História - Revoltas no brasil

skarson60 1,120 views 13 slides May 18, 2012
Slide 1
Slide 1 of 13
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13

About This Presentation

No description available for this slideshow.


Slide Content

1-OQUEPARECE,MASN ÃOÉ
INVAS ÃOHOLANDESA-ALUTADOSESTRANGEIROS
Comaexpuls ãodosholandesesdaBahia,aCompanhiadas ÍndiasOcidentais,tevegrandes
prejuízosecon ômicos.UmapoderosaesquadrafoiaparelhadaparaatacarPernambuco,em
conseq üênciadaprodu çãoaçucareira.OgovernadorMatiasdeAlbuquerquen ãodispunhade
forçassuficientespararesistir:fugiu,ent ão,paraointerior,ondefundouoArraialdoBom
Jesus.Paracombaterosholandeses,adotouat áticadaguerrilha,queestavadandobons
resultadosat équeCalabardecidiuauxiliarosholandeses.
Maur
íciodeNassaurealizouumahabilidosaadministra ção,fazendodiminuirarevoltados
luso-brasileiroscontraaocupa çãoholandesa.
NaBatalhasdeGuararapes,osholandesesforamobrigadosarender-se.
Umfatopoucodiscutidonahist óriadoBrasil éafortepresen çadosjudeusem
Pernambuco.Asociedadepernambucanaeradivididaemescravosesenhores.Osjudeuseram
comercianteseartes ãos.Osjudeuspreferiamosholandeses,porqueprometiamespa ço
econômicoepol ítico,masacabavamv ítimasdarepress ãoholandesa,sendoseuscultos
proibidoseassinagogasfechadas.Seul ídereraorabinoIsaacAboabdaFonseca.Expulso,
partiuem12desetembrode1624,acompanhadodev áriosmembrosdaantigacomunidade.
ForamparaonortedaAm éricaefundaramacidadedeNovaIorque.
Oestudohist óricoafirmaquealutacontraosholandesescriouumsentimentofavor ávelaos
nativoscomo índios,negrosebrancosquedefenderamap átria,emcomumamorporsuaterra.
Comoconseq üênciaaclamaramAmadorBueno,emS ãoPaulonoanode1641,comose
refugiandonomosteiroS ãoBentoparan ãomorrer.
Arebeli
ãoconhecidacomoNossoPai,em1666,emPernambucoeraparalibertar
PernambucodePortugal.Ocapit ão-generalJer ônimoFurtadodeMendon çafoiderrotado,
presoemandadoparaaEuropaeficouencarceradonumafortalezana Ásia.
Essainvas ão,aholandesaenvolveumuitaspessoasemuitasforammortas.Criouher óis
comoFilipeCamar ãoeHenriqueDias.
BECKMAN-ALUTADANOBREZA
FoilideradapelosenhordeengenhoManuelBeckmaneseuirm ãoTom ás,tendocomo
palcooEstadodoMaranh ão,emS ãoLuísem25defevereirode1684.
Omotivofoiafaltadem ão-de-obra,porquepoucosnegroschegavamaoMaranh ãoeos
índiosn ãopodiamserescravizados.Issocriouv árioschoquesentrecolonosereligiososdeste
1624,antesdarebeli ãodeBeckman.
CheganoMaranh
ão,em1653,padreVieira.Em1655,atribuiaosjesu ítasoscuidadosdos
negóciosind ígenas.Em1661,h áumsérioconflito,eosjesu ítassãoexpulsos.Em1667,sobe
aotronooreiD.PedroIIeosjesu ítasvoltamaterinflu ência,epadreVieiraobt émdoreium
decretodandoliberdadeaos índios.
Sem
índiosescravos,faltam ão-de-obra,ent ãoaCompanhiadeCom érciooferecia-se
mandaralimentosimportadoseacompraraprodu çãomaranhense.Masisson ãoaconteceu
pois,n ãochegavamosprodutoseosnegroserampoucoseovaloreraalto.
Umnovogovernadorfoienviado,GomesFreiredeAndrade,quechegouparaaplicarduras
penasaosl íderesrebeldes.ManuelBeckmanemaisdoischefesdomovimentoforam
enforcados.
EMBOABAS-ALUTAPELOOUROOspaulistasabriramossert õesparadescobrirouroeosportuguesesinjusti çadoscoma
ambiçãodospaulistas,provocouconflitoseissogerouaGuerradosEmboabas.Osportugueses
eramconhecidoscomoemboabas.Aguerracome çacomocercodeSabar ápelosemboabas,
incendiandoaldeiasematandopessoas.Ospaulistasprocuramdesforra.Ocorreuumasangrenta
matançadediversospaulistas,nochamadoCap ãodaTrai ção,nãoimportaquemoconsiga,ou

