Paulo a Escreveu, possivelmente de Corinto, enquanto era residente na
cidade, nos três messes em que passou na Grécia. Esta afirmativa nos é
sugerida por várias indicações internas, ou seja, encontradas no texto da
própria carta, deduzidas das referências a Febe, membro da igreja em
Cencréia, porto de Corinto; Gaio, seu anfitrião e a Erasto.
A ocasião mais indicada em que o inspirado autor te nha tocado os
pergaminhos com sua pena abençoada, para nos proporcionar a preclara
epístola, seria pouco antes de sua visita a Jerusalém, ocasião em que levou
consigo as ofertas das congregações gentílicas, para o atendimento às ne-
cessidades dos santos da igreja mãe, que passavam p or profundas
dificuldades financeiras, decorrentes da grande seca ocorrida e da perseguição
romana, desencadeada pelo imperador romano, Nero, no ano cinqüenta e
quatro d.C. Confiramos em Atos, capítulo quinze, versos três e capítulo vinte e
quatro, verso dezessete. Diante dessas informações, inconfundíveis,
poderemos tomar como a aceitável data do escrito sagrado, a mais sugerida e
provável, localizada entre o fim do ano cinqüenta e cinco d.C., e os primeiros
meses do ano cinqüenta e sete d.C. O evangelho que lhe levou a escrever aos
romanos caracterizou a sua epístola como verdadeira jóia literária, do mais
puro e mais alto quilate. É o evangelho, cujo significado é o anuncio das boas
novas. Destaquemos os propósitos presentes na mente paulina, entre outros,
que lhe levou a dirigir-se, através de sua epístola, aos crentes da grande
capital imperial, quais sejam: A edificação daqueles crentes, separados dos
centros de cristianismo já pastoralmente bem assistidos; proporcionar-lhes a
edificação para o crescimento deles; contribuir para a maturidade espiritual
deles, para que a igreja da capital imperial pudesse, com segurança, enfrentar
a forte oposição do poder romano; combater as heresias do gnosticismo; levar-
lhes a consciência de um novo modo de vida em Cristo, para que a igreja de
Roma pudesse marchar firme em busca da sua consolidação, no espaço
urbano em que estava.
A teologia, que encontramos em romanos, traduz-se no evangelho que
apresenta o amor de Deus através da sua justiça que é a faculdade de julgar
segundo o direito e melhor consciência. O tema central de romanos é a justiça
de Deus imputada no crente, ou seja, transplantada ou enxertada, através do
sacrifício de Jesus Cristo. Sendo, Jesus, o eterno Filho de Deus, assentido
pelo conselho da Trindade propôs-se a morrer pelos pecados dos eternos
eleitos do Pai. Para que a nossa redenção fosse possível, Jesus submeteu-se
ao Pai em perfeita obediência, para que em sua dolorosa morte sacrificial, a
justiça divina fosse plenamente satisfeita, morrendo, como o cordeiro de Deus
Ruínas do Teatro de Roma