ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO CULTURAL SOCIOLOGIA PROF.ª MAIRA CONDE
ANTROPOLOGIA A Antropologia tem como objeto o estudo sobre o homem e a humanidade de uma maneira totalizante e abrangente. Os costumes, crenças, diversidade, hábitos e aspectos físicos dos diferentes povos que habitam o planeta (ou os que não existem mais) fazem parte dos estudos desse profissional.
QUEM SÃO OS “BÁRBAROS”? “[...] cada qual denomina de bárbaro o costume que não pratica na própria terra.” Michel de Montagne (1533-1592) A frase de Montaigne trata do etnocentrismo .
ETNOCENTRISMO etno = palavra grega que significa povo; centr = vem de centro; ismo = sufixo que designa prática de algo; Etnocentrismo é a postura segundo a qual avalia-se os outros povos a partir da própria cultura.
Relativismo cultural O relativismo cultural é a postura segundo a qual se procura relativizar sua maneira de agir, pensar e sentir, e, assim, colocar-se no lugar do outro. “Relativizar” significa estabelecer uma espécie de distanciamento ou estranhamento diante de seus valores, para conseguir compreender a lógica dos valores do outro.
O RELATIVISMO DE CLAUDE LÉVI-STRAUSS Claude Lévi-Strauss(1908-2009) foi um grande antropólogo, etnólogo e professor francês. Formado em direito e filosofia na França e produtor de uma vasta obra, Lévi-Strauss foi o criador da antropologia estrutural e um dos maiores pensadores do século XX . No texto “Raça e História”, escrito em 1952 para a UNESCO, Lévi-Strauss dirige seu pensamento à diversidade cultural, elaborando sua teoria a partir de uma crítica ao evolucionismo. Para o autor, o evolucionismo ocorre porque o Ocidente vê a si mesmo como finalidade do desenvolvimento humano. Isso gera o etnocentrismo , ou seja, o Ocidente vê e analisa as outras culturas a partir de suas próprias categorias. É necessário que haja um esforço de relativização para não julgar as outras culturas através de nossa própria cultura. É preciso vê-las sem os pressupostos da nossa.
O TREM E O XADREZ Para falar sobre a ideia de que existiam culturas que não se moviam ou se transformariam e o etnocentrismo, ele deu o exemplo do viajante do tem: imaginem que cada cultura é um trem e nós somos os passageiros. Nós olhamos o mundo a partir do nosso trem . L é vi-Strauss diz, ainda, que as culturas se desenvolvem como anda o cavalo no jogo de xadrez. No jogo de xadrez cada peça caminha de uma maneira: a torre em linha reta, o bispo na diagonal e o cavalo em L, ou seja, aos saltos. Logo, se as culturas andam em L ou aos saltos, elas não andam todas em linha reta, nem todas na mesma direção. Cada uma segue um sentido e uma linha de raciocínio que lhe é própria.
QUAL É O LIMITE DO RELATIVISMO CULTURAL?
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