paulistasouemboabas.OfinaldaGuerradosEmboabasfoidesfavor ávelaospaulistas.Quando
voltamderrotadoss ãochamadosdecovardeseretornam àlutaparavencerem.
Aguerraduroudoisanos(1708a1710)eoqueospaulistasqueriameraapenasoouro.
MASCATES-ALUTADOSCOMERCIANTES
1ºOssenhoresdeengenhoforamincapazesdeimaginarsuafortunaentrandoemdecl ínio,em
funçãodaquedadospre çosdoa çúcarnomercadoeuropeu.Sofrendoacrisedospre çosdo
açúcar,ossenhoresdeengenhocome çaramarecorreraosmascates.Enquantoosmascates
prosperavamnosseusneg ócios,ossenhoresdeengenhotornavam-se,dia-a-dia,mais
endividados.
2
ºConscientesdesuaimport ânciacomoclassesocial,oscomerciantesdoRecifesolicitaramao
reidePortugal,queseupovoadofosseelevadoacategoriadevila.QueriamverRecifedonade
suapr ópriaC âmaraMunicipal,independentedeOlinda,paraaqualdeviaimpostose
obediênciaadministrativa.
Paragarantirsuaspossesossenhoresbrasileirosfizeramaguerra.Aofinaldoconflito,os
mascatessa íramvitoriosos.
BALAIADA-ALUTADOSQUEN ÃOSABEM
FoiumarevoltapopularocorridanaProv ínciadoMaranh ãoentre1838a1841.Envolveu
granden úmerodesertanejos.Tevein íciocomumalutaqueenvolveupessoasdedoisgrupos
políticosopostos:osbem-te-vis,quedefendiamposi çõesliberais,eoscabanos,quedefendiam
posiçõesconservadoras.
RaimundoGomesVieira,conhecidocomoCaraPreta,aproveitouumincidenteocorridoem
13dedezembrode1838,naViladaManga,paraprovocaralutaeresolveuassaltaracadeia,
paralibertarospresos.
Alutaentrebem-te-visecabarrosalastrou-sepelosert
ãodetodoaProv íncia,eol íder
oposicionistaRaimundoTeixeiraMendes éassassinado.
ManueldosAnjosFerreira,fabricantedebalaio,eporissoapelidadodeBalaio,foi
àluta
porquequeriavingan ça.Ébemcaracter ísticodosbalaios,poistodosqueriamvingar-sede
algumacoisa.
Emjulhode1839,osbalaiosconseguiramconquistaracidadedeCaxias,nointerior
maranhense.
Paraconterarevoltadosbalaios,oGovernoRegencialenvioutropas.Aestaaltura,os
própriospol íticosbem-te-vis,perdendoocontrolesobreossertanejos,resolveramapoiasas
tropasgovernamentais.Taistropaseramcomandadas,em04defevereirode1840,pelo
CoronelLu ísAlvesdeLimaeSilva,ofuturoduquedeCaxiasque,semmuitadificuldade,
conseguiucontrolararegi ão.
OsprincipaischefesdaBalaiadaforam:
¦ManueldosAnjosFerreira:fazedordebalaios
¦CosmeBentodasChagas:l íderdosescravosfugitivos
¦RaimundoGomes:vaqueiro
RaimundoGomescontinuoulutando,sendopresoemorreunonavioqueolevavaaS
ão
Paulo.
Cosme,foicapturadovivo,foimortoporenforcamento.
Em13demaiode1841,Caxiasdavaporfindaarepress
ão.
2-INDEPEND ÊNCIAOUMORTE?
INCONFID ÊNCIAMINEIRA-ALUTADOSPOETASERICOS

DonaMariaI,rainhadePortugal,porumalvar áde1785proibiuquaisquermanufaturadas
doBrasil.Dentroosfatoresquetornaramprec áriaasitua çãoecon ômicadePortugal,nos éc.
XVIII,conta-seoc élebreTratadodeMthuen.(1703).
Essetratadoemquest
ão,aparentementefavor ávelaambasaspartes,estipulavaoseguinte:
¦ficariamosportosdePortugalabertosaostecidosdeorigeminglesa
¦osvinhosportuguesespassariamapagar,naInglaterra,apenas2/3dosdireitosdeimporta ção
quepesavamsobreosdemais.
OfamosoMarqu
êsdePombal,dirigiuapartirde1750osdestinosdePortugal.Oouro,que
hámuitotempovinhasendoexplorado,estavadiminuindoeotrabalhodosmineirosfoi-se
tornandocadavezmenosrendoso.EmMinasGerais,contudo,deviamosmineradores
responsabilizar-seporumm ínimodecemarrobas,quandohaviaatrasonopagamentoas
autoridadesprocediam àDerrama,ouseja,acobran çadetodososimpostosatrasados.
Devidoaisso,come çou-seaInconfid ênciaMineira.Foinaverdadeumarebeli ãodegente
rica.
Osgrandesinconfidenteseramhomensdefam
íliasabastadasquelutavamparaimplantara
democraciaealivre-concorr ênciaecon ômica.
Participavamdessegrupo:
¦CláudioManoeldaCosta:minerador,poetaeescritor
¦AlvarengaPeixoto:mineradorlatifundi ário
¦TomásAntonio:poeta
¦JoaquimJos édaSilvaXavier:alferes
Oprojetodosinconfidentesinclu
íamedidascomo:
¦ConstituirumaRep ública
¦InstalarumaUniversidade
¦desenvolvermanufaturasnoPa ís
¦estimularaagricultura,doandoterrasasfam íliaspobres
Belosplanos,masqueforampor
águaabaixo,porqueentreeleshaviaumtraidorchamado
JoaquimSilv ériodosReis.Elecontoutudoaogovernador,este,paraquearevoltan ão
estourasse,mandoususpenderacobran çadosimpostosatrasados,aderrama,porquesema
derramaosinconfidentesperdemomaiormotivoparasensibilizaropovoeestimularoapoio à
revolta.
Oresultadofoiapris
ãodeTiradentesem10demaiode1789,noRio.Osoutrosforam
presosemMinas,diasap ós.
Depoisdemuitosinterrogat
órios,saiuasenten ça:Tiradentesfoicondenadoamorteeos
outrosforamexpulsosdoBrasilemandadosparaa África.
Tiradentesfoienforcado,seucorpodivididoempartescolocadosempostesesuacabe
ça
apodreceuemVilaRica.
Apesardetodasasatrocidades,achamadaliberdadequeTiradentesacendeun
ãose
apagou.Haveriaaindaoutraslutas,at équeosonhodeindepend ênciadosinconfidentesde
tornasserealidade.
AREP ÚBLICADE1817
ALUTADE “QUASE ”TODOS

