divisa para a família — "Deus defende o certo" — e juntaram uma
excepcional coleção de arte, antigüidades, livros e objets d'art.
Durante os três séculos seguintes, os Spencers freqüentaram os
palácios de Kensington, Buckingham e Westminster, e também
ocuparam vários cargos no estado e na corte. Se um Spencer nunca
alcançava os pináculos do comando, com certeza eles percorriam
confiantes os corredores do poder. Os Spencers tornaram-se
Cavaleiros da Jarreteira, Conselheiros Privados, embaixadores, e um
deles foi até o Primeiro Lorde do Almirantado, enquanto o terceiro
Conde Spencer chegou a ser considerado como um possível
primeiro-ministro. Eram ligados por sangue a Charles II, os duques
de Marlborough, Devonshire e Abercorn, e por um capricho da
história a sete presidentes americanos, inclusive Franklin D.
Roosevelt, e ao ator Humphrey Bogart, até mesmo, dizem alguns,
ao gangster Al Capone.
As qualidades dos Spencers no serviço público discreto, assim como
seus valores de noblesse oblige, se manifestaram sob as ordens de seu
soberano. Gerações de homens e mulheres Spencers preencheram as
funções de camareiro-mor, camarista real, dama de companhia e
outras posições na corte. A avó paterna de Diana, Condessa
Spencer, foi dama-camareira da Rainha Elizabeth, a Rainha Mãe,
enquanto sua avó materna, Ruth, Lady Fermoy, é agora uma das
damas-camareiras, uma posição que mantém há quase trinta anos.
O falecido Conde Spencer serviu como camarista real do Rei George
VI e da atual Rainha.
Contudo, foi a família da mãe de Diana, os Fermoys, com raízes na
Irlanda e ligações nos Estados Unidos, a responsável pela aquisição
de Park House, o lar de sua infância, em Norfolk. Como um
reconhecimento pela amizade por seu segundo filho, o Duque de
York (mais tarde George VI), o Rei George V concedeu ao avô de
Diana, Maurice Fermoy, o quarto Barão, o arrendamento de Park
House, uma propriedade espaçosa, construída para abrigar o