Disciplina: Enfermagem em Saúde Mental Tema: Evolução da Saúde Mental Enf. Adilelson Lopes
O que é Saúde Mental? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade . A saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais, BVMS (2017).
Marcos Históricos PERÍODO NEOLÍTICO e MESOPOTÂMICO (8000 a.C. – 5000 a.C .) EGÍPICIOS (3100 a.C. – 31 a.C .) GREGOS (500 a.C. – 146 a.C .) IDADE MÉDIA (SÉCULO V – XV ) CASAS DE TRABALHO, CLERO E ASILOS PARA “DOENTES” MENTAIS (SÉCULO XVI – XVIII ) AS RAÍZES DA REFORMA E OS NOVOS TRATAMENTOS (SÉCULO XIX)
MARCOS CARACTERÍSTICOS PERÍODO NEOLÍTICO e MESOPOTÂMICO (8000 a.C. – 5000 a.C .) Doenças Mentais são espíritos malignos residindo dentro da cabeça das pessoas. Através de uma abertura no crânio do doente mental é possível a saída do/dos espíritos malignos lá existentes. Em muitos casos, havia processo de recuperação do crânio. Aprimoramento do “tratamento” com a criação de serras de crânio. Muitos outros problemas de saúde como consequência destes procedimentos, como, por exemplo, enxaqueca, diversas enfermidades mentais e fraturas no crânio.
MARCOS CARACTERÍSTICOS EGÍPICIOS (3100 a.C. – 31 a.C .) Uso de atividades artísticas e recreativas para alívio de sintomas, tais como: música, dança e pintura.
MARCOS CARACTERÍSTICOS GREGOS (500 a.C. – 146 a.C.) Insanidade Mental associada à uma transgressão das leis/mandamentos divinos. Doença mental como castigo de Deus ou Deusa raivosa. Intervenção de filósofos europeus para evolução de ideias sobre a saúde mental. Entre os séculos III e V a.C., o médico grego Hipócrates deixou de lado a ideia da relação entre doença mental e castigo divino.
IDADE MÉDIA (SÉCULO V – XV) Doenças mentais passam a serem tratadas como ocorrências naturais do corpo. Tratamentos com uso de substâncias como laxantes e eméticos (náuseas), aloés e heléboro negro (analgésicos e calmantes ), também sanguessugas na tentativa de recuperar o equilíbrio no corpo e mente . Métodos como espancamentos, prisões temporárias e perpétuas foram usados como tratamento. Primeiro Hospital Psiquiátrico foi fundado em Bagdá, no século VI.
CASAS DE TRABALHO, CLERO E ASILOS PARA “DOENTES” MENTAIS (SÉCULO XVI – XVIII) A igreja oferecia alojamento, alimentação e cuidados em troca de trabalho dos mais pobre. Enfermos de famílias com maior poder aquisitivo poderiam ser internados em um local mais confortável e sob cuidados de membros do clero. Lotação de casas de trabalho e mosteiros criação de asilos (1406) em Valência na Espanha.
Asilos Condições precárias, pouco ou nenhum conforto, comparados a um presídio. Tratamento com uso de violência, uso de cadeira giratória, camisas de força e ameaças. Uso de administração de drogas em pacientes considerados mais perigosos. Funcionava como o local em que os rejeitados pela sociedade era mantidos. A repercussão desses maus tratos daria início aos apelos por uma Reforma na Europa em meados do século XIX.
AS RAÍZES DA REFORMA E OS NOVOS TRATAMENTOS (SÉCULO XIX) 1792: Estudos do Dr. Philippe Pinel Tratamento gratuito para doenças mentais. Implementação de moralidade e humanização aos pacientes psiquiátricos. Transição de manicômio para “lar estrito e bem administrado”. Punições bem mais leves. Em meados dos século XX: Sigmund Freud elabora estudos a partir de diálogos com os pacientes com problemas mentais.
Saúde Mental no Brasil No Brasil, em 1852, no Rio de Janeiro, o Imperador inaugurou o primeiro hospício brasileiro, que tomou seu nome “Hospício de Pedro II”. Nos 100 anos que se seguiram nota-se a proliferação de muitos outros, predominantemente nas capitais dos estados.
Colônias Em áreas rurais surgiram também as colônias – nada mais que hospícios -, seguindo a tendência de que a natureza, por si só, faria bem às pessoas internadas, além do trabalho agrícola
Reforma Psiquiátrica A Reforma Psiquiátrica, instituída pela Lei Federal 10.216 em 6 de abril de 2001, trouxe a proposta de transformar o modelo assistencial de Saúde Mental vigente a partir da construção de um novo estatuto para pessoas portadoras de transtornos mentais, respeitando os princípios fundamentais de cidadania.
Principais Mudanças O velho modelo manicomial deu lugar á criação de uma rede de serviços territoriais de atenção psicossocial e de base comunitária. Nessa nova e mais humanitária linha de cuidado, os usuários dos serviços passaram a ter à sua disposição equipes multidisciplinares para acompanhamento terapêutico. Composição da equipe: - médico psiquiatra, enfermeiro psiquiatra, técnico em enfermagem, psicólogo, terapeuta ocupacional, assistente social e os outros profissionais que assistem diretamente o cliente.