Table of Contents
1.1.Objectivos ............................................................................................................... 3
1.1.1 Objectivo Geral ................................................................................................ 3
1.1.2.Objectivos Especificos ..................................................................................... 3
1.1.3.Metodologia ..................................................................................................... 3
2. Hereditariedade e variabilidade de Vida ...................................................................... 4
2.1. Hereditariedade ...................................................................................................... 4
2.1.1. Mecanismos da Hereditariedade ......................................................................... 5
2.2. Variabilidade genetica ........................................................................................... 5
2.2.1.Importância da Hereditariedade e Variabilidade .............................................. 9
2.2.2. Conservação da Variabilidade Genética ......................................................... 9
Consideracoes finais ....................................................................................................... 11
Referencias Bibliograficas .............................................................................................. 12
1.Introducao
A hereditariedade e a variabilidade genética são os pilares fundamentais que sustentam a
diversidade da vida na Terra. A hereditariedade permite a transferência de características
genéticas de uma geração para outra, garantindo a continuidade das espécies. Por outro
lado, a variabilidade genética, resultante de processos como mutações, recombinação
genética e fluxo gênico, é essencial para a adaptação e evolução dos organismos em
resposta às mudanças ambientais. Juntas, essas forças moldam a biodiversidade,
influenciam a sobrevivência das espécies e determinam a resiliência dos ecossistemas.
1.1.Objectivos
1.1.1 Objectivo Geral
Descrever duma forma resumida questao de Hereditariedade e variabilidade
genetica
1.1.2.Objectivos Especificos
Definir Hereditariedade
Definir Variabilidade
Descrever os factores que contribuem para variedade genetica
1.1.3.Metodologia
Para efectivacao da presente utilizou se o metodo bibliografico,que consistiu em buscar
informacoes inerente ao tema acima
2. Hereditariedade e variabilidade de Vida
2.1. Hereditariedade
Hereditariedade é o conjunto de processos biológicos que asseguram que cada ser vivo
receba e transmita informações genéticas através da reprodução.
Transmissão de caracteres de pais para filhos. Os organismos com variações vantajosas
têm maiores chances de deixarem descendentes (Carthy, 1923).
A informação genética é transmitida através dos genes, porções de informação contida no
DNA dos indivíduos sob a forma de sequências de nucleótidos separadamente
verificados. Existem dois tipos de hereditariedade: específica e individual.
A hereditariedade específica é responsável pela transmissão de agentes genéticos que
determinam a herança de características comuns a uma determinada espécie.
A hereditariedade individual designa o conjunto de agentes genéticos que atuam sobre os
traços e características próprias do indivíduo que o torna um ser diferente de todos os
outros, assim fazendo com que os filhos tenham características de seus pais.
Hereditariedade é o processo pelo qual as características de organismos vivos são
transmitidas de pais para filhos através dos genes. Os genes, que são segmentos de DNA,
contêm as instruções necessárias para o desenvolvimento e funcionamento dos
organismos. Eles são organizados em cromossomos e transmitidos durante a reprodução.
Existem duas formas principais de reprodução:
1. Reprodução Assexuada: Envolve um único organismo que reproduz descendentes
geneticamente idênticos a si mesmo. Exemplos incluem a fissão binária em bactérias e a
reprodução vegetativa em plantas. Embora a reprodução assexuada crie clones, a mutação
genética pode introduzir alguma variabilidade.
2.Reprodução Sexuada: Envolve a combinação de material genético de dois organismos
diferentes. O processo de meiose gera gametas (óvulos e espermatozoides) com metade
do número de cromossomos de uma célula somática. A fertilização combina dois
gametas, resultando em um zigoto com um conjunto completo de cromossomos, metade
de cada progenitor. Este processo cria uma grande variabilidade genética devido à
recombinação e à segregação independente dos cromossomos.
.
2.1.1. Mecanismos da Hereditariedade
1. Estrutura do DNA
O DNA (ácido desoxirribonucleico) é composto por duas fitas de nucleotídeos, que são
formados por uma base nitrogenada (adenina, timina, citosina ou guanina), um açúcar
(desoxirribose) e um grupo fosfato. A sequência dessas bases codifica as informações
genéticas. O DNA se organiza em cromossomos dentro do núcleo das células. Cada
espécie tem um número específico de cromossomos; por exemplo, os humanos têm 46
cromossomos, organizados em 23 pares.
2. Genes e Alelos
Os genes são segmentos específicos de DNA que contêm instruções para a produção de
proteínas, que desempenham funções vitais nas células. Os alelos são diferentes formas
de um mesmo gene que podem existir devido a variações na sequência de nucleotídeos.
Por exemplo, o gene que determina a cor dos olhos pode ter alelos que resultam em olhos
azuis, verdes ou castanhos.
3. Expressão Gênica
A expressão gênica é o processo pelo qual a informação de um gene é usada para sintetizar
uma proteína. Este processo envolve a transcrição do DNA em RNA mensageiro (mRNA)
e a tradução do mRNA em uma cadeia de aminoácidos que formará uma proteína. A
expressão gênica pode ser regulada em vários níveis, incluindo a transcrição, o
processamento do RNA e a tradução.
