HG 2025.pdf Material de organização Vestibular.

AdmaraTitonelli1 5 views 23 slides Sep 18, 2025
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About This Presentation

Material Pré. Cronograma.


Slide Content

História Geral
O que é a
História?
Cronograma de
Estudos
Historiografia e
Pré-História
MOVIMENTO ÉTICA NA POLÍTICA –MEP/VR –Prof. Admara Titonelli
PRÉ-VESTIBULAR CIDADÃO -PVC
Rua Santo Antônio, nº 4 –Sala 203 –Bairro Niterói, V. Redonda –RJ, 27283-210
Endereço eletrônico: www.mepvr.com.br
| [email protected]

O que é a História?
O pensador, de Auguste Rodin (1840-1917).
É a ciência que estuda
o ser humano e sua
ação no tempo e no
espaço.

Cronograma de Estudos-História Geral
Aula/ LeituraResumoExercício
Historiografia e Pré História: Idade da Pedra e Idade dos Metais
Antiguidade Oriental:Mesopotâmia e Egito
Antiguidade Oriental: Pérsia, Palestina e Fenícia
Antiguidade Clássica: Grécia
Antiguidade Clássica: Roma
Roma-Monarquia, República e Império
Cultura Greco-Romana
Império Bizantino e ImpérioIslâmico
Bárbarose Império Carolíngio
Feudalismo
Cultura Medieval
Origem e Expansão do Islã
Cruzadas
Peste Negra, Guerra dos 100 anos e Surgimento da Burguesia

Cronograma de Estudos-História Geral
Aula/ LeituraResumoExercício
Formação dos Estados Nacionais
Absolutismo
Mercantilismo
ExpansãoMarítima
Expansão Marítima e Renascimento
Reformae Contrarreforma
RevoluçãoInglesa
Iluminismo
Independência dos EUA
RevoluçãoFrancesa
Período Napoleônico
RevoluçõesLiberais
RevoluçãoIndustrial
Independência da América Espanhola

Cronograma de Estudos-História Geral
Aula/ LeituraResumoExercício
Ideias Sociaise Políticas do Século XIX
Unificações Italiana e Alemã
EUA no Século XIX
Imperialismo
Paz Armada
Primeira Guerra Mundial1
Primeira Guerra Mundial 2
RevoluçãoRussa
Fascismo
Crise de 29
Nazismo
Segunda Guerra Mundial 1
Segunda Guerra Mundial 2

Cronograma de Estudos-História Geral
Aula/ LeituraResumoExercício
Guerra Fria 1
Guerra Fria 2
Descolonização Afro-Asiática
EUA no Século XX
Crise do Socialismo Real
Globalização e a Nova Ordem Mundial

Historiografia: Linhas de Interpretação da História
Arte de escrever história, a descrição dos acontecimentos. (Forma de leitura do mundo)
Estudo crítico e histórico sobre os historiadores.
Tem seu início na Antiguidade greco-romana –Ações Políticas e Campanhas Militares
A História era o sentido, a razão do movimento do mundo, a possibilidade de identificação
no tempo e no espaço.
Métodos empregados no estudo da História na Antiguidade

Métodos utilizados no Mundo Contemporâneo.

Filosofia da História –Teorias que buscam estabelecer o sentido do movimento histórico.
•Émile Durkheim •Karl Marx •Max Weber
Possibilidade de interpretação dos acontecimentos do passado com rigor científico.

Ochamadomaterialismohistórico-dialético,desenvolvidoporKarlMarxeFriedrichEngels,propõe
oconhecimentodahistóriadassociedadeshumanasnoquadrodalutapelasobrevivência,noqual
ocorreadivisãosocialdotrabalho,aestruturaçãodeclassessociaiseaorganizaçãodeaparelhos
institucionaisquevisamlegitimarmecanismosdeexploraçãoinerentesàssociedadeshumanas.
Assim,ahistóriadahumanidadeseriaahistóriadalutadeclasses:senhorversusescravo,nobres
versusservos,proprietáriosversusproletários.
AbasedodesenvolvimentodaHistóriaresidiriaemumadinâmicaemqueosdetentoresdosmeios
deprodução(gruposdominantes)explorariamaquelesqueapenaspossuíamaforçadetrabalho,
osquaisvenderiamseutrabalhoparagarantirasobrevivência,masnuncareceberiamoquefoi
produzidoderiqueza,conferindo,dessaforma,maispoderaumgrupoopressor:aeliteproprietária.
•PERSPECTIVA MATERIALISTA: MARXISMO
Karl Marx -um dos mais importantes pensadores da história do conhecimento.

