1 ª etapa: extração da fibra bruta, tecelagem, e a produção do tecido;
2ª etapa: criação, modelagem, pilotagem, fichas técnicas;
3ª etapa: risco, corte, montagem, confecção, costuras e acabamentos;
4ª etapa: distribuição e disponibilidade para o consumidor final.
Após estas etapas ocorre o consumo e pós-consumo, e chegando à fase de
descarte do produto, existem alternativas para prolongar a vida útil do mesmo.
O desenvolvimento dos produtos com o objetivo de reduzir o uso de matéria
prima nova e os impactos causados pelo setor leva não só em consideração o meio
ambiente, mas a parte social e econômica relacionada, que estão presentes no
processo produtivo dos produtos de moda, incluindo-se o bem-estar de todas as
pessoas envolvidas, preocupando-se também com as gerações futuras. Por isto, tendo
em vista esse cenário, o papel do designer é muito importante, pois possui o intuito de
trilhar o caminho da sustentabilidade.
Esse deverá ser o papel de um designer daqui para frente: ao criar
uma peça, ele precisará pensar na redução de perdas, na
durabilidade na forma como ela vai ser feita e nos resíduos. Bons
designers criarão soluções, enquanto designers ruins continuarão
criando problemas. (CARVALHAL, 2016, p. 212).
- Ferramentas
Para as marcas da área da Moda percorrerem o caminho em busca de inserir a
sustentabilidade aos seus processos produtivos, existem ferramentas que as auxiliam
para chegar até esse objetivo, que são: Materiais têxteis e upcycling.
Quando se pensa em sustentabilidade, é relevante estudar sobre os materiais
têxteis existentes, que é essencial para o designer realizar o planejamento das roupas
de vestuário, antes mesmo de criá-las.
Como afirmam Fletcher; Grose (2011, p.12), “até o momento, a exploração de
materiais tem sido o ponto de partida para a maior parte da inovação sustentável”.
Para compreender os materiais têxteis é preciso identificar os tipos de fibras
naturais ou químicas. As fibras naturais são derivadas de polímeros vegetais, animais:
algodão, lã, seda. As fibras químicas são produzidas através de processos de
transformação de polímeros em fibras e podem ser originárias do petróleo, sal,
celulose entre outros, são divididas em sintéticas: poliéster, elastano, acrílico, e fibras
químicas artificiais: poliamida, náilon, viscose.
As fibras derivadas de plantas e animais demandam pouco tempo para
decompor-se. Já as outras fibras são consideradas não biodegradáveis. Contudo, a
mistura de uma fibra natural com uma fibra sintética, não garante a sustentabilidade,
pois quando se mistura os dois tipos de fibras, altera a sua composição.