Graça Aranha - Canaã

Lucy_Freitas 2,749 views 19 slides Mar 19, 2014
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About This Presentation

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Slide Content

Gra
ça Aranha
Cana
ã

Col
égio Estadual Padre Carlos Zelesny.
Jaqueline Gec – Nº: 17
Karolaine Camargo Rosa – Nº: 24
Kathlen Carla de Paula – Nº: 25
Lucyely Carneiro de Freitas – Nº: 28
Milena Souza Soares – Nº: 31
Trabalho de Portugu
ês
Trabalho requisitado pela professora: Dariene, da
disciplina de: L
íngua Portuguesa, para obtenção
de nota parcial do 1º bimestre – 3º A.
Ponta Grossa, 20 de mar
ço de 2014.

Í
ndice
                                                                                                      
1. Introdu
ção
2. Biografia do autor
3. Obras
4. Estilo liter
ário
5. Caracter
ísticas da obra 
Cana
ã
6. Personagens principais
7. Resumo do livro Cana
ã
8. Quest
ões
 
9. Conclus
ão

Introdu
ção
                                                                                           
No trabalho que se desenvolver
á a seguir, trataremos de
um importante nome para a literatura brasileira, Gra
ça
Aranha.   Veremos   sua   biografia   completa,   sua   trajet
ória
brilhante   para   o   cen
ário   literário   nacional,   além   de
aprendermos mais sobre algumas obras, com destaque para
Cana
ã, seu principal e mais importante trabalho. 
Veremos   detalhes   de   sua   principal   obra,   seus
personagens, suas caracter
ísticas e 
o contexto hist
órico da
é
poca. Além do período literário e seus principais aspectos.

Biografia do autor                                                                           
Jos
é Pereira da Graça Aranha, nasceu em São Luís, no
Maranh
ão, em 21 de julho de 1868  
e faleceu no Rio de
Janeiro em 26 de janeiro de 1931. Foi um escritor e
diplomata brasileiro, e um imortal da Academia Brasileira de
Letras, considerado um autor  pr
é­modernista no Brasil,
sendo um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de
1922.
Devido aos cargos que ocupou na diplomacia brasileira
em pa
íses  europeus, ele esteve a par  dos movimentos
vanguardistas   que   surgiam   na   Europa,   tendo   tentado
introduzi­los,  
à  sua   maneira,   na   literatura   brasileira,
rompendo com a Academia Brasileira de Letras por isso em
1924.
Nascido em uma fam
ília abastada do Maranhão, Graça
Aranha graduou­se em direito pela Faculdade do Recife e
exerceu cargos na magistratura e na carreira diplom
ática.
Como diplomata,  serviu em Londres, com Joaquim
Nabuco, e foi ministro na Noruega, Holanda e na Fran
ça,
onde se aposentou.
Assumiu o cargo de juiz de direito no Rio de Janeiro,
ocupando depois a mesma fun
ção em Porto do Cachoeiro
(hoje Santa Leopoldina), no Esp
írito Santo. Nesse município
ele buscou elementos necess
ários para criar sua obra mais
importante, Cana
ã. Esta é um marco do chamado pré­
modernismo, publicada em 1902, junto com a obra Os
Sert
ões, de Euclides da Cunha.
Gra
ça Aranha apresentou uma visão filosófica e artística
assimilada   de   fontes   muito   diferentes   e  
às   vezes
contradit
órias.
Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, sendo

