Histórias de minha avó

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About This Presentation

Histórias de minha avó


Slide Content

Capítulo 1 A vida na casa da vovó
Vovó gostava de contar histórias para suas netas. Ella queria pentear os cabelos da avó
enquanto ela contava histórias, mas Mabel, a irmã mais nova pegou a escova antes. Enquanto
a vovó tricotava meias grossas para os funcionários da editora Basileia, que moravam nos
apartamentos da editora na Suíça.
Elas riram quando Mabel perguntou se era onde tinha nascido, a avó afirmou e Mabel
comentou que a irmã Ella dizia que ela era adotada, que o médico havia lhe trazido na maleta.
O pai delas entrou no aposento pra conversar com a avó e elas não poderiam ouvir a conversa.
Ella lembrou quando a muitos anos no passado sua mãe pediu pra trazer um pedaço de pão
torrado pra irmãzinha. Saiu da cama e andou pelo corredor escuro e percebeu que a avó ainda
estava acordada pela luz que via embaixo da porta, ocupada com seus escritos. Lá pelas 2 e 4
horas da manhã, era esta hora que começava a trabalhar.
Lembrou-se de uma vez que a vovó pregou no salão em Basileia, um homem traduzia para o
francês, outro repetia em alemão. A mãe anotava todo sermão em taquigrafia e os escrevia
com uma pena, porque não havia máquinas de escrever. Selecionava os textos para folhetos e
com o tradutor passava para o francês, quando tinha pouca gente para ajudar ia para sala de
composição tipográfica e fazia o trabalho sozinha.
Pela mãe ser ocupada, tia Sara McEnterfer, secretária e companheira de viagem da avó ,
tomava conta de Mabel. Ella ficou muitas vezes ao cuidado da cozinheira, uma senhora terna
chamada Cristhina Dahl, quando tinha 5 anos. Ella se divertia ao observar a cozinheira se
concentrar em sua tarefa, sai silenciosamente e ia bater no quarto da avó.
Enquanto a avó estava escrevendo ela ficava em silêncio quando esta largava a pena sabia que
poderiam conversar e a avó ficava contando várias histórias. Ensinava a cortar figuras de
revistas. Quando a avó percebia que ela estava cansada pedia para menina entregar uma bala
de hortelã ou uma maçã a cozinheira e a guardasse em cima da prateleira até a hora da
refeição, já que ninguém comia nada entre as refeições e depois disso as vezes saiam para dar
algumas caminhadas.
Num de seus castigos por ter espalhado pedras sobre o piso de ladrilhos durante uma
comissão. Vovó vendo as lágrimas colocou Ella no seu colo e lhe explicou que a repreensão era
para ajudar a recordar que nunca mais deveria fazer barulho durante uma reunião.
Eles ficaram dois anos na Suíça, a mãe trabalhava longas horas no escritório e contraiu
tuberculose. Quando a avó voltou para a América do Norte a família voltou com ela e foram
morar em Boulder, no Colorado, esperando que a mãe melhorasse com o ar fresco e a luz
solar. Ela acabou falecendo e foi enterrada ao lado do avô Tiago White, no cemitério Oak Hill,
em Battle Creek, Michigan. Quando o pai William C. White viajou com a sua mãe Ellen para a
Austrália ele comprou uma casinha na periferia da cidade e providenciaram que a senhorita
Mary Mortensen cuidasse das duas irmãs órfãs. Elas não poderiam ir junto porque viajariam
muito e não teriam casa ou escola. Em Battle Creek, Mabel iria ao jardim de infância com os
órfãos que o Dr. Kellog cuidava e Ella estudaria na primeira e única escola adventista do sétimo
dia em todo o mundo.
Passaram-se 4 anos e chega uma carta da Austrália escrita pelo pai falando que havia
encontrado uma jovem para formar um novo lar. O pastor E. R. Palmer iria para a Austrália
para organizar a obra de colportagem e as filhas deveriam viajar junto. Ficaram tristes em
deixar Mary.

Em seu novo lar o pai, May Lacey, nova mãe, a secretária e a avó estavam viajando visitando
igrejas em Vitória e Tasmânia, mas tinha algumas pessoas esperando por elas, algumas
pessoas que passavam dificuldades financeiras ou por perderem emprego por causa do sábado
a avó de Ella convidava para morar junto.
Marian Davis era assistente literária da avó e levou as meninas para seu quarto. Mostrou
páginas datilografadas espalhadas pelo chão do livro sobre a vida de Cristo. Com os capítulos
tinha mais material que poderia ser colocado em um livro, havia então conteúdo suficiente
para três volumes: O desejado de todas as nações, Parábolas de Jesus e O maior discurso de
cristo, além de textos que sobraram para fazer parte do livro A Ciência do Bom viver.
Um ano depois a igreja Adventista adquiriu uma propriedade de quase 607 hectares de mata,
para uma escola australasiana. Vovó comprou um lote anexo e foi a Cooranbong para
supervisionar a limpeza do terreno, pomar, jardim e casa. Nessa época ela tinha 68 anos. para
arar a terra usavam os bois Bola de Neve, Morango e Novato, o mais preguiçoso. Plantaram
pessegueiros, uvas, damascos, nectarinas e ameixas. O pai construiu do outro lado da rua, em
frente a Sunnyside (Canto Ensolarado), como se chamava a casa da avó. A avó comprou uma
vaca chamada Molly e Ella ajudava a avó na ordenha todas as tardes. A avó sempre
aconselhava as pessoas que maltratavam os animais, ela não suportava que ninguém fizesse
mal a eles.
Capítulo 2 Tarefa para uma adolescente
Quatro mulheres se curvaram sobre o corpo imóvel de Ellen, agora com 17 anos, elas estavam
preocupadas e se perguntavam o que estava acontecendo com Ellen. Perceberam que ela não
respirava, mas tinha pulso, os olhos abertos, mas não podia ver. Ellen estava prestando
atenção ao que o anjo lhe dizia e contemplava uma cena que passava diante de seus olhos
como filme, estava tendo uma visão celestial. Inteiramente sobre o controle de Deus.
Ellen Harmon estava no lar de uma amiga com outras 4 mulheres em uma reunião de oração.
Dois meses antes, pessoas que acreditavam na segunda vinda de Cristo, os adventistas,
ficaram desapontados porque Jesus não havia retornado à Terra na data prevista por elas. Eles
estudavam juntos e oravam para que Deus mostrasse o erro cometido das interpretações das
profecias.
O Salvador olhava com o coração quebrantado para as pessoas que estavam tão seguras de
seu retorno, em outubro de 1844. Jesus enviou uma anjo para que através daquela visão
explicar que Ele voltaria, mas não naquele momento e que esperassem por mais um tempo.
Cena que Ellen viu: Ela parecia estar sendo elevada cada vez mais alto. Virou-se para ver seus
amigos adventistas, mas não conseguiu. Um anjo lhe disse: “Olhe novamente e um pouco mais
para cima”. Ela viu o povo do advento andando por um caminho estreito, bem acima do
mundo, na direção da Cidade Santa. Jesus os conduzia e aqueles que conservavam os olhos
fixos nEle estavam seguros. Uma luz que brilhava no início do trajeto iluminava toda sua
extensão, para impedir que tropeçassem. O anjo que mostrou essas cenas disse que aquela luz
era o “clamor da meia-noite”.
Uma expressão muito usada durante o verão de 1844. Extraída da parábola de Jesus sobre as
dez virgens, quando elas saem ao encontro do noivo. As virgens representam a igreja
expectante e o clamor era a proclamação de que Jesus está voltando. Um apelo para que as
pessoas se preparassem para recebê-lo. Naquela época ao falar no clamor se referia ao
despertamento.

Em sua visão Ellen viu que alguns se cansavam durante o caminho, diziam que a cidade estava
longe demais. Então Jesus levantava o braço direito e uma luz incidia sobre o grupo. Alguns
rejeitaram a luz, diziam que não era Deus que os havia conduzido até ali, para esses a luz se
apagou deixando-lhes os pés na escuridão, eles tropeçaram, perderam Jesus de vista e caíram
do caminho para baixo, muitos viajantes prosseguiram na trilha celestial. Na testa de cada um
estava escrito “Deus” e “Nova Jerusalém”.
Eles ouviram a voz de Deus anunciando o dia e a hora da vinda de Jesus e viram uma pequena
nuvem negra no céu. Observaram a nuvem se aproximando da Terra, tornando-se mais
brilhante e gloriosa, até parecer como fogo. Ao seu redor havia anjos cantando a mais bela
música e sobre ela um arco-íris. Jesus estava sentado sobre a nuvem com muitas coroas na
cabeça. Na mão direita, segurava uma foice aguda, na esquerda uma trombeta de prata.
As pessoas contemplavam a cena pálidos e imaginando se estariam com as vestes sem
manchas. Os anjos pararam de cantar e depois de um silêncio Jesus falou que “Aqueles que
têm mãos limpas e coração puro serão capazes de estar em pé; minha graça lhes basta”. O
rosto das pessoas iluminou-se, os anjos cantaram novamente enquanto a nuvem se
aproximava da Terra.
Quando terminou a visão Ellen contou às mulheres e elas ficaram emocionadas. Depois de
uma semana o anjo apareceu novamente a Ellen e pediu que ela contasse a outros.
O grupo de adventistas em Portland se reunia muitas vezes na casa dela para orar e estudar a
Bíblia. O líder do grupo pediu que ela relatasse a visão na reunião seguinte, mas ela temeu que
não acreditassem nela e em vez de ir à reunião, ela foi de trenó à casa de uma amiga, a 6,5
quilômetros de distância. Lá Ellen passou o dia orando para que Deus a dispensasse de contar
a visão. Mesmo orando sentia-se sozinha e temerosa, quase abandonada por Deus, porque
pensava que estava deixando Deus insatisfeito com ela. perto do anoitecer ela se rendeu e
prometeu que daria a mensagem.
Quando chegou à reunião todos haviam ido embora, no encontro seguinte Ellen relatou a
visão e ficou surpresa ao perceber que todos a escutavam com alegria. Estavam felizes porque
agora sabiam que Jesus ainda as conduzia. Começaram a reconhecer o erro e concluíram que a
purificação do Santuário significava que Jesus voltaria à terra.
O senhor Harmon, pai de Ellen, era pobre e sustentava a família fazendo chapéus. Numa
conversa Ellen manifestou a vontade do pai viajar com ela para trabalhar para Deus, mas o pai
precisava trabalhar e ele ofereceu Sara, sua irmã mais velha. Mas mesmo assim seria difícil
para duas garotas viajar, marcar reuniões, captar a atenção de todos, as dificuldades eram
grandes.
Com 9 anos, Ellen havia sofrido um acidente, a cabeça havia sido machucada e o nariz
quebrado, dificultando sua respiração. Por três semanas, ela permaneceu inconsciente e
durante muitos anos sofreu com os efeitos do acidente. Os pulmões ficaram fracos e sentia
dores ao respirar, o coração também ficou fraco, o médico da família disse que ela viveria
talvez uns três meses.
Diante da dificuldade que estavam vivendo agora o pai lhe abraçou e disse que se Deus a havia
chamado Ele abriria as portas e falou para orarem na reunião daquela noite. Enquanto oravam
ela se sentiu encorajada e disposta.
Uns dois dias depois o cunhado dela que morava em uma cidade 48 Km ao norte dali chegou e
convidou Ellen para ir ver sua irmã. Ela sentiu que Deus estava abrindo o caminho. Para ela
viajar no auge do inverno no norte da Nova Inglaterra seria difícil, cada respiração em meio

