Eclampsia na gestação FLORA SLIDE - 20-08-2025_034820.pptx
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Eclampsia na gestação
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INCIDÊNCIA DA ECLÂMPSIA EM GESTANTES DE 18 á 35 ANOS ATENDIDAS NO HOSPITAL MUNICIPAL DE CACUACO NO I° SEMESTRE DE 2025 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM LUANDA, 2025 Orientador: Prof. Msc. Aguinaldo António ELABORADO POR: FLORA MARIA B. CUVALELA
INTRO D UÇÃO Em Angola, a eclâmpsia é a segunda principal causa de morte materna, após as hemorragias. A Maternidade Lucrécia Paim, em Luanda, atende diariamente mais de 60 mulheres com eclâmpsia, destacando a gravidade do problema. A eclâmpsia é uma das principais causas de morbimortalidade materna e perinatal, sendo considerada uma emergência obstétrica. Quando não prevenida ou tratada adequadamente, pode desencadear diversas complicações graves para a gestante e o feto, mesmo em mulheres jovens e aparentemente saudáveis, como aquelas entre 18 e 35 anos – faixa etária geralmente associada à menor incidência de riscos gestacionais . A alta incidência de eclâmpsia em Angola reflete desafios estruturais no sistema de saúde, incluindo a escassez de profissionais qualificados e a falta de infraestrutura adequada, especialmente em áreas rurais .
PROBLEMÁTICA Qual é a Incidência da eclâmpsia em gestante de 18 á 35 anos no Hospital Municipal de Cacuaco no I° semestre de 2025? A minha motivação para a realização desta pesquisa é devido à pouca existência ainda de materiais que discutam sobre a eclampsia a nível local e isto leva o fraco conhecimento por parte dos técnicos de saúde para o manejo, o tratamento e a prevenção da mesma. JUSTIFICATIVA
OBJECTIVOS Objectivos Específicos: Caracterizar as amostras segundo os dados sócio-demográfico dos pacientes (Idade, escolaridade, profissão); Descrever os sinais, sintomas e factores de risco relacionados a eclampsia em gestantes atendidas no hospital municipal de cacuaco no I° semestre de 2025. Mencionar a incidência de casos de eclâmpsia, consequências materno-fectais e os cuidados prestados em gestantes atendidas no hospital municipal de cacuaco no I° semestre de 2025. Objectivo Geral: Conhecer a incidência da eclâmpsia em gestantes de 18 á 35 anos atendidas no hospital municipal de cacuaco no I° semestre de 2025.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Eclampsia é a etapa mais alta da toxemia da gravidez geralmente, ocorre em sequência do desenvolvimento da pré-eclampsia ou da nefropatia. é uma patologia grave caracterizada por uma serie de sintomas do organismo da paciente, geralmente associado com a Hipertensão (FERNANDA, 2022). Incidência : É uma medida epidemiologica que refere-se ai numero de novos casos de uma doença mediante um periodo de tempo . De acordo com a OMS, a eclâmpsia ocorre em aproximadamente 1 a 2 casos para cada 1.000 partos em países desenvolvidos, refletindo a efetividade das estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento da pré-eclâmpsia Gestante é toda mulher que está grávida, ou seja, que possui um estado fisiológico caracterizado pela presença e desenvolvimento de um embrião ou feto no útero, desde a concepção até o término da gestação, que geralmente ocorre por volta das 40 semanas de gravidez . ( ACÁCIA, 2018).
Historial A eclâmpsia é reconhecida como uma das mais antigas complicações obstétricas conhecidas. Epidemiologia Segundo a Organização Mundial da Saúde (2020), as síndromes hipertensivas da gestação afetam entre 5% e 10% das gestações em todo o mundo. Dessas, aproximadamente 2% a 8% evoluem para pré-eclâmpsia e cerca de 0,5% para eclâmpsia. Embora essa última seja menos frequente, sua gravidade justifica a vigilância constante durante o pré-natal. No entanto existe muito pouca informação sobre os factores de risco para as complicações hipertensivas da gravidez em países lusófonos como Angola. Apesar das crises convulsivas generalizadas que definem a Eclampsia complicarem 2 a 3 casos/10000 nados vivos na Europa, a eclâmpsia é 10 a 30 vezes mais comum nos países em desenvolvimento, tais como Angola.
