FUNCIONALISMO CULTURAL B ANTROPOLOGIA.pptx

LeoneldosSantos2 11 views 28 slides Sep 14, 2025
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Antropologia


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Universidade Save Faculdade de Ciências Naturais e E xactas Curso: Licenciatura em Matemática 2º Ano Cadeira: Antropologia Cultural de Moçambique Funcionalismo Cultural Elementos do grupo: Egílio Daniel Mandlate Joel Chaúque Leonel dos Santos Mercília da Cremilda Vilanculo Neide Armando Boane Docente: Dr. Roberto Macuácua Chongoene 2022

Conteúdos Capítulos I. Contextualização Introdução Objectivos Metodologia II. Fundamentação Teórica Origem e desenvolvimento do Funcionalismo Os argonautas do Pacífico Ocidental Teoria de Bronislaw Malinowski Teoria de Radcliffe – Browm Conceitos – chave da análise funcionalista Tabela Resumo III. Conclusão IV. Referências Bibliográficas

I.I. Introdução Neste presente trabalho irá – se abordar acerca de Funcionalismo Cultural, como uma das diferentes escolas antropológicas (Evolucionismo, Difusionismo, e Estruturalismo) a tratar do fenómeno cultural . O conceito de cultura, tem estreita ligação com o saber antropológico. Todavia, vale destacar que, no campo dos estudos antropológicos, dificilmente se encontrará consenso sobre o que é cultura. Diante disso, cada linha teórica adopta uma perspectiva específica na abordagem que faz das dinâmicas culturais . Entretanto segundo UNESCO (Mondiacult, 1982) a cultura é um conjunto de características distintas espirituais, materias, intelectuais e afectivas que caracterizam uma sociedade ou um grupo social . Ela abarca , além das artes e das letras, os modos de vida, os sistemas de valores, as tradições e as crenças .

I.II. Objectivos I.II.I. Geral Compreender o fenómeno cultural na perspectiva do Funcionalismo Cultural. I.II.II. Específicos Explicar a origem e desenvolvimento do Funcionalismo; Identificar os principais representantes funcionalistas na antropologia; Apresentar a contribuição de cada representante do funcionalismo; Descrever o funcionalismo mencionando as suas principais características

I.III. Metodologia Para a realização do presente trabalho, baseou – se fundamentalmente na pesquisa bibliográfica. Segundo RUDIO (1980), “Não se pode fazer pesquisa válida sem consultar livros e outras obras, em cada uma das fases do processo”. O método bibliográfico é desenvolvido a partir do material já elaborado, sobretudo os manuais e as teses científicas já publicadas que tem como vantagem garantir que o investigador consiga fazer a colecta e a sistematização das matérias a serem analisadas.

II. I. Origem e Desenvolvimento do Funcionalismo O pensamento funcionalista surgiu a partir das análises críticas construídas sobre a corrente Evolucionista , ou seja, pensadores, já no final do século XIX, avaliavam os limites dessa corrente, entendendo a necessidade da antropologia pensar o homem e o seu habitar cultural a partir de novas possibilidades teóricas. Dessa forma, esses pensadores iniciaram o processo de dês – construção da ideia de uma evolução linear (história linear como processo único para todos os povos, tendo, ao final, a sociedade dos civilizados como parâmetros) e passaram a pensar o homem a partir das suas culturas particulares .

Cont … Segundo Kuper (1983), citado por Layton (1997), O funcionalismo desenvolveu – se pouco depois da colonização da Nova Guiné e da África Oriental e Ocidental pelo Reino Unido e por outras potências europeias, tendo a sua investigação sido efectuada junto de povos colonizados. Malinowski, um dos nomes mais famosos do funcionalismo, criticava abertamente o efeito exercido pelo colonialismo e pelos missionários britânicos sobre o bem – estar dos nativos das ilhas da Nova Guiné por si estudados tendo inspirado a investigação das condições em que, a data, se vivia nas cidades minerais da África Oriental. (MALINOWSKI, 1922).