àquele ar gelado causava dor nos pulmões. Agasalhou-se bem e sentada no trenó se cobriu
com um pesado manto de búfalo.
Ao chegar na casa da irmã Mary, Ellen já tinha uma reunião marcada num salão. Naquela
época os adventistas não possuíam igrejas próprias, se reuniam em salões. Já estava lotado e
quando se levantou para começar a falar sua voz era muito fraca e rouca, mal podiam ouvir.
Durante 5 minutos tentou falar e não conseguiam ouvir senão palavras sussurradas. De
repente a voz mudou, soava clara. Ela falou durante horas sobre sua visão. Todos ficaram
emocionados, quando sentou-se sua voz ficou rouca e fraca novamente. Assim as pessoas
puderam ver que era através do poder de Deus que Ellen falava.
Durante a reunião um jovem chamado Hazen Foss ficou escutando do lado de fora da porta e
falou para um amigo que aquela era uma visão muito parecida que ele tivera. Duas vezes
recebera esta visão e ele se recusou a conta-la. Deus então o dispensou da tarefa e daria para
outro filho de Deus mais fraco. Isso o deixou assustado, reuniu o povo e quando começou a
falar não conseguiu lembrar de uma só palavra.
Um dia depois de Ellen falar ele a procurou e contou o que lhe havia acontecido e ele a
aconselhou a não se recusar a obedecer a Deus, ser fiel ao realizar a obra e receberia a coroa
que ele poderia ter tido.
Numa ocasião, Deus concedeu a Ellen uma urgente mensagem para os cristãos em
Portsmouth. Elas precisariam viajar de trem, mas não havia dinheiro, elas se prepararam e
confiaram que Deus resolveria. Quando estavam para sair de casa a pé até a estação, viu um
homem conhecido chegando apressadamente com sua charrete e perguntou se ali precisavam
de dinheiro, ele havia sentido a impressão de que alguém ali precisava. Elas lhe contaram o
que estava acontecendo. Ele lhes deu o dinheiro para irem e voltarem, levando-as até a
estação.


Capítulo 3 A trama que não deu certo
Otis Nichols, um adventista de Dorchester, Massachusetts, veio até a casa da família de Ellen
para buscá-las a irem até sua cidade, pois dois homens estavam se autoproclamando
pregadores e ensinando doutrinas estranhas confundindo e desanimando os crentes.
Chegando até a casa do Sr. Nichols, souberam da chegada de dois homens Sr. Sargent e Sr.
Robbins para falar de negócios, disseram que dormiriam ali e o Sr. Nichols aceitou e falou que
assim eles conheceriam as irmãs Harmon. De repente concluíram que precisavam voltar para
Boston. O Sr. Nichols ficou desapontado e disse que não tinha problema, poderiam conhece-
las em Boston porque também iriam para lá falar no grupo no dia do culto (se referia ao
domingo, pois ainda não compreendia o sábado como dia de repouso).
Naquela noite Ellen teve uma pequena visão durante o culto familiar onde foi lhe mostrado
que não deveria ir à Boston, mas a Randolph, cidade 16 km ao sul de Boston. O Sr. Nichols
argumentou dizendo que não poderiam devido a reunião marcada, mas Ellen disse que tudo se
resolveria.
Enquanto isso aqueles homens desmarcaram a reunião de Boston e anunciaram que seria em
Randolph, estavam felizes achando que tinham enganado os Nichols e as irmãs. O Sr Sargent
falava às pessoas que o tempo de trabalho dos cristãos havia se encerrado, os ricos deveriam

vender suas propriedades e dividir com os pobres, espalhavam ensinos fanáticos. Naquele dia
ele também começou a falar sobre suas visões e disse que não deveriam dar atenção as visões
de Ellen porque era do diabo. Ouviram uma batida na porta e entra a família Nichols e as irmãs
Ellen e Sara Harmon. O senhor ficou surpreso, não conseguiu mais falar e dispensou as pessoas
para o almoço e após continuariam a reunião. Almoçaram rapidamente e voltaram ao salão
para ver o que aconteceria.
Durante a oração inicial Ellen teve uma visão, o que desagradou a estes dois homens, eles não
queriam que as pessoas presenciassem então começaram a tentar desviar a atenção das
pessoas. O Sr. Robbins anunciou um hino, mas poucas pessoas cantaram. O Sr. Sargent
começou a ler a Bíblia em voz alta. As pessoas começaram a pedir para eles pararem, pois
queriam ouvir Ellen. Eles continuaram gritando e cantando até ficarem roucos. A voz de Ellen
parecia estar conversando com alguém na visão. Todos viam que ela se encontrava sob o
controle do poder divino. Notavam que ela não respirava, mesmo repetindo ao grupo as frases
proferidas em visão, suas palavras soavam como uma voz do Céu.
O Sr. Thayer se colocou em pé e disse que as visões vindas de Satanás podem ser
interrompidas se for colocada uma Bíblia aberta sobre a pessoa que está tendo a visão, pediu
ao Sr. Sargent que fizesse o teste, ele se recusou.
Ellen estava descansando sentada numa cadeira no canto da sala. O Sr. Thayer pegou uma
grande Bíblia da família e a colocou sobre o peito dela. Ellen levantou a Bíblia com uma só
mão, encaminhou-se ao centro da sala, ergueu a sagrada escritura acima de sua cabeça
durante uma hora, virando as páginas com outra mão, com os olhos afastados do livro,
apontava com o dedo os versículos que ia repetindo.
Algumas pessoas subiram e eles puderam conferir se o que ela falava realmente estava escrito
ali. As palavras trouxeram esperança e puderam ver que ela falava através do Espírito de Deus.
Após terminar a reunião aqueles dois homens saíram sem falar nada. Durante o período da
visão Ellen não respirou e não sabia nada o que havia acontecido ali. essa foi a mais longa
visão, durou quase 4 horas.
Capítulo 4 O jovem simpático pregador
William Jordan e sua irmã convidaram Ellen para uma viagem a Orrington, ficava a 240 km na
direção nordeste. Eles precisavam conversar com as pessoas devido a alguns crentes fanáticos.
ellen não gostava de encontrar este tipo de pessoas, mas havia prometido ir onde Deus
mandasse. Viajaram durante dois dias ao chegar estava muito cansada e não reparou no jovem
ministro Tiago White ao qual foi apresentada.
Na manhã seguinte, depois de orarem, os três decidiram ir com Tiago White visitar uma família
que morava perto da cidade. Quando chegaram ao local viram vários trenós no pátio e
souberam que havia uma reunião ali. Ellen foi convidada a falar de suas visões, quando
começou a falar foi interrompida por grito de “Glória, Aleluia!” Alguns começaram a bater
palmas, a pular e a gritar. Ellen parou de contar a história e falou que aquele não era o jeito de
cristãos agirem. que na Bíblia não mostrava os discípulos ou Cristo agindo assim.
Tiago White abriu a Bíblia e leu que o Senhor é um deus de ordem, que o espírito santo fala ao
coração com voz suave e terna, que como estavam se comportando os vizinhos detestariam o
nome adventista e não iam querer nunca ouvir falar da vinda de Jesus. Depois disso Ellen pode
continuar falando.
Daquela casa eles saíram para visitar outras, fizeram várias reuniões em várias cidades
próximas, encontravam pessoas com ideias estranhas. Um homem pregava que Jesus já havia

retornado, ressuscitado os mortos e ascendido ao Céu com eles. Ellen explicou que quando
Jesus retornasse todos veriam.
Algumas pessoas acreditavam que deveriam fazer viagens a pé para obter salvação, outras
jejuavam durante vários dias e insistiam para que os amigos também fizessem. Outras faziam
aquilo que dissessem fazer sem questionar se estavam agradando a Deus ou obedecendo a
Bíblia.
Numa determinada casa, a reunião já estava acontecendo quando Tiago, Ellen e os amigos
chegaram. Alguém lá dentro trancou a porta, mas Ellen em nome do Senhor abriu e o grupo
entrou, viram uma mulher deitada ao chão, chorando e advertindo os outros para que não
dessem ouvidos a Ellen. A jovem ajoelhou-se ao lado da mulher e em nome de Jesus
repreendeu o espírito mau que a possuía. A mulher se ergueu em silêncio e ocupou o lugar
com os outros, não causando mais problemas.
Continuavam visitando os lares e apresentavam a mensagem de Deus. Numa cidade havia
adventistas que haviam perturbado os vizinhos com seus barulhos, eles prestaram queixa à
polícia. À entrada da cidade foram colocadas sentinelas para que nenhum pregador fosse
dirigir alguma reunião, mas o trenó com mensageiros do Céu passou deslizando
silenciosamente pelos guardas, Ellen lembrou da promessa de que um anjo a acompanharia.
As últimas reuniões foram felizes. Haviam resolvido muito dos problemas e ajudado os fiéis
seguidores de Jesus. Na última reunião em Orrington, Ellen foi informada em uma curta visão,
que a tarefa havia sido concluída e ela deveria retornar imediatamente a Portland ou estaria
correndo perigo.
Na manhã seguinte, Tiago, Ellen e os irmãos Jordan remaram rio abaixo até Belfast, lá
embarcaram num navio a vapor de volta para casa, enquanto Tiago e seu amigo retornaram de
barco para Orrington. Tiago e seu amigo foram presos, açoitados e colocados na prisão. Foram
libertados quando os oficiais ficaram sabendo que ambos não haviam de forma alguma sido
responsáveis pelo tumulto dos quais as pessoas haviam se queixado.
Tiago ficou ansioso em relação a Ellen, pois era jovem e frágil, na época ainda não tinha
pensamento de ser seu legítimo protetor, pois nenhum dos dois pensava em casamento.
depois de um tempo ele propôs que ela fosse sua companheira de vida. O jovem sentia que
precisavam um do outro e que poderiam realizar mais para o Senhor juntos do que separados.
Ellen orou a Deus para com Deus para saber se este era seu plano, se casaram depois de ter a
certeza de estarem fazendo a vontade de Deus.
Capítulo 5 O capitão se convenceu
Tiago White e sua jovem esposa viajaram para visitar e estudar com amigos em Topsham. No
sábado, se reuniram na casa da família de Curtiss. Dentre os amigos tinha um capitão
aposentado da Marinha, chamado josé Bates. esse homem não acreditava em visões
modernas e não sabia se era verdadeiro o que Ellen falava. Naquela época ouviam a cerca de
“profeta” mórmon, José Smith e Ann Lee, líder dos snakers, que alegavam ter deus enviado um
anjo para falar com eles, só que o que falavam era contrário aos ensinamentos das escrituras.
Durante a reunião Ellen teve uma visão e José Bates a observou atentamente. Ela começou a
falar que via 4 luas, observava planetas, um deles rodeado por belos e coloridos anéis ou
cinturões. O capitão esqueceu que não acreditava em visões e comentava o que ela dizia sobre
os planetas, ele dava os nomes para os que ela falava. José Bates passou anos estudando o
firmamento, ele sabia sobre o que ela falava. Ellen descreveu “os céus que se abriam”. O

