BIOGRAFIA
Fernando António Nogueira Pessoa foi um grande poeta,
ficcionista, dramaturgo, filósofo, prosador português que viveu
entre os séculos XIX e XX. Nasceu a 13 de Junho, numa casa do
Largo de São Carlos, em Lisboa.
Pessoa ortónimo era um poeta introvertido, meditativo, anti-
sentimental, sensível, não acreditava em Deus e, que reflectia as
inquietações e estranhezas que questionam os limites da realidade
da sua existência e do mundo.
Aos cinco anos morreu-lhe o pai, vítima de tuberculose e, no
ano seguinte, o seu irmão. Devido ao segundo casamento da mãe,
em 1896, com o cônsul português em Durban, na África do Sul,
viveu nesse país entre 1895 e 1905,e aí seguiu os estudos
secundários. Frequentou ainda, durante um ano, a escola
comercial e a Universidade do Cabo.
No tempo em que viveu em Durban, passou um ano de férias
(entre 1901 e 1902), em Portugal, tendo residido em Lisboa e
viajado para Tavira, para contactar com a família paterna, e para a
ilha Terceira, onde vivia a família materna. Já nesse tempo
escreveu sozinho, vários jornais, assinados com diferentes nomes.
Em 1905 regressou definitivamente a Lisboa, frequentou por um
período breve (1906-1907), o Curso Superior de Letras.
A partir de 1908, dedicou-se à tradução de correspondência
estrangeira de várias casas comerciais e, nos seus tempos livres
dedicava-se à escrita e ao estudo de Filosofia (grega e alemã),
ciências humanas e políticas, teosofia e literatura moderna.
Em 1920, ano em que a mãe, viúva, regressou a Portugal com
os irmãos e em que Fernando Pessoa foi viver de novo com a
família, iniciou uma relação sentimental com Ophélia Queiroz.
Este namoro, parece ter conseguido que Pessoa ortónimo
deixasse, por momentos, o isolamento e descobrisse a sua
capacidade de viver uma verdadeira relação afectiva. Como
Fernando Pessoa não confiava na sinceridade da amada, terminou
a relação em 1929, a qual foi testemunhada pelas cartas de amor
de Pessoa, emitidas em 1978.
Em 1925, ocorreu a morte da mãe. Fernando Pessoa morreu
uma década depois, a 30 de Novembro de 1935, de uma cólica
hepática, causada provavelmente pelo consumo excessivo de
álcool.
Fernando Pessoa segue, formalmente, os modelos da poesia
tradicional Portuguesa, em textos de grande suavidade rítmica e
musical.
Devido à grande importância deste escritor, existe actualmente
em Lisboa, na última morada do autor, a Casa de Fernando
Pessoa.
HETERÓNIMOS PESSOA ORTÓNIMO
Através dos seus heterónimos, Pessoa ortónimo questiona o
conceito metafísico da tradição romântica da unidade do sujeito e
da sinceridade da expressão da sua emotividade, através da
linguagem. Em cada heterónimo, Fernando Pessoa dá a conhecer
várias emoções e perspectivas sobre os sentimentos, emoções e
desejos, e é a espécie da representação irónica da sua
inteligência.
Concebidos como individualidades distintas do autor, este
criou-lhes uma biografia e até um horóscopo próprio.
Em 1914 surge o aparecimento dos seus três principais
heterónimos, eles são Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de
Campos.
Alberto Caeiro
Data de Nascimento: 1885, em Lisboa
Local de Residência: Viveu maior parte da sua vida numa Quinta
do Ribatejo
Profissão: Não exercia qualquer profissão, o que faz com que
fosse pouco instruído, isto nota-se nos seus poemas por escrever
mal o Português.
Data de Falecimento: 1915
• É o “mestre” dos outros, até do próprio Fernando Pessoa.
• Caeiro tinha uma visão instintiva e ingénua da natureza,
procurando assim viver a exterioridade das sensações e recusando
a metafísica.
Ricardo Reis
Data de nascimento: 1887, no Porto
Profissão: Médico, mas no entanto não exercia
•Foi educado no colégio de jesuítas, recebeu uma educação clássica
(latina)
•Era um pagão intelectual, lúcido e consciente.
Álvaro de Campos
Data de nascimento: 1890, em Tavira
Profissão: Engenheiro mecânico e naval
•Local de residência: Lisboa
•Era um homem muito viajado
De entre outros, de menor importância, destaca-se ainda o
semi-heterónimo Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros que
sempre viveu sozinho em Lisboa e revela, no seu Livro do
Desassossego, uma lucidez extrema na análise e na capacidade
de exploração da alma humana.
Trabalho elaborado por:
Catarina Vieira Nº4
Juliana Silva Nº12
12º12