Cont … Os funcionalistas utilizaram três diferentes definições de função: 1. A primeira definia – a no sentido quase matemático. Qualquer costume de uma comunidade está em interligação com os restantes, pelo que cada qual condiciona o estado de outro. 2 . A segunda, utilizada principalmente por Malinowski, é retirada da fisiologia, apresentando a função dos costumes como a satisfação das necessidades biológicas de base de indivíduo, através da cultura. 3. A terceira foi apresentada por Radcliffe – Brown a partir das teorias de Durkhein. Aqui a função de cada costume é o papel por ele desempenhado na manutenção de integridade do sistema social .

II.II. Representantes do Funcionalismo Malinowski e Radcliffe – Brown são considerados os fundadores da Escola Funcionalista em Antropologia, embora se tivessem baseado nos primeiros trabalhos de Seligman (1910), Spencer e Gillen (1899), entre outros . Reagiram contra a ideia predominante no século XIX de que as sociedades podiam ser classificadas segundo o estádio que tivessem atingido na evolução social defendendo que os costumes das sociedades mais pequenas não podiam ser explicados com reminiscências de uma era anterior mas sim em termos da função actual.

Cont … Malinowski e Radcliffe – Brown completavam – se: Malinowski era excelente em termos de trabalho de campo, tendo estudado a vida dos habitantes das ilhas Trobriand ao longo de seis anos (1914-1920) e escrito um conjunto de obras etnográficas que demonstram as interligações entre os costumes das Trobriand. Já Radcliffe – Brown foi mais influente ao nível do desenvolvimento teórico. Contrariamente a Marx, nem Malinowski nem Radcliffe – Brown consideravam que as relações económicas tivessem primazia sobre os outros aspectos da vida social. Devido a falta de relatos escritos e dados arqueológicos sobre as sociedades mais pequenas, era inútil especular – se sobre a história do desenvolvimento social das mesmas.

II.III. Os argonautas do Pacífico Ocidental No seu estudo sobre as trocas entre as diversas ilhas do Pacífico Ocidental, Malinowski formulou e demonstrou a sua atitude em relação ao trabalho de campo antropológico . O objectivo de Malinowski era demonstrar até que ponto os costumes se encontravam funcionalmente dependentes uns dos outros e revelar as bases sociais e psicológicas sobre as quais as instituições sociais assentavam, esperando assim poder dar origem a uma nova teoria da antropologia, a par do evolucionismo, (MALINOWSKI, 1922). Malinowski optou por ir viver para junto dos habitantes das Ilhas Trobriand, erguendo a sua tenda nas suas aldeias, situadas num arquipélago ao largo da costa nordeste da Nova Guiné.

Cont … Este autor, adoptou o sistema de trocas chamado kula (que ligava os habitantes das Trobriand às populações das Ilhas vizinhas) como ponto central da sua análise e explorou as ramificações que este tinha em todos os aspectos do modo de vida daquela comunidade. Ele chegou mesmo a participar numa viagem de kula desde as Trobiand, via Amphletts, até Dobu e descobriu que a estrutura do kula assentava sobre a troca de dois tipos de objectos manufacturados: os colares de conchas vermelhas chamados soulava e as pulseiras de conchas brancas mwali .

II. IV. Teoria de Bronislaw Malinowski Bronislaw Malinowski (1884 -1942), antropólogo inglês, nascido como súbdito austríaco de família polonesa. Ele se opôs a qualquer tentativa de escrever a história das culturas de tradição oral. O grande mérito de Malinowski será, no entanto, demonstrar que não se pode estudar uma cultura analisando – a do exterior, e ainda menos a distância. Não se satisfazendo com a observação directa “em campo”, ele sistematizou o uso do método etnográfico chamado de “observação participante” (expressão criada por ele), único modo de conhecimento em profundidade da alteridade cultural que poderia escapar ao etnocentrismo

Cont … Ele Passou da descrição da vida das Trobriand para sua a explicação, o seu contributo revelou – se menos brilho. Salientou que a observação da forma como um povo age realmente de acordo com um costume é tão importante como deduzir as regras que se esperam que as pessoas cumpram . Considerava que a cultura se encontrava alicerçada nas necessidades biológicas do ser humano, constituindo um ponto de referência que permitia com estabelecimento de paralelos entre sociedade simples e complexos. O termo função adquiria assim um segundo sentido nomeadamente o de “satisfazer necessidades biológicas primárias (do indivíduo) através das instrumentalizardes da cultura”. ( MALINOWSKI, 1954).

