2 Como fazer um programa de auditoria de acordo a ISO 19011
3 Generalidades do programa
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10 Sumário ISO 19011: o que é e para que serve Evolução da ISO 19011: o que muda na edição de 2018 É possível usar a ISO 19011 para outros tipos de auditoria? ISO 19011: resumo comentado da Norma Seções 1, 2 e 3: Escopo, referências normativas, termos e definições Seção 4: Princípios de auditoria Seção 5: Gerenciando um programa de auditoria PDCA do programa de auditorias 1. Planejar: subseções 5.2, 5.3 e 5.4 2. Fazer: subseção 5.5 3. Verificar: subseção 5.6 4. Agir: subseção 5.7 Seção 6: Conduzindo uma auditoria PDCA de auditorias 1. Planejar: seções 6.1, 6.2 e 6.3 2. Fazer: seções 6.4 e 6.5 3. Verificar: seção 6.6 4. Agir: seção 6.7 Seção 7: Competência e avaliação de auditores ISO 19011: refine suas auditorias
ISO 19011: o que é e para que serve 11 A ISO 19011 é a referência normativa para a aplicação de auditorias internas (primeira parte) e para auditoria de fornecedores ou outra parte interessada externa (segunda parte). Ele fornece orientação para a gestão de um programa de auditorias, envolvendo: princípios; planejamento; condução; relatório; e avaliação das competências de auditores.
Evolução da ISO 19011: o que muda na edição de 2018 12 A ISO 19011:2018 substitui a versão de 2012. A revisão técnica vai na direção de uma abordagem mais ampla e genérica. Isso torna a Norma extremamente flexível, adaptável a variados contextos de auditoria, quando se faz necessária. Isso se reflete nas principais modificações, que incluem: abordagem de riscos nos princípios da auditoria; ampliação da orientação sobre gestão de programas de auditorias; ampliação da orientação para condução de auditorias; ampliação de requisitos genéricos de competência; ajustes de terminologia sobre processo; e remoção de alguns anexos.
É possível usar a ISO 19011 para outros tipos de auditoria? 13 É possível. A Norma não exclui essa possibilidade, mas recomenda a consideração de necessidades de competências específicas para tal. Dessa forma, ela pode inspirar outras auditorias, com as devidas adaptações.
Secção 4: Princípios de auditoria 14 Aqui, a Norma traz os sete princípios que regem as auditorias internas. São eles: Integridade: o auditor deve ser ético, responsável, honesto e imparcial. Apresentação justa: o auditor deve ser preciso e objetivo e, no caso de não haver conclusão definitiva sobre um ponto, deve reportar isso em seu relatório. Devido cuidado profissional: o auditor deve ser prudente em suas avaliações, considerando vários fatores antes de tomar suas decisões. Confidencialidade: o auditor não deve se beneficiar pessoalmente de informações que acessa em virtude de suas atividades. Independência: sempre que possível, auditores internos devem ser independentes do que auditam. Abordagem baseada em evidência: as conclusões das auditorias devem ser baseadas em informação verificável. Abordagem baseada em risco: esse norte ajuda a garantir que a auditoria seja significativa.
Seção 5: Gerenciando um programa de auditoria 15 Na ISO 19011, a gestão de programas de auditorias se dá de acordo com o ciclo PDCA. Há dois ciclos em funcionamento: PDCA do estabelecimento do programa de auditoria; e PDCA do estabelecimento das auditorias. Isso se reflete na estrutura dessa seção, ilustrada na própria Norma.
PDCA SECÇÃO 5 16
PDCA SECÇÃO 6 17 A seção 5 trata do primeiro ciclo, e a seção 6 do segundo. Vejamos os principais pontos da seção 5.
PDCA do programa de auditorias 18 1. Planejar: subseções 5.2, 5.3 e 5.4 Na 5.2, a norma recomenda a determinação dos objetivos do programa de auditoria. Além de nortear as auditorias, esses objetivos devem conectar o programa ao SGQ como um todo. Os objetivos são respostas sobre o que o programa visa avaliar no auditado. Pode ser a capacidade de identificar oportunidades, de determinar a eficácia do SGQ, de manter a adequação às Normas etc. Na 5.3, o tema são riscos e oportunidades associados ao programa, em qualquer de suas etapas. Visa endereçar incertezas que podem afetar os objetivos, como questões de comunicação, documentação, avaliação etc. A 5.4 fala do estabelecimento do programa em si. Cabe a quem gerencia o programa determinar seu escopo, selecionar equipes de auditorias adequadas, desenhar os processos, provisionar os recursos, manter e preparar a documentação relacionada, monitorar o programa e comunicá-lo.
