Escolas do pensamento antropologico

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Para acessar a trabalhos gratuitos aceda ao site www.belchiormario.blogspot.com
estetabalho de pesquisa versa sobre as escolas do pensamento antropologico , da cadeira de antropologia cultural, portanto espero ter ajudado os estudantes que carrecem desta matéria , portanto compartilhe com os demais...


Slide Content

Indice

Conteúdo Páginas
Introdução ......................................................................................................................... 1
Objectivo Geral................................................................................................................. 2
Objectivos Específicos...................................................................................................... 2
Metodologia ...................................................................................................................... 3
1. Escolas do pensamento Antropológico ..................................................................... 4
1.1. Noções Gerais ........................................................................................................ 4
1.2. Principais Escolas do Pensamento Antropológico ................................................ 4
1.2.1. Escola Evolucionista .......................................................................................... 5
1.2.2. Escola Funcionalista .......................................................................................... 5
1.2.3. Escola Difusionalista.......................................................................................... 6
1.2.4. Escola Estruturalista........................................................................................... 7
1.2.4.1. Relações familiares......................................................................................... 7
1.3. Outras Escolas do Pensamento Antropológico ...................................................... 8
1.3.1. Escola Sociológica Francesa .............................................................................. 8
1.3.2. Escola Americana ou Culturalismo Norte-Americano ...................................... 9
1.3.3. Antropologia Interpretativa................................................................................ 9
1.3.4. Antropologia Pós-Moderna ou Crítica ............................................................... 9
1.4. Ideais dos representantes das correntes Antropológicas...................................... 10
1.4.1. Antropólogos evolucionistas: ......................................................................... 10
1.4.2. Antropólogos Funcionalistas ........................................................................... 11
2. Conclusão ................................................................................................................ 13
3. Bibliografia .............................................................................................................. 14

Escolas do pensamento Antropológico Página 1

Introdução
O presente trabalho versa sobre as escolas de pensamento antropologico e portanto visa
Estudar as principais correntes da Antropologia para melhor compreender a diversidade
cultural e posicionar-se diante da alteridade presente.
A Antropologia, sendo a ciência da humanidade e da cultura, tem um campo de
investigação extremamente vasto: abrange, no espaço, toda a terra habitada; no tempo,
pelo menos dois milhões de anos e todas as populações socialmente e devidamente
organizadas. Divide-se em duas grandes áreas de estudo, com objectivos definidos e
interesses teóricos próprios: a Antropologia Física (ou Biológica) e a Antropologia
Cultural, para alguns autores, sinónimo de antropologia social, que focaliza, talvez, o
principal conceito desta ciência, a cultura.
As teorias antropológicas ganharam força a partir da segunda metade do século XIX, e
ainda têm grande força no período pós-moderno. Através do ensino a distância você
poderá fazer o curso de Teorias Antropológicas, que abrirá novos horizontes profissionais
para quem deseja adquirir uma análise crítica das principais linhas de reflexão das teorias
científicas e epistemológica, além de abordar a suas influências na atualidade.

Escolas do pensamento Antropológico Página 2

Objectivo Geral
Compreender de forma clara e objectiva as abordagens das Escolas do pensamento
Antropológico




Objectivos Específicos
 Identificar as escolas do pensamento antropologico;
 Descrever as caracteristicas das escolas do pensamento antropógico;
 Descrever de forma sumária os ideais dos principais representantes das escolas do
pensamento antropológico.

Escolas do pensamento Antropológico Página 3

Metodologia
No que se refere à metodologia utilizada no presente estudo, foi empregada a pesquisa
bibliográfica .
Para SEVERINO (2007), a pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do
registo disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como
livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por
outros pesquisadores e devidamente registados

