GUERRA DO CONTESTADO 1 aula

professormarcusmatozo 9,335 views 35 slides Jan 29, 2013
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About This Presentation

A temática da Guerra do Contestado em sala de aula.


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CONTESTADO A GRANDE GUERRA CIVIL BRASILEIRA Professor Marcus Matozo [email protected]

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OBRAS PARA INDICAÇÃO

ANTECEDENTES : COLÔNIA SACRAMENTO Fundação da Colônia Sacramento (1680) pelos portugueses na margem esquerda do Rio da Prata – em terras além do estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas (hoje: Santa Catarina e Paraná) (THOMÉ, 1993)

ILEGALIDADE PORTUGUESA

CAUSAS DA GUERRA – 1912 a 1916 Limites interestaduais (Paraná X Santa Catarina) Competição econômica pela exploração de riquezas naturais (madeira) Disputa pela posse da terra (estrada de ferro) Movimento messiânico (monge)

CAUSAS DA GUERRA – 1912 a 1916 “Simultânea e coincidentemente, o CONTESTADO reuniu no mesmo TEMPO e no mesmo ESPAÇO GEOGRÁFICO, mais de 30 mil pessoas – habitantes da região na época – desde fazendeiros, em defesa de suas propriedades, posseiros, tentando se manter em terras devolutas, os “fanatizados” por promessas messiânicas, e oportunistas, que viam no movimento ocasião para exercerem pressões políticas acerca dos limites disputados entre Santa Catarina e Paraná. Por isso, é dito que nem todos os sertanejos catarinenses eram rebeldes, nem todos os rebeldes eram fanáticos, e nem todos os fanáticos eram jagunços” (THOMÉ, 1997 apud FRAGA, 2005)

ACONTECIMENTOS: A QUESTÃO DE PALMAS Argentina contesta terras brasileiras 1857 – Tratado de limites (defendido pelo Visconde do Rio Branco – pai do Barão do Rio Branco) 1876 – nova tentativa (sem sucesso) 1882 – Brasil busca a 3° tentativa 1884 – Comissão mista (para nova verificação do território em questão – durou de 1887 até 1890) 5 de Fevereiro de 1895 – o Barão do Rio Branco (chefe da missão especial) e o advogado do governo argentino recebem a notícia “ o laudo é favorável ao Brasil ” (quem assinou foi o presidente dos Estado Unidos: Grover Cleveland )

ACONTECIMENTOS: A QUESTÃO DE PALMAS

ACONTECIMENTOS: DAS CAPITANIAS À REPÚBLICA CAPITANIA DE SANTA CATARINA CAPITANIA DE SÃO PAULO Província do Paraná – Desmembrada da Capitania de São Paulo em 1853 1900 – Paraná entra com ação junto ao Supremo Tribunal Federal Julgamento em 1904 – ganho de causa para Santa Catarina – 6 votos x 4 votos

ACONTECIMENTOS: DAS CAPITANIAS À REPÚBLICA Em 2 de Setembro de 1904 – embargo (PR) Em 2 de Setembro de 1905 – impugnação (SC) Em 24 de Dezembro de 1909 o STF rejeita os embargos do Paraná Em 15 de Abril de 1910 – novo embargo (PR) Em 25 de Julho de 1910 o STF rejeita novamente os embargos do Paraná Visconde de Ouro Preto requereu expedição do mandato executório em 1913 que o Juiz Federal Seccional do Paraná não cumpriu. (THOMÉ, 1989)

OS HABITANTES Consequência do tropeirismo Refugiados “farroupilhas” (de 1835-1845) Refugiados “federalistas” (de 1892-1894) Mateiros – gente do mato ligados à lavoura ou criação de suínos (engordados com pinhão no inverno, no verão com outros frutos) Cultivavam moranga, abóbora, milho, erva-mate Ranchos de pinho, fogo de chão Sem professores nem escolas, utilizavam medicina caseira, religião principalmente católica rústica e avoenga pois padres raramente apareciam (FRAGA, 2005)

A GUERRA DURANTE A MONARQUIA O POVO DA REGIÃO VIVIA ALI, EM LIBERDADE, CULTIVANDO A TERRA E EXTRAINDO AS RIQUEZAS DA FLORESTA QUE CUMPUNHAM O INTERIOR CATARINENSE.