NoséculoXIX,apesardetodasaslutas,oBrasilaindaeracol ôniade
Portugal.Asid éiasdeindepend ênciaerevolu çãoseespalhavam,ent ão,ogovernadorde
Pernambuco,sabendodosplanosatrav ésdeumaden úncia,mandouprenderosl íderesdo
movimento.OgeneralBarbosadeCastro,queestavaencarregadodeprend ê-los,foimortono
próprioquartel.Aosaber,destanot ícia,oGovernadormandouAlexandreTom ássubmeteros
rebeldes,este,por ém,tamb émfoirecebidoatiros,morrendoemseguida.
Em8demar
çode1817estavaconstitu ídoumgovernorepublicanoem
Recife.Em19demar çoaPara íbainstalaasuaRep ública.Nosdias02e15demaioocorreram
combatesdeUtingaePindoba.Ogovernorepublicanorenunciaea20demaiode1817os
portuguesesesmagamaRep ública.
Emseguida,foiconstitu
ídoumGovernoProvis órioquetinhacomo
propostasb ásicas:
-proclamaraRep
ública;
-aboliralgunsimpostos;
-elaborarumaConstitui
ção.
EssaConstitui
ção,estabeleciaaliberdadereligiosaedeimprensa,bem
comoaigualdadedetodosperantealei.N ãoquerendoferirosinteressesdossenhoresde
engenho,osrevolucion áriospernambucanosadotaram,quanto àescravid ãonegra,umaposi ção
quecontrariavaaideologialiberaldeRevolu ção.Diziamdesejaraaboli çãodaescravid ão,mas
deforma “lenta,regularelegal ”.
Todososl
íderesdoMovimento,entreelesTeot ônioJorge,Jos édeBarros
Lima,PedrodeSousaem10dejulhode1817.Muitosanguecorreu,eraogovernoportugu ês
mantendoatodocusto,oseupoder.
CONFEDERA ÇÃODOEQUADOR
alutacontraacontra-revolu ção
Em1821Jo ãoVIvoltaparaPortugal,eosportuguesesreorganizamas
formasdeexploraracol ônia.Aburguesiamercantilquerialiberdadecomercial.Coma
presen çainglesacadavezmaisfortenaeconomiabrasileira,eraclaroqueumdosdoisgrupos,
aburguesiamercantilouosbrasileirosrepublicanosfariaaindepend ência.
Ascoisascome
çamamudar.MesmoJos éBonifácio,chamadode
PatriarcadaIndepend ênciasóacertaacausadasepara çãodePortugalemagostode1822.
O7desetembrofoimaisumgolpecontra-revolucion árioparaesmagaras
insurrei çõeslibert áriaserepublicanasqueumatocontraPortugal.Foiumatocontra-
revolucion árioqueenfraqueceuaverdadeirarevolu çãolibert ária,atrelandooBrasil àInglaterra
emantendoasmesmasrela çõesecon ômicasepol íticasdacol ônia,permanecendoosprivil égios
dosgrandessenhoreslatifundi áriosedaburguesiamercantil:possedaterra,daadministra çãoe
dosescravos.
Seguronopoder,PedroItraiseuscompromissospol
íticos,aodissolvera
Assembl éiaConstituintede1823eoutorgarumaConstitui ção.
Em1824,surgeainsurrei
çãoconhecidacomoConfedera çãodoEquador,
queéomovimentorevolucion áriopernambucanoquesemanifestaemrea çãoàpolítica
absolutistadeD.PedroI.
Atrincheiradoveteranodasrevolu
çõeslibert áriasfoiocupadaporFrei
Caneca,queatacavaD.PedroI,classificandooPoderModeradorcoma “chavedaopress ãoda
NaçãoBrasileira ”.
Aotomarconhecimentodaspropor
çõesdomovimentorevolucion árioque
seespalhavapeloNordeste,D.PedroI,rapidamente,tratoudeorganizartropasmilitarespara
impedirqueaConfedera çãodoEquadorseimpusessecomoumarealidadedefinitiva.
Poraltospre ços,oImperadorcontratouumaesquadranaval,comandada

peloescoc êsLordeCochrane,umafor çaterrestrecomandadapelobrigadeiroLimaeSilvapara
matarosrevoltosos.
Em12desetembrode1824,soldadosvencemosconfederadosem
Recife,quefogemparaOlindaerendem-se.
Diversosl
íderesdomovimentoforampresosecondenados àmorte;
outrosconseguiramfugir.
EntreoscondenadosestavafreiCanecaquerecebeuapenade
enforcamento.Estapena,contudo,foitransformadaemfuzilamento,porquen ãohaviaem
Pernambuconenhumcarrascoquesedispusessealevarofrei àforça.E,assim,aviol ência
oficialsufocouaConfedera çãodoEquador.
Assim,em7desetembrode1822,foiproclamadaaIndepend
ência,
rompendo-seoficialmenteosla çosdadomina çãopolíticaportuguesa.
3-OPOVOSEDUZIDO
SABINADA-alutabemfalada
OsliberaisdeSalvadorestavamagrupadosederamorigem
àsidéiasque
iriamdesembocarnarebeli ãoconhecidacomoSABINADA.
OplanodesabinoseraproclamarumaRep
úblicanaBahia,maselesn ão
pretendiamqueoregimerepublicanovigorasseparasempre.Estedurariaenquantoorei-
meninofossemenoreestivesseimpossibilitadodeassumiropoder.
Ascamadasinferioresdapopula
çãonãoparticiparamdaSabinada.Era
portanto,umarevoltadacamadam édia.
H
ápontosemcomumentreosSabinoseosFarrapos.Ol íderfarroupilha
BentoGon çalvesestevepresoemSalvador,ondeinfluiusobreo ânimodosbaianos.Os
Sabinoseramideol ógicoseosFarraposmaispragm áticos.
ASabinadaobt
émavit óriaem7denovembrode1837comaades ãode
partedastropasdogoverno.OImp ériocontra-atacaevenceem15demar çode1838.Sabino
foideportadoparaoMatoGrosso,ondemorreu.
FARROUPILHA-alutatra ídaemPorongos
ARevolu çãoFarroupilha,tamb émconhecidacomoaGuerrados
Farrapos,foiamaislongarevoltadetodooper íodoregencialeimperialeocorreunaProv íncia
doRioGrandedoSul.
Osmotivosdeordemecon
ômicaest ãoentresuasprincipaiscausas:oR.S.
eraumgrandeprodutordecharque.Oseumaisimportantecentroconsumidoreramas
ProvínciasdoNordeste.Osprodutoresga úchosreclamavamdoGovernoCentralumamaior
proteçãoparaoseuneg ócio,emdaconcorr ênciaquesofriamdePa ísescomooUruguai,a
ArgentinaeoParaguaiqueexportavamparaoBrasil.Reclamavamtamb émdosbaixospre ços
paraosseusprodutos,dosautosimpostos,etc...
Nummanifestode29deagostode1938,BentoGon
çalves,comraz ão,
denunciavaoassaltodoGovernoCentralcontraoRioGrande,poisoRioGrandeestavasendo
descapitalizado,transformandonumaestalagemdoImp ério.
Cresce-seaessasitua
çãoumaestiagemem1832,prejudicandotodaa
colheitaesecaaspastagens,matandoogado.Em1833,enchentesquealagamasterrasbaixas.
Em1834,umapragadecarrapatosatacamosanimais.
Atemperaturapol
íticacome çaafervernoin íciode1835,quandose
instalouaAssembl éiaLegislativa.AshostilidadesdosfarroupilhascontraFernandesBraga,
culminaram,nodia20desetembro,comchoquesarmadosnosarredoresdePortoAlegre.Feij ó
preferiu,entretanto,enfrentarBentoGon çalves,enquantoFernandesBragaFogeparaoRio
Grande.OGovernoCentralnomeiaAra újoRibeiro,quen ãoconseguetomarposse,ent ão
BentoManuelRibeiroabandonaosfarraposelutapelogoverno.
Em1837,BentoGon
çalvesconseguiufugir.
ARep
úblicadePiratinilutacontraoImp ério.Tempodepois,Bento

