História [4ºbimestre] - HERANÇA CULTURAL DE MATO GROSSO DO SUL
Professora Marcia Marafigo – acesse este conteúdo em: HTTP://marcia-marafigo.blogspot.com Página 3
Sarandi ou Cirandinha: ciranda que mantém a mesma melodia da roda infantil Ciranda, Cirandinha. É uma dança de roda,
em que os pares dão meias-voltas e voltas inteiras, trocando seus pares. Esse movimento é repetido tantas vezes quanto
é o números de pares, intercalando, cada um apresenta seu verso para a moça, para o rapaz ou para o público presente.
Danças típicas da Região do Complexo do Pantanal - Compreende a porção oeste do Estado. Cultura pantaneira, desde a fundação
de Corumbá e com a formação da cultura Cuiabana no século XVIII, possuindo influência gaúcha, paraguaia, boliviana e argentina.
Cururu: atualmente se caracteriza como uma brincadeira, mas ainda preserva alguns passos de dança, executados pelos
violeiros, como flexões simples/complicadas, a fim de proporcionar animação. É praticada apenas por homens que tocam
suas violas de cocho e ganzás ou cracachás (reco-recos), cantando versos conhecidos ou improvisados, conforme o
momento requerer e as toadas falam das coisas do cotidiano pantaneiro.
Siriri: dança animada em que os pares colocados em fila ou roda descrevem gestos alegres e gentis, com palmas aos
pares e ao som de toadas. Os movimentos são de fileiras simples, duplas, frente a frente, roda e túnel. Recebem nomes
como: barco do alemão, carneiro dá, canoa virou, "vamos dispidi". Os instrumentos usados para música são: viola de
cocho, reco-reco, (ganzá) de bambu com talho no sentido longitudinal e tocado com um pedaço de osso e o mocho (
tambor) tocado freneticamente com dois bastões de madeira.
Danças típicas da Região sul e fronteira - Compreende a porção sul e sudeste. (influência paraguaia, japonesa e gaúcha).
Chupim: dançado ao som/ritmo da polca paraguaia, com três pares. Seus movimentos imitam as asas da ave de mesmo
nome, ao cortejar a fêmea. Às vezes, encontra-se a figura do Carão, que imita o pássaro do mesmo nome e é tido como
ave de rapina que tenta a todo momento "roubar" a dama do companheiro. À esses movimentos acrescentam-se toques
de castanholas, com os dedos, da aculturação espanhola. Seus movimentos são cadena, tourear o par, dançar e rodar o
par.
Mazurca: também chamada de rancheira, muito comum no sul do Brasil, seguindo a mesma configuração dos bailes do
Sul.
Palomita: é uma dança de salão que é executada ao som de polca paraguaia ou chamamé, embora no Paraguai seja
utilizada a música palomita para essa dança. Há revezamento entre os casais.
Polca de Carão: a dança consiste em uma brincadeira de um dos dançantes para "levar um carão", ou um "fora" do seu
pretendido par. A dança de salão continua até que os outros "levem um carão".
Toro Candil: não se caracteriza como dança nem como folguedo. É considerado uma brincadeira feita com o boi (toro em
espanhol), feito de arame, pano e a ossatura natural da cara do boi, abatido para a festa. Duas tochas acesas são
colocadas ao chifre do boi candeeiro ( Candil - em espanhol). Os brincantes mascarados (mascaritas - em espanhol),
apresentam-se travestidos para não ser reconhecidos (tanto homens, quanto mulheres), brincam entre si, mudam a voz e
falam em idioma Guarani. Antes da chegada do Toro, fazem a brincadeira bola-ta-ta, uma bola de pano, embebida em
óleo e acesa. Chutam a bola de um para outro brincando até que a mesma se apague. Em seguida, entra o toro Candil
para alcançar o auge da festa. Quando se acham cansados, vão para o salão e dançam ( podendo ser homens com
homens ou com mulheres, mesmo porque eles não se conhecem) ao som de salsas e merengues.
Xote aos Pares ou Xote de Três: equivale ao Xote de Duas Damas da Região Sul do Brasil.
Xote Inglês: Essa dança trazida para o sul do estado pelos colonizadores do sul do país, consiste em um formato de se dançar xote
levando-se em conta o rítimo da música que é marcada por duas partes bem definidas; a primeira o rítimo leva a marcação do giro
executado pelo par, com seis passos girando para a esquerda e posteriormente seis passos girando para a direita, na sequência,
marca-se dois passos para a esquerda e dois passos para a direira e completa um giro para a direita com três passos, repete-se
essa segunda parte. Depois volta ao início e a dança continua até o fim.
Bibliografia
Sigrist, Marlei - "Chão Batido" - Editora UFMS - Campo Grande MS - email:
[email protected]