Escolas do pensamento Antropológico Página 4

1. Escolas do pensamento Antropológico

1.1.Noções Gerais
A Antropologia é o estudo do homem como ser biológico, social e cultural. Sendo cada uma
destas dimensões por si só muito ampla, o conhecimento antropológico geralmente é
organizado em áreas que indicam uma escolha prévia de certos aspectos a serem
privilegiados como a “Antropologia Física ou Biológica” (aspectos genéticos e biológicos
do homem), “Antropologia Social” (organização social e política, parentesco, instituições
sociais), “Antropologia Cultural” (sistemas simbólicos, religião, comportamento) e
“Arqueologia” (condições de existência dos grupos humanos desaparecidos).
Além disso podemos utilizar termos como Antropologia, Etnologia e Etnografia para
distinguir diferentes níveis de análise ou tradições acadêmicas. Para o antropólogo Claude
Lévi-Strauss, a etnografia corresponde “aos primeiros estágios da pesquisa: observação e
descrição, trabalho de campo. A etnologia, com relação à etnografia, seria “um primeiro
passo em direção à síntese” e a antropologia “uma segunda e última etapa da síntese,
tomando por base as conclusões da etnografia e da etnologia”.
Qualquer que seja a definição adotada é possível entender a antropologia como uma forma
de conhecimento sobre a diversidade cultural, isto é, a busca de respostas para entendermos
o que somos a partir do espelho fornecido pelo “Outro”; uma maneira de se situar na fronteira
de vários mundos sociais e culturais, abrindo janelas entre eles, através das quais podemos
alargar nossas possibilidades de sentir, agir e reflectir sobre o que, afinal de contas, nos torna
seres singulares, humanos.
1.2.Principais Escolas do Pensamento Antropológico

Ao longo da sua existência, a Antropologia tem, como toda ciência, mudado seus
paradigmas e construído formas diversas de investigação. A essas formas diferenciadas de
investigação e análise dos fenômenos culturais dá-se o nome de “escola antropológica”.
Constituem os principais paradigmas e escolas de pensamento antropológico:
1. Evolucionismo
2. Funcionalismo
3. Difusionismo

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4. Estruturalismo

1.2.1. Escola Evolucionista
Evolucionismo social ( século XIX) - Seus principais paradigmas foram: a sistematização
do conhecimento acumulado sobre os “povos primitivos” e o predomínio do trabalho de
gabinete, a análise era feita a partir dos relatos de viajantes e colonizadores que chegavam
às mãos dos antropólogos. Entre os temas e conceitos trabalhados por essa escola, destacam-
se: a unidade psíquica do homem; a evolução das sociedades das mais “primitivas” para as
mais “civilizadas”; a substituição conceito de raça pelo de cultura. Seus principais
representantes foram: Maine (“Ancient Law” – 1861); Herbert Spencer (“Princípios de
Biologia” - 1864); E. Tylor (“A Cultura Primitiva” - 1871); L. Morgan (“A Sociedade
Antiga” - 1877); James Frazer (“O Ramo de Ouro” - 1890).
A Escola Evolucionista dominou até o inicio do século XX, e é possível afirmar que esta
usava métodos comparativos, onde o individuo era comparado e classificado, essas
comparações variavam e poderiam ser de acordo com religião, parentesco etc. Seu histórico
afirma que as sociedades estariam em constante evolução, partindo daprerrogativa em que
os indígenas primitivos seriam os antecessores do homem civilizado. Ainda sobre a Escola
Evolucionista é possível destacar que a antropologia buscava explicar a diferença nas
evoluçõesdas sociedades, e acreditava que se um indivíduo possuísse nível de sabedoria
elevado, este seria capaz de viver em qualquer outra sociedade, pois se tratava de um
individuo extremamente evoluído.
1.2.2. Escola Funcionalista
Funcionalismo – (século XX, anos 20) - Seus principais paradigmas foram: a criação
de um modelo de etnografia clássica; a ênfase no trabalho de campo (observação
participante); a sistematização do conhecimento acumulado sobre uma cultura. Os principais
temas e conceitos desenvolvidos por essa escola foram: a cultura como totalidade e o
interesse pelas instituições e suas funções para a manutenção da totalidade cultural. Entre
seus representantes e suas obras de referência podemos citar: Bronislaw Malinowski
(“Argonautas do Pacífico Ocidental” -1922); Radcliffe Brown (“Estrutura e função na
sociedade primitiva” - 1952-; e “Sistemas Políticos Africanos de Parentesco e Casamento”,
org. c/ Daryll Forde - 1950.;

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Evans-Pritchard (“Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande” - 1937; “Os Nuer” - 1940);
Raymond Firth (“Nós, os Tikopia” - 1936; “Elementos de organização social - 1951); Max
Glukman (“Ordem e rebelião na África tribal”- 1963); Victor Turner (“Ruptura e
continuidade em uma sociedade africana”-1957; “O processo ritual”- 1969); Edmund Leach
- (“Sistemas políticos da Alta Birmânia” - 1954).
Diferentemente da escola evolucionista, a escola funcionalista nãoacreditava que uma
sociedade poderia ser mais avança que outra, uma vez que cada sociedade tem a sua
determinada função, e essas funções relacionam-se de maneira a formar um
sistema. Partindo desteprincipio, é necessário que observemos e possamos entender cada
função presente em um grupo social, para que assim seja possível entender o
desenvolvimento dele. Cada sociedade é entendida como diferente, masnunca como inferior
ou superior. Esta escola surgiu como uma alternativa à teoria evolucionista.