Gonçalvesest ádevolta,liderandoaguerra.Garibaldiaparece,funda-seemSantaCatarinaa
RepúblicaJuliana.
Desde1842queofuturoduquedeCaxiasest
ánogovernodoRioGrande,
enviadopeloImp ério.Éumgrandeorganizador.Refazoex ércitoimperial,celebraacordos
comManuelOribe.Eaoseuladoest áBentoManuelRibeiro.
Em26demaiode1843,aconteceaBatalhadePoncheVerde,queos
farraposvencem,comandadosporDaviCanabarro.Em1845,foiassinadoumtratadodepaz
entreastropasimperiais.Osfarraposaceitamoacordo.Eisalgunsdosseusartigos:
-oindiv íduoindicadopresidentedaProv ínciaéaprovadopeloGovernoImperial.
-osoficiaisrepublicanosqueforemindicadospassar ãoapertenceraoEx ércitodoBrasilno
mesmoposto,eosquen ãoquiserempertenceraoEx érciton ãoserãoobrigadosaservir.
-todososcativosqueserviramaRep ública,ter ãodireito àliberdade.
-emtodasuaplenitude,ser ágarantidaaseguran çaindividualedepropriedade.
-GovernoImperialtratar ádalinhadivis óriacomoEstadoOriental.
Osfarraposevitamosescravosnasuastropas,porqueemcasodevit
ória,
podemcausarmudan çasnasitua ção,masnaguerra,osfarraposincorporamosnegros àstropas
comvigil ânciaespecial.Osnegrosn ãochegavamaoficiaisporqueeramcomandadospor
brancos.
Em14denovembrode1844,aconteceabatalhadePorongosque
éa
formaarranjadaentreCaxiaseCanabarroparaexterminarosnegros.
ARevolu
çãoFarroupilhaterminacomoexterm íniodenegrosescravos,
ondeescondem-sedoisher óissobacapadatrai çãoparaentrarnahist óriausandoopoder.
CABANADA-alutadosposseiros
Foiumagranderevoltapopular.Delaparticiparampessoasvindasda
camadasmaispobresdasociedade.
Tratava-sedoscabanos,umaextensamultid
ãodepessoashumildes,
constitu ídadenegros, índiosemesti çosquemoravamemcabanas,quasetodosviviam àbeira
dosrios,emestadodeabsolutamis éria.
Arevoltadoscabanosera,portanto,umatentativaparamodificaraquela
situaçãodeinjusti çasocialdequeeleseramv ítimas.
Éelaumdosmais,sen ãoomaisnot ávelmovimentopopulardoBrasil. É
oúnicoemqueascamadasmaisinferioresdapopula çãoconseguemocuparopoderdetoda
umaprov ínciacomcertaestabilidade.Apesardesuadesorienta ção,apesardafaltade
continuidadequeocaracteriza,fica-lhecontudoagl óriadetersidoaprimeirainsurrei ção
popularquepassoudasimplesagita çãoparaumatomadaefetivadopoder.
PRAIEIRA-alutadascontradi çõesFoiarevoltadosliberaisexaltadosdePernambucoqueconstitu íamo
PartidodaPraia.
Em1848,opartidodosliberaisexaltadosindisp
ôs-secontraasitua çãode
Pernambuco,ondeopoderecon ômicoeradominadopelaaristocraciaruralepelos
comerciantesportugueses.Opovoemgeralviviaempermanentesdificuldadesecon ômicas.
Em7denovembrode1848come çaainsurrei ção.
FoinaRevolu
çãoPraieiraque,pelaprimeiraveznoBrasil,asinflu ências
socialistasmodernassefizeramsentir.OManifestodoMundo,publicadoa1 ºdejaneirode
1849,revelaainflu ênciadosmovimentossocialistaseuropeuse,sobretudo,dainsurrei ção
operáriade1848naFran ça.Apesardaomiss ãoquantoaotrabalhoescravo,entreasmedidas
propostasconstavamovotolivreeuniversal,aliberdadedeimprensa,otrabalhocomogarantia
devidaparaocidad ão,aextin çãodoPoderModeradoreaReformadoPoderJudici áriopara
garantirosdireitosindividuais.
Ol
íderdaCabanada,VicentedePaula,tempapeldestacadona
persegui çãoaospraieirosPedroIvoeCaetanoAlves.

