Como evento final, ocorrem autólise celular e liberação de lisozimas que potencializam a destruição
celular. (histamina, serotonina, adrenalina, noradrenalina, cininas).
O choque séptico afeta virtualmente todos os órgãos e sistemas.
Manifestações clínicas.
Os estágios precoces são caracterizados por sintomas e sinais infecciosos.
O paciente está consciente e alerta, com a pele quente e ruborizada, pulsos amplos, hipotensão
moderada (ou níveis pressóricos menores do que o normal), débito urinário moderadamente reduzido e
febre podem ser intermitente, remitente, contínua ou variável, e está presente em 98% dos casos.
Achados laboratoriais frequentes na bacteriemia por gram-negativos incluem elevação da uréia,
hiperpotassemia, diminuição do sódio, cloro e bicarbonato.
Tratamento.
Monitoração hemodinâmica, para que os ajustes terapêuticos se façam eficientemente.
Clinicamente, devem ser observados e anotados a intervalos curtos os seguintes parâmetros: nível de
consciência, respiração, pulso, cor da pele, enchimento capilar, estado de hidratação. Objetivamente,
devem-se medir a PVC, a pressão arterial, a temperatura, a diurese e o balanço hídrico.
Se possível, monitorar a pressão em cunha pulmonar por cateter de Swan-Ganz.
A antibioticoterapia, de amplo espectro, correta constitui um dos passos fundamentais no tratamento
do choque séptico, não sendo exagero afirmar que uma falha nesse aspecto levará ao fracasso.
Choque Anafilático:
Causado por uma reação alérgica grave, produzindo uma vasodilatação sistêmica avassalada e
hipovolemia relativa.
O choque anafilático faz parte de um espectro de reações conhecidas como anafilaxia sistêmica,
determinadas por hipersensibilidade imediata.
A anafilaxia, ou reação anafilática, é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal.
Caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação
sanguínea acompanhada ou não de edema de glote.
Estas reações incomuns ocorrem em indivíduos previamente sensibilizados após reexposição a
antígenos (Alérgeno ou alergénio) ou a haptenos de baixo peso molecular.
Elas são mediadas por anticorpos do tipo IgE e começam alguns minutos após a exposição.
Os antígenos combinam-se com anticorpos IgE aderidos à superfície dos basófilos e mastócitos,
deflagrando a liberação de mediadores primários (histamina, leucotrienos, fatores quimiotáticos) e
secundários (prostaglandinas, cininas) da anafilaxia.
Os efeitos dessas substâncias mediadoras incluem constrição de músculo liso, aumento da
permeabilidade vascular, alteração do tônus vascular (sistêmico e pulmonar), indução à degranulação
de plaquetas, atração de células inflamatórias.
Os principais agentes causadores de anafilaxia são:
Proteínas: venenos de insetos, himenópteros, pólen, alimentos (ovos, frutos do mar, nozes, grãos,
amendoim, algodão, chocolate), soros heterólogos, hormônios (insulina), enzimas (tripsina), outras
proteínas humanas (p. ex., fluido seminal).
Haptenos: antibióticos (penicilinas, cefalosporinas, tetraciclinas, anfotericina B, nitrofurantoína,
aminoglicosídeos), anestésicos locais (lidocaína, procaína), vitaminas (tiamina, ácido fólico), dextranas.
Já os agentes implicados na gênese das reações anafilactóides são: curare, soluções hipertônicas