micianyfreitas
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Mar 11, 2014
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Added: Mar 11, 2014
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ELETROCIRURGIA
DEFINIÇÃO A eletrocirurgia ou diatermia é o processo de destruir tecido com a eletricidade e coagular os vasos sanguíneos, sendo usado amplamente na cirurgia moderna. O procedimento é frequentemente usado para parar o sangramento de pequenos vasos (sendo os vasos maiores ligados ) ou para cortar um tecido corporal, como, por exemplo, a gordura abdominal em uma laparotomia (abertura cirúrgica da parede abdonimal e do peritônio) ou o tecido mamário em uma mastectomia . Na eletrocirurgia, a corrente elétrica é produzida por um gerador , chega no corpo do paciente por um eletrodo ativo , agindo nos tecido-alvo, e sai através do eletrodo neutro (placa). Esta corrente elétrica, ao encontrar a resistência do tecido humano, é transformada em calor. O calor produzido determina os efeitos terapêuticos, seja de corte ou coagulação. O efeito físico da eletrocirurgia se baseia na Lei de Joule, ou seja, na energia térmica produzida de alta frequência aquece a ponta metálica do eletrodo positivo, passa através do corpo do paciente e é eliminada através da placa dispersiva que está direta ou indiretamente ligada ao fio-terra. Ao contrário do que se possa pensar, existe sangramento, se bem que reduzido, quando do uso do eletro-bisturi, bem como a anestesia local não pode ser dispensada.
Sistemas - Monopolar e Bipolar O conhecimento das leis físicas e dos mecanismos de funcionamento da eletrocirurgia são de grande importância para o cirurgião. Lesões por eletrocirurgia em laparoscopia têm sido observadas, e estão associadas ao uso do eletrodo monopolar, com frequência de 1 a 2 lesões a cada 1000 procedimentos. Com relação ao desenvolvimento de lesão, existem vários fatores que influenciam: densidade da corrente ; o tipo de onda e de coagulação usadas , com suas respectivas voltagens; as condições de isolamento dos dispositivos; a ocorrência do fenômeno de capacitância; e os riscos oferecidos pelo uso em pacientes com marca passo. No sistema bipolar, a densidade de corrente encontrada ao redor de seus eletrodos é bem menor, levando a menos lesões e, ainda, elimina vários dos outros mecanismos lesivos, como a placa de retorno e os citados acima. Vários estudos demonstram, em colecistectomias, apendicectomias, polipectomias e outros, que o índice de complicações com o eletrodo bipolar é significativamente menor .
FINALIDADES Eletrocoagulação : Técnica que se utiliza da ação coagulante da corrente, empregada para a destruição de tecidos patológicos. Dissecção: Consiste na secção dos tecidos. (corte) Fulguração: Coagulação superficial, sendo indicado para remoção de proliferações celulares cutâneas e remover manchas. (Fa ísca elétrica sobre a lesão que, fulturada , morre e é eliminada em alguns dias). Hemostasia : Processo no qual se impede, detém ou previne o sangramento. Realizada no decorrer da intervenção cirúrgica. VANTAGENS Incisões rápidas e precisas, sem necessidade de exercer maior pressão sobre os tecidos. Fácil acesso e visualização de áreas difíceis. Grande facilidade na remoção de tecidos hipertróficos. Bom controle da hemorragia. O contorno dos tecidos e a arquitetura gengival normal podem s restaurados com maior facilidade. As áreas interproximais são operadas com muita facilidade, em relação às técnicas convencionais. Prevenção da infiltração de micro-organismos na linha de incisão. Permite o aplainamento de tecidos moles. Dispensa a afiação de instrumental.
DESVANTAGENS Necessidade de aprendizado detalhado do operador para utilizar uma técnica precisa e exata de instrumentação. Necessidade de muita atenção durante o emprego do aparelho porque variações de intensidade na corrente elétrica podem trazer problemas técnicos. Não pode ser usado na presença de elementos inflamáveis, explosivos e determinados agentes anestésicos, devido ao risco de incêndios e explosões. Desprendimento de odor desagradável e, eventualmente, fumaça. Preço relativamente elevado. Alterações pulpares. Formação de sequestros ósseos. Com relação ao uso do aparelho, a potencia deve se situar entre 40 e 60 W. Quando os tecidos começam a aderir ao eletrodo, significa que a quantidade e a intensidade da corrente são insuficientes. Se a potencia é excessiva, o eletrodo pode causar uma excessiva coagulação ou a formação de zonas necrosadas, tomando o bordo uma tonalidade amarelada. Se a velocidade de deslizamento for muito pequena, pode-se, também, observar este efeito . O desprendimento de fumaça significa que a intensidade da corrente é maior que o recomendável.
