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EDITORIAL
Edição: Editora AMEOPOEMA (@ameopoemaeditora)
Coordenação: Editora AMEOPOEMA (@ameopoemaeditora).
Circulação (impressa e E-book): Ouro Preto, Mariana (MG) e BH
Conselho Editorial: Rômulo Ferreira | Flávia Alves
Exemplares na pRAÇA: 500 (distribuídos gratuitamente).
Nesta edição: Cassiano Jørgensen / Maria Inês Carneiro /
Rômulo Ferreira / Avles Sevla Alves / Fábio Fernando / SETE /
Alexandre Durratos / ...
[email protected] || @ameopoemaeditora
instagram.com/coletivoameopoema
Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor
e vontade de circular ideias e estimular a produção literária em
Ouro Preto e região. (Circulação: desde junho de 2010)
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ícones
infos: instagram.com/coletivoameopoema
INTERVENHA NESTE ESPAÇO, TIRE FOTO E MANDA PRA GENTE
2025, ano de blá blá blá...
Sempre que começamos um ano novo,
por tradição, pensamos nas movimentações
para embalar a vida, sem elas, talvez
nem valeria a pena seguir achando que o ano
vai ser proveitoso de alguma forma!
Felicidade é estar fazendo o que se gosta,
ladeado de pessoas legais, que buscam
cumplicidade de ideias, de atos, que buscam
pequenas rebeliões na transformação social.
Ser e estar imerso nesse conglomerado de
vontades, que de alguma forma acabem sendo
as nossas também...
Viver é complexo e não cabe em uma só vida.
Segue o trem que passa atropelando sentidos,
deixando a gente quase em loucura, tirando o
sono, perturbando as estruturas que alguém
achou que seria a melhor forma de se viver,
fingindo que buscamos um ano novo repleto de
alegrias.
Bom, nem sempre teremos. E é isso que
importa, a inconstância de existir como um raio
de sol que enfrenta a chuva nessas tardes de
mudança de ano.
Um dia desses caminhei sobre a linha fronteiriça
do sujeito.
Assumo, meus pés cansados indagaram o poeta:
no jogo da vida quais são as regras pra você?
E ele me respondeu:
_ O poeta ainda não nasceu!
Entre os destinos que a vida faz, as mãos
escrevem em páginas já escritas e os pés
percorrem
caminhos já percorridos em busca da paz.
É, a rima não faz muito sentido para o poeta mas
sua carne acrescenta-lhe um hiato sobre
cada ferida na alma.
As correntezas levam um corpo.
Hoje eu ainda não me olhei no espelho.
São cinco horas da tarde; a capital está em
polvorosa, um verdadeiro formigueiro transcende
a razão do agora mas está menos livre.
É meio dia do dia seguinte e da janela do meu
quarto cogito tédio!
_ Na vida tudo que você faz, um dia volta pra
você. Disse o sujeito incomodado com meus
pés sobre sua linha fronteiriça.
O sujeito é um assassino em série!
Suas mãos sujas não podem tocar o real.
Por isso ele se tornou um “mero objeto” de
masturbação social.
Estou cansado de insinuar-me para o agora; por
isso é chegada a hora de matar o sujeito.
Então eu sussurro no ouvido do sujeito:
Quero gozar em seu útero maldito e poder criar
os filhos de outrora aprazível.
E então morreu o sujeito com um certo “tesão”
propriamente dito.
A força do querer
está à flor da pele
Cassiano Jørgensen
instagram.com/cassiano.jorgensen
Nunca me ensinaram apagar
O que não aprendi
Como poderia eu
Simplesmente rejeitar tal sujeito
Nunca fui apresentado a mim mesmo
Apenas colocado em uma
convivência.
Não é como outros tantos
Onde se decide estar ou não
O vazio é igualmente
Inquietante
Não se apaga
Ele é como se impõem
Simplesmente um nada
Ainda que se preencha e pense que
Se definiu.
Ele vem e se mostra outro
Qualquer outro
Que não seja o vazio que Não se apaga
E aquele sujeito permanece
Se não outro, sendo minha
convivência.
SeTe
instagram.com/sete6813
Enquanto brilha
Em si mesma,
Entre ela e outra,
Sempre é noite
Para uma estrela.
O que quer dizer,
Se for seu dia,
Apagar-se.
O DIA DA ESTRELA
Fábio Fernando
fb.com/fabio.f.caricaturas
ilustração da capa: Rômulo Ferreira