penoso avivar a Inglaterra no século 18. Wesley sabia o quanto são importantes,
para o crente, as disciplinas devocionais (Tt 1.7,8).
Definição. Disciplinas da vida cristã são os exercícios espirituais, prescritos na
Bíblia Sagrada, cujo objetivo é proporcionar ao crente uma intimidade singular com
o Pai Celeste, constrangendo os que nos cercam a glorificar-lhe o nome (Hb 12.8).
Elementos das disciplinas da vida cristã. De conformidade com as Sagradas
Escrituras, estas são as disciplinas a que deve submeter-se o crente: adoração a
Deus, leitura diária e sistemática da Bíblia, oração, serviço, mordomia do corpo e
dos bens, etc. Tem você se dedicado a essas observâncias? Outros elementos,
igualmente valiosos, poderiam ser aqui arrolados; estes, porém, já são mais do que
suficientes, para mostrar a sublimidade de nossa carreira cristã.
Para inteirar-se melhor do assunto, recomendo a leitura do livro Disciplinas do
Homem Cristão de R. Kent Hughes.
2.3 Oração e Vontade de Deus.
Qualquer tema bíblico deve ser estudado à luz de outros textos bíblicos que tratam
do mesmo assunto, evitando, assim, conclusões precipitadas e deturpadas.
Quando o assunto é oração, também não é diferente. É evidente que a oração não
envolve apenas os aspectos destacados do estudo das parábolas mencionadas na
presente Lição: Humildade, Insistência, Certeza, Perseverança, etc. Não é apenas
pedir, buscar e bater. Também envolve : Perdão (Mc 11.24-26); Petições e Motivos
(Tg 4.3); Vontade de Deus (1Jo 5.14), entre outros.
Orar em nome de Jesus
“[...] O que significa orar em nome de Jesus? Embora tudo ou alguma coisa pareça
incluir todas as coisas, estas palavras não são a garantia de que todas as nossas
orações serão atendidas. O grande qualificador é a expressão ‘em meu nome’. Isto
só se refere ao que está dentro da vontade de Deus. Barclay escreve: A oração em
que no final se diz ‘seja feita a tua vontade’ é sempre respondida” (Comentário
Bíblico Beacon. Vol.7. RJ: CPAD, 2006, p.124).
“Orar em ‘nome de Jesus’ é orar em união com a pessoa e o propósito de Jesus,
porque o ‘nome’ de uma pessoa simbolizava a sua essência e destino. Nestes
versículos temos a promessa da resposta de nossas orações, desde que
entendamos adequadamente o contexto do último discurso de Jesus. Jesus
prometeu aos discípulos que seus pedidos com relação a dar frutos seriam
respondidos porque isto glorificaria a Deus (veja Jo 4.41; 7.18; 8.50,54). Os
capítulos seguintes esclarecem isto (Jo 15.7,8,16; Jo 16.23,24).
Quando Jesus diz que podemos pedir tudo, devemos nos lembrar de que os nossos
pedidos devem ser em nome de Jesus — isto é, de acordo com o caráter e a
vontade de Deus. Deus não concederá pedidos contrários à sua natureza ou à sua
vontade, e não podemos usar o seu Nome como uma fórmula mágica para
satisfazer os nossos desejos egoístas. Se estivermos sinceramente seguindo a
Deus e buscando a sua vontade, então os nossos pedidos estarão alinhados com a
vontade do Senhor, e Ele nos atenderá (veja também Jo 15.16; 1 Jo 6.23)”
(Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol.1. RJ: CPAD, 2009, pp.571-
2).
“Todo aquele que ora pode ter a mais absoluta certeza de que sempre que uma
oração for feita de acordo com a vontade divina, a audiência diante do trono da
misericórdia está assegurada. Pedir é uma das prerrogativas do crente. Às vezes, o
crente não recebe simplesmente porque não pede (Tg 4.2). Por outro lado, nossas
petições só serão ouvidas se forem compatíveis com o bom prazer do Ouvinte.
Existe a petição motivada por motivos errados (Tg 4.3).