2.2. Variabilidade genetica
A variabilidade genética mede a tendência dos diferentes alelos de um mesmo gene que
variaram entre si em uma dada população.
Não deve ser confundida com diversidade genética, a qual é a quantidade total de
variações genéticas observada tanto entre as populações de uma espécie como entre os
indivíduos de uma população.
Utilizando o exemplo da variabilidade do sucesso reprodutor entre machos de iguanas
marinhas (Dellinger 2005), “fecha-se o elo em relação a uma característica
comportamental que influencia obviamente a fitness. Mostra-se assim que existe
variabilidade entre indivíduos da mesma população em relação a características
comportamentais”.
A capacidade de uma população para se adaptar a um ambiente em mudança depende da
variabilidade genética. Indivíduos com determinados alelos ou combinações de alelos
podem ter precisamente as características necessárias para sobreviverem e se
reproduzirem sob novas condições. (Primack, 2006)
Dentro de uma população, a frequência de um dado alelo pode variar entre muito comum
ou muito raro. Estes novos alelos surgem na população tanto através de mutações
aleatórias, como pela migração de indivíduos provenientes de outras populações.
Em pequenas populações, as frequências alélicas podem variar de uma geração para a
seguinte simplesmente devido ao acaso, baseado em quais os indivíduos que sobrevivem
até à maturidade, acasalam e deixam descendência. Este processo aleatório de mudança
nas frequências alélicas é conhecido como deriva genética, e é um processo distinto das
mudanças nas frequências genéticas causado pela seleção natural. (Primack, 2006)
1. Mutação
As mutações surgem a partir de alterações na sequência de bases nitrogenadas de um
determinado gene durante o processo de cópia do DNA. Nesse processo a mutação
ocorrerá por falha do mecanismo de correção, onde, do processo de cópia da fita ocorrerá
alguma adição, substituição ou perda de um ou mais nucleotídeos que pode dar origem a
uma nova sequência codificante de outro tipo de proteína que iniciam ações metabólicas
específicasdiferentes da ação da estrutura original. A nova fita com a mutação é tão
estável e semelhante quanto a fita original. São as fontes importantes de variabilidade,
pois aumentam o número de alelos disponíveis em um locus e aumentam o conjunto
gênico da população.
As mutações são alterações na sequência de DNA. Elas podem ocorrer de várias
maneiras:
Substituições de bases: Uma base é substituída por outra.
Inserções e deleções: Adição ou perda de nucleotídeos.
Rearranjos cromossômicos: Grandes segmentos de DNA são rearranjados,
duplicados ou deletados.
Mutações podem ser induzidas por factores externos, como radiação ultravioleta
ou substâncias químicas mutagênicas, ou podem ocorrer espontaneamente durante
a replicação do DNA.
2. Recombinação Genética
A recombinação é o mecanismo que reorganiza os genes já existentes nos cromossomos.
Seu mecanismo primário para que ocorra é a reprodução sexuada, que é dividida em duas
fases consecutivas: gametogênese e fecundação.
Durante a gametogênese a célula germinativa diplóide sofre meiose, e produz quatro
gametas. Os cromossomos segregam se independentemente possibilitando grande
número de combinações entre os cromossomos, dando origem a vários tipos de gametas.
Na fecundação ocorrerá a junção de metade da carga genética contida nos gametas de
cada parental, assim gerando um indivíduo com um novo conjunto de genes que é um
misto dos –possíveis - bons genes dos pais que podem conferir a este alguma vantagem
adaptativa para a vida na condições do ambiente.
Durante a meiose, ocorre a recombinação genética através do crossing-over, onde
segmentos de DNA são trocados entre cromossomos homólogos. Este processo cria novas
combinações de alelos, aumentando a diversidade genética nos gametas produzidos.
3. Segregação Independente
Na meiose, os cromossomos homólogos são separados aleatoriamente, resultando em
gametas com diferentes combinações de cromossomos maternos e paternos. Este
mecanismo aumenta a variabilidade genética dos descendentes.
4. Seleção Natural e Adaptação
A seleção natural é um mecanismo chave da evolução proposto por Charles Darwin. A
seleção natural seleciona os genótipos mais bem adaptados a uma determinada condição
ecológica, eliminando aqueles desvantajosos para essa mesma condição. Indivíduos com
características que aumentam suas chances de sobrevivência e reprodução em um
ambiente específico são mais propensos a passar essas características para a próxima
geração. Este processo pode ser descrito em etapas:
Variação: Existem diferenças nos traços entre indivíduos de uma população.
Hereditariedade: Algumas dessas diferenças são hereditárias.
Seleção Diferencial: Indivíduos com certos traços têm maior sucesso reprodutivo.
Adaptação: Ao longo do tempo, traços vantajosos se tornam mais comuns na
população.
