GRUPO : Elivelton Henrique Gonçalves Flavia Junqueira Da Silva Lara Luisa Silva Gomes Franco Márcia Dias Lima Seminário EMPIRISMO – Francis Bacon UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DISCIPLINA: Epistemologia e Educação PROF. Dr. Marcio Danelon
Definição
Empirismo é uma doutrina filosófica que defende a ideia de que somente as experiências são capazes de gerar ideias e conhecimentos. De acordo com o empirismo, as teorias das ciências devem ser formuladas e explicadas a partir da observação do mundo e da prática de experiências científicas. Portanto, este sistema filosófico descarta outras formas não científicas (fé, intuição, lendas, senso comum) como forma de geração de conhecimentos.
FILOSOFOS EMPIRISTA Francis Bacon foi um dos primeiros filósofos da experiência como fonte de conhecimento. Outros nomes da filosofia empirista são: Francis Bacon Thomas Hobbes John Locke George Berkeley David Hume
Quem FOI Francis Bacon
Nasceu em Londres 22 de Janeiro de 1561 em York House in Strand . Filho de Sir Nicholas Bacon e de Ann Cooke Bacon Entrou na Universidade de Cambridge com 12 anos. Recebeu Titulo de Barão de Verome e Visconde de Santo Albano pelo rei. Em 1577 ,iniciou a carreira diplomática e juridica , alcançando altos cargos. Faleceu em 1626 terminando seus dias pesquisando “experimentalmente” aos 67 anos Nasceu há 455 anos Morreu há 390 anos
Sua educação orientou-lhe para a vida política, na qual alcançou posições elevadas, de advogado ao procurador geral . Político bem sucedido. Um dos maiores pensadores da história da filosofia, fazendo e criando várias obras literárias, científicas e entre outros pensamentos. Autor do primeiro esboço racional de uma metodologia científica . Foi um pioneiro no campo científico. Marco importante entre o homem da Idade Média e o homem Moderno.
Como filosofo destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada, como benéfica para o homem. Em suas investigações ocupou-se especialmente da metodologia científica e do empirismo. Filósofo Empirista Inglês, usava o método indutivo em suas pesquisas. Foi importante na formulação de teorias que fundamentaram a ciência moderna. Sendo muitas vezes chamado de “fundador” da mesma. Esteve envolvido com investigações naturais até o fim de sua vida, tentando realizar na prática o seu método . É considerado o pai do método experimental.
As obras do francis bacon
Jurídicas Elementos das Leis Comuns da Inglaterra Casos de Traição Douta: Leitura do Código de Costumes Literárias Ensaios Estandartes do bem e do mal Da sabedoria dos Antigos História de Henrique VII Filosóficas Instauratio magna (Grande restauração) Novum Organum
As obras filosóficas mais importantes de Bacon são Instauratio magna (Grande restauração) e Novum organum . Nesta última, Bacon apresenta e descreve seu método para as ciências. Este novo método deverá substituir o Organon aristotélico.
Livro: Novum Organum Logo abaixo da imagem da embarcação, a inscrição diz: “Muitos se lançarão ao mar , e o conhecimento será ampliado”. A imagem como um todo retrata uma embarcação transpondo duas colunas clássicas de estilo grego em direção ao mar aberto. Isso simboliza a superação dos limites do conhecimento grego em direção ao conhecimento potencialmente infinito da natureza.
Novum Organum Novum Organum - Novo Instrumento; Publicado em 1620; Dividido em: Prefácio, Livro I, Livro II (escrito em aforismo); Aforismos são breves sentenças separadas, não vinculadas por nenhum recurso expositivo; Livro I é composto por 130 aforismo e Livro II por 52.
Novum Organum Subtítulo do Novum Organum : “Verdadeiras indicações acerca da interpretação da Natureza” Baseado na realidade, ou seja, no empirismo. Bacon intitulou Organum seu livro em menção ao Organon de Aristóteles; Novum para destacar que o apresentar em oposição aos tratados lógicos daquele . Para Bacon a lógica de aristotélica é a lógica do provável. É uma dedução que, ao invés de partir de premissas verdadeiras, extraídas da experiência provocada e controlada, parte de premissas prováveis, geralmente admitidas .
Como filósofo foi muito importante na defesa do uso do método científico (empirismo). Defendia que a obtenção dos fatos verdadeiros se dava através da observação e experimentação (regulada pelo raciocínio lógico). O conhecimento, para Bacon, tem por finalidade servir o homem e dar-lhe poder sobre a natureza. Para ele, a ciência era exaltada como benéfica para o homem. Filosofia de Bacon
Filosofia de Bacon Vale recordar a força, a virtude e as consequências das coisas descobertas, o que em nada é tão manifesto quanto naquelas três descobertas que eram desconhecidas dos antigos e cujas origens, embora recentes, são obscuras e inglórias. Referimo-nos à arte da imprensa , à pólvora e à agulha de marear (bússola). Efetivamente essas três descobertas mudaram o aspecto e o estado das coisas em todo o mundo: a primeira nas letras, a segunda na arte militar e a terceira na navegação. Daí se seguiram inúmeras mudanças e essas foram de tal ordem que não consta que nenhum império, nenhuma seita, nenhum astro tenham tido maior poder e exercido maior influência sobre os assuntos humanos que esses três inventos mecânicos. (Aforismo CXXIX – 6º paráf .)
