ele deve ser
uma referência de esposo, de pai, de amigo, de oração, de fé, de amor, de humildade e de
pureza.
2.3 O presbítero como mestre, líder e pastor
Ser presbítero de uma igreja implica em interagir com ela em diversas áreas,
entretanto, pelo menos as áreas do ensino, da liderança e do pastorado são inegociáveis e
se apresentam como pertinentes a todos os presbíteros. O presbítero como mestre tem a
responsabilidade de procurar formar o caráter de Cristo na vida dos crentes (Gl 4.19). Essa
ação não se limita a uma sala de aula ou à ministração de um curso. Ser mestre deve ser
entendido como um orientador para a vida cristã sadia, significa estar perto do crente,
instruí-lo na doutrina, discipliná-lo, encorajá-lo, orientá-lo e até puni-lo quando se fizer
necessário. O ensino cristão é resultado do exercício do dom espiritual (Rm 12.7) e pode
ocorrer em nível individual ou coletivo.
A segunda área de ação comum é a da liderança que se exerce através do governo da
igreja. Isto implica em responsabilidade para participar das decisões conciliares que terão
repercussão para toda igreja. Para tal é necessário que o presbítero seja um homem de
iniciativa e de visão
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, que saiba discernir a realidade da sua igreja e seja capaz de propor
soluções que agradem a Deus. Trazendo de volta o conceito de que o ser presbítero é uma
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George Barna, no seu livro Transformando a visão em ação, define visão como “uma clara imagem
de um futuro preferível, proporcionado por Deus aos seus servos escolhidos, com base em uma
acurada compreensão da vontade de Deus, do próprio eu e das circunstâncias.”
EVANGELIZAÇÃO – ADORAÇÃO – COMUNHÃO – DISCIPULADO – SERVIÇO 4