Trabalho do internato de pediatria da UNILA. Referente ao Exame Físico e Avaliação inicial do Recém Nascido
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Language: pt
Added: Oct 09, 2021
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Exame Físico e Avaliação inicial do
Recém Nascido
Discente: Samuel Cevidanes Neves
Recém Nascido pós termo
→ São os nascidos depois das 42 semanas de gestação.
→ Causas desconhecidas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS;
→ Perímetro cefálico e altura geralmente são normais, mais o peso pode ser mais
baixo no caso de insuficiência placentária.
→ Na insuficiência placentária e comum; descamação, unhas longas cabelo
abundante, pele pálida, expressão alerta e pele laxa, especialmente nas coxas.
→ Também; Tinção meconial das unhas, pele, vernix e do cordão umbilical, e das
membranas placentárias.
→ Complicações frequentes;depressão perinatal, aspiração do mecônio,
hipertensão pulmonar persistente, hipoglicemia, hipocalcemia, e policitemia.
Tinção meconial em
um recém nascido.
Prognostico;
→ Quanto mais o parto se atrasar, maior a mortalidade.
Tratamento;
→ monitorização obstétrica cuidadosa (com monitorização cardiotocográficas sem
estres, perfil biofísico).
→ Consideração de; não intervenção, indução do parto, ou cesárea.
Recém Nascido Grande para a Idade Gestacional
→ Lactantes que nascem com um peso maior do percentil 99, são denominados
Grandes para a idade gestacional.
→ Mortalidade aumenta quando o peso do lactente chega a ser mais que 4000
gr.
→ Geralmente são de partos a termo.
→ Fatores de predisposição; diabetes e obesidade materna.
→ Maior risco de traumatismo no
parto, (especialmente lesões no
plexo cervical e braquial),
fraturas da clavícula,
céfalohematomas, hematomas
subdurais, equimose.
→ Maior incidência de doenças
congênitas.
Sinais, sintomas e tratamento
Os lactentes GIG são grandes, obesos e pletóricos. Eles são frequentemente apáticos, flácidos e podem
alimentar-se mal. Podem ocorrer complicações durante o trabalho de parto em qualquer lactente GIG.
Complicações metabólicas e respiratórias são específicas paro o GIG filho de mãe diabética.
Complicações do parto
Por causa do grande tamanho do recém-nascido, o parto vaginal pode ser difícil e ocasionalmente
provocar trauma de parto. Podem ocorrer distocia dos ombros, fraturas da clavícula ou membros e asfixia
neonatal. Portanto, a cesárea deve ser considerada na suspeita de um feto GIG, especialmente se as
medidas pélvicas maternas forem menores do que o normal.
EMERGÊNCIAS NA SALA DE PARTO
●As emergências mais comuns são as secundárias à falha em
iniciar e manter a respiração.
●Menos comum, mas mais importantes:
-choque
-anemia grave
-pletora (policitemia)
-convulsões
-abordagem à malformações
DESCONFORTO OU INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
●Depressão do SNC, causado por medicamentos maternos ou asfixia perinatal,
●Insuficiência respiratória periférica -problemas nas trocas gasosas.
●CAUSAS:
○Atresia das coanas: malformação rara caracterizada pela obliteração da abertura
das coanas. Nesses casos deve se fazer a inspeção das vias aéreas e colocar um
tubo orofaríngeo
○Malformações obstrutivas da mandíbula, epiglote, laringe ou traqueia: nesses
casos a conduta tomada é a colocação de um tubo endotraqueal
○Depressão ou lesão do SNC.
○Hipoplasia mandibular com deslocamento da língua
○Escavação abdominal -hérnia ou eventração diafragmáticas
○Pneumotórax hipertensivo -hipoplasia pulmonar e/ou malformações renais.
DESCONFORTO OU INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
-nem sempre o desconforto respiratório é maligno
-quando há desconforto respiratório mas com esforço respiratório bom, ou
seja, respiração com a boca fechada sem efetivamente levar ar aos pulmões,
a causa deve ser pesquisada imediatamente (indicação de RX torácico)
RETARDO PARA INICIAR E MANTER A RESPIRAÇÃO
●Condição comum ao nascimento
●Pulmões pouco complacentes e os esforços respiratórios insuficientes para iniciar uma
respiração efetiva.
