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Uma das teorias com mais desenvolvimento nas últimas décadas
foi proposta pelo geólogo norte-americano Walter Alvarez. Quando
este se encontrava a examinar rochas calcárias em Itália, apercebeu-se
da existência de uma camada de argila avermelhada que ter-se-ia
acumulado aquando da extinção dos dinossauros. Ao analisar a
composição química daquela argila verificou que esta apresentava um
teor em Irídio (elemento químico raro na Terra mas relativamente
abundante no espaço exterior)) muito superior ao que era habitual
noutras rochas formadas no nosso planeta. Este elemento poderia ter
chegado à Terra através de um impacto com um asteróide ou com um cometa. Desta forma a hipótese
que um corpo de grandes dimensões, oriundo do Espaço, tenha colidido com a Terra sendo
responsável pela extinção dos dinossauros começou a ganhar forma.
O impacto teria levantado uma nuvem de poeira e de outras pequenas partículas, de tal modo intensa
que fez com que a luz solar não fosse capaz de a atravessar e de chegar até ao solo. Admite-se que
grandes regiões da Terra tenham permanecido na obscuridade durante um longo período de tempo,
possivelmente durante alguns anos. Sem a luz solar a fotossíntese parou. Como tal as plantas verdes
morreram. Sem elas os herbívoros não tinham de que se alimentar e, consequentemente os carnívoros
ficaram também sem alimento e, por isso, muitas das cadeias alimentares foram quebradas pela sua
base. Apenas conseguiriam sobreviver aqueles animais que se nutriam de carne em putrefacção. As
plantas com semente e /ou raízes subterrâneas não terão tido grandes dificuldades em sobreviver pois
terão permanecido resguardadas no solo até ao restabelecimento de condições favoráveis ao seu
crescimento. Ao fim de muitos anos, quando a poeira foi assentando sobre a Terra, terá surgido a
referida camada de argila.
Existem várias crateras de impacto sobre a superfície da Terra. No
entanto, o impacto ocorrido há 65 milhões de anos e que deu origem
a esta grande tragédia deveria ser uma cratera muito especial.
Embora tenha havido grande procura, nada havia sobre a superfície
da Terra que justificasse um impacto desta ordem. Finalmente ela
foi,supostamente, encontrada, sob a superfície do mar. Esta cratera,
chamada Chicxulub, está na ponta da península de Yucatán, no
Golfo do México. Ela tem 180 km de largura e 1600 metros de
profundidade. Os estudos feitos no local datam esta cratera em 65
milhões de anos, o que coincide com o período de extinção em
massa. A cratera está a ser estudada e é considerada como uma das
últimas esperanças para desvendar o mistério do desaparecimento da metade das espécies do planeta
há 65 milhões de anos, entre elas os dinossauros. No entanto ainda nada está provado...
O irídio, embora pouco abundante na crusta terrestre, existe também com relativa abundância nas
camadas mais internas da Terra (no manto e no núcleo) logo, também poderia ter chegado à superfície
da Terra em consequência da intensa actividade vulcânica.
Um intenso processo de vulcanismo teria lançado na atmosfera uma
espessa camada de poeira de enxofre que, além de bloquear a
passagem de luz do Sol, com o tempo provocaria a queda de chuvas
ácidas, destruindo as fontes de alimento dos dinossauros e levando-os
à morte.
Embora poucos, alguns cientistas acham que uma nova doença apareceu no fim da era dos
dinossauros - uma doença que matava apenas dinossauros. Essa doença teria se espalhado rapidamente
e eliminado-os a todos em muito pouco tempo.
Biologia – Geologia 10º ano