Para Bacon, Aristóteles foi o símbolo de uma filosofia “estéril no que se refere à produção de obras vantajosas para a vida humana”. Seu método era a observação dos fatos através do raciocínio indutivo. Filosofia de Bacon
De acordo Bacon ( Novum Organum ), a Grande Restauração deveria desenvolver: Classificação das Ciências; Novo método ou Manifestações sobre a Interpretação da Natureza; Ídolos do Intelecto Humano; Método Indutivo (Escala do Entendimento); Introdução ou Antecipações à Filosofia Segunda; Filosofia Segunda ou Ciência nova.
CRÍTICA AO SABER MÁGICO-ALQUIMISTA Bacon rejeita os modos de aquisição e de transmissão do saber mágico e alquimista . O saber em que Bacon pensa é uma ciência progressiva (colaboração ). A magia procura causas ocultas e corrompe as experiências. O verdadeiro saber, naturezas experimentáveis. Magia é um saber privado ou de iniciados e só alcança o conhecimento por mera coincidência (por acaso). O verdadeiro saber, é fruto da colaboração e procedimento metódico.
CRÍTICA AO SABER MÁGICO-ALQUIMISTA Magia é saber de um indivíduo com objetos de domínio sobre outros. O verdadeiro saber é útil para todos os homens. O saber é mantido em sigilo (secreto) pelos magos e alquimistas. O verdadeiro saber é público e escrito em termos claros. Ainda para Bacon, há alquimistas que são: “Homens úteis”; “Homens celerados e maldito”.
CRÍTICA A filosofia tradicional Em nome do ideal de saber progressivo público e claro construído pela colaboração humana e voltado para o bem de todos os homens rompe contra a tradição filosófica . Substituir a filosofia das palavras por uma filosofia das obras. Para Bacon, a filosofia dos gregos era uma filosofia de crianças.
CRÍTICA A lógica tradicional Para Bacon as ciências da época não eram capazes de novas descobertas. Tal como as ciências, de que ora dispomos, são inúteis para a invenção de novas obras, do mesmo modo, a nossa lógica atual é inútil para o incremento das ciências. (aforismo XI)
CRÍTICA A lógica tradicional A lógica tal como é hoje usada mais vale para consolidar e perpetuar erros, fundados em noções vulgares, que para a indagação da verdade, de sorte que é mais danosa que útil. (Aforismo XII ) O silogismo não é empregado para o descobrimento dos princípios das ciências; é baldada a sua aplicação a axiomas intermediários, pois se encontra muito distante das dificuldades da natureza. Assim é que envolve o nosso assentimento, não as coisas. (Aforismo XIII)
CRÍTICA A lógica tradicional Para Bacon, (aforismo XIX) são e podem ser dois os caminhos para a pesquisa e a descoberta da verdade: 1)- A partir dos sentidos e dos particulares, ascende aos axiomas gerais; 2)- A partir do sentido e dos particulares, extrai os axiomas ascendente gradual e ininterruptamente a escada da generalização, até alcanças os axiomas gerais – este é o verdadeiro.
Antecipações da Natureza e interpretações da natureza As antecipações são noções construídas e obtidas de modo prematuro e temerário, são noções construídas com método equivocado; As interpretações da natureza são resultados “ daquele outro modo de indagar que se desenvolve a partir das próprias coisas’’; recolhidas de dados diversos e distantes entre si, elas não podem tomar o intelecto; por isso, parecem difíceis e estranhas na opinião comum, quase semelhantes ao mistério da fé. A pars destruens e pars Construens
“ Teoria dos Idolos” O método indutivo foi criado por Bacon a fim de combater os erros provocados pelos ídolos, que, dentro de sua filosofia, significavam falsas noções, preconceitos e maus hábitos mentais. Os ídolos podem ser de quatro gêneros: os ídolos da tribo, os ídolos da caverna, os ídolos do foro ou mercado, os ídolos do teatro. Se revelam responsáveis pelos erros cometidos pela ciência ou pelos homens que dizem fazer ciência.
“Descobertas das formas” A obra e o fim da força humana esta em gerar e introduzir em um corpo dado uma nova natureza ou mais naturezas diversas; exemplos projetos liga de metais para fins diversos; como tornar o vidro mais transparente...
“Descobertas das formas” A obra e o fim da ciência humana estão na descoberta da forma de uma natureza dada, isto é de sua verdadeira diferença; Bacon foi encontra em Aristóteles a doutrina das quatro causas: 1. Causa material, 2.Causa eficiente; 3.Causa formal; 4. Causa final. “ O verdadeiro saber é saber das causas’’... Compreender as estruturas de um fenômeno e a lei que regula esse processo... Nas ciências, essa lei e sua pesquisa, descoberta e explicação é que constituem o fundamento do saber operar.
