e atividades desenvolvidas por ela, seja em documentos que atestam sua
participação em projetos da Escola, seja em depoimentos de colegas que
testemunharam sua competência profissional, seja na lembrança daqueles
que a tiveram como educadora.
Por uma fatalidade, faleceu muito jovem, ainda tinha muito para contribuir
em um sonho idealizado junto a outros professores de sua época em
transformar este espaço em uma escola ideal... Passados vinte e três anos
de sua morte, a jovem professora continua nos ensinando. Ao
relembrarmos sua história de vida, aprendemos a lição de que estamos
aqui de passagem e, portanto, devemos fazer de nossos dias os melhores,
não passá-los em branco, ou lamentando o que poderíamos ter feito.
Aprendemos que se quisermos lutar para mudar alguma coisa, devemos
lutar agora, não deixar para amanhã, pois o futuro não nos pertence. Hoje
se olharmos uns nos olhos dos outros veremos que é perceptível o desejo
de mudança para uma realidade diferente da que estamos vivendo,
sentimos urgência em construir uma sociedade mais digna, igualitária e
fraterna.
Para isso, é preciso repensar a Educação com seriedade e o devido
respeito, pois é no espaço escolar o lugar onde devemos ter as primeiras
lições de humanidade, é aqui o lugar que devemos nos descobrir como
pessoas diferentes, que pensam diferente, que agem diferentes sim, mas
que temos um sonho em comum: sermos felizes.
Devemos aprender também que não construímos nada sozinhos, é aqui
que devemos despertar a consciência de que dependemos uns dos outros
e que é necessário nos despirmos de todo orgulho e vaidade pessoal, que
é preciso darmos as mãos, humanizar nossas ações eternos a
compreensão de que este é o caminho para a construção de um mundo
melhor. Não podemos mudar o mundo inteiro, mas podemos fazer desse
espaço um lugar onde possamos aprender mais sobre a essência da vida e
a sermos multiplicadores de sonhos e esperanças. Esse era o desejo de
um grupo de professores de outrora e do qual a professora Lândia fazia
parte.
Utopia? – como se perguntaram há um tempo atrás-continuaremos sem
resposta. No entanto, estamos aqui e há muito que ser feito, e isto é real.
Então, que a lembrança da juventude da Profª Lândia toque os nossos
corações e nos encoraje a ousar o sonho.
Sabemos que um dia todos partirão, mas com a certeza de que virão outros
jovens com o desejo de renovação e onde há juventude os sonhos não
morrem jamais. Que os nossos dias futuros nesse espaço sejam de
respeito, amor, entusiasmo, esperança e, sobretudo, de luta. Assim como
foi Lândia dos Santos Batista.