Omovimentocome çouem7denovembrode1848efoisufocadoem4
deabrilde1849,comarendi çãoemÁguaPreta.Em28denovembrode1851oImp érioda
anistiaaospraieiros.
4-OPOVOVAI ÀLUTA
ÍNDIOS-alutadequinhentosanos
ÉmuitocomumouvirfalaremDescobrimentodoBrasil.Essaexpress ão
refere-seaofatodeosportuguesesteremencontradoumaterraqueat éentão(1500)era
desconhecidadoseuropeus.Em1500,portanto,oBrasilfoidescobertoparaoseuropeus.
Todossabiamquej áviviammilh õesde índios,portanto,estaterran ão
eradesconhecidaesemdono.Elaestavadistribu ídaentreosnumerososgruposind ígenasquea
ocuparam. Éverdadequeaid éiadeposseepropriedade,nocasodos índios,n ãotemmesmo
sentidoquetinhaparaosportuguesesequeaindatemparan ós,ouseja,osentidode
propriedadeprivada.
Oterrit
óriopertenciaaos índios,eraocupadoporeles,assim,apresen ça
dosportuguesesfoiumaocupa ção,umainvas ão.Oseuropeusjulgavamqueospovos “não
civilizados ”nãotinhamosmesmosdireitosqueeles,comoodapossedasterras.Oseuropeus
consideravam-sedonosdomundoeachavamquetodososoutrospovosdeviamseguirasleis
queexistiamnaEuropa.Ahostilidadeeasguerrasdominaramorelacionamentoentre
portuguesese índios.Estesforamexterminadospelaambi çãoesededelucrosdosinvasores
que,achando-senodireitodeocuparanovaterra,foramdestruindotudooqueencontravam
pelafrente.
Aindahojeexisteaid
éiadequeos índioss ãoseresinferiores,quen ão
têmosmesmosdireitosqueosbrancos. Éessaamentalidadequenosfoitransmitidapelos
colonizadores.
Seriamuitomaisf
ácilparaelesjustificaroexterm íniodos índiosseestes
fossemconsideradosseresinferiores,semnenhumdireito,nemmesmo àvida.
Omundodo
índiocome çouadesmoronarnomomentodoencontrocom
obranco.Esteconsiderava-sesuperior,donodaverdade,comdireitosobreaterra,aliberdadee
aprópriavidado índio.Osconquistadoreseuropeuschegaramocupandoaterrado índio,
obrigando-oatrabalharemtrocadeobjetosdepoucovalorematandoquemresistisse.
Diantedosinvasoresportugueses,os índiosreagiramviolentamente,
promovendoumaguerrasemtr éguascontraoinvasorbranco,tentandoexpuls á-lodoBrasil.
Essafoiaprimeirarea çãodosind ígenasquandoperceberamasinten çõesdosportugueses,de
tomarcontadaterra,dominandotudo.
Noconfrontoarmadoos
índioslevaramapiorpoisviviamdispersosen ão
tinhamcomounir-separaenfrentarosinvasores,suasarmaserammenospoderosasqueasdos
portugueses,quej átinhamaramasdefogo.
N
ãopodendovencereexpulsarosportugueses,muitastribosind ígenas
tentaramconviverpacificamentecomeles.Nessecaso,tamb émos índioslevaramapior,
porque,foramobrigadosaabandonaroscostumesdesuagente,eatrabalharparaosbrancos
comoescravos,eaindaficaramsujeitosatodasasdoen çasdosbrancos,contraasquaisseus
organismosn ãotinhamdefesa.
Aquitamb
émoresultadofoioexterm íniodo índio,emboradeforma
maislentadoquenaguerra.
Sempoderenfrentarobranconaguerraen
ãoquerendoconviver
pacificamentecomele,muitosind ígenasresolveramfugirparaointeriordoBrasilnatentativa
demanterummododevidapr óprio,longedosinvasores.
Mesmoassimos
índiossederammal,poisosinvasoresorganizavam
expedi çõesarmadasparaaprision á-loscomoobjetivodeosescravizar.
Comosev
ê,deumaformaoudeoutra,os índiossa íramperdendoemsua
lutacontraosportugueses.Hoje,ospoucos índiosquerestam,tentammanteremsuasm ãosas
poucasterrasqueaindapossuem.Paraissoest ãolutandoparaqueessasterrassejam
demarcadas,isto é,tenhamdiversasbemclaras,paraimpedirainvas ãodosfazendeirosedas