capitão deu um salto e comentou que queria que o Lorde William Rosse, grande astrônomo
inglês, estivesse ali e ouvisse essa senhora falando sobre astronomia. A partir daquele
momento ele nunca mais duvidou das visões da Sra. White.
Em seu estudo das Escrituras, o capitão Bates aprendeu que Jesus não havia mudado o sábado
cristão para o domingo, mas que a mudança havia sido feita pelos líderes da igreja anos depois
da ascensão de Cristo.
Quando parou de trabalhar no mar, vendeu seu navio por 11 mil dólares. Ele era considerado
rico para aquela época, mas agora estava pobre, pois havia gastado sua fortuna para espalhar
a mensagem do advento. O tipógrafo, imprimiu os folhetos e esperou o pagamento. O
pagamento foi pago por um amigo que ocultou sua identidade. O “pastor Bates”, como alguns
chamavam distribuiu e pregou dando estudos bíblicos.
Ele entregou um exemplar para Tiago White. Tiago e Ellen foram estuda-lo e procuravam os
textos, se ajoelharam e pediam a Deus que enviasse o espírito Santo pra guiá-los. Eles
compreenderam que era verdade. Na primavera, os White se reuniam com amigos em
Topsham. Ellen teve uma visão: Um anjo a transportou da Terra para a cidade santa, com
Jesus, entrou no templo do céu. No lugar santíssimo contemplou a arca de ouro. Jesus ergueu
a cobertura da arca, e viu as tábuas dos dez Mandamentos. Ficou surpresa ao ver um círculo
de luz ao redor do 4º mandamento, ele brilhava mais do que os outros.
Tiago e Ellen, não haviam começado a guardar o sábado porque José Bates ensinou, mas
porque aprenderam a verdade mediante estudo cuidadoso da Bíblia. A visão era para
confirmar a ordem divina. Algum dia, esse fato da guarda do sábado irá causar grandes
perseguições e sofrimento ao povo guardador do sábado, serão acusados de motivar os
problemas no mundo. Mas, Jesus estará voltando para buscar este povo leal, antes da
destruição final do planeta.
Capítulo 6 Tempestade no mar
Certa vez, numa viagem num navio Tiago e Ellen sofreram uma tempestade. As pessoas
estavam aflitas, mas a senhora White permanecia calma e uma senhora a questionou, ela disse
que o refúgio dela era cristo e se o trabalho dela estivesse terminado poderia repousar em
qualquer lugar, mas se não estivesse nenhum oceano poderia lhe afogar. As mulheres
confessavam seus pecados, clamavam por misericórdia, apelavam à virgem Maria. Horas mais
tarde, o navio a vapor atracou em segurança e enquanto os passageiros desembarcavam Ellen
ouviu uma mulher exclamando em tom de desdém “Glória a Deus!”, a mesma que havia
prometido servir ao senhor para sempre. A Sra. White olhou para ela seriamente e mandou ela
lembrar da promessa, mas a mulher se virou com um sorriso de escárnio.
Em outra viagem, a Sra. White falava sobre a terrível tempestade e sobre estar preparado para
sua morte ou a vinda de Jesus e uma mulher começou a comentar sobre os mileritas, pessoas
iludidas e que aguardavam a volta de Jesus, vestiam trajes de linho branco para a ascensão,
foram para os cemitérios, telhados, montes, a fim de orar e cantar até que Jesus voltasse.
A Sra. White perguntou se tinha visto isso, ela e outras mulheres comentaram que não tinham
visto, mas pessoas haviam falado que viram. Elas comentaram que as irmãs Harmon, de
Portland, haviam usado e depois daquele dia haviam se tornado descrentes. Uma amiga de
Ellen que estava junto na conversa apresentou uma das irmãs da qual elas falavam e puderam
perceber que as histórias eram falsas.
Durante as viagens, o casal White compravam bilhetes para viajar nos camarotes inferiores.
Dormiam no chão duro ou sobre caixas de carga ou sacos de cereais. Era mais barato e depois

de cansarem-se pregando dormiam, usavam como travesseiro suas bolsas de viagem e como
cobertas seus agasalhos. Nas noites de inverno se levantavam e caminhavam pelo convés para
se aquecerem. Nas noites de verão, com o calor sufocante e a fumaça de tabaco eles iam para
a extremidade do navio para respirarem ar fresco. As viagens de navio a vapor de Boston para
Portland custavam 1 dólar enquanto de trem , o preço seria 3 dólares.
Economizavam o que podiam para viajar mais longe e ensinar as famílias sobre o retorno do
Salvador.
Numa das viagens algo engraçado ocorreu: o casal White e Bates estavam a caminho de uma
conferência bíblica. Partiram num pequeno barco, mas precisariam se transferir para um maior
durante o caminho. Quando o barco se aproximava pediram para ele parar, mas ele continuou.
Então, o casal deram as mãos e pularam para dentro do outro. Bates foi pagar 1 dólar e
quando pulou para o outro barco bateu com o pé na grade e acabou caindo na água. Pegando
a carteira com uma mão e o dólar na outra e começou a nadar, perdeu o dinheiro, mas
segurava a carteira, foi puxado para dentro do barco e de sua roupa escorria água suja.
Na parada seguinte, os 3 desembarcaram e foram até a casa da família Harris, adventistas,
para o capitão se secar. A Sra. Harris estava na cama, com dor de cabeça terrível, um mal de
anos. Os visitantes oraram e avisaram que o uso de rapé ou tabaco em pó causava o problema.
Ela disse que não cheiraria mais isto e assim acabou suas dores de cabeça.
Como não chegariam a tempo do culto de sábado resolveram permanecer na casa de outra
família e assim passaram um sábado feliz. De um desastre acabaram fazendo duas famílias
felizes.
Numa outra viagem, o condutor se perdeu e eles ficaram sem destino seguindo trilhas durante
64 Km antes de chegar ao destino. Estava calor. Não tinham comida, água, por duas vezes Ellen
desmaiou, seu esposo orou por ela. Encontraram uma cabana feita de troncos, descansaram e
comeram. Antes de sair, Ellen deu a eles um exemplar do livrinho Experience and Views
(Experiências e visões).
depois de 22 anos, em uma reunião campal em Michigan, descobriram o porquê daquela vez
que se perderam. Após o encerramento do culto, uma senhora conversou com Ellen sobre
aquele tempo que ela havia se perdido no meio do bosque. A família leu o livro, deu aos
vizinhos e desde aquele momento, o Senhor tem enviado ministros para pregar para eles.
Agora existia um grupo observando o sábado.

Capítulo 7 Visões em lugares estranhos
Pouco tempo depois de Ellen harmon ter recebido o chamado ela embarcou em um barco a
vela com algumas amigas para visitar uma família que morava numa ilha, na baía próxima a
Fairhaven, Massachusets. Uma tempestade impetuosa caiu e não conseguiam ancorar ou se
livrar da tempestade, todos se apavoraram. Ellen se ajoelhou e orou para pedir proteção. Ao
seu lado em pé viu um anjo que lhe aparecia várias vezes em suas visões que lhe disse “É mais
fácil secar-se cada gota de água do oceano do que você perecer, pois sua obra mal começou.”
Ellen contou sobre esta proteção, todos se acalmaram e o Sr. Gurney conseguiu ancorar. Em
meio a escuridão viram uma luz brilhando em uma das duas casas da ilha. Todos já haviam
dormido, mas um dos filhos ouviu o clamor do Sr. Gurney por socorro. O pai saiu com seu
barco a remo e trouxe todos a salvo. Dormiram naquela casa e no outro dia forma para a casa
da família que conheciam.

