Quando pensamos em ser revestidos de poder (At 1.8), muitas vezes pensamos
exclusivamente em milagres, dons, sinais, prodígios, manifestações e curas.
Porém, Jesus se referia ao poder para sermos testemunhas a seu respeito.
É por isso que Paulo afirma que não precisamos de discursos eloquentes e esbanjar
conhecimento. Damos testemunho de “Cristo e este crucificado” (1Co 2.1-2).
E é por meio do Espírito que proclamamos aquele que não vimos, porém amamos (1Pe
1.8). Porque fomos feitos testemunhas, pela fé, não apenas cremos, mas conhecemos a
Deus.
Por meio do Espírito, pela fé que nos é outorgada, pregamos não daquilo que ouvimos
falar, mas que nossos olhos veem (Jo 42.5).
Distribuição dos Dons Espirituais
O revestimento de poder também envolve a distribuição dos dons da Igreja (Rm 12.6-8;
1Co 12; Ef 4.7-13), tanto os miraculosos (como curas) quanto os ordinários (como socorro
e ensino).
É função o Espírito a distribuição conforme a sua vontade e de acordo com o ministério
que cada pessoa exercerá.
Convencerá do Pecado, da Justiça e do Juízo (Jo 16.8)
O Paracleto é responsável pela conversão e mudança de vida de um Cristão. É Ele quem
convence o Cristão do Pecado, da Justiça e do Juízo.
Uma pregação eloquente e os muitos estudos jamais nos convenceriam dessas verdades.
Muitos de nós sabemos esse versículo de cor, mas muitas vezes não entendemos a
profundidade desse convencimento:
Pecado: dificilmente alguém admitirá que é uma pessoa ruim. Dificilmente uma pessoa
se descreverá como depravada, impura, egoísta, cruel, má, injusta etc.
Porém, o Espírito revela a nossa maldade. Percebemos o quão necessitados da graça e
do perdão de Deus somos.
E acima de tudo, o Espírito nos tira da incredulidade. Ele nos convence da verdade de
Cristo e do Evangelho.
Embora todos nós tenhamos pecados, o mais grave e que verdadeiramente nos
afastará do perdão de Deus é não crer em Jesus Cristo. Não crer em seu sacrifício
salvífico. (Jo 16.9)
Todos os outros pecados que tenhamos cometidos serão redimidos e apagados, mas
apenas se crermos que Jesus se entregou por nós.
Justiça: quando convencidos do pecado, temos a plena convicção de que não há justiça
própria.
Nada que eu faço, nenhuma boa ação, nada poderá me justificar do meu pecado perante
Deus.
Porém, Deus fez justiça mediante Cristo Jesus. A justiça que vem pela fé em Cristo, que
se ofereceu como sacrifício por todo aquele que nele crê. Todo homem pecou e carece da
graça de Deus, e a única forma é por meio da justificação em Cristo. (Rm 3:21-26)
É dessa justiça que o Espírito Santo de Deus nos convence.
Juízo: toda maldade, todo pecado e o próprio Satanás já estão condenados. A sentença já
foi dada.
Os pecados daqueles que crêem na justiça de Cristo, foram condenados na cruz. O nosso
pecado já não pode mais nos escravizar, pois morremos para ele.
E toda maldade que existe neste mundo será condenada no retorno de Jesus.
Se toda a maldade que havia em mim já foi condenada, logo, nenhuma acusação contra
os eleitos de Deus pode prevalecer. E o Consolador coloca essa esperança em nossos
coração.