1.2.3. Escola Difusionalista
Teve Iníciom a partir do séc. XX e continua a expansão colonial e destroem-se algumas
culturas índias. Industrialização Surge como reacção ao evolucionismo, atingindo a
orientação teórica e metodológica (trouxe desta feita rigorosidade nos métodos da
Antropologia Cultural).
Esta corrente busca uma base histórica para explicar as semelhanças entre culturas
particulares (Explicava o presente pelo passado), Defendeu que as diferenças e semelhanças
culturais eram causa da tendência humana para imitar e a absorver traços culturais.
A diversidade cultural explica-se pelas relações de empréstimo e não pela invenção
independente. A principal crítica reside no facto dela salientar demasiado a forma
(unicamente uma dimensão das características culturais), em detrimento do significado que
cada característica tem para os membros de cada cultura em particular. Ignorou também as
relações com outras características.
Os principais representates foram:
 G.E. Smith (1871-1937)
 W.J. Perry (1887-1950)
 W.H. Rivers (1864-1922
 Ratzel (1844-1904)

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 Graebner (1877-1934)
 Frobenius (1873-1938
 Franz Boas (1858-1942)
 Carl Wissler (1870-1947)
 Alfred Kroeber (1876-1960)
 Robert Lowie (1883-1957

1.2.4. Escola Estruturalista
Estruturalismo (século XX, anos 40) – Seus principais paradigmas foram: a busca das regras
estruturantes das culturas presentes na mente humana; a teoria do parentesco; a lógica do
mito e as formas primitivas de classificação. Os principais temas e conceitos desenvolvidos
por essa escola foram: os princípios de organização da mente humana; o princípio da
reciprocidade.
O termo estruturalismo procura nomear um conjunto de elementos solidários entre sí, onde
cada parte são funções de outras parte, e seguindo esse elo de componentes chega-se a
relação das demais com sua totalidade, daí pode-se dizer que uma estrutura se compõe mais
propriamente de membros do que de partes. Foi uma corrente de pensamento nas ciências
humanas que se inspirou nos modelos da linguística e que prende a realidade social como
um conjunto formal de relações, sendo visto como uma abordagem geral com muitas
variações diferentes; tornando-se um dos métodos mais utilizados para analisar o idioma,
cultura e filosofias da comunidade a ser estudada, porém este não se refere como uma escola,
mas sim, como local de trabalho.
1.2.4.1.Relações familiares
O estruturalismo procura explorar as inter-relações através dos quais o significado é
produzido dentro de uma cultura, baseada na linguagemdos signos, da análise de seus
componentes e das funções cumpridas dentro de um todo. Essas estruturas assumem um
caráter modificador nas relações do conjunto, pois seguem a linha de pensamento contra o
existencialismo e todos os pensamentos historicistas.
Nos trabalhos pesquisados, os grupos familiares eran encontrados em pares, ou grupos
emparelhados onde eles brigavam entre si e ao mesmo tempo não conseguiam viver
separados.