Certa ocasião, o capitão Bates viajava com o casal White e outro pastor adventista em uma
charrete puxada por um potro que antes era meio selvagem. De repente, ela foi tomada por
uma visão e disse “Glória!” neste momento o cavalo parou, pendeu a cabeça e ficou imóvel. A
Sra. White desceu da carruagem, colocou a mão no lombo do animal. O capitão ficou
alarmado, mas Tiago disse que ela estava em visão, que Deus estava dominando o potro, que
ele não precisava se preocupar. Em condições normais o potro teria dado muitos coices.
Ela teve a visão das belezas da Nova Terra, ficou andando e contando, subiu novamente na
carruagem e quando sentou-se saiu da visão. O cavalo continuou o caminho. Tiago testou o
cavalo durante o momento da visão dando algumas chicotadas nele, mas não houve nenhuma
reação.
Esta história foi relatada a John Loughborough que preservou em seu livro O Grande
Movimento do Segundo Advento.
Willian Clarence White, pai de Ella, presenciou uma das visões de sua mãe com 16 anos, na
reunião campal em Minnesota, em 1870. Depois de pronunciar algumas palavras de oração,
Ellen parou de falar e fez silêncio cerca de meio minuto. Depois da reunião se hospedaram na
casa de um dos irmãos e lá ela escreveu durante duas semanas, registrando aquele meio
minuto durante a oração.
Durante tarefas rotineiras Ellen teve o privilégio de ver guardas celestiais, assim como Jacó na
antiguidade. Uma vez, na Austrália, foi despertada várias vezes durante a noitepor uma luz que
brilhava pela janela do trem no qual viajava. Cada vez que olhava para fora via o local onde
apareceriam uma igreja adventista do sétimo dia.
Quando Ella cursava a segunda série na escola da igreja de Battle Creek, a professora Ella King
Saunders contou que viu a luz brilhante dos anjos que acompanhavam sua avó. Era noite, no
Colégio de Battle Creek, Ella e sua colega de quarto Edith Donaldson, estavam sentadas no
Tabernáculo Dime, esperando a reunião começar. Elas estavam preocupadas com Ellen White
que estava doente, elas haviam orado por cura para a senhora que consideravam como uma
mãe. Viram o Sr. White ajudando sua esposa a chegar até a plataforma com muitas
dificuldades. Ela segurou-se na plataforma com as duas mãos para equilibrar-se, começou a
falar com voz rouca e fraca. Foi então que a Sra. White se afastou do púlpito dizendo com voz
distinta que Deus havia enviado seu anjo e lhe fortaleceu. Ella e Edith perceberam um anjo.
Depois da reunião Tiago conversou com Edith, que morava com a família, sobre o que viram e
disse para agradecer a Deus porque Ele lhe havia aberto os olhos e O tinha feito com algum
propósito.
Mary Kelsey White, madrasta de Ella, também viu a luz e mostrou a Edith o exemplar de jornal
com a manchete “Alguns adventistas iludidos acham que viram um anjo”. Tiago havia
carregado a esposa nos braços, quando Edith a viu caminhando sem ajuda entendeu que a
cura havia sido adiada para que todos pudessem testemunhar o milagre do poder de Deus.
Quando Ella e Mabel eram pequenas recebiam a visita da Sra. Martha Amadon, ela havia sido
vizinha e amiga próxima da avó. Trazia bonecas de papel e enquanto vestiam as bonecas
contava as visões que havia testemunhado. Ela transmitia um olhar radiante quando acabava a
visão ficava desconcertada e até exclamava “Escuro! Tão escuro!”
Capítulo 8 Tiago, chegamos a este ponto?
A sra. Howland perguntou a Ellen se não gostaria de se estabelecer em Topsham, ela tinha uns
dois ou três cômodos da casa que poderia fazer de um lar para o casal, mas eles não tinham

dinheiro para os móveis. O casal viajou e durante este tempo a senhora conversou com as
amigas e conseguiram mobiliar a casa, chegando de viagem tinham a casa mobiliada. Tiago
encontrou trabalho de quebrar e transportar pedras para a estrada de ferro, voltava com os
dedos sangrando. passava os dias e ele não recebia e ficavam sem alimento. Depois de um
tempo, conseguiu trabalho para cortar lenha, sentia muitas dores estava machucado, mas não
desistia, recebia 50 centavos por dia. Embora passassem dificuldades tinham um ao outro e
Henry, seu filhinho. A mãe amamentava o bebê e tomava meio litro de leite por dia. Mas, ela
precisava fazer roupinha para o filho, deixou de beber leite por 3 dias e economizou 9
centavos com os quais comprou o tecido para a roupa.
Um dia, Tiago caminhou quase 5 Km na chuva para receber seu salário e comprar
mantimentos. Tiago colocou as compras em um saco vazio de farinha, amarrando cordas e
fazendo compartimentos separando a farinha de milho do feijão, do arroz e assim por diante.
Colocou nos ombros, saiu cantando na chuva e ao chegar em casa viu que sua esposa
derramava lágrimas por estarem vivendo naquela situação. Logo, Ellen pensou nos
sofrimentos de Jesus e entendeu que se tivessem tudo que precisava não teriam deixado suas
coisas para completar sua obra.
Num dia de primavera, Tiago disse a Ellen para irem à Conferência Bíblica que o irmão
Chamberlain convidou, em Connecticut. tiago pegou 10 dólares, gastou 5 com roupas e os
outros 5 pagariam a passagem de trem, onde moravam a família de amigos Nichols.
Elle remendou o sobretudo do marido, já com muitos remendos. Viajaram a família Nichols
ajudou com 5 dólares para passagem restante para a viagem. Em Boston, embarcaram em um
pequeno navio a vapor e assim viajaram com muitas dificuldades.
Na reunião, com lugar e bancos improvisados ninguém reclamava quando escutava Bates ou a
Sra. Ellen, sobre o sábado e as visões. Juntos estudavam as escrituras Sagradas, oravam
juntos.
Alguns dias após a conferência, Tiago recebeu uma carta enviada de Volney, Nova York,
convite para participarem de outra conferência, mas eles não tinham dinheiro para a viagem e
as pessoas do local para onde iriam eram pobres. Eles oraram e ele resolveu trabalhar.
Tiago e dois outros adventistas conseguiram o dinheiro ceifando um campo de mais de 40
hectares de feno. Ceifaram por 2 dólares por hectar, era um trabalho árduo. Tiago recebeu
numa outra fazenda o pedaço maior para ceifar, para ele era o mais difícil, depois descobriu
que outros homens fizeram piada acerca do pregador adventista. Ele riu e disse que já havia
sido trabalhador quando menino, numa fazenda. Ele tinha muitas dores do lado e um defeito
físico que não lhe deixava apoiar o peso do corpo no pé esquerdo.
Tiago ficou preocupado de como sua esposa poderia cuidar do filhinho durante a viagem com
sua tosse e e dor nos pulmões. Resolveram levá-lo para Clarissa Bonfoey cuidar, pela primeira
vez eles se separavam e ela deixava o filho sobre os cuidados de outra pessoa.
Capítulo 9 A obra de Publicações em uma sacola de viagem
No caminho da Conferência Bíblica o pastor Bates se uniu ao grupo. Na noite, na casa de uma
família adventista Ellen não estava se sentindo bem, estava cansada, orou em silêncio, pois
não tinha forças para falar. Os irmãos oraram por ela e a ungiram. A Conferência, realizada no
galpão da carruagem do Sr. Arnold, estava tumultuada, os participantes vinham de diversos
lugares, igrejas e as crenças estavam misturadas com opiniões. As discussões afligiram Ellen
que caiu no chão como se estivesse morrendo, todos ficaram em silêncio, os ministros se
ajoelharam e oraram por ela. Após algum tempo ela se reanimou, seu rosto se iluminou e

começou a explicar textos problemáticos. O casal White ficou 2 meses visitando adventistas e
participando das conferências. Voltaram para casa e ela poder rever Henry.
Ela seguiu em semanas trabalhosas, pois tinha que escrever cartas e as visões enviar para as
famílias, tudo isto escrito à mão. Ellen escrevia as visões e Tiago fazia as cópias.
Resolveram que era mais fácil falar às pessoas em vez de estar escrevendo cartas, começaram
os preparativos para viajar novamente e agora levariam Henry. Ele iria ficar um tempo com a
vovó, depois a Sra. Howland.
ellen deu uma mensagem ao seu marido, para escrever uma pequena revista e enviar ao povo.
Resolveu voltar a Rocky Hill e pedir dinheiro aos agricultores adventistas. Mais uma vez
tiveram que deixar o filho aos cuidados de outra família, para Ellen foi muito difícil confiar seu
pequeno aos cuidados de outra pessoa, mas ela precisava.
Faltava o dinheiro e como eram pobres Tiago estava de partida para Middletown, para
comprar uma foice e trabalhar, mas Ellen o chamou e disse que o Senhor acabar de mostrar
que não era momento dele trabalhar no campo, mas deveria escrever e publicar. deveria
começar pela fé, enviar a revista e o dinheiro viria daqueles que lessem.
Foi para Middlentown conversou com Charles Pelton, um impressor. Ele pediu a ele que
imprimisse mil cópias de uma revista que tinha 8 páginas e pagaria assim que as pessoas
enviassem dinheiro. O impressor disse que era um pedido incomum, mas que Tiago parecia
honesto e confiaria.
O Sr. Belden ofereceu ao casal White a grande sala sem mobília que havia sido usada para
reunião no ano anterior e lá ele começou a escrever artigos para a revista The Present Truth (A
verdade presente) A Sra. White também trabalhava lá escrevendo cartas. Atrás tinha um fogão
a lenha, onde preparava o alimento e aquecia a sala, havia um quartinho com prateleiras onde
guardava seus escritos. A noite ela ia até o local para ter certeza que os manuscritos não
corriam perigo de pegar fogo. Lá, eles tinham seu escritório para a obra de publicações e o
próprio lar, divididos por cortinas. Uma dependência srvia como escritório editorial,sala de
leitura de provas e despacho de correspondência. Clarissa Bonfoey foi trabalhar como
governanta, trazendo móveis para e utensílios para a casa. Quando o bebê Edson chegou ela
ajudou a cuidar dele. Tiago ia até Middlentown, 12 Km levando os manuscritos para a
impressão e trazendo as folhas de prova para serem corrigidas. Em uma manhã de julho ele foi
buscar a primeira edição da revista A Verdade Presente. Ela era pequena , as letras miúdas e
não havia ilustrações. Ele trouxe as folhas impressas e as colocou no chão. A família Belden e
os White ajoelharam-se e pediram que Deus abençoasse aquelas mensageiras da verdade.
As folhas foram dobradas, envelopadas e endereçadas. Tiago levou-as ao correio. A revista
levava alegria, muitos começaram a guardar o sábado. Cartas chegava com dinheiro para pagar
a publicação. Quando o pastor foi levar o quarto número para ser impresso , já pode pagar
todo o trabalho. O Sr. Pelton entregou um recibo no valor de 64,50 dólares. Este recibo está
guardado como um tesouro, pois testemunha que Deus cumpre Suas promessas e nunca falha.
Aonde quer que o casal fosse as pessoas pediam que eles estabelecessem obra de publicação
em seu lar. O trabalho de tipografia e impressão precisava ser feito na cidade, porque não
tinham equipamento próprio. assim que os jornais ficavam prontos os amigos eram chamados
para ajudar a dobrar, envelopar e endereçá-los .
Em Oswego, Nova York, ficaram tempo suficiente para imprimir 6 números num lugar só.
Enquanto permaneciam lá, o pastor White mandou imprimir hinos adventistas sem melodia,
reunidos ao longo da jornada, em um pequeno livro com um enorme título Hinos Para o Povo
Peculiar de Deus, que Guarda os Mandamentos de Deus e a Fé em Jesus.

