ESFERAS PÚBLICA E PRIVADA NO ÂMBITO DO ENSINO RELIGIOSO

MICHELEWILBERT4 5 views 10 slides Sep 09, 2025
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Na religião, a esfera pública envolve a manifestação e prática em locais comuns, como ruas e praças, influenciando a sociedade e a política, enquanto a esfera privada se refere à crença individual e prática em ambientes privados, como o lar. A liberdade religiosa garante ambas, mas o espa�...


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ESFERAS PÚBLICA E PRIVADA

Você já ouviu o ditado popular sobre não discutir assuntos considerados polêmicos, como religião e política? As religiões ajudam o ser humano a conectar-se com o que acreditam ser sagrado, construindo experiências de fé e esperança. Essas experiências podem ser compartilhadas tanto com pessoas que creem da mesma maneira quanto com pessoas que creem de maneira diferente.

E a política? É a arte ou a ciência de governar. No processo de governo, ideias e correntes políticas diversas são assumidas. Essas experiências também podem ser compartilhadas com pessoas que pensam de maneira igual ou diferente.

Infelizmente, nem sempre é pacífica a convivência de crenças e pensamentos. No campo das religiões, isso pode ocorrer por uma agressividade na defesa das próprias crenças ou pela falta de aceitação das crenças alheias, como a imposição de uma única opinião. Será que o diálogo é possível? Esse é um debate necessário, mas nem sempre nos damos conta da sua importância.

Uma área em que se exerce alguma atividade (intelectual ou física) pode ser chamada de esfera. Cada esfera, assim como os espaços e as instituições, tem valores, regras e códigos de conduta próprios. De modo geral, as esferas podem ser divididas em públicas e privadas. É possível dizer que a esfera pública abrange as decisões que dizem respeito à coletividade e a esfera privada engloba o que é individual.

As noções de público e de privado remontam à Grécia Antiga, a partir do século VII a.C.. Nesse período, surgiram as pólis, que eram cidades politicamente autônomas, isto é, cidades-estados, que reuniam funções de defesa militar, administração, centro religioso e comercial. A pólis grega criou um modo de vida urbano que foi uma das bases da civilização ocidental. As duas principais cidades-estados gregas foram Atenas e Esparta.

A religião exercia forte influência na pólis e os templos tinham destaque na arquitetura grega. Para esse povo, os deuses habitavam os templos. Por isso, no alto das cidades gregas antigas, situava-se a acrópole, lugar reservado aos templos dedicados aos deuses. A ágora, que ficava na parte baixa da cidade, era outro espaço de destaque da arquitetura grega. Nessa praça, onde estava localizado o mercado, eram realizadas atividades religiosas, competições esportivas, assembleias , debates filosóficos e festivais.

A ágora era um espaço de reunião entre as pessoas. Também servia para discutir e executar regras para a cidade, além de ser um ponto de encontro dos filósofos para debater sobre os mais diversos temas. Ao redor da ágora, havia edifícios públicos e monumentos estimulando a circulação e a presença de pessoas, que saíam de suas casas para ir até lá .

Para os gregos antigos, a palavra oikos , que significa casa, não se referia a um local ou a uma construção. Oikos era o nome dado a uma família formada por chefe (o homem), filhos, esposa e escravizados, que conviviam em um mesmo ambiente. Nesse contexto, entendia-se o espaço público (ágora) como oposto ao privado ( oikos ). Acreditava-se que os assuntos do espaço privado não diziam respeito à comunidade e, por isso, não deveriam ser expostos.

Em Atenas, apenas o chefe que governasse bem o seu oikos poderia participar das assembleias políticas e dos debates filosóficos na ágora. Mulheres, estrangeiros, escravizados e crianças não eram permitidos nesses eventos. Nos assuntos das assembleias, as mulheres eram representadas pelo pai, pelo marido, pelo irmão, pelo filho ou por outro membro masculino da família.