DoençAs Neuromusculares

rodrigobiondi 29,395 views 27 slides Oct 26, 2009
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Doenças Neuromusculares Doenças Neuromusculares
Aquiles Mamfrim
Doenças Neuromusculares Doenças Neuromusculares

O termo “Doenças Neuromusculares”
aplica
-
se a um conjunto de mais de 40
INTRODUÇÃO: aplica
-
se a um conjunto de mais de 40
patologias diferentes já identificadas e
engloba as doenças dos nervos
(
Neuropatias
), perturbações da junção
neuromuscular (
Miastenias
) e as doenças
dos músculos (
Miopatias
).

INTRODUÇÃO:

Nas crianças, a maior parte destas afecções é genet icamente determinada, sendo as doenças neuromusculares adquiridas determinada, sendo as doenças neuromusculares adquiridas bem mais frequentes nos adultos.

Um diagnóstico específico, correto e precoce é esse ncial
para melhor tratar uma pessoa afetada com uma doença
neuromuscular.

As doenças neuromusculares têm um padrão previsível e
conhecido de progressão ou regressão e as várias etapas ou
fases das doenças podem ser previstas de forma a que se
possa planejar a conduta a seguir.

CLASSIFICAÇÃO:
1) Doenças do neurônio motor e atrofia muscular espinal: a) Atrofia muscular espinhal infantil aguda ou tipo I - D. Werdning Hoffman b) Outras atrofias musculares espinhais hereditária s:
I -DOENÇAS DOS NERVOS:
b) Outras atrofias musculares espinhais hereditária s:
- Forma infância Tipo II
- Forma juvenil Tipo III - Kungelberg - Welander
-Atrofia muscular espinhal do adulto
- Forma distal
- Forma escapulo-peroneal
- Neuropatia bulboespinhal ligada ao cromossoma X
- Outras formas

CLASSIFICAÇÃO:
c) Doenças do neurônio motor: -
Esclerose lateral amiotrófica
-
Esclerose lateral amiotrófica
- Esclerose lateral primária
-Atrofia muscular progressiva
- Paralisia bulbar progressiva
-Amiotrofia na ataxia hereditária
- Doença do neuronio motor familiar (complexo)
- Esclerose lateral amiotrófica/Parkinson/demência
- Outras formas inespecificas

CLASSIFICAÇÃO:
2) Neuropatias periféricas hereditárias e idiopátic as: a) Neuropatias sensitivo-motoras hereditárias:
- Tipo I - atrofia muscular peroneral - tipo hipertrófico de D. Charcot Marie Tooth
- Tipo II - atrofia muscular peroneral - tipo neuronal d e D. Charcot Marie Tooth
-
Tipo III
-
neuropatia hipertrófica infantil severa (D. Dejerine S ottas)
-
Tipo III
-
neuropatia hipertrófica infantil severa (D. Dejerine S ottas)
- Tipo IV - D. Charcot Marie Tooth ligado ao cromossoma X
b) Polineuropatia amiloidótica
c) Neuropatia da porfiria idiopática
d) D. Refsum - polineuropatia atáxica hereditária
e) Neuropatias nos erros inatos do metabolismo
f) Neuropatia associada a ataxia hereditária
g) Neuropatia hereditária com suscetibilidade as paralisi as compressivas
h) Outras neuropatias hereditárias
i) Polineuropatia progressiva idiopática
j) Outras formas

CLASSIFICAÇÃO:
3) Neuropatias Inflamatórias, autoimunes e tóxicas: a) Polineuropatia aguda pós-infecciosa (S.Guillian Barr é)
- Neuropatia do soro
- Neurite da cintura escapular (Neuralgia amiotrófica)
b) Polineuropatia nas colagenoses (Lupus E. Sistêmico, Art rite
Reumatóide e Poliarterite Nodosa) Reumatóide e Poliarterite Nodosa)
c) Polineuropatia diabética
d) Polineuropatia paraneoplásica
e) Polineuropatia em outras doenças inflamatórias e
infecciosas (lepra, difteria, parotidite, mononucleose,
herpes zoster, SIDA, sarcoidose e borreliose)
f) Polineuropatia nas doenças metabólicas e
nutricionais (Vit. B1, B2, B6, Vit. E, alcoolismo, meta is
pesados e uremia)
g) Polineuropatia por drogas
h) Polineuropatia a outros tóxicos e agentes do meio am biente
i) Polineuropatias inespecificas