A Verdade Presente foi o início das publicações dos Adventistas do Sétimo Dia, as quais
circundam o planeta “como torrentes de luz”, com impressoras que publicam milhões de livros
e periódicos nos principais idiomas da Terra.
Capítulo 10 Batalhando contra o inimigo
Novamente na estrada por caminhos poeirentos e acidentados, precisavam percorrer 64 Km
com uma carruagem. A cada 15 Km paravam para a troca de cavalos, enquanto a Sra. White
descansava no saguão da hospedaria por uns 10 a 15 minutos.
Em Sutton, estado de Vermont, o pastor falou ao grupo local e a Sra. White foi falar , estava
pálida e cansada. Após a reunião as pessoas conversavam sobre a necessidade do casal de
viajar tanto e que seria bom se eles tivessem melhores condições, como cavalo e carruagem
próprias. Todos quiseram participar do presente e arrecadaram 175 dólares. Na segunda pela
manhã o casal encontrou seus amigos na encruzilhada onde os proprietários de cavalos
costumavam se reunir para vendê-los. A Sra. White escolheu Charlie, um animal malhado, pelo
lustroso, ar inteligente e comportamento gentil, pois ela havia sonhado na noite anterior com
o anjo do Senhor lhe instruindo qual deveria escolher. dois homens atrelaram Charlie a uma
carruagem coberta e o restante da viagem foi mais agradável. Ao meio-dia Tiago desatrelava o
cavalo e o soltava para pastar, enquanto eles descansavam abaixo de uma árvore frondosa
com um cobertor e comiam seu lanche.
Um dia, Charlie trotando abaixou a cabeça e abocanhou uma maçã que estava no chão. Depois
daquilo ele diminuía o passo, escolhia uma maçã e prosseguia velozmente, mas mastigando.
Em Centerport, o casal ficou hospedado na família Harris. Depois da reunião Tiago levou o
pastor Rodhes para o embarque na barcaça, a uns 5 Km de distância, a Sra. White foi com eles.
Quando retornaram a Sra. Harris veio encontrá-los à porta gritando que Edson, o pequeno de
1 ano de idade estava morrendo. Eles correram até sua cama, encontraram-no inconsciente,
braços roxos. A Sra. White falou que a única esperança era Deus, pediu para chamar os anciãos
e orar imediatamente. O pastor White lembrou que o único ministro das redondezas já estava
a caminho de Michigan. Sem esperar resposta entrou na carruagem e foi margeando o canal
fluvial em direção à cidade. Depois de 8 Km, conseguiu alcançar o barco, trouxe o pastor de
volta para casa da família Harris.
Lá, no pequeno quarto do piso superior, oraram e ungiram o bebê. Imediatamente ele abriu os
olhos e sorriu.
Pouco tempo depois, Tiago teve cãibras muito dolorosas, a esposa esfregou até ficar sem
forças. Muitas pessoas estavam morrendo de cólera na região. Então ele pediu que Ellen
orasse. Sara, Clarissa e a Sra. Harris se ajoelharam ao lado da cama, enquanto a esposa
colocava as mãos sobre a cabeça dele e suplicava a Deus pela cura. A dor cedeu e a cor voltou
a sua face.
Naquele mesmo dia, por volta da meia-noite, os White ouviram gritos que vinham do quarto
de cima, subiram as escadas correndo, Clarissa, a enfermeira que cuidava do pequeno Edson,
segurava ele nos braços e ele se agarrava seu braço, soltava e golpeava o ar com as duas
mãozinhas, gritando assustado, gritava “Não!” Os pais disseram que algo invisível estava o
assustando. Ellen tinha certeza de que era Satanás que havia enviado um anjo para atormentar
a criança. Ajoelharam-se e oraram, em nome de Jesus repreenderam o espírito mau. O
pequenino Edson caiu no sono e não acordou mais até a manhã.
No outro dia Tiago acordou fraco e trêmulo, precisava ir até Auburn buscar as folhas de prova
da revista, ele sabia que Satanás estava tentando atrapalhar a obra. Quando se sentou na

carruagem, Ellen disse que iria com ele. Percorreram 10 Km, orando e a cada km Tiago ia
recobrando as forças.
Partiram outra vez, como haviam emprestado a carruagem e o cavalo para um ministro
itinerante foram com uma carroça puxada por 2 cavalos, de repente os cavalos se assustaram
e a carroça foi jogada contra um íngreme barranco e virou de lado. Endireitaram a carroça,
nenhum tinha se machucado, seguiram seu caminho.
Pouco tempo depois Clarissa ficou gravemente doente, também foi curada pela oração, muitas
lutas enfrentavam. O pastor White ampliou A Verdade Presente e mudou seu nome para A
Revista do Segundo Advento e Arauto do Sábado. esse foi o início da revista Review.
No verão seguinte, o casal precisou ir para Saratoga, levar a obra de publicações junto, se
estabeleceram no local com tudo emprestado. No dia seguinte que a revista saiu do prelo, a
irmã de Ellen, Sara, casou-se com Stephen Belden, filho do amigo deles, de Rocky Hill.
Em agosto foi impresso o primeiro livro de Ellen G White, uma pequena brochura intitulada
Um esboço da Experiência Cristã e das Visões da Sra. E. G. White, abreviado para Experience
and Views.
Agora não precisavam mais passar horas escrevendo as visões e eram importantes porque era
um lembrete ao povo adventista sobre as bênçãos que tinham experimentado ao participarem
do “clamor da meia-noite”, os artigos explicavam o desapontamento em 1844 e a profecia mal
interpretada, o Santuário no fim dos 2.300 anos, não estava na Terra, mas no Céu. A Revista e
Arauto foi publicada pela primeira vez, em 1849.
Capítulo 11 Um lar para a obra de Publicações
Maio 1852, Rochester, Nova York, Avenida Mount Hope número 124. Sra. Sara junto com Srta.
Annie Smith descrevem o local onde produziam os livros e revistas. Quando Tiago chegou para
estabelecer a obra independente tinha 75 dólares e desde então Deus vinha suprindo as
necessidades. O nº 2 do volume 3, da Review seria a primeira publicação impressa com o
próprio equipamento. Pediam que as pessoas costurassem as páginas, porque não tinham a
máquina e deixassem o material disponível para os vizinhos.
O livro de Ellen Experience and Views, uma brochura de 64 páginas costuraram ali antes de
enviar. Para o prelo o irmão Edson havia emprestado 600 dólares, valor da máquina.
Trabalhava lá também o jovem Stephen Belden, na oficina tipográfica, tirando as folhas de
prova. Passavam um rolo sobre a almofada da tinta. Espalhava tinta nos tipos com o rolo,
empurra os tipos sobre a prensa, coloca uma folha de papel sobre os tipos e cobre o papel com
um pedaço de papelão. Aciona a alavanca que faz baixar o prelo sobre o papel. Depois, aciona
de novo a alavanca, libera o prelo, ergue cuidadosamente a folha de prova e a coloca sobre um
jornal para secar. Receberam a supervisão de Lumen Masten, um impressor profissional e
instruir no ofício tipográfico. Pagavam 175 dólares de aluguel ao ano pelo sobrado, que servia
de auditório, lar para família de auxiliares. Compravam os móveis já usados e iam reformando.
Como as batatas custavam caro nessa época do ano eles substituíam por nabo. Estavam
fazendo uma horta para diminuir os gastos.
Quando começaram a arar a terra Ellen viu pequenas coisas redondas e brancas na superfície
do solo ela foi até lá e descobriu que eram batatas que ficaram por ali da última colheita, por
serem consideradas fracas demais não foram colhidas. Ellen pega um balde e enche várias
vezes carregando para casa, o jovem Lumen Masten observa-a com expressão de desagrado.
Ellen sente a surpresa do jovem pela esposa do patrão estar fazendo aquilo e comentou que é
pecado desperdiçar alimento.

Aquele primeiro verão foi muito movimentado, toda vez que havia trabalho extra toda a
família da Review se apresentava para ajudar, Lumen era o único que recebia salário, os outros
trabalhavam e ganhavam cama, comida e as vezes dinheiro para a roupa.
O casal White precisava participar de reuniões e conferências em Vermont e outros lugares.
Viagem de 2 meses seria feita com Charlie e a carruagem. Eles tinham um problema o filho
Edson estava doente, não queriam leva-lo na viagem, mas não queriam deixa-lo em casa
assim.
Oraram e decidiram que se ele comesse algo indicaria que poderiam leva-lo, antes da viagem
do casal Edson tomou uma xícara de caldo. Durante a viagem ele estava agitado, Ellen
embalava-o e numa casa a dona comentou que se continuassem com ele na viagem eles iriam
sepultá-lo. Mas precisaram continuar, Ellen ficou com medo que pelo seu cansaço deixasse ele
cair do seu colo ao dormir, então Tiago colocou Edson sobre um travesseiro e amarrou no colo
da mãe e assim os dois puderam dormir durante a viagem.
O outono chegou e durante a viagem eles paravam para descansar depois da refeição
enquanto Tiago pegava papel e lápis, usando a cesta do lanche como mesa, escrevia artigos e
lições da Escola Sabatina para a nova publicação mensal, O instrutor da juventude. Cada edição
precisava ter lições para 1 mês, o preço da assinatura era 25 centavos por ano, mas assim
como a revista Review, o Instrutor era enviado gratuitamente para aqueles que não podiam
pagar.
Voltaram para casa tudo ocorria muito bem, Jenny fraser agora era cozinheira, Clarissa era
como a mãe para a grande família. John Andrews escrevia folhetos e artigos, dirigia as
reuniões evangelísticas. Stephen Belden administrava, fazia a contabilidade, recolhia
contribuições e ajudava no trabalho tipográfico. Annie reunia relatórios e artigos que
chegavam de ministros itinerantes e preparava para publicação. Os 3 adolescentes: Oswald
Stowell, George Amadon e Warren Bacheller que haviam começado como aprendizes
tornanram-se mais competentes. Lumen Masten era o professor da imprensa. Esses formaram
a 1º equipe da editora REVIEW AND HERALD. Todos, exceto Tiago White, estavam na faixa dos
20 poucos anos, e ele tinha 32 anos. Urias Smith, entrou na obra com 21 anos e continuou por
quase 50 anos, a maior parte como editor. Sua irmã Annie, poetisa e autora de hinos
continuou com eles por 3 anos e se afastou por problemas de saúde, vindo a descansar 2 anos
mais tarde.
Durante a ausência do casal, certo dia, Lumen deixou de comparecer ao trabalho dois jovens
foram à sua casa e descobriram que estava com cólera, trouxeram ele para a casa dos White.
Lá oraram por ele, que tinha medo do pensamento da morte, ele não era cristão. A doença foi
controlada, mas ele não se recuperou plenamente. Mesmo já tendo convivido e percebido
como estas pessoas se tratavam, feito estudo bíblico ainda não havia decidido entregar-se a
Deus. Agora com o corpo torturado pela dor um dos obreiros lhe perguntou se Deus o curasse
ele se entregaria a Deus, ele sussurrou que sim. Os obreiros se ajoelharam e oraram, depois de
2 semanas ele já estava forte pra andar 1,5 km em pouco tempo já estava trabalhando.
Capítulo 12 John muda de ideia
John Loughborough, um jovem pregador adventista do primeiro dia, tinha 23 anos, morava em
Rochester, sustentava a esposa vendendo fechaduras de janela por 5 dias na semana, sábado
viajava a povoado próximo e no domingo pregava e visitava paroquianos e voltava para casa a
noite.