Essa relação, para Marx e Engels, deu-se primordialmente pela dominação da terra e, depois, pelo
capital, que nada mais é do que o trabalho acumulado.
Essa vertente do pensamento sociológico representa uma parte significativa da historiografia
produzida e estrutura-se naquilo que Marx denominou modos de produção.
Em linhas gerais, tem-se o desenrolar da História de acordo com esta perspectiva:

Modo de produção asiático: utilizado em civilizações hidráulicas em que predominava uma espécie
de servidão ao Estado, o qual possuía um poder transcendente (teocrático) e associado ao controle
das terras.
• Modo de produção escravista: característico da civilização greco-romana, em que há a instituição do
trabalho escravo; do controle particular de terras; de formas de atuação governamental, em que não
há necessariamente vinculação religiosa (teocrática); e do comércio como marca dinâmica dessas
sociedades.
• Modo de produção feudal: iniciou-se com as invasões bárbaras no Império Romano. Caracteriza-se
pela descentralização política (expressa no poder dos senhores de terra); pelo trabalho servil; pela
rigidez na organização social, justificada de maneira sobrenatural (vontade divina); e pela atividade
de subsistência, em que o comércio era reduzido.

•Modo de produção capitalista: caracterizado pela acumulação de riquezas (capitais), pela
propriedade privada dos meios de produção e pela exploração global de mercados de consumo e
de recursos naturais em uma tentativa de otimizar ganhos.
•Modo de produção socialista: experiência desenvolvida inicialmente na Rússia, com a
Revolução Bolchevique (1917), que Marx não chegou a assistir, mas foi seu propositor.
Caracterizado pelo controle estatal dos meios de produção, pela economia planificada


PERSPECTIVA CULTURALISTA
Sofreu transformações ao incorporou elementos da psicologia, da antropologia cultural, da sociologia
weberiana e da linguística, entre outras áreas do conhecimento.
Sem desconsiderar aspectos materiais da existência humana, a perspectiva culturalista busca
discorrer sobre formas de pensamento, estruturas mentais e organização dos discursos, os quais são
elementos que sustentam as interações humanas em sociedade. Essa busca corresponderia a uma
história das mentalidades.
Exemplos dessa linha de interpretação:
Os estudos sobre gêneros, como é o caso da história das mulheres. Muitos historiadores analisam os papéis
sociais dominantes que envolvem a relação entre homem e mulher e que estabelecem normas de conduta,
definindo a própria condição feminina ao longo do tempo.
Esse tipo de abordagem histórica trabalha com acontecimentos de longa duração, pois, se mudanças na política
e na economia possuem um ritmo mais rápido, as de mentalidade são mais demoradas, porém podem interferir
de forma significativa nos comportamentos políticos e econômicos. Sendo assim, o motor da História não se
encontraria nas condições materiais, mas naquilo pensado sobre as condições materiais de existência,
invertendo, aí, a perspectiva marxista da História.

Pré-
História
Idade
Antiga
Idade
Média
Idade
Moderna
Idade
Contemporânea
DIVISÃO DA HISTÓRIA

HOMINIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO
PROCESSO DE HOMINIZAÇÃO -Decorre de transformações genéticas que permitiram o surgimento do Homo sapiens,
espécie de hominídeo da qual somos representantes. Foi um processo lento, que durou milhares de anos (20 milhões,
aproximadamente), em que modificações foram realizadas entre grupos hominídeos. Algumas favoreceram a continuidade
de suas vidas; outras os colocaram em um beco sem saída evolutivo-adaptativo, levando-os à extinção. Estudiosos
concordam que esse processo teve como lugar privilegiado o continente africano, pois fósseis mais antigos que
possibilitaram um conhecimento maior dessas variações foram encontrados nele.
Pode-se assinalar esse processo da seguinte forma: o fóssil mais antigo de um hominídeo foi encontrado no deserto da
Etiópia, em 1974. São vestígios ósseos de uma fêmea de Australopithecus afarensis, apelidada de Lucy. Ao longo do tempo,
foram descobertas várias outras espécies, como Homo habilis (há 1,8 milhão de anos), Homo neanderthalensis (há 300 mil
anos) e, claro, Homo sapiens (há 195 mil anos).
Em razão das dificuldades climáticas e da busca de novas áreas para exploração por uma população que crescia, entre outros
aspectos, o Homo sapiens africano chegou, por volta de 45 mil anos atrás, à Europa e à Ásia. Muitas das transformações
fenotípicas encontradas, envolvendo povos europeus, africanos, asiáticos e americanos são relativamente recentes,
remontando há 20 ou 15 mil anos, entre elas a pigmentação da pele.
Quando os seres humanos saíram da África, a pigmentação escura da pele era importante, pois ajudava o corpo a se proteger
da radiação solar. A redução da quantidade de melanina, a qual define a tez branca, só aconteceu em grupos que viviam na
Europa entre 6 mil e 12 mil anos atrás

PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO -
Com o processo de hominização, desenvolveu-se o de humanização. Basicamente, o segundo corresponde ao traço criador
do hominídeo, ao aspecto faber (fabricante), ou seja, reporta à cultura. Isso significa que, além de desenvolver aspectos
biológicos (físicos), os hominídeos desenvolveram elementos de cultura necessários à sua sobrevivência, como elaboração
de artifícios, os quais permitiram a transformação do meio em que viviam para atender às suas necessidades. Isso marca
uma diferença essencial entre o ser humano e outros animais, pois não só a natureza teria atuado na transformação do seu
corpo como o próprio corpo modificado atuou na transformação da natureza.
Em outras palavras, pode-se dizer que mudanças genéticas ao longo do processo de hominização favoreceram a presença
humana em várias partes do globo, pois fizeram com que o ser humano não se tornasse um animal de um nicho, mas, de
forma mais ampla, de nichos variados. Nesse sentido, haveria aí uma questão notadamente ecológica, pois as habilidades
conferidas pela genética permitiram-lhe alterar o próprio ambiente para que pudesse sobreviver.
Esse fator, que atuou em escala incomparável em relação a outros seres vivos, tornou o ser humano essencialmente um
produtor, um fabricante que buscava sujeitar a natureza. Isso lhe dá seu traço fundamental de Homo faber ou produtor. A
discussão de problemas ambientais e ecológicos do mundo globalizado passa necessariamente pelo entendimento dessa
condição essencialmente humana.
Os primeiros vestígios da atuação humana como fabricante são da chamada Pré-História. Vale ressaltar que a história oral
também tem contribuído para a fixação escrita de narrativas históricas desses indivíduos que não desenvolveram a escrita.
Contudo, em um primórdio no qual grupo nenhum havia desenvolvido um sistema de escrita, pode-se considerar as
chamadas Idades da Pedra como expressões desse caráter fabricante inerente ao ser humano. Assim, na Pré-História teria
havido uma Idade da Pedra, que pode ser dividida em três períodos: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico; e uma Idade dos
Metais.

A VIDA HUMANA ANTES DO APARECIMENTO DA ESCRITA
•PALEOLÍTICO -É difícil definir uma data para o início da fase fabricante do ser humano, mas pode-se afirmar que, desde
tempos remotos, em um período chamado pelos especialistas de Paleolítico (Idade da Pedra Lascada),
ele passou a produzir utensílios que o ajudaram em sua sobrevivência.
Esse período é sub-dividido pelos arqueólogos em Paleolítico Inferior, Médio e Superior.
De forma geral, grupos humanos que viveram nesses períodos vagavam em busca de alimento e já desenvolviam
instrumentos de pedra lascada, os quais permitiam a caça, a coleta e a pesca, como machados de mão, pontas de lança e
facas de variados tamanhos.
Esses grupos eram nômades e viviam em peque-no número, alguns em cavernas, outros possivelmente em acampamentos
construídos por eles, utilizando materiais como galhos, troncos, folhas e cascas de árvores, que, por sua composição
orgânica, não resistiram ao tempo para testemunhar algumas de suas habilidades. Assim, conclui-se que o ser humano já era
um fabricante nesse período. É do Paleolítico o conhecimento e a utilização do fogo por grupos humanos, além do possível
desenvolvimento de uma linguagem fundada na oralidade.
Grupos que habitavam cavernas deixaram importantes registros de seu cotidiano ao representar cenas do dia a dia nas
paredes da gruta, denominadas pinturas rupestres. Elas revelam atividades como caça e cenas de reprodução e da
comunidade em uma espécie de ritual, indicando o caráter mágico dessas representações.
Há registros como esses também no Brasil, especialmente na região do atual Piauí. Mas uma outra pintura rupestre sul-
americana foge à regra. Na Patagônia, Argentina, há pinturas de mãos em uma caverna feitas há aproximadamente 13 mil
anos.