grandesempresasagropecu árias.
NEGROS-alutainconclusa
Umfator,decisivoparaasubstitui çãodotrabalhoind ígena,foiabaixa
produtividade.
Al
émdelutartenazmentecontraaescravid ão,o índioeramau
trabalhador,depoucaresist ênciafísicaebaix íssimaefici ência.Al émdisso,n ãosabiatrabalhar
metais,apenasatingiraoest ágiodapedrapolida,es óconheciam étodosmuitorudimentaresde
cultivo.N ãopodia,porisso,adaptar-se àstécnicasrequeridasnagrandelavoura.Aescravid ão
negrafoiasolu çãoalternativa.
Osnegrosn
ãoeramconsideradospessoas,massimplesmercadorias,
coisas.Porisson ãoeramcontadoscomogente-doishomens,dezhomens-masvendidosem
peçaseemtoneladas.
Eramas
“peçasdas Índias”,“peçasda África”,as“toneladasdenegros ”
representandoos “soprosdevida ”,“osfôlegosvivos ”.Apr ópriaformacomose
comercializavamosnegrosafricanoserareflexodasuadesumaniza ção:nãosevendiaum
negro,doisnegros,vendiam-sepe ças;umape çanãosignificavaumnegro,comoumatonelada
nãosignificavamilquilosdenegros.
OquilombodePalmaresdurou57anos.
Palmaressurgiunoin
íciodos éculoXVIIecome çouacrescerbastante
porvoltade1630,ondeodom ínioholand êsemPernambucoeasubsequenteresist ênciados
luso-brasileirosaoinvasorresultaramnadesorganiza çãodaslavourascomafugadeescravos
queseintensificou.
Quandoconseguiamfugirreuniam-seemcomunidadeschamadas
quilombos.Oquilomboeraformadoporaldeias,chamadasmocambos.
Palmareschegouatermilharesdehabitantesnegroseseuprincipal
comandantefoiZumbi.
AGuerradosPalmaresfoiumadasmaisimportantesdoBrasilColonial.
De1644,quandoaconteceuoprimeiroataque,at é1695,quandooZumbifoiassassinado,
Palmaresfoiatacadomaisdetrintavezes.
AmortedeZumbi,segundoDomingosJorgeVelho,teriaacontecidoem
20denovembrode1695.
Zumbimorreu,masseusideaisdeliberdadepermaneceramvivos;novos
quilombosforamorganizadoseosescravoscontinuaramlutandopelasualiberta ção.
Fugindoaoesquemadasdemaisrevoltasocorridasduranteoper íodo
regencial,umarebeli ãodeescravossacudiuaBahiaem1835.Haviamuitosquepertenciama
naçõesdeculturaisl âmica,comooshaussaseosnag ôs.
Onomemal
ê,alias,designavaosnegrosquesabiamlereescreverem
árabe.
Aprofus
ãodeperi ódicosabolicionistascorrespondia àrealidadedeum
movimentoqueestavalongedeserhomog êneo.Variascorrenteseopini õescontradit órias
coexistiamnomovimento.Osmoderadoscujomelhorexemplo ésemduvidaafigurade
JoaquimNabucotemiamasagita çõessociaiseachavamquealutapelaaboli çãodeveriase
processarinstitucionalmente,entreasparedesdoParlamento.
Primeiroacapturanapr
ópriaÁfrica,depoisatravessiadoAtl ântico,nos
tumbeiros,avendanomercadodeescravos,otrabalhopesadonasminasouplanta ções,a
perspectivasemprepresentedoscastigoscorporaisedashumilha ções,talfoiaacolhida
prestadaaumdoscomponentesdopovobrasileiro,aolongodequatros éculosdeescravid ão.
Aospoucos,ospartid áriosdaAboli çãogradualcome çaramaganhar
terreno.
Finalmente,em1888,osantiescravistasconquistaramamaioriado
Parlamento,refletindoanovacorrela çãodefor ças,asetedemaiode1888oCongresso
aprovava,porimensamaioria,umprojetodeLei.Assinadoa13demaiopelaregentedotrono,
PrincesaIsabel,oprojetotransformou-senaLei Áurea.Entretanto,aocontr áriodoquese

esperavaaaboli çãonãosignificouaemancipa çãoefetivadapopula çãoescravizada.
Semmedidasinstitucionaisquepromovessemaintegra çãoàsociedade,
osnegrosforamentregues àprópriasorte.
Narealidade,aaboli
çãoveioafastaralgunsdosobst áculosao
desenvolvimentodaeconomiabrasileira,cujop ólodin âmicosebaseavacadavezmaisno
trabalhoassalariado.
ALFAIATES-alutapelaliberdade
Em1798foifundadaemSalvadorumasociedadecujoosintegrantes
dedicavam-se àtraduçãodetextosdeRousseaueoutrosfil ósofos,divulgandoativamenteos
ideaisrepublicanosnaBahia.
Apesardeseucar
átersecreto,essasociedadeestendeusuainflu ênciapara
alémdoc írculodaselitesilustradas,atingindoascamadasm édiasepobres,inclusiveescravos
dapopula çãobaiana.Aamplitudedessainflu ênciaseexplicapelaprofundacriseecon ômicae
socialporquepassavaSalvadornofinaldos éculoXVIII.
Quandoapareceramosmanifestos,oGovernadordeuordemparaa
devassa,ouseja,paraquesefizesseminvestiga çõesepris ões.
AguilarPantoja,haviatraduzidolivrosfrancesesetrechosdeRousseau,
aoseuladoAgripinoBarata,querepresentaumdosintelectuaisnomovimento.
Alideran
çadossetoresurbanosmaispobrescabiaaosoldadomulato
LucasDantas,pertencenteaobatalh ãodasmil ícias.
Aconjura
çãoestendia-sedosescal õessuperioresaosestratosmaisbaixos
dasociedadecolonial.
Osistemacolonialabsolutistaeracondenadoepregava-seanecessidade
deumlevantequeproclamasseaRep úblicaeaAboli ção,abrisseosportosbrasileirosao
comerciomundialepusessefim àsdiscrimina çõesentrenegrosebrancoseatodosos
privilégiosexistentes,garantindo-sealiberdadeparadesenvolveraindustriaeocom ércio.
Muitospretosemulatosforamcondenados àmorte,pelaforca,seguidade
esquartejamentonodia8denovembrode1799.
CABANAGEM-alutadopovonopoder
ACabanagemfoiumagranderevoltapopular.Delaparticiparampessoas
vindasdascamadasmaispobresdasociedade.
Oprimeirol
íderdoscabanosfoiopadreBatistadecampos.Naluta
contraogovernocentral,oscabanosjuntaram-seaosfazendeirosecomercianteslocais,
esperandoconseguirmelhorescondi çõesdevida.Comooscabanosqueriammuitomais:
comida,casa,trabalho,entraramnalutaparavaler.
Nodia6dejaneirode1835,opovoconsegueunir-separaderrubaro
governadorLolodeSousa,matando-oelibertaramospresospol íticos.Imediatamentefoi
constitu ídoumnovogoverno,presididoporAntonioMalcher.
AntonioMalcher
éumconciliador,est ácomoscabanosdevidoao ódio
quetemaosportugueses.Noentanto,aalian çaentreoscabanosduroupouco,poisMalcher
traiuomovimento,fazendoacordocomastropasdogoverno.Porisso,osrevoltososomataram
eosubstitu íramporFranciscoVinagre,queassumiuogovernoparaense.
Masdevidoasguerraseguerrilha,naterraenomar,FranciscoVinagre,
semcondi çõesderesistir,entregou-lheopoder,sendopreso.
Aestesucedeu,EduardoAngelim,queajudadoporguerrilheiroscomo
BentoFerr ão,venceastropasdeocupa çãoechegaaopoder.
Angelimmandafuzilarnegrosrebeldesevaiserefugiarnointeriorpara
continuaraluta.