5. Reprodução Assexuada
Em organismos que se reproduzem por partenogênese há uma variação genética muito
baixa pois não há recombinação genética produzida pela interação com outros indivíduos
e a taxa de mutação destes é muito baixa. Nesse caso, se o ambiente sofrer alguma
alteração esse organismos serão muito afetados pois não possuem muitos recursos para
se adaptarem rapidamente. Somente a linhagem que, por eventualidade, possui um
conjunto de genes que pode aguentar a nova pressão ambiental poderá sobreviver e as
demais desaparecerão.
Não havendo reprodução sexuada os bons genes que eventualmente surgem serão
preservados e na taxa de reprodução serão duplicados porque nesse caso cada indivíduo
produzirá um clone seu. Mas existe a desvantagem de que esses bons genes ficarão retidos
em uma linhagem e não será propagado para o resto da população, como seria o caso se
houvesse reprodução sexuada.
Algumas bactérias e vírus não utilizam o sexo como via reprodutiva, nem possuem
cromossomos pareados que possibilitem o mecanismo de permuta, ou processos de
meiose ou gametas, mas apresentam processos de intercâmbio de informações em que o
material genético é trocado entre cromossomos permitindo que os organismos se
modifiquem por meio de recombinações diretas entre as moléculas. Um exemplo disso
seria o processo de conjugação ocorrido entre bactérias.
6. Migração
Por processos migratórios também é possível que novos genes sejam introduzidos e
gerados em uma população.
Geralmente as populações são isoladas e com a entrada de novos indivíduos em dada
população, vindos de outras localidades, de mesma espécie e se sobreviverem e
conseguirem se reproduzir os cruzamentos entre estas resultará em aumento da
variabilidade pela mistura dos diferentes genes.
Porém, como o tempo se as imigrações se mantiverem em uma taxa alta será estabelecido
um fluxo gênico que no futuro tenderá a diminuir as diferenças genéticas entre as
populações da mesma espécie.
7. Deriva Genética
Este processo só ocorre em populações pequenas. Nestas, qualquer alteração ao acaso
pode produzir alterações na frequência genotípica, o que não ocorre em populações
grandes. Um caso particular de oscilação genética é o princípio do fundador, que se refere
ao estabelecimento de uma nova população a partir de poucos indivíduos que emigram
da população original. Esses indivíduos serão portadores de pequena fração da variação
genética da população de origem e seus descendentes apresentarão apenas essa
variabilidade, até que genes novos ocorram por mutação. Além disso, essa pequena
população sofrerá os efeitos dos vários fatores evolutivos, podendo originar indivíduos
diferentemente adaptados até levar a separação de espécies.
Como o endocruzamento e a deriva genética são inversamente proporcionais ao tamanho
das populações, é comum observar níveis muito baixos de variação gênica em indivíduos
que estão ou estiveram em extinção. O tamanho das populações, nesse caso, não é igual
ao número total de indivíduos, mas sim igual ao número de indivíduos viáveis, ou seja,
excluindo os que forem jovens ou velhos demais para a reprodução. (Mettler, 1973).
2.2.1.Importância da Hereditariedade e Variabilidade
A hereditariedade assegura que as informações genéticas sejam passadas de uma geração
para a outra, enquanto a variabilidade genética assegura que as populações possam se
adaptar e evoluir em resposta às mudanças ambientais. Juntas, elas são fundamentais para
a diversidade biológica, resiliência dos ecossistemas e continuidade da vida no planeta.
2.2.2. Conservação da Variabilidade Genética
A conservação da variabilidade genética é vital para a saúde e sustentabilidade das
populações. Estratégias de conservação incluem a proteção de habitats, a criação de
corredores ecológicos para permitir o fluxo gênico, a manutenção de grandes populações
para evitar a deriva genética, e programas de reprodução assistida para espécies
ameaçadas.
Em suma, a hereditariedade e a variabilidade genética são processos fundamentais que
garantem a continuidade e a adaptação da vida na Terra, contribuindo para a rica tapeçaria
da biodiversidade global.
Consideracoes finais
A hereditariedade e a variabilidade genética são os pilares fundamentais que sustentam a
diversidade da vida na Terra. A hereditariedade permite a transferência de características
genéticas de uma geração para outra, garantindo a continuidade das espécies. Por outro
lado, a variabilidade genética, resultante de processos como mutações, recombinação
genética e fluxo gênico, é essencial para a adaptação e evolução dos organismos em
resposta às mudanças ambientais. Juntas, essas forças moldam a biodiversidade,
influenciam a sobrevivência das espécies e determinam a resiliência dos ecossistemas.
Referencias Bibliograficas
Primack, R. (2006). Essentials Of Conservation Biology. 4th Edition, Sinauer Associates.
Snustad, D. P eter, S. M. J. (2001). Fundamentos de Genetica, 2ª .Ed. traducao de Paulo
Armando Motta.
Mettler, LE. & Gregg, TG. (1973). Genética de Populações e Evolução. São Paulo,
Polígono, Editora Da Universidade de São Paulo.