ENCONTRO COM AS PROFECIAS 233
Estamos analisando a grande cadeia profética das sete trombetas. As trombetas foram
tocadas a juízos divinos caíram sobre um poder – o romano – que não temia nenhuma
outra autoridade, nem na terra e nem no céu.
Quando o apóstolo João estava preso na ilha de Patmos, viu por revelação de Deus o
futuro do mundo, o conflito entre o bem e o mal e o seu desfecho final. O fim de tudo é
majestoso e indescritível, mas não para quem feriu, perseguiu ou massacrou. Para estes
o fim não tem brilho, não tem luzes, não tem glória, e sim dor e sofrimento, exatamente
o que sempre fizeram aos filhos de Deus.
A profecia do quarta trombeta diz o seguinte: “O quarto anjo tocou a trombeta, e foi
ferida a terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a
terça parte deles escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, semelhante a noite”
(Apocalipse 8:12).
Para aqueles que estão acompanhando o estudo desta série profética, com certeza já
perceberam que um detalhe se repete em todos os estudos. Trata-se da expressão “terça
parte”. Isso significa que a abrangência do castigo não alcança o mundo todo, apenas
parte.
A profecia diz também que ao ser tocada a quarta trombeta, a terça parte do sol, da lua e
das estrelas seriam atingidas. O que isso significa? Quem são o sol, lua e estrelas nessa
profecia?
Antes de responder a estas perguntas preciso lembrar que as trombetas ou os juízos de
Deus estão atingindo um poder político, o império romano. Este império já estava
fragilizado devido aos duros golpes dos invasores bárbaros (as trombetas anteriores). A
profecia diz que a quarta trombeta seria decisiva, o golpe final ou de misericórdia contra
um poder que já agonizava.
Diferentemente das trombetas anteriores, o profeta João está dizendo que desta vez não
seria atingida a terra ou a água, e sim os astros e estrelas.
“Segundo a profecia, seria ferida a terça parte do sol imperial romano para jamais tornar
a brilhar. E, agora, uma vez extinto o sol imperial do ocidente, com a queda da
dignidade imperial, as instituições, o Consulado e o Senado – ou a lua e as estrelas, que
dependiam de sua luz para poderem brilhar ali, também se extinguiriam como reza a
profecia, como se fizesse noite completa no ocidente romano” (A verdade sobre as
Profecias do Apocalipse, 2ª.ed. pg.137).
Perceba que a quarta trombeta alcança o centro do poder do império romano. E sabe
quem deu o golpe final nos romanos? “Odoacro, com seus Hérulos, venceu a frágil
resistência que ainda suportava no trono um Imperador fantoche – Rômulo. Assim
Rômulo, o ultimo dos Césares, depôs a sua coroa do Ocidente Romano, nas mãos de
Odoacro, rei dos Hérulos vencedores” (idem).
A profecia se cumpriu ao pé da letra no ano 476 dC. Tudo o que foi dito pelo profeta no
ano 100 d.C., se cumpriu na sua plenitude trezentos e setenta e seis anos mais tarde.