Essaguerracruels óterminouem1840,quandoos últimoscabanosse
entregaram,semteremconseguidoatingirosobjetivospelosquaislutara. Àrevoltadoscabanos
contraasp éssimascondi çõesemqueviviam,ogovernorespondeuapenascomviol ênciae
morte.
QUEBRA-quilos-alutadossemi-l íderes
Ossertanejosrevoltaram-secomaintrodu çãodosistemam étricono
Brasil,pois,sentirem-seprejudicadospois,estavamsendoroubadosnospesosemedidas.
Entãorebelaram-se,invadindocidadessaqueandoarmaz énsepegaramos
pesosimetrosejogaramnosrios.
Na
épocadoQuebra-quiloseramcobradosimpostos,poisnamedidaem
queopovoprecisademaisdinheiro,ogovernocriamaisimposto.ComoemtodooPa ísque
adotouosistema,em1873decidiu-seogovernoimperialaobrigarocumprimentodaLei,eos
quenãocumprissemseriammultados.
Em1874aconteceaprimeiraa
çãodosquebra-quilos,emumavilaperto
deCampinaGrande,naPara íba.
Apartirda
í,come çaaviol êncianãosócomospesosemedidas,massim
comosimpostoseavidamiser ável.
OQuebra-quilosnascedeummovimentoseml
íderes.Navis ãodos
camponesesoimpostoeraumpapel,alei,queimando-sealei,acabava-seosimpostos.
CANUDOS-alutapelautopiareal
NascidoemQuixeramobim,Cear á,em1828,AntonioVicenteMendes
Macielteveumainf ânciaprivilegiadaparaumacrian çadosert ão.
Filhodeumcomercianteestudoulatim,franc
ês,aritm éticaegeografia.
Seudestinofoidiferente.Comamortedopai,casou-seepassouaexercerocom ércio.Masn ão
eraessasuavoca ção.
Embreve,cheioded
úvidas,abandonouoneg ócioeganhouosert ão.Um
novochoquelheestavareservado.fugindocomumsoldadodepol ícia,suamulhero
abandonou.Casa-sedenovocomJoanaequemtemumfilho.
Deixaambosem1865,epassaavagarpelossert
õesacompanhando
mission ários.
Seuprest
ígiojáestavaconsolidado.Umgrupodefi éisoacompanhava
sempre,ajudando-onareconstru çãodeigrejasemurosdecemit ério.Masamedidaqueaforma
dobeatoaumentava,ahierarquiaeclesi ásticacome çouapreocupar-se.N ãodemoroumuito
paraquesemultiplicasseaspersegui ções.Obeatofoipresoem1876e,parasersolto,tevede
prometerqueabandonariasuasprega ções.Apromessan ãofoicumprida.Noanoseguinte,o
conselheiroeseusadeptosestavamdevoltaaossert õesdaBahia.
Em1893,conselheirodesafiouostensivamenteaRep
ública.Napra ça
centraldomunic ípiodeBomConselhoqueimouast ábuasondeestavamafixadososeditaisque
anunciavamosnovosimpostosaseremcobradospeloGoverno.Foinessa épocaque,tendosua
prisãodecretadaevendo-seobrigadoafugirdasvolantes,achouquechegaraahoradecriarsua
própriacomunidade.
Olugarescolhidofoiafazendadecanudos,
àbeiradorioVaza-Barris,
queseencontravaabandonada.SobaautoridadedoConselheiro,osfi éislogoseorganizaram.
Todososbenspessoaisdeveriamserentregues àcomunidade.Aformadoarraialsagradode
BeloMonte,comopassaraachamar-seaprova ção,espalhou-secomrapidez.
Eraumacomunidadeideal,voltadaparaobemcomum,verdadeirautopia
emplenosert ãobaiano, àpartee àreveliadoBrasilolig árquicoerepublicano.Istoacondenou
àdestrui ção.
Emoutubrode1896,quandoforamavisadosdequenacidadepr
óximade
Uauáestavaumatropacomamiss ãodeaprisionaroConselheiroedissolveroarraial,os