um dos seus organizadores, quando pronunciou o texto A
Emo
ção Estética na Arte Moderna
, defendendo uma arte,
uma poesia e uma m
úsica novas, com algo do "Espírito
Novo" apregoado por Apollinaire. Rompe com a Academia
Brasileira de Letras em 1924, a qual acusou de passadista e
dotada de total imobilismo liter
ário. Ele chegou a declarar
"Se a Academia se desvia desse movimento regenerador, se a
Academia n
ão se renova, morra a Academia!". 
O romancista Coelho Netto deu pronta resposta a Gra
ça
Aranha: "O brasileirismo de Gra
ça Aranha, sem uma única
manifesta
ção   em   qualquer   das   grandes   campanhas
libertadoras da nossa nacionalidade, 
é um brasileirismo
europeu, copiado do que o conferente viu em sua carreira
diplom
ática, apregoado como uma contradição à sua própria
obra." 
Diplomata   aposentado,   Gra
ça   Aranha   regressara   ao
Brasil pouco depois do t
érmino da 1ª Guerra Mundial. 
O Acad
êmico Afonso Celso tentou, em 19 de dezembro
do referido ano, promover o retorno de Gra
ça Aranha às
lides acad
êmicas. Este, contudo, três dias depois, agradeceu
o convite, acrescentando: "A minha separa
ção da Academia
era definitiva", e, mais: "De todos os nossos colegas me
afastei sem o menor ressentimento pessoal e a todos sou
muito   grato   pelas   generosas   manifesta
ções   em   que
exprimiram o pesar da nossa separa
ção". 
Em   1930   surgia   Viagem   Maravilhosa,   derradeiro
romance do autor de Cana
ã, obra em que a opinião dos
cr
íticos da época se dividiu em louvores e ataques.

Obras                                                                                                      
•Cana
ã, 1902 
(sua principal obra).
•Malazarte, 1915.
•A Est
ética da Vida, 1921.
•Esp
írito Moderno, 1925.
•Futurismo   (manifesto   de   Marinetti   e   seus   compa­
nheiros), 1926.
•A Viagem Maravilhosa, 1929.
•O manifesto dos mundos sociais, 1935.

Estilo liter
ário
                                                                                   
Pr
é­modernismo
     no Brasil   
Nas 
últimas décadas do século XIX e nas primeiras do
s
éculo XX, o Brasil também viveu sua bélle époque. Nesse
per
íodo nossa literatura caracterizou­se pela ausência de
uma 
única diretriz. Houve, isso sim, um sincretismo estético,
um entrecruzar de v
árias correntes artístico­literárias. O país
vivia na 
época uma constante tensão.
Nesse   contexto,   alguns   autores   refletiam   o
inconformismo   diante   de   uma   realidade  s
ócio­cultural
injusta   e   j
á  apontavam   para   a   irrupção   iminente   do
movimento modernista. Por outro lado, muitas obras ainda
mostravam   a   influ
ência   das   escolas   passadas:
realista/naturalista/parnasiana e simbolista. Essa dicotomia
de tend
ências, uma renovadora e outra conservadora, gerou
n
ão só tensão, mas sobretudo um clima rico e fecundo, que
Alceu Amoroso Lima chamou de Pr
é­modernismo.
Quanto 
à prosa, podemos distinguir três tipos de obras:
1.Obras de ambi
ência rural e regional
 ­ que tem por
tem
ática a paisagem e o homem do interior.
2.Obras de ambi
ência urbana e social  
­ retratando a
realidade das nossas cidades.
3.Obras   de   ambi
ência   indefinida
 ­   cujos   autores
produzem   uma   literatura   desligada   da   realidade
socioecon
ômica brasileira.

Caracter
ísticas :
A) Ruptura com o passado  ­ por meio de linguagem
chocante,   com   vocabul
ário   que   exprime   a   “frialdade
inorg
ânica da terra”.
B)  Inconformismo   diante   da   realidade   brasileira ­
mediante   um     tem
ário   diferente   daquele   usado   pelo
romantismo   e   pelo   parnasianismo   :   caboclo,   sub
úrbio,
mis
éria, etc.
C)  Interesse   pelos   usos   e   costumes   do   interior ­
regionalismo, com registro da fala rural.
D)  Destaque 
à psicologia do brasileiro
 ­ retratando sua
pregui
ça, por exemplo nas mais diferentes regiões do Brasil.
E) Acentuado nacionalismo ­ exemplo Policarpo Quaresma.
F) Prefer
ência por assuntos históricos.
G) Descri
ção e caracterização de personagens típicos
 ­
com o intuito de retratar a realidade pol
ítica, e econômica e
social de nossa terra.
H) Prefer
ência pelo contraste físico, social e moral.
I)  Sincretismo   est
ético
 ­   Neorrealismo,   Parnasianismo,
Neossimbolismo.
J) Emprego de uma linguagem mais simples e coloquial ­
com o objetivo de combater o rebuscamento e o pedantismo
de alguns literatos.