Certo dia, um amigo, o Sr. Orton disse que seus membros estavam passando para o grupo de
adventista que guardava o sábado, mas Orton não falou que ele também estava, falou que o
amigo deveria ir até lá conversar para que mudassem de ideia.
John Andrews estava pregando e mudou o sermão porque sentiu uma impressão de que
deveria falar sobre os dez Mandamentos, principalmente a questão do sábado. Ele foi falando
e mostrando textos bíblicos, enquanto isso John Loughborough foi fazendo anotações depois
de ouvir o sermão ele disse que compreendeu a mensagem. Descobriu que seus amigos que
persuadiram ele a ir ao local já estavam decididos a guardar o sábado também.
Pouco tempo depois Loughborough conheceu o casal White. Oswal Stowell, um dos rapazes
que trabalhava no prelo ficou doente e foi desenganado, durante a reunião ficou deitado num
quarto próximo sofrendo, depois da reunião ele pediu que o casal orassem por ele. O pastor
White convidou Loughborough a ir com ele ao quarto do enfermo. Os 3 se inclinaram em
oração, o pastor ungiu o rapaz e quando se ergueram da súplica, o paciente sentou-se na
cama. depois de 2 dias ele já estava trabalhando.
A senhora White permaneceu ajoelhada tendo uma visão. John ficou impressionado com a
falta de respiração dela enquanto falava e a cor natural em sua face, após meia hora respirou
fundo novamente contou aos presentes sobre a visão.
Contou a Loughborough que via 3 homens tentando impedi-lo de se unir aos guardadores do
sábado, contou o que ele pensava enquanto se decidia, seus pensamentos mais íntimos e ele
entendeu que era um poder mais do que humano. Ellen disse que Deus tinha uma tarefa
especial para ele pregador. Ele foi para casa e orou, decidiu se entregar à pregação da
mensage.
Na segunda pela manhã a esposa lhe pediu para comprar fósforos e linha, mas ele só tinha 3
centavos. Ele pediu que ela comprasse 1 centavo de fósforo e 1 centavo de linha, tinham que
economizar. John entendia que como não estava fazendo o trabalho para Deus, não estava
prosperando. A esposa chorou e ele a recordou da visão e do chamado. Ela foi a cidade e
quando voltou o esposo estava feliz porque recebeu uma encomenda de fechaduras e pagou
em dinheiro sua comissão foi de 26 dólares. Com isso ele poderia comprar lenha e provisões
para cobrir suas necessidades.
Alguns dias depois, viajaram com Charlie, John Loughborough e Hiram Edson para uma
pregação de 6 semanas no sul do Estado de Nova York e na Pensilvânia. esse foi o início de 70
anos em que o pastor Loughborough viveu como ministro adventista do sétimo dia. Trabalhou
durante anos com o casal White, viu Ellen em visão quase 50 vezes.
Capítulo 13 O acidente de trem
John Loughborough, o casal White e Merrit Cornell estavam cumprindo um itinerário de
pregações pelo Estado de Michigan, onde os pastores Bates e Cornell haviam estabelecido
vários grupos de observadores do sábado. Precisavam cumprir o compromisso pontualmente e
tiveram que se separar, viajavam de trem, navio a vapor ou carruagens.
Artur Spalding faz um relato do que faziam nas estradas feitas com toras de madeira: para
tornar firme, os construtores colocavam as toras atravessadas, bem próximas umas das outras.
Sobre elas, colocavam terra e barro dos pântanos. Era chamada de “estrada de veludo” No
clima úmido boa parte da terra era carregada pela chuva, deixando valas e buracos entre as
toras. As vezes uma tora fraca se desgastava, deixando um buraco maior. O povo chamava
esses buracos de “Obrigado , madame”. Em uma forma alegre de enfrenta-los, por isso tinham

que trocar a carruagem mais confortável por uma carruagem de fazenda. A carruagem
sacolejava e mexia todos os ossos.
Numa das conversas entre os pastores comentaram que para o próximo ano deveria ter
lugares próprios para as reuniões, em vez de casas de famílias. Um deles deu a sugestão das
tendas que já usavam nas campais de 1844. Pensaram que poderiam fazer isso para o próximo
ano, mas o pastor Cornell disse que se seria bom para o próximo ano era para aquele também.
Começaram a conversar e juntar o dinheiro conversaram com homens generosos que
contribuíam com liberalidade.
O casal White embarcou no trem para prosseguir a viagem , o vagão era de assento de encosto
alto, chamado vagão-dormitório. A Sra. White ao sentar exclamou que não poderia ficar ali,
passaram para o vagão de trás, o trem partiu. Mal haviam percorrido 5 km os vagões
começaram a sacudir violentamente e pararam por completo, um dos vagões estava
descarrilhado, ao lado do trilho. Outro estava retorcido, com alguns pedaços espalhados ao
redor. Passageiros feridos estavam em meio as ferragens, gemendo e gritando por socorro.
tiago pegou sua esposa e seguiram um caminho, encontraram uma casa e contaram aos
moradores o que havia acontecido. O dono da casa enviou uma mensagem à cidade pedindo
médicos, Tiago foi junto chegando na casa de Cyrenius Smith. Pela manhã mandou buscar
Ellen. Após o desjejum voltaram ao local e souberam a causa do acidente: um enorme boi
estava deitado na linha férrea. Vários passageiros ficaram feridos e 4 morreram. O vagão que o
casal entrou pela 1º vez estava retorcido, o outro vagão estava separado dos outros a cerca de
30 metros. Ninguém pôde explicar o que havia acontecido. Nem o material que levavam havia
sido atingido. O casal continuou sua viagem.
3 semanas após a reunião de domingo em Locke, a tenda foi armada num terreno em Battle
Creek, equipada com bancos, plataforma e púlpito, pronta para ser usada pelos jovens
pregadores Loughborough e Cornell.
A partir de então, as igrejas de lona se tornaram comuns no evangelismo adventista. Pregavam
de 4 a 5 noites num lugar, tentavam atingir as pessoas daquele local falando das profecias
acerca da 2º vinda de Jesus e da reforma ao dia de repouso, distribuíam folhetos e anotavam
nomes para enviar a revista e lição, depois removiam as estacas e iam para outro local.
Quando voltaram para Rochester o casal White teve outro bebê, William Clarence. Anna, irmã
de Ellen cuidava do bebê, mas ela contraiu tuberculose e Ellen não queria magoa-la tirando o
bebê, então beliscava a criança discretamente para ele chorar e ela assim tirva a criança do
colo da irmã.

Capítulo 14 “Willie se afogou!”
Na primavera, em Battle Creek, estavam fazendo a limpeza na casa, pois receberiam
convidados que viriam para uma reunião. A sede de obra de publicações havia se mudado para
lá.
Aconteceu um acidente com Willie que caiu dentro de uma bacia com água suja, ele tinha 2
anos, jenny tirou a criança da água e saiu correndo e gritando que ele havia se afogado, Ellen
chegou e sacudiu Jenny para dizer se a água era quente ou fria. Ellen pegou a criança, depois
de saber que a água era fria e mandou buscar o doutor e Tiago. ellen foi até o jardim com
Willie, cortou suas roupinhas e o fazia rolar pela grama, saindo água suja do nariz e boca do
menino. Tiago chegou e ficou de pé observando a cena e orando silenciosamente. Ellen ergueu
a criança e viu que ainda não tinha sinal vital, continuou rolando e a água continuou saindo.

Os vizinhos se juntaram pesarosos. 15 minutos se passaram e parecia que não tinha esperança.
Uma das senhora comentou que alguém deveria tirar a criança morta das mãos da mãe, mas
Tiago disse que ela sabia o que estava fazendo. Depois de 20 minutos ela levantou o corpinho
flácido e apertou a face contra a dela, beijou os lábios frios e viu um tremor na pálpebra, um
leve franzir dos lábios. Achou que ele tentou retribuir seu beijo. Levaram o menino para dentro
de casa, colocaram roupas quentes e ia trocando a roupa com frequência. Ela o segurou de
novo, perto do rosto e sentiu que estava respirando, apertou contra o peito e deu graças a
Deus.
Os preparativos continuaram, mas Ellen não deixou mais o filho longe dela. A conferência teve
início na sexta à tarde. Os membros estavam felizes porque tinham uma igreja, simples, mas
própria. Os visitantes puderam ver um prédio de 2 pisos, onde era impressa a revista,
máquinas novas que costuravam, cortavam, encadernavam e cumpriam muitas outras funções
em um tempo bem menor do que se fizessem a mão.
A assembleia ouviu relatórios de pastores que haviam levado notícias de novos grupos de
observadores do sábado. Nesta época os ministros não recebiam salário, alguns trabalhavam
durante a semana e pregavam nos finais de semana, não tinham boas roupas, recebiam
doações. Quando viajavam dependiam dos irmãos para dormir e comer, no final da pregação
quando iam para outro local recebiam de 1 a 2 dólares para ajudar nas despesas ao longo do
caminho.
J. P. Kellongg, Dan Palmer, Cyrenius Smith e Henry Lion, doaram 300 dólares cada um para
construir a tipografia. Os membros prometeram apoiar a obra de publicações, para que Tiago
não precisasse pedir dinheiro emprestado para enviar os jornais e folhetos ao povo. Obra de
publicações estava se tornando autossustentável. A Review era impressa semanalmente, a
assinatura anual custava 2 dólares Livros estavam sendo impressos. Os pastores que
distribuíam folhetos e panfletos de graça agora poderiam vender, sempre que possível. A
Review pode começar a pagar 5 dólares por semana à família de funcionários. 2 anos mais
tarde, foi instalada um prensa mecânica.
Capítulo 15 A primeira casa dos White
A casa da família White era pequena para os pais, 3 filhos e 2 ajudantes, mais os visitantes e
ministros que sempre passavam por ali. Os homens que ajudaram na construção do prédio da
Review e igreja, resolveram construir uma casa maior para a família. Na casa ao lado do casal
Jonas Lewis construiu um poço e compartilhou a água com os vizinhos. Construíram um quarto
maior para os pais de Ellen e os pais de Tiago também puderam morar ali. O vovô White tinha
dificuldades em aceitar o sábado como dia de guarda, então guardava sábado e domingo, ele
era sapateiro. Depois de um tempo estudando resolveu guardar somente o sábado. Estavam
felizes por ter os 4 avós por perto.
Tomavam desjejum às 6h30, o culto familiar vinha imediatamente, com cânticos, leitura da
Bíblia e oração. Após o culto Tiago ia para a editora e a mãe e crianças iam para o jardim, nos
dias frios ou chuvosos trabalhavam dentro de casa. Depois, a senhora White dedicava 3 ou 4
horas para escrever. As vezes ia para a o escritório e ajudava seu esposo com trabalhos extras.
Clarissa não estava com eles na casa nova, pois como era fraca havia falecido. Agnes Irving
agora ajudava, uma moça de 17 anos, tinha 4 irmãos mais novos e seu pai era inválido, faltava
dinheiro na sua casa, assim recebia dinheiro e ajudava em casa.
Na casa todos tinham tarefas, gostavam de ajudar a todos. Nos sábados a tarde as famílias
adventistas iam a casa dos White e assim cantavam hinos, oravam uns pelos outros e pela obra
de Deus. Ellen procurava ler histórias no sábado a tarde para os filhos e as crianças da

