Disfunção erétil A disfunção erétil anteriormente denominada impotência, é definida como a incapacidade recorrente e persistente em ter e/ou manter uma ereção peniana suficiente para uma relação sexual satisfatória 50% dos homens entre as idades de 40-70 anos têm algum grau de disfunção; 5% dos homens <40 anos são afectados por esta patologia .
Factores de risco Físicos : Doenças crônicas: Diabetes , doenças cardíacas, hipertensão, colesterol alto, e obesidade. Idade : Idade avançada Lesões e cirurgias: L esões na região pélvica ou na medula espinha e cirurgias na área da próstata Uso de substâncias: Tabagismo , consumo excessivo de álcool e uso de drogas Medicamentos : anti-hipertensivos, antidepressivos, antipsicóticos , antiandrogênicos , drogas recreacionais Baixos níveis de testosterona Fatores de risco psicológicos: Estresse, ansiedade e depressão: Essas condições podem afetar a função sexual e contribuir para a disfunção erétil. Problemas de relacionamento: Dificuldades no relacionamento com o parceiro(a) podem levar a problemas de desempenho sexual.
Fisiologia da Erecção Peniana Existem 3 mecanismos principais de erecção peniana, a saber: reflexogénico , psicogénico , e nocturno . A erecção reflexogénica é induzida por estimulação genital. A fonte mais importante de sinais sensoriais neurais para iniciar o acto sexual masculino é a glande do pénis.
Fisiologia da Erecção Peniana Fases do Processo de Erecção.
Fisiologia da Erecção Peniana
Avaliação Diagnóstica História clínica O quadro clínico basicamente m anifesta-se pela incapacidade de iniciar e de manter uma relação sexual satisfatória. Na História Clínica é importante questionar: Se há uma associação da disfunção sexual com um parceiro sexual particular ou com todos; A presença ou não da libido; Se tem a erecção matinal; Como começou e como evoluiu; Toma de medicamento, drogas ilícitas ou álcool; Trauma físico ou psicológico pregresso; Se tem uma ITS.
Avaliação Diagnóstica Meios auxiliares Os exames laboratoriais variam de acordo com sintomas e fatores de risco do paciente. G licemia (para excluir ou identificar D. Mellitus) T este de função hepática (pode indicar que se trata de um paciente com alcoolismo crônico) P erfil lipídico D osagem da testosterona (pela manhã, às 8 horas quando ocorre o seu pico)
Conduta O TMG deve identificar estes casos, procurar determinar a causa e posteriormente referir para avaliação e conduta por um clínico mais especializado. A lguns casos o diagnóstico é evidente e tratável ao nível do TMG ( ex : reacção à toma de medicamentos, D. Mellitus), corrigindo a causa de base.
Infertilidade masculina É a incapacidade de concepção após 12 meses de relações sexuais sem uso de contraceptivos, no qual a origem do problema está no homem. N os casais que apresentem qualquer tipo de infertilidade, há uma chance de 40% serem por causas masculinas e 40% por causas femininas. Os restantes 20% correspondem a um problema mútuo do casal.
Etiologia Produção insuficiente ou inadequada dos espermatozóides . Esta condição pode ser causada por: Distúrbios genéticos (puberdade precoce ou tardia) e hormonais ( hipogonadismo ); Distúrbios testiculares (varicocele, ITSs , criptorquidia , traumas dos testículos); Farmacoterapia (citostáticos, cimetidina ), alcoolismo e drogas ilícitas (heroína, morfina); Factores ambientais: exposição à radiações, calor excessivo, tóxicos ocupacionais; Doenças sistémicas crónicas ( etuberculose , insuficiência renal, anemia falciforme). Distúrbios no transporte dos espermatozóides : Obstrutivos (obstrução ou traumatismo do ducto ejaculatório ou ductos deferentes); Ejaculação retrógrada (na direcção da bexiga e não da uretra): secundária a danos causados em cirurgias anteriores (cirurgia testicular, hernioplastias ); Factores desconhecidos.
Avaliação Diagnóstica História clínica Na História Clínica é importante questionar: Há quantos anos o casal está a tentar uma gravidez, ou se teve filhos de outros relacionamentos A ntecedentes pessoais, sexuais e familiares ( factor genético) A presença de criptorquidia , traumas testiculares, infecções urinárias ou testiculares, doenças sexualmente transmissíveis, A idade de início dos caracteres sexuais secundários (alteração da voz, pelos nas axilas, púbis, etc ) Os antecedentes sexuais como número de relações semanais O factor ocupacional (por exemplo pessoas expostas à radiações, calor excessivo)
Avaliação Diagnóstica Exame Físico Avaliar o biótipo deste paciente, se apresenta caracteres sexuais secundários, como massa muscular, pêlos , voz, distribuição gordurosa, adequados para sua idade. No exame da genitália deve avaliar-se: a existência de alterações anatómicas penianas (fimose/ hipospadias ) No escroto se há presença ou ausência dos testículos, assim como seu volume e consistência, a presença do ducto deferente e principalmente a existência de varicocele. Os exames auxiliares disponíveis ao nível do TMG são de pouca valia para o diagnóstico da infertilidade masculina.
Conduta Tal como na disfunção eréctil o TMG deve identificar estes casos, procurar determinar a causa e posteriormente referir para avaliação e conduta por um clínico mais especializado. Sempre que o paciente apresentar uma condição aguda ( ex ; ITS) ou crónica ( ex:tuberculose ) tratável ao nível do TMG, o seu tratamento deverá ser iniciado e após a devida estabilização, o paciente deverá ser referido para estudo e conduta relacionada à infertilidade. Se forem identificados factores causais da infertilidade (consumo de drogas, toma de medicamentos), estes devem ser controlados.