Cont … Este autor defendia ainda que a cultura “constitui uma fórmula mais eficaz e mais solidamente fundamentada (do que a selecção natural) de satisfazer os desejos biológicos inatos do homem” ( MALINOWSKI, 1947). Em termos de técnica analítica, um dos principais contributos de Malinowski foi provavelmente a utilização dos estudos no local, que continuariam a ser muito utilizados pelo seu aluno Firth na sua etnografia de Tikopea ( FIRTH, 1936) e, mais tarde, pela “escola de Manchester”, tal como nos demostra o estudo das leis dos Barotze, efectuado por Gluckman ( GLUCKMAN, 1955 ). Estas últimas obras contribuíram também para uma melhor compreensão do processo social.

II.V. Teoria de Radcliffe – Brown Para este antropólogo, a função de um costume era contribuir para a continuação da vida do “organismo sócias” ( RADCLIFFE, 1952). O objectivo principal não era explicar a diversidade das sociedades humanas mas sim descobrir as leis do comportamento social através da demonstração de que, as sociedades de um certo tipo, existiam relações sócias características desse mesmo tipo: Por exemplo, nas comunidades em que a propriedade era herdada por descendências patrilinear, um homem teria uma relação previsivelmente constrangida com o pai e maior à – vontade com o irmão da mãe . Dirigir-se-ia ao pai e ao irmão deste empregado ao mesmo termo do parentesco (pai), uma vez que todos estes se encontravam no mesmo patamar verídico em relação a ele . Radcliffe chamou a isto o principio de “ Unidade do grupo de irmãos”.

Cont … Radcliffe definiu a unidade funcional como “uma condição em que todas as componentes do sistema social trabalham em conjunto suficiente grau de harmonia ou coerência interna (para continuar assim construir um sistema), isto é, sem produzir conflitos persistentes que não possam ser ou resolvidos ou regulados” ( RADCLIFFE, 1952). Reconheceu também que o conceito de unidade funcional no sistema social era uma hipótese, e que a existência de alguma oposição ou antagonismo entre grupos no seio de cada sociedade era uma característica de cada sistema social . Nem todos os costumes tinham necessariamente de ter como função positiva, podendo alguns sistemas sócias apresentar um grau de integração mais elevado do que os outros.

Cont … Radcliffe admitia ainda que, no sistema social, um costume ou instituição podem ser substituídos por costumes ou instituições diferentes sem que o sistema social se desagregue: as sociedades podem mudar de uma forma que os organismos animais, na sua generalidade, não podem . Apesar das precauções de Radcliffe, a analogia orgânica tem limitações intrínsecas: os órgãos do corpo funcionam para manter um equilíbrio, enquanto as sociedades mudam frequentemente.

II.VI. Características e Diferencas Uma das características mais salientes da história do funcionalismo é o facto de dois dos alunos mais influentes de Malinowski (Fortes e Evans-Pritchard) terem abandonado as teorias deste em favor das de Radcliffe – Browm . Ao contrário de Malinowski, Radcliffe – Browm não dava grande importância aos estudos no local. O primeiro fazia uma distribuição entre aquilo a que chamava ʺos imponderáveis da vida realʺ (ou seja, a rotina diária, as conversas e as amizades), que só podiam ser observados em primeira mão e através dos quais ʺsão fiados os números novelos da verdadeira substância do tecido socialʺ ( MALINOWSKI, 1922).

II.VII. Conceitos – chave da análise funcionalista Os elementos essências da social funcionalista são os conceitos de estatuto e função , definidos de uma forma muito clara pelo antropólogo americano Linton ( LINTON, 1936) contemporâneo de Radcliffe – Browm em Chicago e alguns anos depois, definidos também por este último ( RADCLIFFE, 1940 ). Segundo a teoria de Linton : 1. Um estatuto é uma posição no esquema de relações sócias. 2. Uma função é composta pelas formas de comportamentos associados a esse estatuto.