Fisiopatologia da Eclâmpsia A eclâmpsia é uma complicação grave da pré-eclâmpsia, caracterizada pela ocorrência de convulsões tônico-clônicas generalizadas, não atribuídas a outras causas neurológicas. Para compreender a fisiopatologia da eclâmpsia, é essencial entender as alterações sistêmicas iniciadas na pré-eclâmpsia, que é uma doença multifatorial, centrada principalmente na disfunção endotelial generalizada e na placentação anormal. A eclâmpsia é considerada uma evolução grave da pré-eclâmpsia , caracterizada por convulsões generalizadas em gestantes com hipertensão arterial, proteinúria e disfunção orgânica. Sua origem está fortemente associada à placenta, devido à perfusão placentária inadequada, que leva à liberação de fatores antiangiogênicos e inflamatórios que causam disfunção endotelial sistêmica, vasoespasmo generalizado e ativação do sistema inflamatório materno (Sibai, 2020; Ford, 2017).
As principais formas clínicas da eclâmpsia incluem: 1 . Eclâmpsia Anteparto (Pré-parto ) ( Ghulmiyyah & Sibai, 2019). 2. Eclâmpsia Intraparto (Durante o parto ) ( CARVALHO et al., 2019). 3. Eclâmpsia Pós-parto (Puerperal ) Fatores de Risco da Eclâmpsia Idade Materna Extrema Primeira Gestação (Primiparidade): Histórico Pessoal ou Familiar de Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia : Hipertensão Arterial Crônica: Diabetes Mellitus e Síndrome Metabólica : Intervalo Prolongado Entre Gravidezes: Infecções e Fatores Ambientais:
Cuidados de Enfermagem Os cuidados com gestantes acometidas por eclâmpsia exigem abordagem multidisciplinar, visando estabilização materna, proteção fetal e prevenção de complicações secundárias. As principais intervenções recomendadas na literatura : Estabilização inicial e suporte de emergência Monitoramento dos sinais vitais materno Monitoramento fetal Manejo da hipertensão arterial - Farmácos Fluidos e balance hídrico Decisão do momento do parto
II . METODOLOGIA Tipo de pesquisa Local d a pesquisa População e Amostra O bservacional , descritivo e transversal, Qualiquantitativa Variáveis Métodos de Pesquisa 3 gestantes, atendidas no Hospital Municipal de Cacuaco no I semestre de 2025 Estatístico, Análise e Síntese Factores sociodemograficos das gestantes (Idade, escolaridade, situação profissional) Fatores associados à eclâmpsia (econômicos, sociais, culturais e biológicos); Consequências da eclâmpsia e Cuidados de enfermagem;
Tabela nº 01: Distribuição da amostra , segundo a faixa etária. III - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS FAIXA-ETÁRIA FREQUÊNCIA % 18 á 23 anos 18 60% 24 á 29 anos 7 23% 30 á 35 anos 5 17% TOTAL 30 100 Com base a pesquisa verificou-se que a faixa-etária dos 18 á 23 anos que corresponde a 60 % das gestante que desevolveram a eclâmpsia teve a maior incidência e logo a seguir as faixa- etárias dos 24 á 29 corespondente a 23% e 30 á 35 anos , que corresponde a 17%, o que corrobora com os dados com estudos e artigos que afirmam que geralmente os adolescente (menores de 23 anos) e mulheres acima de 35 anos têm tendência de desovolver a Eclampsia.
Tabela nº 02: Distribuição da amostra , segundo o nivel académico . Nivél Académico Frequência % Ensino secundário 5 17% Ensino de base 10 33% Ensino Médio 9 30% Não mencionado 6 20% Total 30 100% É importante destacar que 20% dos dados não mencionaram o nível académico , o que pode afetar a precisão da análise e limita a compreensão plena do perfil educativo da população atendida. Este índice relativamente alto de não resposta pode estar relacionado a falhas no processo de coleta de dados, à resistência em fornecer essa informação ou à ausência de registros formais da escolaridade das pacientes. Fonte : Hospital Municipal de Cacuaco, 2025
Tabela nº 03: Distribuição da amostra , segundo a Empregabilidade. Profissão Frequência % Vendedora 12 40% Doméstica 8 27% Camponesa 5 17% Desempregada 4 13% Professora 1 3% Total 30 100% As domésticas e camponesas também compõem uma parcela significativa, com 27% (8 gestantes) e 17% (5 gestantes), respectivamente. A categoria de desempregadas corresponde a 13% da amostra, por fim, as professoras representam a menor parcela, com apenas 3% (1 gestante ). Essa distribuição nos permite entender melhor a realidade socioeconômica das gestantes atendidas no hospital, evidenciando uma alta concentração em profissões informais e com menor escolaridade. Fonte : Inquérito realizado no Hospital Municipal de Cacuaco, 2025
Tabela nº 04: Distribuição da amostra , quanto aos factores de risco Factores de risco Frequência % Hipertensão 12 40% Intervalo Prolongado Entre Gravidezes 6 20% Primeira Gestação 4 13% Idade Materna 5 17% Diabetes, Obesidade 3 10% TOTAL 30 100 Nesta tabela, podemos ver que a hipertensão é um dos factores mais comum relacionada à eclâmpsia em gestantes correspondendo a 40%, seguida pelo Intervalo Prolongado Entre Gravidezes que corresponde a 20%, para idade materna com uma frequência de 5 que corresponde a 17 % e a menor frequencia foi de 3 para as Diabetes que corresponde a 10% da amostra.