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Tinha como objetivo a descrição empírica dos elementos e a crença dos fenômenos da vida
em sociedade não seria inteligíveis se não vivessem em suas interrelações, estruturando-se
nas variações locais dos fenômenos de superfície. Com isso, ganhavam suas identidades por
meio das relações, sendo influenciados pelos seus fonemas e sons da natureza, juntamente
com a semântica, mostrando as variabilidades das práticas no modo de pensar. O
estruturalismo propos transcender as organizações prímarias dos fatos,observando nas
pesquisas para depois elaborar os estudos dos elementos em cada nível, para depois se chegar
a um modelo teórico do objeto. Foi também entendido como corpo teórico e marcou o início
das ideologias das ciências sociais, abordando a estrutura que excluiria a praxis de Marx,
estabelecendo critério supremo da verdade.
Os pensadores notórios do estruturalismo foram:
Ferdinand de Saussure: lançou paralelamente ao trabalho teórico mais tarde reunido na obra
Curso Geral de Linguística, Saussure realizou, entre 1906 e 1909, um outro estudo que é
comumente chamado de Os Anagramas de Saussure.
Leonard Bloomfield: publicou em 1933 seu principal trabalho - Linguagem é considerada
por muitos como o texto clássico de lingüística estrutural, também tida com o próprio
estruturalismo.
Claude Lévi-Strauss: sua principal obra foi Tristes Trópicos de 1955
Jean Piaget: em 1967 lança o que foi considerada sua obra mais madura: Biologia e
Conhecimento
Franz Boas: publicou A Mente do Homem Primitivo: 1938

1.3. Outras Escolas do Pensamento Antropológico
1.3.1. Escola Sociológica Francesa
Escola Sociológica Francesa, (século XIX) – Seus principais paradigmas foram: a definição
dos fenómenos sociais como objetos de investigação sócio-antropológica e a definição das
regras do método sociológico. Os principais temas e conceitos desenvolvidos por essa escola
foram: as representações coletivas; as formas primitivas de classificação (totemismo) e a
teoria do conhecimento. O fato social total; a troca e a reciprocidade como fundamento da
vida social (dar, receber, retribuir).

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Seus principais representantes foram: Émile Durkheim (Regras do método sociológico”-
1895; “Algumas formas primitivas de classificação” - c/ Marcel Mauss - 1901; “As formas
elementares da vida religiosa” – 1912); Marcel Mauss (Esboço de uma teoria geral da magia”
- c/ Henri Hubert - 1902-1903; “Ensaio sobre a dádiva” - 1923-1924; “Uma categoria do
espírito humano: a noção de pessoa, a noção de eu”- 1938).
1.3.2. Escola Americana ou Culturalismo Norte-Americano
Culturalismo Norte-Americano, (século XX, anos 30) – Seus principais paradigmas foram:
o método comparativo, a busca de leis no desenvolvimento das culturas e a relação entre
cultura e personalidade. Os principais temas e conceitos desenvolvidos por essa escola
foram: a ênfase na construção e identificação de padrões culturais ou estilos de cultura
(ethos). Seus principais representantes foram: Franz Boas (Raça, Língua e Cultura - 1940),
Margaret Mead (Sexo e temperamento em três sociedades primitivas - 1935), Ruth Benedict
(Padrões de cultura- 1934; O Crisântemo e a espada- 1946).
1.3.3. Antropologia Interpretativa
Antropologia Interpretativa (século XX, anos 60) – Seus principais paradigmas foram: a
cultura como hierarquia de significados; a busca da descrição densa. A interpretação sob
inspiração hermenêutica. Os principais temas e conceitos desenvolvidos por essa escola
foram: a interpretação antropológica; a leitura da leitura que os nativos fazem de sua própria
cultura. Seu principal representante é: Clifford Geertz (A interpretação das culturas – 1973;
Saber local – 1983);
1.3.4. Antropologia Pós-Moderna ou Crítica
Antropologia Pós-Moderna ou Crítica (século XX, anos 80) – Seus principais paradigmas
foram: a preocupação com os recursos retóricos presentes no modelo textual das etnografias
clássicas e contemporâneas; a politização da relação observador-observado na pesquisa
antropológica; a crítica dos paradigmas teóricos e da autoridade etnográfica do antropólogo.
Os principais temas e conceitos desenvolvidos por essa escola foram: a cultura como
processo polissêmico; a etnografia como representação polifônica da polissemia cultural; a
antropologia como experimentação da crítica cultural. Seus principais representantes foram:
James Clifford e Georges Marcus (Writing culture - The poetics and politics of ethnography-
1986); George Marcus e Michel Fischer (Anthropoly as cultural critique - 1986); Michel
Taussig (Xamanismo, colonialismo e o homem selvagem- 1987); James Clifford (The
predicament of culture - 1988).

