A filosofia Medieval ocorreu em um período conhecido como Idade Média, período que abrange a Queda do Império Romano e a Renascença. Esta define-se, de certa maneira, pela obrigação imprescindível de discutir sobre problemas teológicos e incluir a doutrina do cristianismo com a noção do século. Os filósofos medievais tinham a preocupação de fazer provisões racionais refletida nas contribuições dos gregos, para dar razão plausível às verdades declaradas da Igreja Cristã e da Religião Islâmica, assim como a da existência de Deus e imortalidade da alma, tratando da relação entre fé e razão. A filosofia medieval possui subdivisões, com períodos principais, a saber: Patrística e Escolástica.
É o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Padres da Igreja, que são os primeiros estudiosos da Escritura e os mais antigos testemunhos da fé da Igreja e da vida cristã, a ponte que une a Tradição Apostólica às gerações cristãs posteriores. Foram eles, os Pais da Igreja, responsáveis por confirmar e defender a fé, a liturgia, a disciplina, criar os costumes e decidir os rumos da Igreja, ao longo dos sete primeiros séculos do Cristianismo. É a Patrística, basicamente, a filosofia responsável pela elucidação progressiva dos dogmas cristãos e pelo que se chama hoje de Tradição Católica.
São Tomás de Aquino
S ão Tomás de Aquino São Tomás de Aquino foi um importante teólogo, filósofo e padre dominicano do século XIII. Foi declarado santo pelo papa João XXII em 18 de julho de 1323. É considerado um dos principais representantes da escolástica. Foi o fundador da escola tomista de filosofia e teologia. Tomás de Aquino buscou utilizar a filosofia greco-latina clássica (principalmente de Aristóteles) para compreender a revelação religiosa do cristianismo.
Principais obras Scriptum super sententiis Summa contra gentiles (Suma contra os gentios ) Summa theologiae (Suma Teológica) Frases " O primeiro degrau para a sabedoria é a humildade." " Tenho medo do homem de um só livro." "Para aqueles que tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível."
Santo Agostinho
Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho de Hipona foi um importante bispo cristão e teólogo. Nasceu na região norte da África em 354 e morreu em 430. Ele inspira-se em Platão, ou seja, no neoplatonismo. Agostinho, pela profundidade do seu sentir e pelo seu gênio compreensivo, fundiu em si mesmo o caráter especulativo da patrística grega com o caráter prático da patrística latina, ainda que os problemas que fundamentalmente o preocupam sejam sempre os problemas práticos e morais: o mal, a liberdade, a graça, a predestinação. Santo Agostinho
Algumas obras de Santo Agostinho: Da Doutrina Cristã (397-426) Confissões (397-398) A Cidade de Deus (413-426) Da Trindade (400-416) Frases e Pensamentos de Santo Agostinho: "Ter fé é acreditar nas coisas que você não vê, a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita." "A pessoa que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar." "A confissão das más ações é o passo inicial para a prática de boas ações." "A verdadeira medida do amor é não ter medida." "Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio."
Razão e fé no pensamento medieval A teologia (estudo de Deus) é a tentativa de conciliar fé religiosa e pensamento racional. Para santo Tomás de Aquino "Crer é imediatamente um ato do entendimento, porque seu objeto é a verdade, que propriamente pertence a este". "A fé é uma posse antecipada do que se espera, um meio de demonstrar as realidades que não se veem" (Hebreus 11:1). Essa convicção se baseia não na evidência ou raciocínio, mas num profundo sentimento íntimo de certeza. Para a teologia cristã, a fé é sobretudo um estado de ser, no qual o homem se envolve irresistivelmente com o objeto de sua crença, convencendo-se da realidade invisível por meio de uma experiência existencial profunda. Segundo os teólogos, a fé tem por fundamento a própria palavra de Deus e não o testemunho humano. A fé cristã é a adesão do espírito a verdades reveladas por Deus. É também uma virtude, porque exige a submissão e confiança na veracidade divina. No Antigo Testamento, a fé é descrita como a submissão do homem ao Deus universal da justiça. O judeu crente esperava que essa justiça se estendesse a toda a criação e que a fraternidade acabasse reinando entre todos os homens. O Novo Testamento descreve esse mesmo envolvimento apaixonado: o Deus invisível do povo de Israel torna-se visível na pessoa de Jesus Cristo. Na Idade Média, devido ao predomínio do cristianismo e a herança do pensamento grego-romano, a relação conflitante entre a fé religiosa e a razão filosófica ocupa os pensadores cristãos.