CLASSIFICAÇÃO: II -DOENÇAS DA PLACA MOTORA:
a) Miastenia Gravis:
-
Miastenia Gravis hereditária
-
Miastenia Gravis hereditária
- Miastenia neonatal
- Miastenia induzida por drogas e tóxicos
b) Miastenia Congênita
c) Síndrome Eaton-Lambert
d) Perturbações da placa motora por tóxicos:
- botulismo
- outros
e) Outros tipos

CLASSIFICAÇÃO: III -DOENÇAS DOS MÚSCULOS:
1) Distrofia Muscular congênita:
- Distrofia muscular congênita -
Distrofia muscular com envolvimento do
-
Distrofia muscular com envolvimento do sistema nervoso central (tipo Fukuyama)
2) Miopatias congênitas morfologicamente definidas:
- Central Core
- Multicores
- Nemalina
- Miotubular
- Desproporção do tipo das fibras
- Outros tipos

CLASSIFICAÇÃO:
3) Distrofias Musculares:
- Tipo Duchéne
- Tipo Becker
- Tipo Emery-Dreifuss
-
Escapulo
-
peroneal
-
Escapulo
-
peroneal
- Distrofia muscular das cinturas:
* Tipo escápulo-umeral
* Tipo pelvi-femural
- Distrofia autossômica recessiva da
criança, semelhante ao Duchenne/Becker:
* Tipo ocular
* Tipo óculo-faríngea
* Tipo distal
- Outros tipos

CLASSIFICAÇÃO:
4) Miotonias:
- Distrofia miotônica ou D. Steinert -
Miotonia congênita
-
Miotonia congênita
* Tipo dominante - Thomsen
* Tipo recessivo - Becker
- Paramiotonia congênita
- Condrodistrofia miotônica (Schvartz - Jampel)
- Miotonia induzida por drogas
- Pseudomiotonia
- Neuromiotonia com atividade contínua da fibra
muscular de Isaacs
- Outros tipos

CLASSIFICAÇÃO:
5) Miopatias tóxicas:
-
Miopatias induzidas por drogas
-
Miopatias induzidas por drogas
-Alcoólica
- Outras 6) Paralisia periódica familiar:
- Hipocalêmica
- Hipercalêmica
- Normocalêmica
- Paralisia periódica miotônica

CLASSIFICAÇÃO:
7) Miopatias endocrinas:
- Hipertireoidismo
- Hipotireoidismo
- Hipopituitarismo
- D. Cushing
-
Acromegalia
-
Acromegalia
- D. Addison
- Hiper e hipoparatireoidismo
- Outras
8) Miopatias metabólicas hereditárias : - Glicogenoses
* Tipo I - Von Gierke
* Tipo II - Pompe
* Tipo III - Cori - Forbes
Tipo V
Tipo VI

Esclerose lateral amiotrófica

Etiologia desconhecida

Fraqueza muscular sem dores

Atrofia por denervação

Fasciculações

Espasticidade

Degeneração dos feixes corticospinais (via piramidal)

Degeneração dos feixes corticospinais (via piramidal)

Lentamente progressivo

Musculatura de MMSS, MMII, língua, região cervical

Disfonia, disfagia, sialorréia

5 a 10% casos são familiares

Herança autossômica dominante

> 40 anos e em ♂

Óbito em 2 – 5 anos

TC e RM (exclusão), ENMG

Medidas de manutenção (fisio + fono)

Riluzol: 50mg – 2X/dia

Esclerose lateral primária

Variante do neurônio motor superior

Corticoespinhais e eventualmente dos tratos corticobulbares

Corticoespinhais e eventualmente dos tratos corticobulbares

Paraparesia espástica progressiva → tetraparesia espástica

Hiperreflexia e sinal de Babinski

Sem sinais de comprometimento do neurônio motor inferior

Envolvimento bulbar é menos frequente

Evolui mais lentamente que a ELA

Pode evoluir para ELA com o correr dos anos

Monitorar clinica e eletrofisiologicamente

Diag.≠ com: TU medular, paraparesia esp. tropical, EM,
espondilose cervical, Chiari ...

