Elementos de História de Roma para aulas de Língua e Cultura Latina. Apoio a aula presencial.
Size: 2.1 MB
Language: pt
Added: Mar 10, 2013
Slides: 38 pages
Slide Content
História de Roma
Fundação e primeiros governantes
•Conta a lenda que dois meninos amamentados por
lobos, Rômulo e Remo, teriam sido os fundadores de
Roma.
•Historiadores mostram que a civilização latina surge
da fusão de várias tribos de agricultores que viviam
às margens do rio Tibre.
•Aos poucos, houve expansão territorial, ampliando
os domínios de Roma.
•Rômulo, conforme as tradições, foi o primeiro dos
monarcas romanos, em 753 a.C.
Fundação e primeiros governantes
•Não há fontes seguras e dados precisos sobre o
período monárquico de Roma. Ele dura de 753 a. C. a
510 a. C. Registra-se grande crescimento
populacional e notável enriquecimento da
aristocracia nesse período.
•A organização política romana remonta à fundação
da cidade, que já possuía o Senado. Havia grande
força política das gens, grupos de parentesco. A
família romana, centrada no paterfamilias, era o
núcleo básico da sociedade.
Fundação e primeiros governantes
•Segundo as tradições, seguem-se como reis Numa
Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio. A monarquia
romana não era hereditária.
•Sucederam-nos Tarquínio I, Sérvio Túlio e Tarquínio
II, que governaram com amplo apoio popular e
distanciaram-se do Senado e da aristocracia.
•O assassinato de Tarquínio II, em 509 a. C., marca o
fim da Monarquia e início da República, com grande
poder aos senadores e à aristocracia.
República
•Em 509 a.C., Tarquínio II foi deposto, acusado de
extrema tirania. Em seu lugar, assumiu Lúcio Bruto,
dando início à República Romana. O poder ficou
dividido entre as assembleias de cidadãos (com
mandato de um ano) e o Senado (com membros
vitalícios).
•O regime funcionou com eficiência até o assassinato
de Tibério Graco, em 133 a.C. Esse crime intensificou
o rompimento entre o Senado e os populares,
provocado pela desigualdade econômica crescente.
República
•Em 82 a.C., Lúcio Sulla se tornou cônsul e
empreendeu diversas perseguições políticas.
•Após triunfos militares na Gália e na Alexandria, Júlio
César conseguiu impor seu nome como cônsul, com
plenos poderes, em 46 a.C., mas não empreendeu
vinganças.
•A ascensão de Júlio César marcava uma vitória
política do povo contra os interesses do Senado,
ligados à aristocracia. César foi assassinado em 44
a.C.
República
•O filho adotivo de Júlio César, Caio Otaviano,
reivindicando a herança política a que tinha direito,
assumiu o poder, constituiu o Triunvirato, e
perseguiu os assassinos de seu pai.
•Eliminando Bruto e Cássio e seus companheiros de
Triunvirato, passou a governar sozinho, com plenos
poderes. Em 27 a.C. mudou seu nome para César
Augusto, e iniciou o período do Império, de grande
prosperidade.
Império
•César Augusto foi um imperador de grandes
conquistas militares e estabilidade política. Seu
governo é considerado um tempo de paz,
prosperidade e segurança. Governou até 14 d.C. Foi
sucedido por Tibério (14 a 37 d. C.).
•Calígula (37 a 41 d.C.) foi um imperador muito
popular, mas também famoso por seus excessos. O
imperador Claudio (41 a 54 d.C.) foi responsável pela
invasão da Britânia, em 43 d.C., e por um governo de
grande sucesso, apesar de suas limitações físicas.
Império
•Nero (54 a 68) foi um imperador que criou grandes
obras, como a Domus Aurea, monumento de
extravagância e luxo. Teve apoio popular, mas forte
rejeição no Senado. Empreendeu perseguições aos
cristãos e foi visto como louco por seus adversários.
•Trajano, o conquistador (98 a 117), foi o imperador
que estendeu o Império Romano aos limites
máximos de sua extensão. Também foi responsável
por obras grandiosas.
Império
•Adriano (117 a 138) foi responsável por suceder
Trajano e manter o Império em suas máximas
dimensões. Preocupou-se menos com a expansão e
mais com a consolidação do Império. Fez muitas
viagens por várias localidades. Voltou-se para a
cultura grega. Criou um culto a Antínoo.
•Cômodo, o gladiador (180 a 192 d.C.), foi um tirano
centralizador. Tinha grande aptidão física. Sua figura
inspirou o personagem homônimo no filme “O
gladiador”, de Ridley Scott.