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1.4. Ideais dos representantes das correntes Antropológicas
1.4.1. Antropólogos evolucionistas:
J.J. Bachofen (1815-1887), um jurista suíço, foi o primeiro a chamar a atenção para
sociedades que seguem a linha de descendência através da mulher (culturas materlinhares).
Imaginou que nessas sociedades não se reconhecia a paternidade; "construiu" um mundo
greco-latino matriarcal.
J.F.McLennan (1827-1881) (escocês) escreveu "Studies in Ancient History" e “Primitive
Marriage” (1865). Nesta última obra, afirmou que a forma mais antiga de família era
caracterizada pelo matriarcado. Observou a simulação do rapto da noiva pelo noivo, para
logo atingir o casamento. A si se devem os termos “exogamia” (matrimónio fora do próprio
grupo) e “endogamia” (matrimónio dentro do próprio grupo).
Henry Sumner Maine (1822-1888) foi um etnólogo jurídico, membro do conselho britânico
do vice-rei da Índia. Encontrou semelhanças entre as antigas leis de Roma, da Índia e da
Irlanda (sociedades patrilinhares). O seu livro mais famoso é “Ancient Law” (1861), no qual
defendeu que a mais antiga forma de família era a família patriarcal dos indo-europeus.
Robertson-Smith (1846-1894) foi um erudito que interpretou o Antigo Testamento (um dos
primeiros, no seu contexto histórico). No seu livro "The Religion of the Semites" (1889), diz
que, nas religiões tradicionais não reveladas, o rito é mais importante que o dogma.

James G. Frazer (1854-1941) foi o primeiro a consciencializar o público da importância da
antropologia. No seu livro "Golden Bough", (“O ramo dourado”: um estudo sobre a magia e
a religião, 12 vols.) mostra interesse pela religião e elabora a teoria da "magia simpática" –
homeopática – (o simbolismo através do qual os ritos mágicos imitam o efeito que tentam
produzir) e da “magia por contacto” (por relação de contacto, ex.: Vudú, nas Caraíbas). Estas
teorias foram criticadas por Frazer como sendo pensamentos erróneos e ciência bastarda.
-Etapas evolutivas da humanidade: MAGIARELIGIÃOCIÊNCIA
Lewis Henry Morgan (1818-1881), Influenciado pelo evolucionismo biológico de Darwin,
defende a teoria de que, no desenvolvimento histórico das culturas, acontecem as seguintes
mudanças: Selvagismo (caça e recoleção) Barbárie (cerâmica, agricultura) Civilização
(escrita)

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Edward Burnett Tylor (1832-1937) Defendeu uma reforma moral. Sublinhou que os
aborígenes australianos eram sobreviventes da pré-história. Os “survivals” deviam ser
identificados, através de um estudo histórico-cultural. Interessou-se, particularmente, pela
religião e pelo animismo.
Antropólogos Difusionistas
Ratzel (1844-1904), oposto às teorias de Bastian, interessou-se mais pelos utensílios do que
pelas ideias: utensílios inventados em lugares concretos e que se difundiam, para outros
lugares, através das migrações. Procurou semelhanças entre objectos;
Fr. Wilhelm Schmidt (1868-1959), fundador da revista Anthropos, que inverteu as séries
evolutivas dos evolucionistas, pois tentou demonstrar que a religião tinha origem no
monoteísmo – ex.: pigmeus caçadores e recolectores. Os alemães postularam a formação de
diversas culturas, a partir de poucos “círculos culturais”. Essas culturas estender-se-iam a
outras culturas sob forma de traços, através da migração de populações e da melhoria dos
meios de transporte.
Franz Boas (1858-1942), Para Boas, a tarefa do antropólogo era investigar as tribos
primitivas que careciam de história escrita, descobrir restos pré-históricos, estudar tipos
humanos e a linguagem. Cada cultura teria a sua própria história. Para compreender a cultura
teríamos que reconstruir a história de cada cultura. Defendeu que não há culturas superiores
nem inferiores (relativismo cultural). Os sistemas de valores devem compreender-se dentro
do contexto de cada cultura e não de acordo com os padrões da cultura do antropólogo.
Grafton Elliot Smith (1871-1937, antropólogo físico), estudou o cérebro das múmias no
Egipto, o que lhe levou a defender a difusão como principal motor da dinâmica cultural.
1.4.2. Antropólogos Funcionalistas
Émile Durkheim (1858-1917) foi um grande inspirador dos estudos antropológicos. Na sua
revista "L´Année Sociologique"(1898-...), seguiu o sociólogo britânico Herbert Spencer,
afirmando a independência dos factos sociais (regras de comportamento, normas, critérios
de valor, expectativas dos membros) relativamente à consciência dos indivíduos que formam
a sociedade. Relaciona o facto social com as necessidades que cumpre e satisfaz – função
(exemplo: o castigo do delito, a divisão do trabalho). O social só poderia explicar-se pelo
social e não por constituição biológica ou por psicologia individual.