Polineuropatia aguda pós-infecciosa (S.Guillian Bar ré)

É uma polineuropatia desmielinizante inflamatória agu da

Fibras periféricas motoras e por vezes sensitivas

Imunomediada

1 a 2 / 100.000 habitantes

1 a 2 / 100.000 habitantes

> ♂, qualquer faixa etária

Dias a semanas após quadro infeccioso (ou cirurgias)

Caráter progressivo, simétrico, ascendente

Ciclo autolimitado

Fases: instalação: 7 a 10 dias
estado: 2 a 4 semanas
resolução: 2 a 3 semanas após período de estado

Varia → fraqueza mínima até tetraplegia, paralisia facial,
musculatura respiratória, paralisia bulbar, desre-
gulação autonômica, hiporreflexia tendinosa

Polineuropatia aguda pós-infecciosa (S.Guillian Bar ré)
Diagnóstico: Diagnóstico:

História e exame físico

Exame do líquor: dissociação proteino-citológica (100 a 3 00mg/dl)

Eletroneuromiografia: queda dos potenciais de ação musculares
(lentificação da condução dos axônios)
Tratamento:

Plasmaférese (50ml/Kg/sessão – 5 sessões)

Imunoglobulina venosa (400mg/kg/dia – 5 dias)

Equipe multidisciplinar: fisioterapeuta, TO, fonoaudió logo, psicólogo

Miastenia Gravis
♂♂
Prevalência de 5 a 10/100.000 Prevalência de 5 a 10/100.000
♂♂
♀♀2:1 2:1
♂♂
Início: 2ª década Início: 2ª década
♂♂
Fatores do bloqueio nueromuscular: Fatores do bloqueio nueromuscular:
-- Fenda sináptica alargada Fenda sináptica alargada
-- Presença de Ac bloqueadores no local Presença de Ac bloqueadores no local
de ligação da ACh (anti rACh) de ligação da ACh (anti rACh) de ligação da ACh (anti rACh) de ligação da ACh (anti rACh)
♂♂
Quadro clínico: Quadro clínico:
Déficit motor em atividades prolongadas ou repetidas Déficit motor em atividades prolongadas ou repetidas
Melhora com repouso Melhora com repouso
Acometimento preferencial em musculatura ocular Acometimento preferencial em musculatura ocular
(20% limitados) (20% limitados)
Também acometem músculos da face, mastigação, Também acometem músculos da face, mastigação,
da fonação e deglutição da fonação e deglutição
Nos membros predomina nos músculos proximais Nos membros predomina nos músculos proximais
Reflexos profundos preservados Reflexos profundos preservados
Sensibilidade preservada Sensibilidade preservada

Miastenia Gravis
Diagnóstico: Diagnóstico:

Eletroneuromiografia: Eletroneuromiografia:

Farmacológico: Farmacológico:
Tensilon (Edrofônio) Tensilon (Edrofônio)
Prostigmina Prostigmina

Imunológico: Imunológico:
Ac Anti rACh Ac Anti rACh

Miastenia Gravis
Evolução: Evolução:

Irregular e imprevisível Irregular e imprevisível

Agravamentos: Agravamentos:
Medicamentos Medicamentos
Traumas Traumas
Doenças Intercorrentes Doenças Intercorrentes

Acidentes Respiratórios : obstrução Acidentes Respiratórios : obstrução

Acidentes Respiratórios : obstrução Acidentes Respiratórios : obstrução traqueobrônquica e hipoventilação traqueobrônquica e hipoventilação

Crise colinérgica Crise colinérgica
Tratamento: Tratamento:
Sintomático Sintomático ––
Anticolinesterásicos (Neostigmine, Piridostigmina) Anticolinesterásicos (Neostigmine, Piridostigmina)
Da agressão auto Da agressão auto--imune: imune:
Curto prazo: Longo prazo: Curto prazo: Longo prazo: -- Plasmaférese Plasmaférese -- Corticóid es Corticóides
-- Imunoglobulinas Imunoglobulinas -- Imunossupr essores Imunossupressores
-- Timectomia ? Timectomia ?

