Capítulo 9
Narrar e pensar as narrativas
surdas capixabas: o outro
surdo no processo de pensar
uma pedagogia
Lucyenne Matos da C. Vieira-Machado
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“Nada facilita mais a memorização das narrativas
que aquela sóbria concisão que as salva da análise
psicológica. Quanto maior a naturalidade com que
o narrador renuncia às sutilezas psicológicas, mais
facilmente a história se gravará na memória do
ouvinte, mais completamente ela se assimilará à sua
própria experiência e mais irresistivelmente ele cederá
à inclinação de recontá-la um dia”.
Walter Benjamim
Ainda bem que o que eu vou escrever já deve estar na
certa de algum modo, escrito em mim...
Clarice Lispector
Parte da minha pesquisa de mestrado que deu origem à seguinte disser-
tação: Traduções e marcas culturais dos surdos capixabas: os discursos
desconstruídos quando a resistência conta a história/2007 .
Mestre e doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Espírito
Santo. Professora bilíngüe e intérprete de Língua de Sinais. Pesquisadora
do Grupo de Estudos Surdos da Universidade Federal do Espírito Santo.
Coordenadora geral do trabalho com surdos no município de Vila Velha no
estado do Espírito Santo. E-mail:
[email protected].