problema é que vocé tem muitas ideias, mas nao € criativo, certo? Vocé
está se escutando? Sáo incríveis os mecanismos de autoengano que
ativamos para bloquear todo o nosso potencial, só por acreditarmos que
somos insignificantes.
Cozinhar, escrever, inventar, pintar, mediar conflitos, acompanhar,
reunir a família em torno de uma mesa, dirigir, resolver problemas,
escutar, ler contos, fazer rir. Todos esses dons säo superpoderes muito
maiores do que acreditamos. Sao talentos imprescindíveis, que facilitam
nossa vida e ajudam as outras pessoas a serem felizes.
Por acaso Stephen Hawking näo precisava de apoio? E Freddie
Mercury, de compreensäo? Einstein näo tinha necessidade de comer? E
Maradona, de cercar-se de boas companhias? Marilyn Monroe náo
precisava de alguém que a fizesse brilhar? E Michael Jordan, de um
técnico? Ou Robin Williams, de alguém que o fizesse rir? Estamos
muito convencidos de que é preciso ser como esses famosos, quando
eles mesmos precisaram de talentos mais simples, porém essenciais. O
talento que acreditamos ser o mais insignificante pode mudar o mundo.
Por exemplo, com um pedago de madeira (näo pode haver nada mais
simples que isso), Enric Bernat e Manuel Jalón Corominas
revolucionaram o dia a dia das pessoas; um por juntar a haste de
madeira a uma bala e transformá-la em um pirulito, e o outro por
inventar o esfregáo. Já imaginou como era limpar o cháo agachado? Ou
imagine que vocé, ao tomar café em um dia qualquer, tem a ideia de
desenhar um camundongo. Vocé náo daria a menor importáncia a isso,
certo? Mas Walt Disney deu e criou o Mickey Mouse, a origem do que
acabaria se tornando um império.
Poderíamos encontrar inúmeros exemplos de talentos aparentemente
simples, mas cuja cia 6, na verdade, enorme: o humor de Roberto
Bolaños, a cozinha de Paola Carosella, Greta Thunberg como ativista
ambiental etc. Nao é preciso que um talento produza naves espaciais