Tabela nº 05: Distribuição da amostra , acordo aos sinais e sintomas da eclampsia . Sinais e sintomas Frequência % Inchaço no rosto, nas mãos e nos pés 10 33% Fraqueza, Visão embaçada 8 27% Diminuição da urina 6 20% Dor abdominal superior e cefaleias 4 13% Náuseas ou vômitos 2 7% Total 30 100 A análise dos dados coletados evidenciou que os sinais e sintomas mais frequentemente associados à eclâmpsia nas gestantes avaliadas foram hipertensão arterial, proteinúria, edema e cefaleia persistente. Esses achados corroboram a literatura científica, que destaca a hipertensão arterial (pressão ≥140/90 mmHg após a 20ª semana de gestação) como o principal critério diagnóstico da pré- eclâmpsia (SIBAI, 2020). Fonte : Hospital Municipal de Cacuaco, 2025
Tabela nº 06: Distribuição da amostra , de acordo aos numeros de casos e desfecho clinico. Incidência e desfecho FREQUÊNCIA % Parto Normal 18 60% Encaminhadas (Parto distócico) 11 37% Obitos 1 3% TOTAL 30 100 A tabela evidencia uma maior concentração de casos de eclâmpsia atendidos com desfecho para o parto normal , representando 60 % do total de atendimentos . Em contraste, outras que foram encaminhas para outras unidades especializadas para um parto distócico representando 37 % dos casos e teve um caso de morte materna representando 3% . Fonte : Livro de registo de controlo de gestante, 2025
Tabela nº 07: Distribuição dos cuidados de enfermagem prestadas mediante o protocolo hospitalar a gestantes com eclâmpsia. Ações de Enfermagemkkkcc Explicação Administração de fármacos ( Sulfato de Magnésio, Metildopa, Hidralazina ) Aplicação de medicamentos anticonvulsivantes e anti-hipertensivos Monitorização dos sinais vitais Avaliação frequente da PA, FC, FR e temperatura Cuidados com a via aérea Garantia de permeabilidade das vias respiratórias durante e após crises Apoio emocional e orientação Apoio psicológico à gestante e familiares, orientação sobre o estado clínico Registo e documentação Registo completo das intervenções e evolução da paciente Encaminhamento médico Comunicação e suporte à equipe médica para tomada de decisões clínicas
A faixa etária de 18 a 23 anos apresentou a maior incidência de eclâmpsia, correspondendo a 60% dos casos, o que sugere que as gestantes jovens podem ser mais vulneráveis a essa condição. Além disso, a maioria das gestantes trabalhava, com destaque para as vendedoras, o que pode indicar que as condições socioeconômicas e o estilo de vida podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento da eclâmpsia . A hipertensão foi identificada como o fator mais comum relacionado à eclâmpsia, seguida pelo intervalo prolongado entre gestações. Esses achados destacam a importância do controle da pressão arterial e do planejamento familiar como estratégias para prevenir a eclâmpsia . A maioria dos casos ocorre em populações com acesso limitado ao pré-natal e à educação em saúde. É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos a esses fatores de risco e tomem medidas para prevenir e tratar a eclâmpsia em gestantes. A análise dos desfechos dos casos de eclâmpsia mostrou que a maioria das gestantes teve parto normal, enquanto uma proporção significativa foi encaminhada para parto distócico . CONCLUS ÃO
À secção do serviço de Maternidade do Hospital Municipal de Cacuaco: Adotar, aplicar e fazer funcionar, por meio de palestras, charlas educativas ou por outra via, a estratégia de cuidados de saúde materna das gestantes, e de certas doenças que acometam as mesmas. Às gestantes do Hospital Municipal de Cacuaco: Descansar adequadamente; manter uma boa alimentação, regular o horário e a qualidade da alimentação; fazer exercícios físicos leves regularmente; evitar consumo de bebidas alcoólicas, cigarro, tabaco e drogas; Aos futuros pesquisadores que promovam acções de educação para saúde voltadas a prevenção de complicações durante o parto e cumprimento das consutas pré - natais . SUGESTÕES
MUITO OBRIGADA PELA ATENÇÃO DISPENSADA ! “ Dedico este trabalho, primeiramente a Deus pela força e em segundo lugar aos meus familiares, pelo apoio que permitiram a realização do mesmo e também a todos que de uma e de outra forma contribuíram direita e indiretamente na realização deste trabalho.