MESOLÍTICO -
Alguns autores afirmam que o Período Mesolítico ocorreu após a última Era Glacial, por volta de 8000 a.C. O aumento da
temperatura e das chuvas favoreceu o desenvolvimento de florestas. Com a extinção de animais de grande porte, os seres
menores se multiplicaram na Eurásia (extensão contínua de terra que engloba a Europa e a Ásia), alterando o padrão de
caça e de coleta das comunidades humanas. Vara, arco e flecha fazem parte de novas ferramentas produzidas pelo ser
humano para sua sobrevivência.

NEOLÍTICO -
O arqueólogo Gordon Childefoi um estudioso importante no esforço de compreender o ser humano dito pré-histórico. Suas
observações em sítios arque lógicos, seus métodos de pesquisa e suas elaborações teóricas marcadamente marxistas
deram as bases dos conhecimentos a respeito do período de vida humana anterior ao aparecimento da escrita. Trabalhando
com a ideia da organização social a partir da luta pela sobre-vivência e pensando na questão
da atividade produtiva como elemento diferenciador de grupos sociais, ele colocou a discussão sobre o universo
produtivo como algo anterior ao chamado modo de produção asiático, o qual foi abordado no módulo anterior.
Gordon Childeindicou a existência de uma revolução na Pré-História da humanidade que seria equivalente à Revolução
Industrial, pois teria alterado pro-fundamente a vida dos seres humanos, como esta alterou na contemporaneidade.
De predador a produtor -
No Oriente, por volta de 10000 a.C., o ser humano teria deixado de ser um simples predador e iniciado sua jornada produtiva
na Terra. Essa mudança seria resultado de sua capacidade de observar recorrências da natureza, percebendo que poderia
utilizá-la em seu benefício.
A racionalização teria ganho um impulso nunca antes visto quando ele passou a domesticar animais, criando rebanhos
e não dependendo exclusivamente da caça para conseguir seu alimento. Além disso, a observação dos ciclos da natureza
garantiu a saída do estágio de coletor para o de agricultor. Não se sabe quem ou qual grupo humano fez isso primeiro, mas
a capacidade de imitação teria garantido a expansão do comportamento produtivo, alterando profundamente a vida
no período pré-histórico.
No que diz respeito às mudanças, deve-se assinalar que a criação de rebanho reduz a mobilidade dos grupos e o
desenvolvimento da agricultura vincula o ser humano a um domínio territorial. Assim, pode-se observar o processo de
sedentarizarão das comunidades, a divisão social do trabalho e o surgimento de populações em áreas que permitiam
a agricultura.

A vida em pequenos grupos, característica do Período Paleolítico, deixou de predominar no período das comunidades
produtoras, pois a produção de alimentos trouxe benefícios que garantiam o sustento de uma população cada vez maior.
Teria havido uma explosão demográfica nesses espaços. Assim, a revolução neolítica teria alterado qualitativamente a vida
pré-histórica. Haveria aí até mesmo uma dupla revolução, pois, na sequência, o ser humano teria construído um espaço
artificial para sua vida, elevando muros e estabelecendo locais para culto, sepultamento dos mortos, moradia e
armazenamento da produção. A isso foi denominado Revolução Urbana.
Em que pesem todas essas mudanças na definição de um conceito revolucionário atribuído à vida do ser humano
pré-histórico, vários autores indicam um pro-cesso lento em que ele desenvolveu o pastoreio, que, a princípio,
foi algo complementar à coleta, não abandonando a caça e a agricultura Sendo assim, o termo "revolução" não seria o
mais adequado para tratar dessa mudança qualitativa nesse período. Esse caráter lento estabelece uma ideia de
continuação, gradualidade, com agregações.
O ser humano é um grande observador desde o Paleolítico, pois disso dependia sua sobrevivência.
Com base nessas observações, alguns grupos compreenderam a importância do plantio de sementes e da domesticação
dos animais, escolhendo os que atenderiam melhor às suas necessidades. Isso já significava uma seleção artificial, pois
era realizada tendo como critério o interesse humano.