PDCA do programa de auditorias 19 A subseção também orienta sobre a competência das pessoas que vão gerenciar o programa, sobre o que considerar na determinação do escopo e como determinar os recursos do programa.
2. Fazer: subseção 5.5 20 Estabelecido o programa, ele deve ser implementado. Aqui é a parte prática, que deverá ser norteada pelo planejado. Nessa etapa, cabe a quem gerencia o programa garantir que o planejado seja executado de acordo, bem como que seja modificado quando apropriado. A ISO 19011 traz orientações sobre: Definição de objetivos, escopo e critérios de auditorias individuais: o que a auditoria busca, em que extensão vai atuar e por meio de que referenciais de conformidade. Seleção de métodos de auditoria: definição da abordagem, como análise de documentos, entrevista, observação etc. Definição de equipe de auditores: determinação da competência de acordo com o objeto auditado e a auditoria. Atribuição de responsabilidade dentro da equipe de auditoria: determinação do líder da auditoria e das atribuições individuais. Gestão de resultados e documentação: criação de um relatório da auditoria, com avaliação do alcance dos objetivos, não conformidades e recomendações. Gestão dos registros da auditoria: criação e manutenção de toda a documentação associada ao programa, às auditorias em si, aos relatórios etc.
3. Verificar: subseção 5.6 21 O programa de auditoria está cumprindo os objetivos para os quais foi desenhado? Em que medida? O desempenho da equipe está adequado? A documentação é suficiente e adequada? Na etapa de verificação a gestão do programa deve definir KPIs do programa, monitorá-los e analisá-los a fim de avaliar sua eficiência e eficácia, indicando a necessidade de modificá-lo. De maneira periódica, é recomendada a revisão geral do programa de auditoria, com fins de atualização e melhorias.
4. Agir: subseção 5.7 22 Na 5.7, a ISO 19011 recomenda a análise crítica e o uso da avaliações realizadas como entradas para a melhoria do programa. Os dados da verificação mostram alguma tendência? Revelam oportunidades e riscos? Agora é hora de agir.
Seção 6: Conduzindo uma auditoria 23 Nesta seção, a ISO 19011 orienta a preparação, execução, verificação e melhoria das auditorias particulares previstas em um programa. Da mesma forma, temos a estrutura de um PDCA.
PDCA de auditorias 24 1. Planejar: seções 6.1, 6.2 e 6.3 Em 6.2, a ISO 19011 recomenda que o auditor-líder inicie a auditoria estabelecendo contato com o auditado para verificação da viabilidade e viabilização da auditoria. Nesse contato, ele observará se há algum fator que inviabilize ou limite a auditoria, bem como fará o alinhamento da autoria em si, em termos de canais de comunicação, informações sobre o processo, acesso à informação, agendamento etc. Em 6.3, a Norma recomenda a preparação das atividades da auditoria. Nessa fase, o auditor vai analisar criticamente a informação documentada fornecida pelo auditado. Com base nisso, ele já terá uma visão de riscos para planejar a auditoria.
PDCA de auditorias 25 1. Planejar: seções 6.1, 6.2 e 6.3 Em 6.2, a ISO 19011 recomenda que o auditor-líder inicie a auditoria estabelecendo contato com o auditado para verificação da viabilidade e viabilização da auditoria. Nesse contato, ele observará se há algum fator que inviabilize ou limite a auditoria, bem como fará o alinhamento da autoria em si, em termos de canais de comunicação, informações sobre o processo, acesso à informação, agendamento etc. Em 6.3, a Norma recomenda a preparação das atividades da auditoria. Nessa fase, o auditor vai analisar criticamente a informação documentada fornecida pelo auditado. Com base nisso, ele já terá uma visão de riscos para planejar a auditoria.