vizinhança eram convidadas. Anos mais tarde, a esposa de Willie, reuniu algumas dessas
histórias formando uma coleção que foi publicada num livro intitulado Leituras Sabáticas para
o Círculo Doméstico. Quando Ellen precisava viajar escrevia cartas para os filhos.
Capítulo 16 O que aconteceu em um funeral
Certa ocasião o casal viajava, encontraram um grupo de 40 novos observadores do sábado em
um vilarejo em Ohio. No domingo à tarde, foi realizada uma cerimônia fúnebre de um jovem
bem conhecido na comunidade, e o pastor White foi convidado Para fazer o sermão. Depois
que ele falou a Sra. White se levantou para dizer algumas palavras e teve uma visão. Sempre o
esposo deixava que as pessoas se aproximassem e vissem por si mesmas o que lhe acontecia.
Tiago explicou que ela conversava com seu anjo assistente. Ela o descrevia como um jovem
alto, majestoso, com um semblante e voz musical.
Ela observava cenas do passado ou futuro e trazia estas mensagens para as pessoas.
O caixão havia sido deixado de lado por um tempo, Durante 2 horas ela não havia tomado
fôlego. Ela não quis falar nada naquele momento devido a ocasião solene. O caixão foi levado
para o sepultamento e algumas pessoas ficaram ali para saber da visão.
Na terça o casal partiu para Battle Creek, conversavam sobre os filhos e as 3 semanas que
ficaram longe, a esposa disse que escreveria sobre a visão. Em Michigan, pararam na casa da
família Palmer, lá os homens foram até o jardim enquanto as mulheres ficaram na casa, lá
Ellen começou a se sentir mal, os homens oraram por ela e falaram que era um grave derrame,
ela escutava, mas estava muito fraca. Depois de um tempo ficou um pouco melhor e
continuaram viagem , mesmo as pessoas achando que não deveriam partir. Em casa ainda sem
forças, sem caminhar e passando mal lembrou que deveria escrever a visão, com muitas
dificuldades e um lado paralisado escreveu no primeiro dia uma página. Ela sabia que era
Satanás tentando impedir que ela escrevesse, cada dia escrevendo um pouco mais e quando
terminou de escrever a visão, de ser impressa, o efeito do acidente cerebral havia
desaparecido e ela desfrutava boa saúde.
A visão rendeu 219 páginas, que foi vendido por 50 centavos. Relatava o início do pecado e da
tristeza, primeiro no Céu, depois no Jardim do Éden. Revelava como o filho de Deus havia sido
oferecido para morrer em lugar dos pecadores. Mostrava as lutas dEle aqui na Terra com o
grande inimigo, Satanás, que finalmente levou homens ímpios a crucificar Jesus. Descreveu o
interesse dos anjos e habitantes de mundos não caídos no plano de Deus para salvar os
pecadores e o espanto do Universo diante do amor indescritível de Deus ao dar o próprio filho
para salvar a raça de rebeldes. Contou de sua alegria quando de Cristo se ergueu para a vida e
retornou para o Céu, tendo vencido Satanás, o pecado e a morte. Descreveu as boas-vindas
que Jesus recebeu ao voltar para casa de seu Pai, entre aclamações e louvores de milhões de
anjos reluzentes. Esta visão com mais algumas explicações rendeu 5 grandes volumes, a série
Grande Conflito (Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O desejado de todas as Nações, Atos
dos Apóstolos e O Grande Conflito).
Capítulo 17 Travessia perigosa sobre o gelo
Quando a família Review se mudou para Battle Creek, o pai de John Andrews deixou sua
fazenda rochosa no Estado do Maine e foi para o Oeste. Ele chamou os amigos para irem
morar lá e recomeçarem sua vida. Não demorou a que houvesse uma verdadeira colônia de
adventista em Waukon. John Andrews cansado de estudar e pregar aceitou a proposta de
trabalhar no armazém do seu filho, após sua chegada convidou o amigo John Loughborough

que estava desanimado , por anos pregava e não conseguia manter sua família, pensou que
era essa oportunidade de receber mais. Trabalhava como carpinteiro.
Naquela noite, na casa da família Hart, Ellen estava preocupada com os amigos queria poder
viajar e encontra-los o mais rápido possível, assim mesmo em meio as dificuldades de frio,
neve e rio descongelando eles viajaram para se encontrar com estes irmãos. Passaram por um
rio que estava descongelando, e ninguém queria atravessar porque era muito perigoso.
Chegando na casa dos amigos ela conversou com John Loughborough, e comparou-o a Elias, o
amigo sentiu o chamado de Deus.
Na véspera do Natal, todas as famílias adventistas em Waukon se reuniram na casa da família
Andrews. Durante uma semana, as reuniões se realizaram todas as noites. Assim através das
pregações eles foram percebendo que eram mornos, haviam ensinado a verdade por anos e
eles mesmo se esqueciam agora de partilhar da fé com os vizinhos. Resolveram voltar as suas
vidas, as quais Deus havia os chamado, declararam seus erros, pediram perdão a Deus. A
esposa de John, também falou e disse que gostaria que o esposo continuasse seu trabalho
para Deus. John Andrews permaneceu até melhorar sua saúde.
Capítulo 18 O pregador era ladrão

Durante o inverno de 1849 – 1850, o casal whait realizavam reuniões para os adventistas em
oswgeo, estado de nova York. um jovem chamado Hiran Patch e sua noiva estava assistindo as
reuniões indecisos a qual reuniões assistir. Não sabiam se deveriam se tornar membros da
igreja onde o tesoureiro pregava ou do pequeno grupo dos observadores do sábado onde se
reunia numa casa de família. Numa das reuniões dos guardadores do sábado, enquanto Hiram
estava presente, Hellen teve uma visão, ela disse a Hiran que ele deveria esperar um mês e
conhecer o caráter daquelas pessoas.
Dentro de duas semanas, o tesoureiro do município ficou enfermo enquanto orava em uma
reunião, foi levado para casa e colocado em uma cama. o xerife da cidade e um policial foram
nomeados a assumir as funções do tesoureiro
Enquanto verificava os registros, deram faltas de mil dólares. Não podiam acreditar que um
homem tão fervoroso pudesse se culpado de furto. Pensou que pudessem usar o dinheiro para
pagar alguma transação comercial ou depositada a quantia no banco. Com esse pensamento,
decidiram visita-lo para ele explicar a questão.
A dupla concordou em agir com cautela. Combinaram que um deles vigiariam os fundos da
casa, enquanto o outro entraria pela porta da frente. o policial viu uma mulher sair pela porta
dos fundos com uma maleta na mão. Ela cavou um buraco na neve e depositou o malote
cobrindo-o. O xerife conversava com o enfermo e ele disse que não sabia nada do dinheiro. a
esposa entrou no quarto e perguntou porque ele estava nervoso. o homem disse que ele
achava que eles haviam pego o dinheiro. a esposa disse que deus era testemunho de eles ano
haviam pego o dinheiro. o policial entrou com o malote de dinheiro e disse que viu ela colocar
o dinheiro na neve.
A noticia se espalhou pela cidade, Hiran e sua noiva passaram a fazer parte dos observadores
do sábado. Naquele mesmo inverno, o casal White dirigia reuniões em Camden. Ellen teve
uma visão antes de se dirigir para lá sobre os adventistas do local, viu uma mulher que
professava ser santa, mas era uma hipócrita. Durante uma das reuniões Ellen viu esta mulher e
relatou o que havia visto, ela com aparente dignidade se levantou e disse que seu coração era
limpo e Deus o conhecia. Pouco tempo depois a mulher ficou doente achou que iria morrer,