A GUERRA REPÚBLICA: “A LEI DO DIABO” MODIFICAÇÃO NA LEI DO USO DA TERRA, VOLTADO AOS GRANDES INVESTIMENTOS INTERNACIONAIS DE EXTRAÇÃO DE MADEIRA E PRODUÇÃO DE GADO BRAZIL RAIWAY COMPANY LUMBER COMPANY E FAZENDEIROS

BRAZIL RAIWAY COMPANY PERCIVAL FARQUHAR Criou a SOUTHEN BRAZIL LUMBER and COLONIZATION COMPANY Em 1908 adquiriu controle da Companhia de Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande (EFSPRS) “sob a copa das araucárias estavam imbuias com até 10 m de circunferência”

BRAZIL RAIWAY COMPANY PERCIVAL FARQUHAR A União garantiu, por contrato, 15 km de cada lado da ferrovia, declarando que eram terras DEVOLUTAS (sem ninguém) O Governo contrariou a LEI DE TERRAS de 1850 “ Surge então a Lei de Terras , (lei n°601/1850), a partir desta data só poderia ocupar as terras por compra e venda ou por autorização do Rei. Todos os que já estavam nela, receberam o título de proprietário, porém, tinha que residir e produzir na terra .”

BRAZIL RAIWAY COMPANY PERCIVAL FARQUHAR Retirava a madeira, beneficiava e mandava para a Europa (1° Guerra Mundial fez o preço da madeira disparar) Ao término das obras, Percival Farquhar não pagou passagem de volta aos ex-funcionários (aproximadamente 4000) que vieram engrossar o exército

LUMBER COMPANY PROPRIETÁRIO: Percival Farquhar Ganhou o direito de explorar, para desenvolver a, então, região contestada Exército da LUMBER (impôs a ferro e fogo, os direitos da companhia, que chegou ao status de ser a maior madeireira da América Latina) Montou serraria em Três Barras-SC e Calmon-SC onde (todo ano) festejavam o 4 de julho

LUMBER COMPANY

LUMBER COMPANY

MESSIANISMO Exército Encantado de São João Maria Cruz Verde – bandeira branca Quase 10 mil pessoas armadas (homens, velhos, crianças e mulheres) Criadores, peões, lavradores, ex-trabalhadores da estrada de ferro, comerciantes de vilas e estradas, agregados e capatazes Pessoas carentes de alfabetização, assistência e promoção social Antigos combatentes farroupilhas, maragatos, ex-combatentes dos batalhões de Voluntários da Pátria e da Guarda Nacional, e ainda, criminosos, ex-presidiários e foragidos da justiça (FRAGA, 2005)

MESSIANISMO Foram combatidos pelos regimentos de SEGURANÇA de Santa Catarina e Paraná Por piquetes de cavalaria do Esquadrão da Guarda Nacional E por grande parte do Exército Brasileiro que empregou tropas de infantaria, da cavalaria, da engenharia e da artilharia. “a inferioridade numérica dos militares era compensada pelo melhor aparelhamento bélico, pois utilizava canhões, metralhadoras, bombas, espadas e fuzis, contra facões de pau, velhas espingardas, mosquetões e revólveres dos sertanejos” (MONTEIRO, 1996)

O MONGE SÃO JOÃO MARIA

SÍMBOLO DO EXÉRCITO ENCANTADO

O MONGE Agosto de 1912 – o “monge” José Maria instala-se em Taquarussu-SC, fundando o QUADRO SANTO O monge e seus 24 PARES DE FRANÇA “ Dá-se a designação de Doze pares da França à tropa de elite pessoal do rei Carlos Magno da França, formada por doze cavaleiros leais ao rei, liderados por Rolando, sobrinho de Carlos Magno. A expressão "doze pares" se dá pelo fato dos doze cavaleiros terem extrema semelhança entre si, no que diz respeito à força, habilidade com armas e lealdade ao rei, e daí o termo ‘par’. “ (CABRAL, 1960) As autoridades catarinenses, incomodadas, invocam auxílio do Exército para garantir a ordem

O MONGE O monge cruza o Rio do Peixe e instala-se em Irani-PR, o governo paranaense considerou a passagem uma “invasão” e enviou forças policiais para conter o grupo (CABRAL, 1960) O combate se deu em Banhado Grande (Irani), em 22 de outubro de 1912, quando morreram tanto o monge José Maria, como o Capitão João Gualberto, chefe da polícia paranaense.