Decadência
•Entre 230 e 260, o império Persa cresceu, ganhou
força e conseguiu diversas vitórias contra os
romanos. Nesse período, as atenções dos
imperadores se voltaram quase exclusivamente aos
problemas no leste, gerando insatisfação da
aristocracia e problemas econômicos com o
endividamento militar. Com isso, o Império Romano
do Oriente (Leste) se fortaleceu, e houve disputa de
poder com o Ocidente, que se sentiu negligenciado.
Daí surgiu a tetrarquia.
Decadência
•Constantino conseguiu unificar o Império, mas
transferiu a sede para a cidade de Bizâncio, em 332.
Depois de sua morte, houve novas disputas de
poder.
•A partir de 370, os bárbaros se fortaleceram, e suas
invasões ocasionavam perda de impostos para o
Império. Sem dinheiro para pagar os exércitos, os
romanos perdiam ainda mais territórios.
•Em determinado momento, era mais vantajoso para
os donos de terra entrarem em acordo com os
bárbaros que financiarem exércitos.
Decadência
•Avito (455 a 456) tentou estabelecer acordos entre
Roma e os bárbaros, mas era visto com muita
desconfiança pela população, já que nascera na
Gália.
•O marco do fim do Império Romano do Ocidente é o
ano de 476, com a deposição do imperador Rômulo
Augusto. O Império Romano do Oriente, por sua vez,
persistiu até o ano de 1453. Embora tenha sido parte
do Império Romano, não manteve os mesmos
padrões culturais.
Modo de vida
•A erupção do vulcão Vesúvio, em 76, gerou uma
chuva de pedras, seguida de chuva de gases tóxicos e
poeira. Isso fez com que a cidade de Pompeia
praticamente congelasse no tempo, possibilitando
aos arquólogos recuperar com muita precisão o dia a
dia das pessoas que ali viviam.
•Em Pompeia, os muros das casas e das demais
edificações serviam para comunicação via grafite,
com diversos fins: propaganda política, classificados,
recados pessoais etc.
Modo de vida
•Pompeia tinha muitos bares e estalagens, famosos
pela culinária, pelos vinhos e pela prostituição. A vida
noturna consistia também de cantorias e danças.
•O estádio (arena) de Pompeia era capaz de abrigar
toda a população da cidade.
•Os banhos públicos eram muito populares, sendo
locais para atualizar as conversas, com bares,
lanchonetes, ginásios, salões de beleza e exibições
de espetáculos.
Modo de vida
•As crianças (só os meninos) eram educadas ao ar livre. Não
havia escolas.
•As latrinas ficavam nas cozinhas. A maior parte da população
vivia em pequenos cubículos, sem cozinha, e comia
obrigatoriamente nas lanchonetes.
•Os ricos eram os donos de terras, e os pobres tinham
profissões diversas.
•A iluminação noturna era precária e as ruas não possuíam
sistemas de esgoto. As condições de vida eram muito
precárias, com enorme mortalidade infantil.
Legado
•O Direito Romano serviu de base para a constituição
do Direito moderno.
•As marcas da dominação e administração romana se
fizeram presentes na grande maioria dos territórios
subjugados pelo Império.
•A arquitetura romana serviu de inspiração a diversos
arquitetos modernos, inspirados principalmente na
tradução da supremacia política demonstrada por
essas obras.
Legado
•Muitas das obras produzidas pelos
governantes romanos são admiradas até hoje
como monumentos da humanidade.
•As disputas políticas e as lutas pelo poder na
Roma antiga sempre foram temas constantes
da literatura, inspirando obras de autores
prestigiosos, como William Shakespeare e
outros. O Cinema também frequentou
sobejamente essa temática.
Legado
•A língua latina deu origem a várias línguas modernas:
português, espanhol, francês, italiano, romeno,
catalão, e teve vocábulos incorporados por muitas
outras línguas, como o inglês e o alemão.
•O Latim permaneceu como língua de cultura por
excelência durante toda a Idade Média.
•A literatura latina produziu nomes de grande
importância para a cultura universal, como Horácio,
Catulo e Virgílio, entre outros.
Fontes
•CORNELL, T.; MATTHEWS, J. Roma: legado de
um Império. Volume 1. Madrid: Edições del
Prado, 1996.
•REVISTA BBC HISTÓRIA, ano 1, edição n. 3,
São Paulo: Tríada, 1996.