PDCA de auditorias 26 Para o planejamento em si, a Norma recomenda referência a definição de: objetivos, escopo e critérios; prazos, datas e duração estimados de atividades; recursos necessários; métodos de auditoria; e papéis e responsabilidades da equipe de auditoria e observadores participantes; informação documentada para auditoria, como listas de verificação, amostragem etc . Boa parte dessas definições é feita o programa de auditorias. Para fins de planejamento de cada auditoria, o auditor-líder verifica essas informações e faz ajustes, como necessário, comunica-se com o auditado e prepara tudo para a execução da auditoria.
2. Fazer: seções 6.4 e 6.5 27 Execução do plano de auditoria, de acordo com o estabelecido. A ISO 19011 recomenda uma reunião de abertura para confirmar o acordo de todos os participantes auditados, apresentar a equipe, recapitular pontos do planejamento e assegurar que todas as atividades sejam realizadas. Uma reunião com a direção também pode ser feita. A Norma recomenda a constante comunicação da equipe de auditoria, para troca de informação, acompanhamento do status do trabalho e ajustes de atribuições. Constatações da auditoria precisam ser devidamente comparadas com os critérios estabelecidos e classificadas de acordo com o risco. Elas deverão ser relatadas no relatório de auditoria, cujas recomendações de preparo incluem referência a critérios, constatações e conclusões da auditoria, bem como divergências não resolvidas e declaração do grau de conformidade. Por fim, a Norma recomenda a condução de uma reunião de encerramento para apresentação das conclusões.
28 No pós-auditoria, a equipe de auditoria verifica se todo o planejamento foi executado, o desempenho e eficácia do processo. A partir dessas evidência, a equipe é levada à ação. 4. Agir: seção 6.7 3. Verificar: seção 6.6 Envolve as ações corretivas e oportunidades de melhoria identificadas, realizadas em um período de tempo acordado com o auditado.
Seção 7: Competência e avaliação de auditores 29 A seção 7 é toda dedicada à figura dos auditores , fundamental para garantir a confiabilidade de auditorias. Como selecioná-los? A ISO 19011 recomenda um processo de avaliação com quatro passos : Lista das competências necessárias para atender as necessidades do programa: que habilidades técnicas gerais e específicas e comportamentais os auditores precisam ter para conduzir suas auditorias? Critérios de avaliação de competências: quais as referências vão guiar a avaliação dos perfis? Pode ser tempo de atuação, formação etc. Método de avaliação de competências: por meio de atividades ou ferramentas vamos determinar se o auditor atende os critérios? Pode envolver entrevistas, testes etc, Avaliação: Após a aplicação dos métodos, é feita a comparação dos resultados com os critérios estabelecidos.
Documentação Essencial para a Auditoria ISO 50001 30 Para uma auditoria ISO 50001, os documentos essenciais incluem o sistema de gestão energético (SGE) documentado, a política de energia, objetivos e planos de ação para a melhoria do desempenho energético, dados de consumo e uso de energia, resultados de auditorias internas e análise crítica pela gestão, além de registos da formação dos auditores internos e a conformidade com a legislação aplicável. Política e Objetivos de Energia : Documentos que estabelecem o compromisso da organização com a eficiência energética e os objetivos de melhoria, alinhados com a estratégia da empresa.
Documentação Essencial para a Auditoria ISO 50001 31 Manual do Sistema de Gestão de Energia : Um documento abrangente que descreve o sistema de gestão da energia da organização, incluindo os seus processos, responsabilidades e a estrutura. Procedimentos Documentados: Procedimentos que descrevem as atividades críticas para a gestão da energia, como a planificação, operação, monitorização, medição e controlo de processos e equipamentos energéticos. Dados de Desempenho Energético: Registos detalhados do consumo de energia, indicadores de desempenho energético (IDEs), e dados sobre os processos e equipamentos mais importantes para a eficiência energética.
Documentação Essencial para a Auditoria ISO 50001 32 Auditorias Internas e Análise Crítica pela Gestão: Relatórios de auditorias internas realizadas e os registos das decisões e ações tomadas durante as análises críticas realizadas pela gestão superior para avaliar a eficácia do sistema. Formação e Competências: Documentação que comprove a formação e competências das pessoas envolvidas na gestão energética e nos processos de auditoria interna, assegurando a sua qualificação. Conformidade Legal: Registos que demonstrem que a organização está em conformidade com as leis, regulamentos e outras exigências aplicáveis à energia e gestão energética. Plano de Melhoria Contínua: Documentos que evidenciem um plano para a melhoria contínua do desempenho energético, incluindo ações corretivas e preventivas.