IRANI (HOJE PERTENCE A SANTA CATARINA)

OS COMBATES Segundo semestre de 1913: “ressureição” de José Maria (por Euzébio Ferreira do Santos – neta Teodora) que voltou a Taquarussu para formar o novo “Quadro Santo” 29 de dezembro de 1913: os “fanáticos” derrotam as forças legais 8 de fevereiro de 1914: nova coluna do exército: 750 homens. A maioria dos caboclos tinha fugido ao cerco, rumo a Caraguatá, sob comando de MARIA ROSA (a “Virgem”) – visões do monge

OS COMBATES José Freire Gameiro subestimou o poder dos caboclos, atacando em 9 de março de 1914 e foi derrotado em sangrenta batalha (tática de guerrilha) General Mesquita (esteve em Canudos), 1700 homens, de 13 a 29 de maio de 1914 atacou Caraguatá, contudo, os “fanáticos” liderados por Maria Rosa simularam uma dispersão A missão do General Mesquita foi dada como por encerrada (fica no comando Capitão Matos Costa)

OS COMBATES Julho de 1914: o Capitão Matos Costa patrulha a região, tentando convencer os caboclos a entregar as armas, sem empregar violência, mas o “fanáticos” não haviam debandado, e sim se espalhados em vários redutos Começaram a saquear, depredar, arrebanhar gado, alistar adeptos 5 setembro de 1914 os “fanáticos” entraram em Calmon, incendiaram a Lumber, no dia 6, destruíram a Estação de Nova Galícia (São João-SC)

OS COMBATES No mesmo dia, atacaram o trem que trazia Matos Costa que foi morto em combate (SCHÜLLER, 1994) Assume o General Setembrino de Carvalho 1° viação de guerra na América Latina (Tenente Ricardo Kirk e Ernesto Darlolli) Em outubro de 1914: 7199 homens da força regular, 6408 soldados do Exército, 465 policiais de Santa Catarina, 26 policiais do Paraná, 300 vaqueanos contratados (divididos em 4 poderosas colunas)

OS COMBATES A tática de Setembrino: cercar os caboclos pelos redutos 25 de fevereiro de 1915: grande ofensiva 1° abril: ataque ao reduto de Caçador 5 abril: 6000 casas queimadas e 600 caboclos mortos fora mulheres e crianças não contabilizados Dezembro de 1915: fim dos combates – parte mais sangrenta do combate: “limpeza geral” 20 de outubro de 1916: assinatura, no Palácio do Catete, Rio de Janeiro, em ato solene, do “Acordo de Limites” (Felipe Schimidt – Gov. Santa Catarina/Affonso Camargo – Gov. Paraná e Wenceslau Braz – Pres. República)

Obrigado pela atenção!

REFERÊNCIAS CABRAL, Oswaldo R. Histórias de Santa Catarina . Rio de Janeiro. Liv. Pioneira Editora. 1967. FRAGA, Nilson Cesar. Paraná Espaço e Memória. Diversos olhares histórico-geográficos . Curitiba. Editora Bagozzi. 2005. MONTEIRO, Duglas Teixeira. Os errantes do novo século. Um estudo o surto milenarista do Contestado. 1912/1916 . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1996 SCHÜLLER, Donaldo. Império Caboclo . Florianópolis: UFSC/FCC. Porto Alegre. Movimento, 1994. THOMÉ, Nilson. A aviação militar no Contestado – Réguiem para Kirk . Caçador (SC). Fearp, 1986. --------------------. As duras frentes de luta desta terra Contestada . Florianópolis. Diário Catarinense. Suplemento. 1989 --------------------. Rio Branco e o Contestado – Questão de limites Brasil – Argentina . Caçador (SC). UnC . 1993