Sobre a doença Febre Oropouche e controle das arboviroses. Slide de 20224. Baseado em nota técnica do Ministério da Saúde e do Estado do Ceará
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Language: pt
Added: Jun 29, 2024
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FEBRE DO OROPOUCHE
E CONTROLE DAS ARBOVIROSES
ARBOVIROSES
As arboviroses são doenças zoonóticas cujos patógenos/vírus
causadores são transmitidos a hospedeiros vertebrados pela picada de
artrópodes hematófagos infectados: mosquitos, carrapatos, entre outros.
ARBOVIROSES DE IMPORTÂNCIA
NO BRASIL
● DENGUE
●CHIKUNGUNYA
●ZIKA
●FEBRE AMARELA
●FEBRE DO OESTE DO NILO
●MAYARO
●OROPOUCHE
TRATAMENTO
Não existe tratamento antiviral específico para as arboviroses. O tratamento
é realizado com base nos sintomas relatados pelo paciente, sendo
recomendado repouso e reposição de líquidos. Analgésicos e antitérmicos
como dipirona e paracetamol podem ser prescritos para controlar a dor e a
febre, e anti-histamínicos orais, para o controle do rash e prurido. O
tratamento das náuseas e vômitos é feito com antieméticos, sendo a
metoclopramida a droga de eleição. Recomenda-se não usar medicamentos
que contenham em sua fórmula ácido acetilsalicílico ou derivados.
MEDIDAS DE CONTROLE DAS ARBOVIROSES
Nas áreas urbanas, as medidas comunitárias de controle visam controlar
o vetor, entre elas:
●saneamento básico;
●eliminação dos focos do vetor nas residências e área comuns;
●redução do acúmulo de lixo por meio de campanhas de limpeza urbana
para eliminar os lugares em que a fêmea do mosquito possa colocar os
ovos;
●uso de adulticidas e larvicidas para diminuir a densidade do mosquito e
bloquear os focos de transmissão.
Medidas de prevenção individuais que são recomendadas:
●usar camisa de manga comprida e calças em lugares
endêmicos e onde há grande densidade de mosquitos;
●utilizar tela nas portas e janelas para evitar a entrada de
mosquitos; usar repelentes contra insetos seguindo as
orientações da bula;
●vestir as crianças com roupas que cubram braços e pernas;
usar mosquiteiros nos berços e camas.
MEDIDAS DE CONTROLE DAS ARBOVIROSES
A Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um
arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero
Orthobunyavirus. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi
isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de
sangue de um bicho-preguiça. Desde então, casos isolados e
surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da
região Amazônica.
FEBRE DO OROPOUCHE
VETORES
Maruins são mosquitos comuns de serem encontrados no cotidiano de quem mora
próximo a lugares como manguezais, rios, cachoeiras e brejos, pois necessitam da
umidade, sombra e matéria orgânica para criar um habitat perfeito se reproduzir.
Culicoides paraenses (maruim)
CONTEXTO ATUAL (2024) DA
FEBRE DO OROPOUCHE
●
Em 2024, a região amazônica, considerada endêmica, concentrou
79,6% dos casos registrados no país.
●
Nos últimos meses, houve um aumento na detecção de casos de febre
de Oropouche em algumas regiões do Brasil.
●
Possível introdução do vírus (OROV) no Ceará, com risco de aumento de
casos e surtos isolados.
●
Identificação laboratorial de OROV em pacientes com síndrome febril
aguda residentes em Pacoti (1 caso), Mulungu (1 caso), Redenção (1
caso) e Palmácia (2 casos).
FEBRE OROPOUCHE
QUADRO CLÍNICO
●
Febre de início súbito;
●
Cefaleia;
●
Mialgia e artralgia.
●
Tontura;
●
Dor retro-ocular;
●
Calafrios;
●
Fotofobia;
●
náuseas e vômitos.
Casos com acometimento do sistema
nervoso central e com manifestações
hemorrágicas podem ocorrer.
QUADRO CLÍNICO
●
Os sintomas duram entre 2 e 7 dias, com evolução
benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.
●
Parte dos pacientes pode apresentar recidiva 1 a 2
semanas a partir dos sintomas iniciais.
●
Não há relatos de óbitos associados à infecção pelo OROV
até então.
É necessário notificar todo caso com diagnóstico de
infecção pelo vírus OROV
AMOSTRA PARA EXAME
As amostras para o diagnóstico da febre do Oropouche, devem
ser coletadas no primeiro contato do paciente com a unidade de
saúde, oportunizando a detecção viral, uma vez que a carga viral
do OROV tem se mostrada passível de detecção. Coletar na fase
aguda da doença: até o 5º dia do início dos sintomas
CASO CONFIRMADO
Considera-se caso confirmado de febre do Oropouche, todo caso
com diagnóstico laboratorial de infecção pelo vírus Oropouche
(OROV), preferencialmente por provas diretas (biologia molecular), e
cujos aspectos clínicos e epidemiológicos (i.e., exposição em região
endêmica ou com registro de surto/epidemia ou exposição a
situação de risco em áreas periurbanas, de mata, rurais ou
silvestres) sejam compatíveis com a ocorrência da doença. As
detecções por meio de sorologia (ELISA IgM) devem ser avaliadas
cuidadosamente, sobretudo em áreas com detecções isoladas e com
altas incidência e prevalência de outras arboviroses.
LPI – Local provável de infecção
VIGILÂNCIA
A Vigilância Laboratorial da febre do Oropouche em regiões não
endêmicas, como o Ceará, deverá estar centrada na detecção de casos
importados, em indivíduos com clínica compatível, que residam em
estados endêmicos da região amazônica ou que tenham viajado para
áreas endêmicas.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
É recomendado evitar as áreas onde estejam ocorrendo
transmissões ativas, especialmente locais de mata e beira de
rios, principalmente nos horários de maior atividade do vetor
(entre 9 e 16 horas).