●A prematuridade é um fator causal isolado apenas em caso de RN<1,500g
●Narcose: é uma sequela do uso materno de sedativos antes do parto.
-estimulação precoce da respiração + naloxona (0,1mg/kg)
●O uso de estimulantes do SNC não é efetivo
●Massagem cardíaca, correção da acidose e suporte circulatório são tratamentos adjuvantes
em RN com asfixia grave.
RESSUSCITAÇÃO NEONATAL
●5% a 10% dos recém-nascidos necessitam de auxílio para estabelecer função
cardiorrespiratória normal
●O objetivo da ressuscitação é diminuir o comprometimento hipóxico-isquêmico, restabelecer
a respiração espontânea e manter o débito cardíaco adequado
●QUADRO CLÍNICO: criança flácida, cianótica, apnéica ou sem pulso
ABC da ressuscitação
●A: antecipar e estabelecer uma via respiratória
patente através de aspiração e, se necessário,
intubação endotraqueal.
●B: iniciar a respiração através de estímulo tátil
ou uso de ventilação de pressão positiva (VPP).
É usado o oxigênio 100%, mas o as 30% com
doses crescentes também é efetivo
●C: manter a circulação com massagem
cardíaca externa e medicamentos, se
necessário. A massagem cardíaca deve ter
frequência de 120bpm
●A epinefrina é usada em casos em que a FC <
60bpm após 30s de VPP+MC, a veia umbilical
é cateterizada para a administração.
MECÔNIO
●Mecônio no líquido amniótico é indicação de sofrimento fetal
●conduta: aspirar boca, nariz e hipofaringe imediatamente.
●em casos de criança deprimida, com tônus muscular insatisfatório ou
FC<100bpm, deve-se intubar (tubo endotraqueal), com fornecimento de
oxigênio em fluxo livre e com dispositivo de sucção.
CHOQUE
●asfixia grave
●hemorragia durante a gestação, trabalho de parto ou nascimento
○hemólise
○descolamento abrupto ou rompimento da placenta
○lesão traumática do cordão umbilical ou órgãos internos
●infecção generalizada
●manifestações clínicas:
○sinais de desconforto respiratório
○cianose
○palidez
○flacidez
○taqui ou bradicardia
○edema e hepatoesplenomegalia
PNEUMOTÓRAX
●1% a 2% dos lactentes desenvolvem pneumotórax, mas apenas 0,05% a
0,07% são sintomáticos
●fatores de risco: necessidade de VPP ou presença de mecônio no líquido
amniótico
●manifestações clínicas: angústia respiratória com MV diminuído do lado
afetado
DEFEITOS NA PAREDE ABDOMINAL
-Uma conduta apropriada na sala
de parto, previne a perda de
líquido em excesso e minimiza o
risco de lesionar uma víscera.
LESÕES DURANTE O PARTO
●VÍSCERAS: o fígado é mais suscetível a lesão durante partos de apresentação
pélvica ou em casos de massagem cardíaca incorreta.
●FRATURAS: a clavícula é o osso que mais comumente é fraturado,
principalmente em partos distócicos.