Sistemas de irrigação de solo, barragens, diques e silos foram construídos para atender à produção de alimentos.
Os grupos humanos foram deixando o nomadismo e passaram a viver em grandes grupos e, de simples predadores,
tornaram-se produtores em um sentido mais restrito, qual seja, o da produção de víveres. Nesse quadro, houve a divisão
do trabalho em uma comunidade que crescia e necessitava de regras de convívio coletivo. Tudo isso por meio de um
movimento de longa duração que teria levado séculos.
É importante ressaltar que nesse quadro de alterações da vida do ser humano foram produzidas as primeiras instituições,
visando estabelecer regras do convívio social. Nesse sentido, deve-se considerar os primórdios das civilizações
na Pré-História, pois o ser humano teria deixado de se comportar como os outros animais na natureza ao estabelecer
valores que definiam sua conduta.
A primeira instituição humana foi a família, estabelecendo uma assimetria de relações expressa no binômio pais-filhos e
definindo a ideia de autoridade. Alguns autores afirmam, com base em estudos de mitologia, que as primeiras organizações
familiares eram matriarcais, pois, como a mulher teria desenvolvido o conhecimento sobre a agricultura, estabeleceu uma
ordem no espaço, garantindo a continuidade da produção.
Depois, num quadro de disputas pelo controle de terras aráveis, os homens passaram a ter papel fundamental para a
comunidade produtora, instituindo-se um modelo de organização familiar patriarcal. O importante é que se reconheça a
importância dessa primeira instituição humana na garantia de laços de sangue, afetivos e de valores que asseguravam
ordenamento aos grupos humanos.
A família, contudo, possuía uma dimensão reduzida em termos espaciais e de elementos agregados. Conflitos intensos por
terras entre vários grupos levaram à necessidade de alianças e à ampliação dos laços de parentesco. Teriam surgido, assim,
os clãs, as tribos associadas e, por fim, o Estado –uma organização de maior abrangência territorial e populacional.
O Período Neolítico representou um intervalo pequeno da Pré-História, mas decisivo para o surgimento de um modelo
de civilização. Das pinturas rupestres, o ser humano passou à arte da cerâmica, levando ao mundo, de forma nítida, uma
ideia de modelagem e demonstrou, assim, sua capacidade de atuação.

Sentimento religioso
No Período Paleolítico, o ser humano era movido por um sentimento do mágico, aguçado com o entendimento de sua
capacidade de ação. Em sua mente, todas as coisas eram animadas por forças poderosas que necessitariam
ser contempladas, apaziguadas ou estimuladas.
A atuação dessas forças provavelmente foi expressa pelos relatos orais e, também, pelos mitos, os quais
instituíam ordens e espelhavam a natureza, colocando o ser humano como mediador do mundo para harmonizá-lo.
Isso significava obter benefícios para sua vida.
Tumbas, sarcófagos e cemitérios são exemplos de uma preocupação com o além e já aparecem no Período Neolítico. A
“casa dos mortos” possuía vasos de cerâmica com objetos usados pelo falecido, em uma clara preocupação de deixá-los à
disposição “daquilo” que havia abandonado o corpo. Assim, do sentimento religioso para a sistematização de religiões, de
ordens divinas e poder político não foi um caminho difícil. Estavam dadas as bases de um modelo de civilização.

Os vários conhecimentos produzidos não poderiam ser perdidos e daí surgiu a necessidade de registrar as criações, as
descobertas, as invenções e as ideias desenvolvidas pela coletividade. A criação de símbolos que, associados,
formavam ideogramas. Estes constituíram os primeiros sistemas de escrita.
O advento da escrita teria possibilitado a conservação de experiências e conhecimentos, favorecendo o
acúmulo de repertórios utilizados no desenvolvimento das sociedades humanas. Tal prática inaugurou a
História Antiga com a escrita cuneiforme, criada pelos sumérios na região da Baixa Mesopotâmia.
IDADE DOS METAIS
A Pré-História também contempla o domínio do ser humano sobre os metais. A princípio, ouro, cobre e
estanho foram explorados. Da mistura dos dois últimos, ele produziu o bronze. Armas de bronze e joias em
ouro eram representativas de distinções sociais e poder político.
Grupos que não tinham desenvolvido conhecimento sobre metais foram submetidos a uma lógica que unia
controle territorial, subsistência e poder mágico (ação dos deuses). Mais tarde, o ferro passou a ser
desenvolvido em terras orientais e em alguns espaços da Europa. Novas campanhas militares reordenaram
sociedades e aumentaram o grau de complexidade das relações humanas.

RELEMBRANDO:
O que é História? É a representação do passado construída com vestígios históricos, método e rigor científico
Perspectiva materialista –Qual seu maior expoente? Karl Marx
Como a História é proposta? A história da humanidade para os materialistas é a história da luta de classes pela
obtenção dos meios de vida.
Perspectiva culturalista-Estrutura e longa duração
Como a História é proposta? A perspectiva culturalista privilegia as formas de pensamento e suas consequências para
indivíduos e sociedades
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