Diretrizes e anexo bases de currículo estadual na

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1. “Fato ou opinião? Leitura
crítica para argumentar
melhor”
SÉRIE DURAÇÃO CÓDIGO DO PLANO
1ª Série do Ensino Médio 1 aula (45 minutos) PA_1ª_LP29

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Competência Geral
Campo de Atuação
Descritor
Competência Específica
Habilidades
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiá-
veis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos,
a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito
local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao
cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Campo das práticas de estudo e pesquisa
D14 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respei-
tem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambien-
tal e o consumo responsável, atuando criticamente frente a questões do
mundo contemporâneo.
EF69LP30: Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e infor-
mações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e
referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições,
de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e
posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.
EF89LP31: Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos de indicar
uma avaliação sobre o valor de verdade e as condições de verdade de uma
proposição, tais como os asseverativos – quando se concorda com (“realmente,
evidentemente, naturalmente, efetivamente, claro, certo, lógico, sem dúvida”
etc.) ou discorda de (“de jeito nenhum, de forma alguma”) uma ideia; e os
quase-asseverativos, que indicam que se considera o conteúdo como quase
certo (“talvez, assim, possivelmente, provavelmente, eventualmente”).

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OBJETOS DE CONHECIMENTO
(Conteúdo)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
EVIDÊNCIAS DE APRENDIZAGEM
(AVALIAÇÃO FORMATIVA)
• Relação entre textos.
• Modalização.
• Reconhecer a diferença entre fato (dado veri-
ficável) e opinião (posicionamento subjetivo)
em diferentes textos.
• Localizar informações factuais em notícias e
identificar juízos de valor em artigos opinati-
vos ou comentários.
• Avaliar conteúdos de circulação pública e
midiática.
• Produzir registros que separem fato e opinião
com base em critérios objetivos.
• Preenchimento da tabela “Fato x Opinião”
pelas duplas.
• Exemplos selecionados de opinião funda-
mentada e opinião tendenciosa.
• Participação na discussão coletiva.

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1. PREPARAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DA AULA
Nesta aula, os estudantes irão praticar a distinção entre fato e opinião a partir da leitura de dois textos sobre a mesma figura pública: a arqueóloga brasi-
leira Niède Guidon. Para isso, você deverá selecionar previamente dois textos: uma notícia factual publicada pelo G1, com informações sobre a morte da
pesquisadora, e um artigo de opinião publicado pelo Jornal da USP, que homenageia seu legado e expressa posicionamentos avaliativos.
Providencie a impressão dos textos ou organize o acesso digital, garantindo que todos os estudantes possam visualizar ambos. Prepare também uma tabe-
la “Fato x Opinião” para que as duplas possam registrar suas observações durante a leitura. Caso deseje, selecione trechos destacados para uma leitura
guiada que facilite a identificação dos elementos essenciais. Planeje ainda a escolha de dois exemplos para discussão coletiva: um exemplo de opinião
bem fundamentada e outro de opinião sem fundamentação clara, considerando a percepção dos estudantes.
Antes da aula, leia os textos atentamente e identifique pontos-chave que possam gerar debates, como termos avaliativos, linguagem modalizada, uso de
dados e diferenças na construção da credibilidade. Esses elementos serão fundamentais para conduzir a reflexão e o debate coletivo de forma efetiva.

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2. DESENVOLVIMENTO DA AULA
Sensibilização (10 min)
Inicie a aula escrevendo no quadro ou projetando duas frases contrastantes que servirão de provocação para introduzir a diferença entre fato e
opinião. Utilize exemplos reais dos textos selecionados:
• Frase 1 – Fato (retirada do G1): “A arqueóloga Niède Guidon morreu aos 92 anos, em São Raimundo Nonato, no Piauí.”
• Frase 2 – Opinião (retirada do artigo do Jornal da USP): “Niède Guidon foi uma das cientistas mais corajosas e visionárias do Brasil.”
Peça aos estudantes que observem as frases e respondam:
• “Qual delas pode ser comprovada com documentos ou registros?”
• “Qual expressa um julgamento ou sentimento sobre a pessoa?”
Explique que, ao longo da aula, eles vão aprender a identificar esse tipo de diferença em textos de gêneros distintos — uma notícia, que apresen-
ta informações verificáveis, e um artigo de opinião, que traz posicionamentos subjetivos. Reforce que distinguir fato de opinião é uma habilidade
essencial para fazer boas leituras, argumentar com clareza e construir pesquisas fundamentadas.
Recursos/ materiais
Apresentação de slides; Textos para análise (Anexo 1).