NEUROMIOPATIA DO DOENTE CRÍTICO
Síndrome de etiologia ainda não completamente definida Pacientes críticos expostos a situações que, em combinação
ou não, podem produzir dano a unidade motora:
Estresse

Estresse

Alterações do equilíbrio hidro-eletrolítico

Catabolismo

Deficiências nutricionais

Medicações (corticóide, bloq. neuromusculares, aminoglicosíde os) Leva a:

Aumento da permanência hospitalar

Aumento das taxas de morbimortalidade

Aumento dos custos hospitalares

NEUROMIOPATIA DO DOENTE CRÍTICO

MacFarlane e Rosenthal – 1977, miopatia doente crítico

Tipicamente associada ao uso corticóide EV

Tempo e dose dependente

Associada também a bloqueadores neuromusculares

Gatilhos: hiperglicemia, hipertireoidismo, SIRS
MIOPATIA
Suspeitar deste diagnóstico quando paciente apresentar di ficuldade no
desmame ventilatório e as causas pulmonares, cardíacas e de parede
torácica já tenham sido excluídas.

Gatilhos: hiperglicemia, hipertireoidismo, SIRS

Tetraplegia flácida de predomínio distal

Comum face, rara musc. extrínseca globos oculares

Dificuldade desmame prótese ventilatória

Sem alterações sensitivas

Reflexos tendinosos normais ou levemente diminuídos

NEUROMIOPATIA DO DOENTE CRÍTICO

Aumento enzimas musculares (CK)

ENMG com condução nervosa normal
MIOPATIA

ENMG com condução nervosa normal

Potencial de ação muscular com amplitude diminuída

Respostas sensitivas normais ou discretamente diminuídas

Pode estar associada a neuropatia

Normalmente reversível em semanas →meses

Suspensão corticóide

Controle glicêmico rigoroso (80 – 110mg/dl)

Medidas de reabilitação

NEUROMIOPATIA DO DOENTE CRÍTICO

Bolton et al – 1984, polineuropatia do doente crítico

Axonal, predominantemente motora, simétrica e aguda

Associada a sepse
(SIRS) e ventilação mecânica, FMOS
NEUROPATIA

Associada a sepse
(SIRS) e ventilação mecânica, FMOS

Fatores de risco associados: hiperosmolaridade, nutrição
parenteral, bloqueadores neuromusculares, Glasgow < 10,
necessidade de diálise, diabete, infecções

Distúrbios na micro-circulação, perda da auto-regulação
dos vasos sanguíneos que suprem os nervos periféricos
e a liberação de citocinas, que aumentam a permeabilida de
dos vasos →em edema endoneural →hipóxia → déficits
→degeneração axonal primária de fibras sensitiva e motora ,
predominantemente distal

NEUROMIOPATIA DO DOENTE CRÍTICO

Citocinas e TNF →efeito tóxico direto no nervo periférico

Gravidade variável e afeta especialmente os membros inferi ores

> parte distal, > ♀diabéticas

30 a 60% pacientes sepse (SIRS) do 2º ao 5º dia

Distúrbios sensitivos leves
NEUROPATIA

Distúrbios sensitivos leves

Geralmente sem manifestações disautonômicas

Reversão do quadro, assim que a condição crítica em tratamento
for controlada ♂
Curso da doença é monofásico e autolimitado

Recuperação é geralmente boa em pacientes que apresentem a
forma leve a moderada ♂
ENMG: potenciais de ações motora e sensitiva de baixa
amplitude; velocidade de condução e latências distais
relativamente preservadas; pode haver fibrilações e ondas
positivas na estimulação com agulha

NEUROMIOPATIA DO DOENTE CRÍTICO

LCR: é normal ou apresenta leves anormalidades (↑ proteínas)

Biópsia de nervo: degeneração axonal primária sem evidência
de inflamação, desnervação crônica, sinais de miopatia
Tratamento:
NEUROPATIA
Tratamento:

Nenhum tratamento medicamentoso efetivo (controle glicêmico)

Imunoglobulina por 3 dias nas 1
as
24h da sepse, ↓ incidência

Suplementos alimentares, glutamina, oxandrolona (esteróide anabólico)

Abordagem fisioterápica:
Cinesioterapia Motora Passiva
Cinesioterapia Motora Ativa Assistida (quando interage co m o meio)
Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva
Cinesioterapia Ativa Livre
Deambulação pelo quarto e depois no corredor

OBRIGADO!
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