jagunçosdeCanudosn ãosesurpreenderam.Haviamuitoqueobeatopreviraumaguerraque
precederiaofimdomundo,comprofundastransforma ções.
Assim,guiadospelaf
é,osjagun çosnãoesperarampeloataque,partiram
aoencontrodatropa,queapanhadadesurpresa,foitotalmentedestro çada.
Ospol
íticosdaRep úblican ãopuderamtolerarumaderrotat ão
humilhante.Canudospassouaserretratadacomouma “fortalezamonarquista ”aamea çara
estabilidadedoregime.Emdezembrode1896,umasegundaexpedi ção,apoiadapeloEx ército,
foienviadacontraoarraial.
Eracomandadaporummajor,Febr
ôniodeBrito,edispunhadearmas
moderas.Novamenteastropassubestimaramafor çaeahabilidadedosjagun ços.Usando
táticasdeguerrilha,estessurpreenderamaexpedi çãomuitasvezespelocaminho.Edetalforma
conseguiramdesorganiz á-laque,aochegaraCanudos,amuni çãojáeraescassaeossoldados
estavamexaustos.Semcondi çõesdecombater,omajorordenouaretirada.
Foiorganizadaumaterceiraexpedi
ção,sobocomandodocoronel
MoreiraC ésar.Comtodamuni çãosuficienteeconhecendoast áticasqueoinimigoempregara
dasoutrasvezes,ocoronelconfiavanumavit óriafácil.
Opercursoat
éCanudosn ãoapresentoudificuldades,eaexpedi ção
penetrounoarraialdeBeloMonte.Eraoqueosjagun çosesperavam.
Tocaiadosemcadacasa,emcadabeco,emcadaesquina,oshomensdo
Conselheirocombateram,espalhandoop ânicoentreossoldados,desnorteadosnaquele
labirintodevielas.
QuandoMoreiraCessarcaiumorto,atropadebandou,numaretirada
vergonhosa.
AlendadeCanudosagitavaaopini
ãopúblicaemtodooPa ís.Anot ícia
demaisumaderrotainfligidap ôrfanáticoesfarrapadosaumamodernadivis ãodoEx ército
acirrouo ânimodosmilitaristas,queexigiamretalia ção.
ComandadapelogeneralArturOscardeAndradeGuimar
ães,aquarta
expedi ção.Pelocaminho,atropafoicastigadain úmerasvezespelasguerrilhasdosjagun ços;
antesdechegaracanudos,j áperdera1200homens,masvieramrefor ços.Alutacontinuoupor
muitosmesesedurantetodoessetemponovossoldadosforamsendoincorporados àforça
combatente.
A
últimabatalhafoitravadaa5deoutubrode1897.
Mortopoucoantes,oConselheiron
ãochegouaveroaniquilamentode
seupovo.
Eraofimdeumsonho,ou,naspalavrasdeEuclidesdaCunha,deum
episódionas ériereservada “paraasloucuraseoscrimesdanacionalidades... ”
INTRODU ÇÃO
Tudotemumahist ória.Muitasdascoisasquenossosantepassados
usavamefaziamj ánãoexistemmais;outrasmodificaram-se,algumaspermanecemcomo
eram.
Poisbem:aHist
óriaestudaosfatosdopassadoetentaverificarsuas
causas(porqueocorreram)esuasconseq üências(osacontecimentosqueprovocaram).
Aomesmotempo,procuramossabercomotodososelementosse
alteraramaolongodotempoeporqu ê.Ouseja,pesquisamososacontecimentosimportantes

quemarcaramavidadospovos,dospa íses,dascidades,quefatoresinflu íramemtais
acontecimentoseoqueresultoudeles.
AHist
óriaécontadaprincipalmentepormeiodoestudodosdocumentos
escritos,quepodemserlidoseentendidospelohistoriador.
Seumpovodeixouapenassinaisn
ãoescritossobresuavida,trona-se
difícilparaohistoriadorcontarcomprecis ãoaHist óriadessepovo.Comoohistoriadorn ão
presenciouosfatosdopassado,eleprecisabasear-seemdocumentos.masdevetermuito
cuidado,porqueessesdocumentospodemn ãodizeraverdade.Porisso,elecomparadiversos
documentos,procurandoverat équepontoelesdizemamesmacoisa.Porexemplo:umapartida
defutebolpodesercontadadeformadiferentepelostorcedoresdeumououtrotime.Diantede
umcasoassim,ohistoriadorsepreocupariacomosfatosconcretos(quemforamos
participantesdosjogo,quemfoiojuiz,quemmarcouosgolsetc...).N ãoconfiarias ónaopini ão
deumapessoa,quepoderiaestarquerendoapenasmostrarasvantagensdeseutime.
MuitoslivrosdeHist óriadoBrasil,porexemplo,come çamsuanarrativa
noanode1500,quandoosportuguesestomarampossedoterrit óriobrasileiro.H álivrosque
malsereferemao índios,queerammilh õesnaépocadoDescobrimento.Amaioriadoslivros
deHist óriatamb émdeixadeexplicaratrag édiadoexterm íniodos índios,quehojen ãopassam
de250.000indiv íduosoumais,aindaamea çadospelainvas ãodeterrasondevivem.
Nessetrabalho,preocupei-meemnarrarosfatosqueforammais
importantesparaopovo,que éoprincipalher óidenossaHist ória.EssaHist ória,assimcontada,
incluios índioseapopula çãopobre,en ãoseresumeamostrarumalistadedatas,fatosenome
deheróis.
Afinal,n
ósfazemostamb émaHist óriadoBrasil.

CONCLUS ÃO
Nadapiordoquehist óriasmalcontadasequenosobrigamadecorar.
NumlivrodeHist óriadoBrasil,osproblemasdeumahist óriamalcontadatorna-segrave,pois,
faltampeda çosnaHist óriaeamesman ãoconvence.
EssetipodeHist
óriatorna-sechataecansativaporquefaladeummundo
quenãonosdizrespeito,ummundodoqualn ós,opovo,n ãoparticipamos.
Aqui,oqueoautorpretendeufoiemmostrarumahist
óriaondeaparecem
osconflitosdeclasse,ascontradi çõessócio-econ ômicasqueexistirameque,dealgummodo,
persistememnossosdias.
Ahist
óriaapresentadanessetrabalhodeveservistacomoalgodefinitivo
ecateg órico.
Opassado
éalgocomplexoquedeveserinterpretado,reconstru ídopelo
historiador.
Oprop
ósiton ãoéfazê-loaceitarpassivamenteasinterpreta çõesdo
passado,esimdiscutir,questionarequeusemaisareflex ãodoquedamem ória.
OqueseesperadessaHist
óriadoBrasil, équeparaumaGera ção
conscientepossaajud á-loentendermelhorarealidadebrasileiraemevolu çãoeaparticipar
conscientementedasociedadeemquevivemos.
Tags