CAP. 3: “LIVRAI-NOS DO MAL”
Referências bíblicas: A luta de Jesus contra Satã: Mateus 4:1-11; Marcos 1:12-13; Lucas 4:1-13. Jesus
dá o poder de exorcismo a seus seguidores: Mateus 10:1; Marcos 3:15, 16:17-18; Lucas 9:1, 10:17; Atos
5:16, 8:7. Exorcismos realizados por Jesus: Mateus 8:28-34, 15:21-28, 17:14-21; Marcos 1:21-28, 3:11-12,
5:1-20, 7:25-30, 9:14-29, 16:9; Lucas 4:31-37, 6:18, 8:26-39, 9:37-43; Atos 10:38.
Encontro com Hughes: Bober. Para a primeira edição do livro, entrevistei o padre Bober, que fora
informado sobre o exorcismo pelo padre Hughes. Depois, em uma entrevista para o programa “In the Grip
of Evil” [Nas garras do mal], do Discovery Channel (veja Grip), Bober revelou mais detalhes. Eles
incluem os estranhos eventos no escritório de Hughes. O Diário, em “Estudo de Caso”, diz que Robbie
não conheceu Hughes. Essa é uma das diversas discrepâncias nos relatos sobre o envolvimento do padre
Hughes no exorcismo. Na edição anterior, confiei principalmente em Reppetti. (As circunstâncias são um
pouco diferentes em “Estudo de Caso”, Nicola* e Schulze. Favoreci Reppetti como a fonte mais próxima
de uma testemunha ocular.) Hughes não deixou um registro definitivo sobre como se envolveu com Robbie
e como conduziu o exorcismo. Reppetti, com base em anotações feitas durante uma palestra de Hughes
sobre o exorcismo, é vago quanto aos detalhes. Parece incrível que Hughes não tenha conhecido Robbie
antes de considerar a ideia de um exorcismo. A confusão quanto ao papel de Hughes pode ter se originado
a partir da confusão do próprio padre, induzida pelo choque causado pelo ataque. O que aconteceu a ele
teria afetado tanto sua mente e memória que por muito tempo o padre teria sido incapaz de fazer um
relato coerente sobre sua relação com o menino. Nicola, sem nomear Hughes, é citado em The Story
Behind the Exorcist [A história por trás de O Exorcista] de Peter Travers e Stephanie Reiff (Signet
Paperback, 1974): “Um padre dali mesmo, da [arqui]diocese de Washington esteve envolvido no caso de
1949 e, de fato, sofreu um pequeno colapso como resultado [...] Ele parece não querer conversar a
respeito; portanto, eu o abordo muito pouco”. Nicola então narra a história sobre o ataque com a mola
arrancada da cama e acrescenta: “Foi um corte profundo, que então começou a infeccionar, e ele teve que
usar uma tipoia no braço por oito semanas”. Um relato não confirmado diz que a aparição de Hughes no
quarto de Robbie no Georgetown Hospital deu início a um frenesi, mesmo Hughes tendo entrado
disfarçado de médico. Independentemente de como o ataque ocorreu, o padre não estava preparado para
ele.
A conversa da mãe com Hughes: Reconstruída a partir do relato em Reppetti.
Comparação com o filme O Bom Pastor: Bober, citando paroquianos. Descrição de Hughes,
paroquiano anônimo, citado no jornal The Sentinel do condado de Prince George, Maryland, 4 de fevereiro
de 1981.
Como Hughes relembra a visita anos depois: Bober em Grip.
Robbie fala latim: Nicola*, Faherty*. Outros relatórios descrevem o garoto falando aramaico, mas os
relatórios de duas testemunhas oculares, Diário e Halloran, não mencionam o fato. Falar em línguas é
um sinal tradicional de possessão demoníaca e, desde o princípio, havia uma tendência em procurar por
isso. Halloran ouviu Robbie falar latim, mas atribuiu isso ao fato de o garoto decorar o idioma durante as
orações de exorcismo. A frase “O sacerdós Christi...”, no entanto, teria surgido em uma hora em que
Robbie sequer ouvira latim. Essa frase, que não aparece em nenhuma das orações de exorcismo, envolvia
um latim complexo. Uma pessoa que a pronunciasse teria que ter um conhecimento detalhado do idioma.
O Ritual Romano: Ao longo de Exorcismo, todas as citações das orações pertencentes ao exorcismo,
tanto em inglês como em latim, são da edição do Ritual* usado na época. As orações foram modificadas
um pouco desde então e, como parte do processo de abandono do latim na liturgia pela Igreja, são ditas no
idioma local.