Caracter
ísticas da obra
                                                                
Publicada   em   1902,   Cana
ã é  o   resultado   das
observa
ções   de  uma  colônia  de  imigrantes   alemães   no
Esp
írito Santo. É um romance de tese que gira em torno de
dois alem
ães que discutem sobre o futuro do país. Enquanto
Milkau confia nos destinos do Brasil; Lentz que 
é prussiano
defende a superioridade germ
ânica a partir da substituição
de   mesti
ços   por   europeus,   uma   vez   que   considera   os
primeiros como sendo fracos e indolentes. 
Cana
ã é uma obra muito rica tanto do ponto de vista
liter
ário, quanto do ponto de vista social. Os elementos que a
constitui enquanto narrativa s
ão muito importantes para dar
veracidade 
à história. O espaço físico utilizado na obra é  de
uma   riqueza   t
ão   grande   que   o   leitor   parece   está
fazendo  parte  da  hist
ória.  O  foco  narrativo  em  3ª
pessoa onisciente possibilita ao leitor saber tudo o que se
passa com os personagens, sem que haja intromiss
ão o
narrador. O tempo na obra 
é bastante marcado por pausas
que por sua vez d
ão veracidade a história. 
A  obra  apresenta  como  tema  central  a  imigra
ção
alem
ã  no  Brasil,  retratando  o  modo  de  vida  teuto­
brasileiro     em   comunidades   simples,   onde   conviviam
diferentes   fam
ílias   de   imigrantes   que   enfrentavam
dificuldades   relacionadas   ao   trabalho,  
à  adaptação
sociocultural e ao preconceito. 
Gra
ça Aranha apresenta por meio dos personagens
Milkau e Lentz duas vis
ões diferentes que existiam entre os
imigrantes alem
ães. Para tanto ele constrói nas personagens,
posturas   comportamentais   opostas,   enquanto   Milkau
representa o imigrante disposto a se aculturar, a se adaptar a
nova terra, aproveitando as oportunidades que ela pode
oferecer e entrando em contato com o povo que a habita,

Lentz representa o imigrante que n
ão quer se envolver com a
cultura   da   terra   que   o   acolheu,   ele   acredita     que   a
mesti
çagem gera uma raça fraca e por isso evita contato com
a popula
ção local. 

Personagens principais                                                                
Milkau 
•Acredita no progresso pela mistura de povos. 
•Rejuvenescimento da civiliza
ção com a fusão das raças
adiantadas com as selvagens. 
•Justi
ça perfeita sem ganâncias ou lutas. 
•Lei do Amor. 
•Universalista. 
Lentz
•Quer ampliar sua propriedade e ter mais trabalhadores
sob seu comando. 
•Espera pela invas
ão e domínio alemão sobre o Brasil. 
•Lei da For
ça. 
•Adepto 
à leis Racistas. 
Maria 
•Triste e solit
ária, não chegou a conhecer o pai, pois ele
morreu. 
•Vivia com a m
ão na casa de Augusto Kraus. 
•Ap
ós a morte da mãe continua na casa de Kraus, seu
ú
nico amigo. 
•Repentinamente   Kraus   morre   e   Maria   fica   sob   os
cuidados da fam
ília
 de Kraus. 
•Tem um filho com Moritz Kraus, neto de Augusto, que 
é
tirado de perto de Maria. 
•Conhece Milkau em uma festa na casa de Jacob M
üller. 

