Fadiga muscular está associada a mecanismos e fatores metabólicos, que podem afetar os músculos (fadiga periférica) e o sistema nervoso central - SNC (fadiga central) durante exercício intenso em atletas. ( Lehmann , Foster & Keul , 1993; Powers & Howley , 2000) A fadiga muscular pode ser definida como um conjunto de alterações decorrentes do trabalho ou exercício prolongado, gerando incapacidade funcional na manutenção de um nível esperado de força. (Rossi & Tirapegui , 2000; Dimitrova & Dimitrov , 2003)
Fadiga central O termo fadiga central pode ser definido como o conjunto de mecanismos que determinam a diminuição da contratilidade muscular independente dos fatores intramusculares e/ou metabólicos. Traduz-se numa falha voluntária ou involuntária na condução do impulso nervoso provocando redução do nº UMs ativadas e freqüência de disparo dos motoneurônios . (Ascensão et al., 2003)
Hormônios: seratonina , dopamina e acetilcolina no cérebro reduzem a transmissão dos impulsos. Alguns neurotransmissores também pode estar associados a fatores de natureza psicológica (motivação, atenção, humor, depressão e coordenação neuromuscular). (Davis, 1995; Ascensão et al., 2003) Os mecanismos centrais no processo da fadiga podem ser observados por meio de experimentos que utilizam a estimulação elétrica de músculos fadigados. A eletroestimulação permite avaliar o grau de comprometimento do SNC no processo de fadiga. ( Bigland -Ritchie et al., 1986) Introdução
Fadiga periférica Caracteriza-se pelas alterações decorrentes do exercício relacionadas à liberação e reabsorção da acetilcolina, propagação do PA na fibra muscular, liberação e reabsorção de Ca ++ nas cisternas do retículo sarcoplasmático, acúmulo de metabólitos, íons H + e depleção de glicogênio muscular durante o processo de contração muscular. ( Coyle et al., 1988; Millet & Lepers , 2004; Noakes et al., 2004; Abbis & Laursen , 2005)
Fadiga periférica pode estar associada com tipo de contração (isométrica ou dinâmica); nível de condicionamento físico (atleta x não-atleta); % predominante tipo de fibras (rápida x lenta); alterações metabólicas. (Powers & Howley , 2000)