Delegação Regional do Norte
Centro de Formação Profissional de Vila Real
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James declarava que quando um indivíduo é afetado por um estímulo, sofre alterações
fisiológicas perturbadoras, como falta de ar, palpitações, angústia e etc. O reconhecimento
desses sintomas é que vai gerar emoção no indivíduo.
A teoria de James-Lange recebeu críticas do fisiologista Walter Cannon, que em 1927
propôs uma teoria alternativa, baseando-se nas investigações de Philip Bard. De acordo a
teoria de Cannon-Bard, as emoções têm origem no cérebro, ocorrem ao mesmo tempo que
as reações fisiológicas, mas não são causadas por estas. Segundo essa Teoria, os
estímulos emocionais têm dois efeitos excitatórios independentes: Provocam o sentimento
da emoção no cérebro bem como a expressão da emoção no sistema nervoso autónomo e
somático. Tanto a emoção como a reação a um estímulo seriam simultâneos. Assim, numa
situação de perigo, o indivíduo perante um estímulo ameaçador sente primeiro medo e
depois tem a reação física, foge.
As teorias cognitivistas afirmam que os processos cognitivos, como as perceções,
recordações e aprendizagens, são fundamentais para se perceberem as emoções. Uma
situação provoca uma reação fisiológica e procuramos identificar a razão (compreender)
dessa excitação fisiológica de modo a nomear a emoção que lhe corresponde.
Segundo Pereira, a perspetiva Culturalista diz que as emoções são comportamentos
apreendidos no processo de socialização. Cada cultura tem diferentes formas de exprimir as
diferentes emoções. As emoções são uma construção social que exige aprendizagem e que,
por isso, dependem da cultura em que o indivíduo está inserido. O tipo de emoções que se
manifesta em cada situação, a forma como são demonstradas, e o conjunto de regras de
cada cultura específica é própria em cada cultura e para cada uma delas, há uma linguagem
da emoção específica que é reconhecida por todos aqueles que nela estão inseridos.
Segundo Casanova et alli, para os partidários da abordagem culturalista, a emoção é um
papel social que aprendemos num certo tipo de sociedade, o que supõe que outras pessoas
criadas em outros lugares sentirão e expressarão emoções diferentes (2009).
ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DAS EMOÇÕES
Dada a importância das emoções, mesmo as desagradáveis, o importante não é anulá-las,
mas poder regulá-las de forma a sermos nós a controlá-las a ela e não elas a controlarem-
nos a nós.
A resposta é a Regulação Emocional. O importante ou desejável não é anular os nossos
sentimentos negativos ou deixar de ter sentimentos de todo, mas poder regulá-los, de forma
a sermos nós a controlá-los a eles e não eles a controlar-nos a nós. Mas o que é isto de
regulação emocional?
A regulação das emoções tem dois componentes: por um lado é importante regular a
experiência emocional, por outro regular a expressão emocional. E é importante, de facto,
distingui-los: experienciar uma emoção não implica necessariamente agi-la, e mesmo
expressá-la não tem de ser feito de uma forma dura e inapropriada.