○o reflexo de moro está ausente
○possui bom prognóstico com imobilização
pode também haver fratura de ossos longos e fratura nasal
TRANSIÇÃO PARA RESPIRAÇÃO PULMONAR
●Processo importante no contexto de doenças respiratórias de RN;
oCausas frequentes em UTI neonatal, tanto de RN a termo como pré-termo;
●Função pulmonar adequada de RN depende de:
oPermeabilidade das vias;
oDesenvolvimento funcional do pulmão;
oMaturidade do controle respiratório;
●Inicia-se com a substituição do liquido por ar já na vida intra uterina, antes do nascimento;
o(transporteativodoNapeloepitéliopulmonar,carreaçãodolíquidoparao
interstícioeabsorçãopelosvasossanguíneos–contribuiçãodeelevações
nosníveisdecatecolaminas,vasopressina,prolactinaeglicocorticoides–
epitéliomudadesecretordecloretoparareabsorvem-tedeNa);
●Neste processo estabelece-se a capacidade residual funcional adequada para alcançar maior
relação ventilação/perfusão;
●Primeira respiração:
oParto vaginal auxilia na expulsão do liquido (compressão torácica);
oO start é o declínio da PaO
2e do PH, aumento da PaCO
2(causados por interrupção placentária,
redistribuição do débito, queda da temperatura corporal);
oSurfactante intensifica a aeração –diminui pressão exigida para abertura dos alvéolos;
oCom entrada do ar cai pressão hidrostática na vasculatura, aumentando o fluxo sanguíneos e
superfície vascular efetiva;
oLiquido remanescente, reabsorção linfática (deficiências na reabsorção);
oPré-termos tem dificuldade de inicia-la, CRF é menor, com auto risco para hipóxia, hipercorbia
por consequência de atelectasias, e, shunts, hipoventilação e aprisionamento de ar são longos e
presentes;
●Padrão respiratório:
oÉ dito respiração periódica;
oCaracterizado por respiração regular com episódios breves de apneia;
oMais comuns em pré-termos (5-10 seg.), seguido de explosão de movimentos respiratórios (50-
60 /min por 10 -15 seg.);
oRaramente causam alteração da cor ou FC;
oOcorre até 36 semanas de Idade pós-concepcional (IGN mais IpósN);
oNão há significados prognósticos;
APNEIA
●Primeiramente reconhecer alguns sinais e sintomas (cianose, gemência, batimentos nasais, tiragem
taquipneia, redução do murmúrio vesicular com estertores e/ou roncos, palidez e apneia);
●Há uma variedade de lesões (foto) causadoras de distúrbios respiratórios;
●Qualquer sinal deve ser investigado e definido diagnostico;
●Conduta visa garantir redução das lesões, melhorar prognóstico, diminuindo complicações de curto
e longo prazo;
●A apneia é comum RN pré-termo;
●Consequência da prematuridade ou doença associada;
●Preocupante , avaliação diagnostica imediata;
●Saber diferenciar da respiração periódica;
●É presente em um conjunto de doenças (foto);
●Consequência ao centro controle respiratório no SNC, distúrbios na liberação de O
2para os tecidos
ou defeitos de ventilação;
●Quando não é identificado causa –apneia idiopática da prematuridade:
oObstrutiva (ausência de fluxo, persistência de movimentos respiratórios);
oCentral (ambos ausentes)
oMista (evolução)
oFrequência de apneia é inversamente proporcional à IG;
o50-75% casos são da forma mista;
oResposta paradoxal –imaturidade do centro respiratório;
●Manifestações clínicas:
oImediatamente ao nascimento é patológico;
o2°a 7°dia –apneia idiopática;
oEm pré-termo, apneia grave, é interrupção por mais de 20 seg., ou de qualquer duração quando
acompanhado de cianose e bradicardia;
oBradicardia relaciona-se com a gravidade da hipóxia;
oEla segue a apneia por 1-2 seg.;
●Tratamento:
oConduta imediata e monitores cardiorrespiratórios (UTI);
oCasos leves e intermitentes: estimulação gentil;
oRecorrente e prolongada: aspiração; alteração de decúbito; ventilação com máscara e
bolsa (imediatamente); oxigênio administrado criteriosamente;
oRecorrente da prematuridade: teofilina, cafína, doxapram;
oPara anêmicos: transfusões de concentrado de hemácias;
oDRGE: tem relação com apneia, entretanto, não há relatado que tem redução com
medicação anti-refluxo;
oApneia obstrutiva mista é eficaz: Pressão positiva das vias aéreas por via nasal (2-5 cm de
H
2O) e cânula nasal de alto fluxo umidificado (1-2,5 / min)
●Prognóstico:
oSe leve, recorrente ou refratária ao tratamento não interfere;
oCondições associadas (foto) são determinantes;
oApneia da prematuridade geralmente vai até a 36°semana da IPC;