FANZINE AMEOPOEMA #117 - edição setembro 2025

romulopherreira 48 views 2 slides Sep 02, 2025
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About This Presentation

Fanzine colaborativo com a participação de Poetas vivos e atuantes em Ouro Preto, MG. Edição: Editora AMEOPOEMA (@coletivoamoepoema) Coordenação: Editora AMEOPOEMA (@ameopoemaeditora). Circulação (impressa e E-book): Ouro Preto, Mariana (MG) e RJ Conselho Editorial: Rômulo Ferreira | Flávi...


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#117 - setembro de 2025 - Ouro Preto, MG - Bra$il
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PARTICIPE DAS NOSSAS AÇÕES!
ENTRE EM CONTATO:
INSTAGRAM.COM/COLETIVOAMEOPOEMA
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Maria Inês Carneiro
fb.com/mariaines.carneiro.5
Avles Sevla Alves
@nanu.silva.7
fanzine
ostra
gra po
mostra nacional de fanzines - ouro preto - mg
Lendo a vida.
Terminando o livro.
Marcando o tempo.
Brincando sem rimas.
Saindo pra rua.
Beijando vaginas.
Lambendo cus.
Protestando contra o capital.
Acariciando pênis.
Lutando putoesias.
Mergulhando rios.
Gritando orgasmos.
Falando solilóquio.
Teatralizando monólogos.
Subindo ladeiras.
Chegando em casa.
Abrindo a porta.
Abraçando amor.
Fechando a porta.
Enterrando corpos.
Sendo comida para os vermes.
ABRAÇANDO O TEMPO
- Ame o poema.
- Pô, eu amo.
- Ta bem.
- O poema, não a ema.
- Por que não?
- Hum… até a ema, se tiver num poema.
- Faz sentido.
- A ema gemeu no tronco da Jurema.
- Boa.
- A Ema lésbica tá pegando a Jurema.
- Que babado!
- Jurema largou o serviço na
[fábrica de ervilhas.
- Fez bem. E tá vivendo de que?
- De amar poemas,
[colocá-los em quadrinhos
[e camisetas e vender na feira da Glória.
- Jura?!
- Juro. E sabe qual vende mais?
-Não.
- AMEOPOEMA
ameopoema
cartas se queimam
roupas secam a sombra
o calor é morto...
em toda esquina
pombos pedem atenção,
finjo ser ninguém
esfarelo meu olhar
e distribuo na praça
onde alimentei
estátuas e casas
que um dia hão de ruir
Rômulo Ferreira
instagram.com/romulopherreira
edição especial em comemoração
ao sarau ameopoema
realizado no dia 03/09/25
em ouro preto, no cine vila rica

instagram.om/coletivoameopoema
#117 - setembro de 2025 - Ouro Preto, MG - Brasil
disponível para
leitura
e impressões caseiras
fanzine # 117
acesse o link na bio
venha pegar sua cópia no dia 03setembro
sarau ameopoema, no cine vila rica

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BYND
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cc
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EDITORIAL
Edição: Editora AMEOPOEMA (@ameopoemaeditora)
Coordenação: Editora AMEOPOEMA (@ameopoemaeditora).
Circulação (impressa e E-book): Ouro Preto, Mariana (MG) e BH
Conselho Editorial: Rômulo Ferreira | Flávia Alves
Exemplares na pRAÇA: 500 (distribuídos gratuitamente).
Nesta edição: Cassiano Jørgensen / Maria Inês Carneiro /
Rômulo Ferreira / Avles Sevla Alves / Fábio Fernando / SETE /
Alexandre Durratos / ...


[email protected] || @ameopoemaeditora
instagram.com/coletivoameopoema
Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor
e vontade de circular ideias e estimular a produção literária em
Ouro Preto e região. (Circulação: desde junho de 2010)
clique nos
ícones
infos: instagram.com/coletivoameopoema
INTERVENHA NESTE ESPAÇO, TIRE FOTO E MANDA PRA GENTE
2025, ano de blá blá blá...
Sempre que começamos um ano novo,
por tradição, pensamos nas movimentações
para embalar a vida, sem elas, talvez
nem valeria a pena seguir achando que o ano
vai ser proveitoso de alguma forma!
Felicidade é estar fazendo o que se gosta,
ladeado de pessoas legais, que buscam
cumplicidade de ideias, de atos, que buscam
pequenas rebeliões na transformação social.
Ser e estar imerso nesse conglomerado de
vontades, que de alguma forma acabem sendo
as nossas também...
Viver é complexo e não cabe em uma só vida.
Segue o trem que passa atropelando sentidos,
deixando a gente quase em loucura, tirando o
sono, perturbando as estruturas que alguém
achou que seria a melhor forma de se viver,
fingindo que buscamos um ano novo repleto de
alegrias.
Bom, nem sempre teremos. E é isso que
importa, a inconstância de existir como um raio
de sol que enfrenta a chuva nessas tardes de
mudança de ano.
Um dia desses caminhei sobre a linha fronteiriça
do sujeito.
Assumo, meus pés cansados indagaram o poeta:
no jogo da vida quais são as regras pra você?
E ele me respondeu:
_ O poeta ainda não nasceu!
Entre os destinos que a vida faz, as mãos
escrevem em páginas já escritas e os pés
percorrem
caminhos já percorridos em busca da paz.
É, a rima não faz muito sentido para o poeta mas
sua carne acrescenta-lhe um hiato sobre
cada ferida na alma.
As correntezas levam um corpo.
Hoje eu ainda não me olhei no espelho.
São cinco horas da tarde; a capital está em
polvorosa, um verdadeiro formigueiro transcende
a razão do agora mas está menos livre.
É meio dia do dia seguinte e da janela do meu
quarto cogito tédio!
_ Na vida tudo que você faz, um dia volta pra
você. Disse o sujeito incomodado com meus
pés sobre sua linha fronteiriça.
O sujeito é um assassino em série!
Suas mãos sujas não podem tocar o real.
Por isso ele se tornou um “mero objeto” de
masturbação social.
Estou cansado de insinuar-me para o agora; por
isso é chegada a hora de matar o sujeito.
Então eu sussurro no ouvido do sujeito:
Quero gozar em seu útero maldito e poder criar
os filhos de outrora aprazível.
E então morreu o sujeito com um certo “tesão”
propriamente dito.
A força do querer
está à flor da pele
Cassiano Jørgensen
instagram.com/cassiano.jorgensen
Nunca me ensinaram apagar
O que não aprendi
Como poderia eu
Simplesmente rejeitar tal sujeito
Nunca fui apresentado a mim mesmo
Apenas colocado em uma
convivência.
Não é como outros tantos
Onde se decide estar ou não
O vazio é igualmente
Inquietante
Não se apaga
Ele é como se impõem
Simplesmente um nada
Ainda que se preencha e pense que
Se definiu.
Ele vem e se mostra outro
Qualquer outro
Que não seja o vazio que Não se apaga
E aquele sujeito permanece
Se não outro, sendo minha
convivência.
SeTe
instagram.com/sete6813
Enquanto brilha
Em si mesma,
Entre ela e outra,
Sempre é noite
Para uma estrela.
O que quer dizer,
Se for seu dia,
Apagar-se.
O DIA DA ESTRELA
Fábio Fernando
fb.com/fabio.f.caricaturas
ilustração da capa: Rômulo Ferreira