INDICAÇÕES As indicações da eletrocirurgia são para tratamento de lesões benignas e malignas, tais como: Benignas Verrugas Quelóides (cicatrizes rosadas ou escuras, ás vezes brilhantes.). Molusco contagioso (tumores cutâneos claros que surgem na pele) Queratose actínia (lesões vermelhas escamativas no rosto, orelhas, couro cabeludo ) Cistos Melanoses actínicas (manchas de sol) Malignas Epiteliomas basocelular (câncer maligno da pele) Espinocelulares (tumor maligno em diversos órgãos: bexiga, pulmões, próstata). Na rotina dermatológica, é o recurso cirúrgico mais utilizado.
CONTRA-INDICAÇÕES Pacientes portadores de marca-passos cardíacos. A corrente de alta freqüência pode desativar marca-passo não protegido, porém atualmente os marca-passos são protegidos permitindo o emprego de corrente de alta freqüência . Presença na sala operatória de Óxido Nitroso e Oxigênio (explosivos). Uso de Ácido Clorídrico. Ulcerações aftosas. Proximidade de tecido ósseo. Presença de restaurações metálicas. Tecidos inflamados ou pouco espessos.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Preparar o equipamento ligando em tomada elétrica para testá-lo . Selecionar o local da placa, colocar pasta condutora (gel). O eletrodo neutro (placa) deve ser ligado de forma eficiente em toda sua superfície em contato com o corpo do paciente e posicionado tão perto quanto possível do campo operatório; verifique sempre o posicionamento da placa quando houver necessidade de reposicionamento do paciente ou quando houver longos períodos em que o eletrodo ativo permaneça ligado. Forrar partes metálicas da mesa . O paciente não deverá entrar em contato com partes metálicas ligadas ao potencial de terra (por exemplo, mesa de operação, suportes, etc . – isolá-los com latex .) Evitar superfícies ósseas e proeminências para evitar queimaduras no paciente. Verificar se o aparelho está desligado . Ligar o equipamento no painel . Aproximar o pedal do bisturi elétrico para perto do cirurgião, se necessário colocar uma compressa sob o pedal ou tira de esparadrapo para que não deslize no chão durante o uso.
Conectar o eletrodo estéril no bisturi elétrico. Ligar o fio terra. Ajustar a intensidade do corte e coagulação conforme necessidade do cirurgião . Observar interferências com outros aparelhos na sala de operação . A interferência eletromagnética produzida pelo funcionamento de um bisturi eletrônico pode influenciar desfavoravelmente o funcionamento de outro equipamento eletrônico . Evitar que a placa molhe com os campos cirúrgicos, com antissépticos que poderão tornar-se condutores de eletricidade. Certos materiais como o algodão hidrófilo, lã ou gaze podem, quando cheios de oxigênio, ser inflamáveis pelas faíscas produzidas na utilização normal do bisturi eletrônico . Lembrar da incompatibilidade do eletrocautério com uso de gazes, anestésicos explosivos (éter, ciclo propano ). Usar sugador de alta potência próximo ao eletrodo ( por causa do odor).
CUIDADOS COM A COLOCAÇÃO DA PLACA A intensidade do paciente no local da placa deve ser avaliada antes e depois da cirurgia particularmente nos pontos de pressão . A placa dispersiva deve ser colocada só depois do paciente já está na posição definitiva para a cirurgia. A placa dispersiva deve ser colocada em área limpa, sem pelos e seca. Deve ser colocada (placa) mais perto possível do local da cirurgia e no mesmo lado da cirurgia. Colocar a placa em ampla massa muscular evitando saliências ósseas, próteses de metal sobre a pele, pontos depressa.
Também tecidos escarificadas devem ser evitadas quando colocar a placa pois diminui o contato com o corpo. Obs.: se precisar de gel, placa, deve estar limpa evitando resíduos. Contato regular e homogênea da placa dispersiva com o corpo do paciente para permitir a boa distribuição da corrente. Observar que não haja deslocamento da placa da região de contato, quando se fizer necessário mobilizar o paciente durante o ato cirúrgico.
CONCLUSÃO É essencial o conhecimento dos fundamentos da eletrocirurgia, seu uso correto, equipamento seguro, monitoramento constante e investigação imediata diante de quaisquer suspeitas, para minimizar o risco de acidentes em paciente com adornos metálicos, e a cooperação do paciente na obediência das medidas preventivas de acidentes deve ser obrigatória.