Cont … Cada estatuto é uma posição no esquema de interacção específico. O individuo pode ter vários estatutos, consoante os vários esquemas de interacção em que participe e o papel em que desempenha em cada um deles . Estatutos que só podem ser alcançados através da demonstração de certas capacidades ou de acumulação de um grau de riqueza suficiente são considerados. Em muitas sociedades de pequena dimensão, as pessoais herdam o estatuto de membros de categorias sócias a que vulgarmente se chama sessões sociais (moeites) as quais determinam com quem se pode ou não casar. Sobre função, foram apresentadas concepções no iníco.

II.VIII. Classificacao dos sitemas sociais O principal contributo de Radcliffe – Brown para a antropologia foi a criação de esquemas de classificação das numerosas sociedades não ocidentais, estudadas durante a primeira metade do século XX, em tipos e subtipos. Um bom exemplo disto é a sua classificação das sociedades aborígenes australianas. Radcliffe – Brown demonstrou que todas as 130 “tribos” australianas, cuja organização social já se encontrava documentada em 1930, apresentavam algumas características comuns na sua estrutura social:

Cont … Uma organização local constituída por famílias agrupadas em tribos; A divisão da tribo em categorias sociais como as secções; A utilização de determinado tipo de terminologia classificatória do parentesco, cada um deles relacionado com uma regra de casamento; Uma religião totémica. Estes aspectos em comum da organização social variavam de uma ou de outra forma. (Radcliffe – Brown, 1930 ). A terminologia de parentesco correspondia simultaneamente à regra do casamento e às categorias criadas pelos sistemas de secções. O grupo de cada zona correspondia aos homens de um determinado clã totémico juntamente com as suas mulheres e filhos.

II.IX. Criticas ao Funcionalismo Radcliffe – Brown e os seus seguidores viriam mais tarde a ser ridicularizados por Leach por alegadamente se terem deixado cair “no coleccionismo de borboletas antropológico” ao classificar as sociedades em tipos e subtipos, como se cada etnografia publicada pudesse ser posta num um quadro no seu local apropriado, de acordo com algum princípio arbitrário, tal como o da cor das asas das borboletas ou do tamanho das suas pernas ( LEACH,1961). Uma crítica ao funcionalismo estrutural foi apresentada por Asad, em 1973. Asad defende que os funcionalistas minimizaram deliberadamente as alterações sociais porque dependiam dos governos coloniais para seu acesso ao campo.

II.X. Tabela Resumo

III. Conclusão Com esta pesquisa foi possível perceber – se que a escola antropológica inglesa da primeira metade do século XX se dividiu praticamente entre grupos encabeçados por dois antropólogos: Malinowski e Radcliffe – Brown. Apesar de ambos serem adeptos do funcionalismo, existem especificidades que definiam cada um, por exemplo, a ideia de função para Malinowski estava relacionada à satisfação de necessidades individuais, enquanto para Radcliffe – Brown, seguidor de Durkheim, acreditava que a função existe independente dos “actores individuais”, estando ligada à manutenção da vida social, das redes de conexões entre pessoas. Portanto, tinham concepções diferentes numa e outra coisa, ao passo que defendiam a mesma corrente.

IV. Referencias Bibliograficas Laplantine, F. (2003). Aprender a Antropologia. São Paulo: Brasiliense , pp.: 61 – 64. Layton, R. (1997). Introdução à Teoria em Antropologia. Edições 70, Lda. Portugal : Lisboa . Tomas, A. E. (2017) Manual de Antropologia Sócio – Cultural. Universidade Pedagógica Sagrada Família, sd. Vilanculo, Z. G. (2015) Antropologia Cultural de Moçambique. Universidade Pedagógica – Moçambique, Disponível em Website: www.unisaf.ac.mz

FIM Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos . “William Shakespeare”.
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