“Descobertas das formas”
“ A Indução por eliminação” O objetivo do método baconiano é constituir uma nova maneira de estudar os fenômenos naturais. Para Bacon, a descoberta de fatos verdadeiros não depende do raciocínio silogístico aristotélico, mas sim da observação e da experimentação regulada pelo raciocínio indutivo. O conhecimento verdadeiro é resultado da concordância e da variação dos fenômenos que, se devidamente observados, apresentam a causa real dos fenômenos. Para isso, no entanto, deve-se descrever de modo pormenorizado os fatos observados para, em seguida, confrontá-los com três tábuas que disciplinarão o método indutivo: A tábua da presença A tábua de ausência A tábua da comparação
Falhas no Método Em primeiro lugar, Bacon não dá muito valor à hipótese. De acordo com seu método, a simples disposição ordenada dos dados nas três tábuas acabaria por levar à hipótese correta. Isso, contudo, raramente ocorre. Em segundo lugar, Bacon não imaginou a importância da dedução matemática para o avanço das ciências. A origem para isso, talvez, foi o fato de ter estudado em Cambridge, reduto platônico que costumava ligar a matemática ao uso que dela fizera Platão.
“ Experimentum crucis ” Nas ciências, um experimentum crucis (experiência crucial ou experiência crítica) é uma experiência capaz de determinar de forma decisiva ou não uma determinada hipótese ou teoria é superior a todas as outras hipóteses ou teorias cuja aceitação está atualmente generalizada na comunidade científica. Tal experiência deve ser capaz de produzir um resultado que exclui todas as outras hipóteses ou teorias, se verdadeira, demonstrando assim que, sob as condições da experiência, essas hipóteses e teorias são comprovadamente falsa, mas a hipótese do experimentador não está descartada.
Experimentum crucis ” Bacon não só propagou a ideia de ciência experimental, mas também previu e inspirou a revolução industrial. O útil pressupõe o verdadeiro; e o âmbito verdadeiro é sempre maior que o do útil.
aforismo
O que è : Sentença curta que quando fundamentada numa base filosófica, pode denotar um pensamento de teor Prático ou moral . São 130 Aforismos: 1-18: Da inutilidade do conhecimento de então para as ciências. 19-37: Formas de se fazer as ciências. 38-67: Da questão dos ídolos. 68-70: Combate aos ídolos. 71-77: A origem grega das ciências. 78-94: A causa dos erros. 95-130: A proposta do novo método.
Reflexões filosóficas
“Nada se sabe bem senão por meio da experiência.” “A filosofia verdadeira não é apenas a ciência das coisas divinas e humanas. é também algo prático. ” “Um pouco de filosofia inclina a mente do homem para o ateísmo, mas profundidade em filosofia traz de volta as mentes das pessoas para a religião.” “Saber é poder”. “O homem nada mais é que aquilo que sabe.” “Em geral, na natureza humana existe mais tolice do que sabedoria.” o conhecimento, o saber, é apenas um meio vigoroso e seguro de conquistar poder sobre a natureza.”
“ Capacidade da Leitura, Conversa e o Escrever.” Bacon dizia que a leitura torna o homem completo, a conversação o torna ágil o escrever o torna preciso. Quem não se cultiva um pouco, parece que não sabe desfrutar das satisfações inerentes a nossa condição de seres pensantes. É péssimo conhecer gente incapaz de sustentar se quer por uns minutos uma conversa sobre algo alheio a sua especialidade, porque nunca leu nada com um pouco mais de conteúdo. A prática da leitura e do escrever são de grande importância para uma pessoa e se torna crucial ao ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, e obter mais conhecimento, como diz a frase de bacon.
Racionalismo versus Empirismo https :// www.youtube.com/watch?v=Cg_AUcxqFI4 Vídeo
Referências Aforismos. Disponível em: < http ://slideplayer.com.br/slide/1221070 / >. (Acesso em: 13/04/2016). BACON , Francis. Novo Órganon : Instauratio Magna. São Paulo: Edipro , 2014. Tradução e notas de Daniel Miranda . BACON, Francis. Novum Organum . São Paulo: Abril Cultural, 1999. Traduzido e notas José Aluysio Reis de Andrade . Capa Novum Organum . Disponível em: < https :// commons.wikimedia.org/wiki/File: Houghton_EC.B1328.620ib _-_ Novum_organum_scientiarum.jpg >. (Acesso em: 14/04/2016). Galvão, R.C.S. Francis Bacon: teoria, método e contribuições para a educação. in: R. Inter. Interdisc . Interthesis , Florianópolis, v.4, p. 32- 41, jul./dez. 2007. p. 32-41. Disponível em: < https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/620/10859 >. ( Acesso em: 12/04/2016).
Racionalismo vs Empirismo. Disponível em: < https :// www.youtube.com/watch?v=Cg_AUcxqFI4 >. (Acesso em: 14/04/2016). REALE , Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: Do Humanismo a Kant. 2. ed. São Paulo: Paulus , 1990. Volume 2. Referências