Educação Ambiental e
Responsabilidade Social
Aula | Terapia Ocupacional
Prof. Eduardo Queiroz — 2025.2
Contextualização
Movimentos
Ambientalistas
Crescimento expressivo nas
últimas décadas como resposta à
intensificação dos problemas
ambientais globais.
Modelo de
Desenvolvimento
Relação direta entre o atual
modelo econômico e a acelerada
degradação dos ecossistemas
naturais.
Impactos Globais
Poluição atmosférica e hídrica, perda de biodiversidade, esgotamento de
recursos naturais e mudanças climáticas.
O grande desafio contemporâneo: compatibilizar desenvolvimento
socioeconômico e preservação ambiental.
O Papel da Educação Ambiental
A Educação Ambiental é uma ponte entre o conhecimento científico e a ação cidadã, conectando teoria e prática em busca de soluções
sustentáveis.
Ferramenta
Instrumento essencial para sensibilização
e capacitação da sociedade frente às
questões ambientais.
Meta
Formar cidadãos críticos, conscientes e
participativos na identificação e resolução
de problemas ambientais.
Importância
Vai além da simples transmissão de
informações; busca promover mudanças
profundas em atitudes, valores e
comportamentos.
Conceitos Fundamentais
A Educação Ambiental é um processo dinâmico, permanente e participativo, no qual as pessoas envolvidas passam a ser agentes
transformadores, participando ativamente da busca de alternativas para reduzir impactos ambientais e para o controle social do uso dos
recursos naturais.
— Marcos Reigota (1997)
UNESCO/Belgrado ( )
Formação de uma população mundial consciente e preocupada com
o ambiente, dotada de conhecimentos, habilidades, atitudes e
motivações para atuar individual e coletivamente.
Agenda ( )
Educação voltada para o desenvolvimento sustentável, estimulando
a consciência crítica e orientada para a prevenção e solução de
problemas ambientais atuais e futuros.
Públicos-Alvo da Educação Ambiental
Educação Formal
Estudantes de todos os níveis (fundamental ao universitário)
Professores e formadores
Instituições de ensino
Comunidade escolar e acadêmica
Educação Não Formal
Comunidades locais e tradicionais
Organizações sociais e ONGs
Empresários e setor produtivo
Gestores públicos e movimentos sociais
A Educação Ambiental deve atingir todos os segmentos da sociedade, adaptando-se às realidades e necessidades específicas de cada
público.
Características da Educação Ambiental
Conferência de Tbilisi,
Dinâmica e Integrativa
Integra múltiplos conhecimentos e evolui constantemente com novas
descobertas e desafios ambientais.
Transformadora
Busca modificar valores e atitudes, desenvolvendo habilidades e capacidades
para a construção de sociedades sustentáveis.
Participativa
Estimula o envolvimento ativo dos educandos e da comunidade na resolução
dos problemas ambientais locais.
Abrangente e Globalizadora
Considera o ambiente em sua totalidade, conectando problemas locais aos
desafios globais.
Permanente
Processo contínuo que ocorre ao longo de toda a vida, dentro e fora dos
ambientes formais de ensino.
Transversal
Permeia todas as disciplinas e áreas do conhecimento, conforme estabelecido
nos PCNs do MEC.
Princípios Norteadores
Considerar o ambiente em sua totalidade: aspectos naturais, tecnológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, históricos, morais e
estéticos.
Constituir um processo contínuo e permanente, começando na educação infantil e continuando por todas as fases do ensino formal e
não-formal.
Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina para uma perspectiva global e equilibrada.
Examinar as principais questões ambientais do ponto de vista local, nacional, regional e internacional.
Promover a participação ativa na prevenção e solução dos problemas ambientais.
Estes princípios, estabelecidos na Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977), continuam sendo a base fundamental para as práticas de
Educação Ambiental em todo o mundo.
Breve História da Educação Ambiental
v?Anos
Primeiros alertas ambientais significativos: caso da contaminação
por mercúrio em Minamata (Japão) e o grande smog de Londres,
despertando preocupações com a poluição industrial.
v?
Publicação do livro
Primavera Silenciosa de Rachel Carson,
denunciando os efeitos nocivos dos pesticidas e iniciando o
movimento ambientalista moderno.
v?
Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano.
Publicação do relatório
Os Limites do Crescimento pelo Clube de
Roma, questionando o modelo de desenvolvimento.
v?
Conferência Intergovernamental de Tbilisi (Geórgia), definindo
objetivos, características e princípios da Educação Ambiental que
permanecem relevantes até hoje.v?
ECO-92 no Rio de Janeiro e criação da Agenda 21, consolidando a
Educação Ambiental como ferramenta essencial para o
desenvolvimento sustentável. v?
Promulgação da Lei nº 9.795 no Brasil, instituindo a Política Nacional
de Educação Ambiental e tornando-a obrigatória em todos os níveis
de ensino.
Marco Legal Brasileiro
O Brasil possui uma das legislações ambientais mais
avançadas do mundo, incluindo dispositivos específicos para
a Educação Ambiental em diversos níveis.
Constituição Federal ( )
Artigo 225: "Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações."
Lei nº . /
Institui a Política Nacional de Educação
Ambiental, definindo-a como
"componente essencial e permanente
da educação nacional, devendo estar
presente, de forma articulada, em todos
os níveis e modalidades do processo
educativo."
PCNs ‒ Parâmetros Curriculares Nacionais
Estabelecem o meio ambiente como tema transversal, que deve permear todas as
disciplinas do currículo escolar.
Sustentabilidade: Um Conceito Multidimensional
"O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
atenderem às suas próprias necessidades."
— Relatório Brundtland,
Nosso Futuro Comum, 1987
Dimensão Ambiental
Preservação dos ecossistemas, biodiversidade
e recursos naturais; redução da poluição e
gestão adequada de resíduos.
Dimensão Social
Equidade, inclusão, respeito aos direitos
humanos, acesso à educação e saúde, redução
das desigualdades.
Dimensão Econômica
Crescimento econômico com distribuição de
renda, padrões de produção e consumo
responsáveis, economia circular.
Dimensão Cultural
Valorização da diversidade cultural, saberes
tradicionais, identidades locais e expressões
artísticas sustentáveis.
Reflexão e Debate
"Se o desenvolvimento sustentável é necessário, que preço
estamos dispostos a pagar por ele?"
Quais impactos ambientais você observa em sua comunidade?
Como conciliar necessidades econômicas imediatas e preservação ambiental?
Qual o papel do cidadão comum nas decisões sobre desenvolvimento?
Pontos-Chave da Aula
Conceitos
A Educação Ambiental é um processo
permanente, dinâmico e transformador
que visa formar cidadãos conscientes e
atuantes na preservação ambiental.
Princípios
Interdisciplinaridade, continuidade,
participação ativa, visão sistêmica e
contextualização são princípios
fundamentais estabelecidos em Tbilisi
(1977).
História
Evolução desde alertas iniciais nos anos
1950 até a consolidação como política
pública internacional e nacional nas
décadas seguintes.
Legislação
O Brasil possui marcos legais importantes, incluindo a
Constituição Federal (Art. 225) e a Lei 9.795/1999 (PNEA).
Papel Social
A EA vai além da transmissão de conhecimentos, buscando
transformar valores e promover a cidadania ambiental ativa.
Referências Bibliográficas
Documentos Oficiais
BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Política Nacional de
Educação Ambiental.
BRASIL. Constituição Federal de 1988, Artigo 225.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Temas Transversais:
Meio Ambiente. MEC, 1997.
ONU. Agenda 21. Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, Rio de Janeiro, 1992.
Livros e Artigos
CARSON, Rachel. Primavera Silenciosa. São Paulo: Gaia, 2010.
FEAM. Educação Ambiental: Conceitos e Princípios. Belo
Horizonte, 2002.
REIGOTA, Marcos. O que é Educação Ambiental. São Paulo:
Brasiliense, 1997.
CMMAD. Nosso Futuro Comum (Relatório Brundtland). Rio de
Janeiro: FGV, 1988.
LOUREIRO, Carlos F. B. Trajetória e Fundamentos da Educação
Ambiental
. São Paulo: Cortez, 2004.
Para material complementar e recursos adicionais, acesse a página da disciplina no ambiente virtual de aprendizagem.