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B. Malinowski (1884-1942) criou a autodenominada “Escola Funcionalista”. Parte de
Durkheim (os costumes inúteis e sem significado deixam de existir). Um fenómeno social
serve o povo que o pratica. Relacionou a organização social com as necessidades biológicas
(alimento, abrigo, reprodução). Essas necessidades são, porém, diferentes das necessidades
dos animais, as necessidades humanas são satisfeitas através da cooperação numa sociedade
organizada que fala, pensa, transmite experiência, conhecimentos, valores e regras de
conduta. São também diferentes das necessidades dos animais porque requerem educação
(dispositivo para transmitir a herança de conhecimentos e valores morais) e uma fonte de
confiança na rectitude das suas normas e da continuidade da sua existência. Esta confiança
deriva da religião.
A R. Radcliffe-Brown (1881-1955) insistirá no facto de que a função não deve ser usada no
sentido de "intenção", "finalidade" ou "significado". A proposição "todo uso social tem uma
função" pode converter-se facilmente em "todo uso social é bom". Para Radcliffe-Brown, a
função é o que sustenta a estrutura social, ou seja, a coesão dentro de um sistema de relações
sociais. Por exemplo, a magia tem a função de actuar como um mecanismo de solidariedade
social.

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2. Conclusão

Feito o nosso trabalho de pesquisa, o grupo chegou ao consenso que a Escola Evolucionista,
dominou até o início do século XX, e é possível afirmar que esta, usava métodos
comparativos, onde o indivíduo era comparado e classificado, essas comparações variavam
e poderiam ser de acordo com religião, parentesco etc. Seu histórico afirma que as
sociedades estariam em constante evolução, partindo da prerrogativa em que os indígena
primitivo seria o antecessor do homem civilizado.
Esta escola acreditava principalmente que as semelhanças eram passadas através da imitação
e na capacidade das pessoas em absorver os traços culturais entre os povos, sendo através da
negociação, conquista entre outras maneiras.
Observando a Escola Funcionalista, podemos destacar que esta escola estuda as funções das
sociedades e as entende como mecanismos de um sistema.
Diferentemente da escola evolucionista, a escola funcionalista não acreditava que uma
sociedade poderia ser mais avança que outra, uma vez que cada sociedade tem a sua
determinada função, e essas funções relacionam-se de maneira a formar um sistema.
Partindo deste principio, é necessário que observemos e possamos entender cada função
presente em um grupo social, para que assim seja possível entender o desenvolvimento dele.
Cada sociedade é entendida como diferente, mas nunca como inferior ou superior. Esta
escola surgiu como uma alternativa à teoria evolucionista. Os principais autores que
apoiavam essa teoria foram: Bronislaw Kasper Malinowski e Alfred Radcliffe Brown.
A escola Estruturalista sucede a escola funcionalista, e Pose ser considerada como
ramificada para a Escola Estruturalista Marxista. Primeiramente é importante observar que
a Escola Estruturalista resgata o sentido dos sonhos, onde acredita-se que o inconsciente se
manifesta. Essa corrente, finda-se na cultura presente na mente humana, usando a teoria do
parentesco da lógica. A escola estuda aspectos subjetivos, que estavam ligados
principalmente à linguagem e ao imaginário dos indivíduos, assim como de cada grupo
social.

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3. Bibliografia
BENEDICT, Ruth. O Crisântemo e a Espada. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972.
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KUPER, Adam. A visão das ciências sociais: Talcott Parsons e os antropólogos
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PEIRANO, Mariza. Só para iniciados. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 3, n. 5,
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ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo? Coleção Primeiros Passos, Nº. 124. São
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SEGATO, Rita Laura. Os percursos do gênero na antropologia e para além dela. Série
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STOCKING, JR George W. Franz Boas: A formação da antropologia Americana
1883 - 1911. Rio de Janeiro, RJ: contraponto: Editora UFRJ, 2004.
SEVERINO, António Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23ª ed. rev. e atual.
São Paulo: Cortez, 2007.