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Atividade prática (30 min)
Organize os estudantes em duplas e entregue os dois textos — impressos ou digitais — garantindo acesso para todos: uma notícia factual do G1
sobre a morte da arqueóloga Niède Guidon e um artigo de opinião do Jornal da USP que homenageia a pesquisadora, com linguagem avalia-
tiva e juízos de valor. Oriente-os a fazer uma leitura cuidadosa dos dois textos, grifando nos próprios textos (ou em folha à parte) os trechos que
expressem fatos (dados objetivos, informações verificáveis) e opiniões (posicionamentos, elogios, julgamentos).
Após a leitura, entregue a cada dupla a tabela Fato x Opinião (Anexo 2), para que registrem os trechos grifados. Peça que transcrevam para o
quadro exemplos escolhidos, justificando por que classificaram cada trecho como fato ou opinião. Depois, solicite que selecionem dois trechos para
análise mais profunda:
• Um exemplo de opinião bem fundamentada (baseada em fatos, dados ou trajetória)
• Um exemplo de opinião tendenciosa (exagerada, sem base clara ou com excesso de modalização)
Durante a atividade, circule entre os grupos, ajudando-os a identificar modalizações como “sem dúvida”, “certamente”, “talvez”, “é evidente que”
e destacando expressões que revelam o posicionamento do autor. Estimule a reflexão sobre como esses elementos influenciam a recepção da infor-
mação pelo leitor.
Recursos/ materiais
Textos para análise (Anexo 1); Tabela Fato x Opinião (Anexo 2).

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Sistematização (10 min)
Reúna a turma para socializar as observações feitas pelas duplas. Peça que compartilhem os exemplos escolhidos como opinião bem fundamenta-
da e opinião tendenciosa, explicando suas razões. Registre os trechos no quadro ou em projeção, organizando-os nas categorias “Fato”, “Opinião
com base em fatos” e “Opinião tendenciosa”. Se desejar, utilize a rubrica avaliativa sugerida no Anexo 4 para orientar o debate.
Conduza a reflexão com perguntas como:
• “O que torna uma opinião confiável?”
• “Qual a diferença entre um elogio argumentado e uma exaltação sem base?”
• “Por que é importante reconhecer o que é fato antes de concordar com uma opinião?”
Retome os elementos linguísticos que indicam modalização — expressões como “certamente”, “sem dúvida”, “é provável que”, “parece que” — e
discuta como elas modificam o grau de certeza ou distanciamento do autor.
Finalize com uma reflexão coletiva sobre a importância de separar fato e opinião para construir argumentos sólidos e para uma leitura crítica,
especialmente em contextos midiáticos e de pesquisa escolar.
Recursos/ materiais
Exemplos possíveis e orientações para o debate (Anexo 3); Rubrica de análise de trechos (Fato x Opinião) (Anexo 4).

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3. FORTALECENDO A RECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS
Ao final da aula, avalie se os estudantes conseguiram distinguir com clareza os trechos factuais daqueles que expressam opiniões. Observe, especialmen-
te, se foram capazes de justificar suas classificações com base em critérios objetivos, como a possibilidade de verificação da informação, a presença de
dados concretos ou o uso de modalizadores.
Caso perceba que houve confusão entre fato e opinião, retome com a turma exemplos curtos e contrastantes, semelhantes aos usados na sensibilização.
Peça que indiquem o que pode ser comprovado e o que depende da perspectiva do autor.
Se as justificativas forem vagas ou baseadas em achismos, retome o uso da linguagem modalizadora como pista para identificar o grau de certeza ou o
juízo de valor em um texto. Proponha exercícios de reescrita de trechos opinativos, alterando as modalizações, para mostrar como o sentido pode mudar.
Quando houver dificuldade para reconhecer juízos de valor presentes em textos opinativos, selecione um trecho do artigo para leitura coletiva, destacando
palavras como “visionária”, “inspiradora” ou “única”. Promova a discussão sobre o efeito dessas escolhas na construção da imagem da personagem.
Por fim, se os estudantes apresentarem insegurança no debate, sugira uma nova rodada de análise com textos curtos em uma aula futura, trabalhando em
duplas antes de socializar as ideias com toda a turma. Essa prática auxilia na consolidação da segurança argumentativa e fortalece a escuta ativa entre
os colegas.
Esse processo contínuo de retomada e reorientação ajudará todos a avançar na leitura crítica de textos informativos e opinativos, além de desenvolver o
repertório necessário para fundamentar suas opiniões com base em fatos.