Resumo do livro                                                                               
Cana
ã
 Cana
ã conta a história de Milkau e Lentz, dois jovens
imigrantes   alem
ães   que   se   estabelecem   em   Porto   do
Cachoeiro, ES. Amigos e antag
ônicos ao mesmo tempo,
Milkau 
é a integração e a paz, admirando o Novo Mundo,
Lentz 
é a conquista e a guerra, pensando no dia que a
Alemanha invadir
á e conquistará aquela terra.
    Ainda assim, ambos se unem e trabalham juntos na terra e
prosperam. Mais tarde aparece Maria, filha de imigrantes
pobres, que 
é abandonada ao léu quando morre seu protetor
e lhe abandona o amante, que pensava ser seu futuro
marido.
    Vagando, tomada como louca e prostituta, 
é rejeitada até
na igreja antes de ser salva por Milkau, quem conheceu uma
vez em uma festa e vai morar numa fazenda. L
á continua a
ser maltratada at
é que um dia seu filho é morto por porcos e
ela 
é acusada de infanticídio. Na cadeia Milkau passa a
visit
á­la enquanto ela é repudiada pela cidade inteira. Por
fim a salva com uma fuga no meio da noite.
   A hist
ória em si é apenas pano de fundo para as discussões
ideol
ógicas entre Milkau e Lentz, somando­se a isto retratos
da imigra
ção alemã e da corrupta administração brasileira
da 
época.

Quest
ões
                                                                                                
1.  Qual   a   principal   caracter
ística   do   Pré­modernismo
presente na obra Cana
ã?
a) Romantismo
b) Regionalismo
c) Emo
ção
d) Regional
2. Qual das personagens prega a paz e a igualdade?
a) Maria
b) Lentz
c) Milkau
d) Kraus
3.Qual das alternativas abaixo possui caracter
ísticas que
se adequam a biografia de Gra
ça Aranha?
a) Nasceu em uma fam
ília pobre, no Maranhão, teve forte
influ
ência na Semana de Arte Moderna de 1922.
b) Nasceu em 1931, veio de uma fam
ília rica do Espírito
Santo, formou­se em Direito no Rio de Janeiro.
c) Nasceu em 1868, no Rio de Janeiro, foi diplomata e foi
um dos organizadores da Semana de Arte Moderna.
d)  Nasceu em 1868, em uma fam
ília rica no Maranhão,
graduou­se em Direito pela Faculdade do Recife.
Gabarito: 1. b); 2. c); 3. d).

Conclus
ão
                                                                                            
Este   trabalho   foi   muito   interessante,   pois     nos
possibilitou compreender um pouco mais das discuss
ões
quanto 
à identidade cultural brasileira, que era um problema
de relev
ância para as elites da época. Também possibilitou
compreender   a  import
ância   de   Graça  Aranha  enquanto
escritor, evidenciando desta forma suas contribui
ções não só
para a hist
ória da literatura brasileira, mas também para
toda a sociedade.
Cana
ã praticamente abre o pré­modernismo (literaria­
mente) juntamente com outras obras de outros autores.
Fazendo uma reflex
ão entre o estilo literário e o livro Canaã
percebemos   principalmente   que   o   livro   tem   como
caracter
ística o regionalismo, que é a principal característica
do pr
é­modernismo e, além disso, o livro possui o debate
entre dois alem
ães: Milkau e Lentz, onde Milkau defende a
miscigena
ção e Lentz a supremacia ariana e por isso Milkau
é
 o protagonista e , mesmo sendo amigo de Milkau, Lentz
acaba sendo o antagonista. 

Refer
ências
                                                                                          
•http://sapereaude10.blogspot.com.br/2012/05/analise­
da­obra­canaa.html
•http://www.coladaweb.com/literatura/pre­modernismo
•http://pt.wikipedia.org/wiki/Gra%C3%A7a_Aranha
•http://www.brasilescola.com/literatura/graca­
aranha.htm
•http://br.answers.yahoo.com/question/index?
qid=20100327055244AA1uBOb
•http://gracaaranha1868.blogspot.com.br/
•http://www.coladaweb.com/resumos/canaa­graca­
aranha
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