mandou chamar Ellen e confessou que vivia em pecado, tinha deixado o marido em outra
cidade com um filho, vivia com outro homem, declarava que era médica e vendia remédios
que custavam 12 centavos e ela cobrava 1 dólar.
Para Deus não existe grandes pecados ou pecadinhos. Certa ocasião, várias moças ligadas ao
colégio Healdsburg estavam morando na casa da família White. Algumas eram alunas, outras
professoras. Um dia, Ellen sentiu falta de uma redezinha de seda que usava no cabelo. Na
oportunidade que estavam reunidos Ellen perguntou se alguém tinha visto. Não houve
resposta. Pouco tempo depois, quando a Sra. Ellen passava na frente do quarto, quando ouviu
uma voz lhe dizendo “Levante a tampa daquele baú”.
Como não tinha costume de mexer nas coisas dos outros continuou seu caminho, mas a voz
insistia. Voltou e encontrou sua rede de cabelo. Ellen fechou o baú e não falou nada. Um
pouco mais tarde, ela teve a visão da moça segurando uma rede de cabelo sobre um lampião
de querosene, para queimá-la. Ela então chamou a moça, que não falaria nada e lhe contou o
que havia acontecido, a moça contou toda a história. Ali ela se entregou inteiramente a Jesus e
fez dele seu companheiro constante.
Capítulo 19 Os sete irmãozinhos Sisley
Uma grande tenda estava erguida em Battle Creek para reuniões especiais. Certa noite, Ellen
chamou a atenção do marido para uma mulher que chegava com 7 crianças. Ela falou que já os
havia visto numa visão. Um dos ministros falou que deveriam chama-los para se apresentar ao
povo. A Sra. White se aproximou da Sra. Sisley e seus filhos: John, William, Richard, Nellie,
Josephine, Maude e Martha. A mãe era viúva, trouxeram os filhos da Inglaterra onde
aprenderam sobre o sábado a pedido do esposo, antes de falecer, para morar em Battle creek,
onde poderiam estudar junto aos adventistas. Ela continuou falando que em visão Deus havia
lhe mostrado que todas as crianças se tornariam obreiros em sua causa.
E isto aconteceu: John virou pastor, Nellie enfermeira e casou-se com o evangelista George B.
Starr e ajudaram em missões urbanas, Josephine era professora numa escola adventista na
Austrália, Maude foi primeira missionária na África, Richard missionário de sustento próprio
em Java, William, Martha e seu marido trabalharam até o final da vida como funcionários no
escritório da editora.
Nellie estava presente numa reunião quando o casal falava e Ellen teve uma visão. Alguns
acharam que ela havia desmaiado por causa do calor, mas Tiago explicou que estava tendo
uma visão. Então chamou a todos para perceber os sinais de uma legítima profetisa: sem
respiração, olhos abertos sem piscar, olhava distante, mesmo falando não respirava, ninguém
conseguiria machuca-la, pois Deus a protegia. Quando saiu da visão o esposo perguntou se
queria contar a visão e eles ficaram ali ouvindo: viu o povo de Deus salvo, no lar celestial, fez
uma descrição da beleza e felicidade da Nova Terra. A parte da visão que a deixou perturbada
era a do juízo final e destruição dos ímpios. A maior angústia era ver, entre os perdidos, alguns
membros da igreja que havia desistido, se afastaram e se perderam.
Capítulo 20 Ellen o trouxe de volta
O casal se sentia cansado com tantas atividades, viagens, pregações, não comiam bem durante
as viagens. Numa volta para casa Tiago continuou trabalhando sem descansar e teve um grave
derrame. Os médicos não conseguiam ajuda-lo e disseram que não tinham o que fazer, deram
remédios, mas Ellen não queria que ele continuasse com estas drogas e resolveu leva-lo a um
hospital em Dansville, Nova York, que fazia tratamentos hidroterápicos e remédios naturais.
Ela chamou o pastor John Loughborough para a viagem, como John também não estava bem
de saúde resolveu aproveitar o hospital.

Lá, os médicos disseram que os dois deveriam deixar de ser pastores e ir praticar esportes,
eles eram religiosos demais. Um dia, os músicos que faziam bailes no hospital passaram o
chapéu para receber dinheiro, Ellen disse que não poderia dar porque não deveria usar o
dinheiro para este fim, explicou que com a dança os pacientes ficavam mais doentes e
abatidos. Mas era a Religião que deveria dar alegria e saúde.
Cada dia Tiago ficava mais fraco e magro, apreciavam o tratamento, mas não a atmosfera do
local. Ellen resolveu ir embora e continuar o tratamento em casa. Mesmo com as orações o
ministro não ficava curado, mas a esposa não desistiu.
Naquele verão Ellen continuou seu ministério público. Passava os dias cuidando dele,
escrevendo e visitando membros da igreja e no final de semana saia com os filhos e o marido
para reuniões nas igrejas de Battle Creek.
Numa quinta prepararam a carruagem para uma viagem, mas a noite um cavalo que ficava no
estábulo se soltou e estragou tudo, ela disse ao filho quem havia feito aquele estrago era o
inimigo Satanás. Adiaram a reunião em Windsor. Ela ia convencendo Tiago a falar nas reuniões
e a trabalhar como forma de se exercitar.
Em fins de janeiro, Sr. Maynard convidou o casal para sua casa campestre em Greenville e
realizar reuniões para a vizinhança. Assim, Tiago foi trabalhando, ajudando as pessoas,
pregando e se recuperando. Ali moraram numa cabana de 3 cômodos, enquanto esperavam
que sua casa fosse construída.
Ellen pediu que os vizinhos se recusassem a ajuda-lo quando pedisse, para que ele trabalhasse
como forma de atividade física. Assim venceu a batalha com ajuda de Deus, Ellen o trouxe de
volta. Durante os 14 anos seguintes, realizou parte importante do trabalho em sua vida,
estabeleceu o colégio e hospital de Battle Creek, como a editora conhecida como Pacific Press,
além de organizar igrejas e associações pelo território dos Estados Unidos.
Capítulo 21 Milagre em uma Reunião Campal
Atrás da casa do agricultor Root os moradores construíram um espaço para a primeira Reunião
Campal adventista do sétimo dia. O auditório foi construído para 2000 pessoas e os visitantes
fizeram suas barracas com tecido de algodão, já que era uma experiência e não queriam que o
povo gastasse. Tudo era muito rústico, mas estavam alegres por estar ali.
A reunião de abertura começou às 5 horas da tarde de sexta. A Sra. White fala e pede para que
as pessoas esquecessem por um tempo das suas lavouras, colheitas, manadas...esvaziassem a
mente para criar espaço para as bênçãos de Deus.
Depois foram para suas barracas, jantaram e se recolheram para dormir. As reuniões do
sábado e domingo tiveram boa participação. Durante os 5 primeiros dias o jovem John Corliss
vendeu 500 dólares de literatura e nos outros anos ele se tornou um grande pregador e
missionário em terras estrangeiras.
Todos os dias, o pastor White reunia as crianças e contava histórias. No último dia deu a todas
um livro intitulado Pequeno Will, que contava a história do filho que pediu em oração um trnó
todo pintado de vermelho.
O pastor também fez surpresa no auditório jogando folhetos no auditório e dizendo que
“chegaria o tempo em que esses folhetos seriam espalhados como folhas de outono”.

Duas outras reuniões campais foram realizadas naquela estação e 7 no ano seguinte. Esses
programas se tornaram regulares. Com frequência o casal passava o verão todo viajando de
uma campal para outra. Os agricultores passavam de 10 dias a 2 semanas longe de casa.
Numa reunião nevou e Ellen foi de barraca em barraca conversando com as mães e falando do
inverno cristão, para desfrutar do verão celestial nas mansões lá do alto.
Com base nos relatos de White e diários de Ellen publicados na revista Review, durante 12
anos um deles ou ambos frequentaram 106 reuniões campais. Mesmo com enfermidades e
dificuldades eles iam.
Cinco meses depois de estabelecido o colégio Healdsburg, na Califórnia, foi realizada uma
campal. A Sra. White morava em Healdsburg, estava doente com calafrios e febre da malária,
pediu que levassem ela para o Hospital de Santa Helena, levaram-na de cadeira de rodas num
vagão de bagagens e depois de carruagem até o hospital. Ficou vários dias em tratamento,
mas não melhorava e suplicou que a levassem de volta para casa. Voltou 56 km sobre as
colinas até Healdsburg.
Pediu para levarem-na à Campal, queria dizer algumas coisas ao povo, entre elas pedir que
todos colaborassem para a construção de uma casa destinada aos alunos do colégio.
Prepararam o local na Campal para que ela pudesse falar, ajudaram-na a subir ao púlpito , seu
filho de um lado e a enfermeira de outro, começou a falar com a voz fraca dizendo que esta
poderia ser a última reunião em que ouviriam sua voz, seu rosto tinha uma palidez mortal.
Depois de algumas frases houve uma mudança dramática, a cor do seu rosto voltou a ter uma
cor natural, sua voz soou de modo claro e a congregação via um milagre acontecendo. Falou
com poder em 5 oportunidades naquela campal.
Capítulo 22 Os doze que não podiam esperar
O casal White e John Andrews viajavam no vagão de bagagens e agradeciam por estarem bem
de saúde após começarem a ter um viver mais saudável. Foram para à casa de Cyrus
Farnsworth, perto da vila de Washington. A Sra. Farnsworth era filha de Rachel Preston, a
senhora batista do sétimo dia que havia levado a mensagem do sábado aos adventistas em
1844. Durante o jantar conversaram lembrando sobre a história dos primeiros adventistas, dos
folhetos que receberam e foram passando adiante e estes foram também guardando a
sábado. Ficariam naquele local por 5 dias. A senhora agradeceu, pois eles estavam precisando
reforma das famílias daquele local.
Alguns membros estavam fracos na fé, outros se tornaram mundanos e os filhos não estavam
convertidos. No sábado pela manhã, o pastor White pregou, a tarde foi Ellen e as noites o
pastor Andrews. Durante a mensagem Ellen lembrou da visão que teve e começou a falar para
cada pessoa a mensagem que Deus queria que ouvissem e assim todos ficaram mais
fortalecidos. Quando ela terminou vários começaram a se confessar e prometer que mudariam
suas vidas.
Na quarta era dia de Natal , foi feito um apelo para crianças e jovens. Desse grupo, 13 pessoas
ficaram em pé, dizendo que seguiriam a Jesus, foi o Natal mais feliz para os adventistas de
Washington, New Hampshire. As crianças ficaram tão felizes que até esqueceram a troca de
presentes.
À tarde, Orville Farnsworth levou presentes aos primos e conversou com Fred sobre a reunião,
ele não pode estar presente, pois precisava cuidar dos irmãos. Ele orou com o primo que
também se entregou. O casal e Andrews foram embora e deixaram uma igreja reavivada e um

grupo de jovens missionários. Os que se tornaram cristãos foram atrás de seus amigos. Dentro
de pouco tempo, 18 rapazes e moças pediram batismo. Os pais pediram que aguardassem o
degelo do lago, na primavera, seria bom. Mas 12 jovens não quiseram esperar, desceram até
um local a uns 90 metros da casa de Cyrus, cortaram blocos de gelo de 60 centímetros de
espessura, abrindo um tanque, os jovens foram batizados, enrolados em roupões e cobertores
e corriam para uma casa, colina acima. Os outros 6 esperaram a primavera.
Três daqueles jovens se tornaram presidentes de associação, 3 se tornaram ministros e
missionários no exterior e 3 das moças se tornaram instrutoras bíblicas. O jovem Eugene,
proclamou a mensagem nas grandes cidades da América do Norte e na Austrália durante 50
anos. A irmã Loretta, foi a primeira instrutora bíblica, seu esposo A.T. Robinson foi capelão no
hospital Melrose.
Capítulo 23 A surpresa de Ellen
Em junho, um jovem chamado Erzberger desembarcou na estação ferroviária de Battle Creek,
procurava por John Andrews, o funcionário da estação disse para ele perguntar pelo escritório
da Review and Herald que ele encontraria John. Chegando lá, todos o receberam muito bem,
mas eles não conseguiam se comunicar, pois era francês e ninguém falava este idioma.
Com o tempo as pessoas foram lhe ensinando o inglês e depois de 4 semanas já conseguia
fazer palestra. Contou como seu povo aprendeu sobre o sábado e souberam deles. trazia
saudações de aproximadamente 50 novos observadores do sábado na Suíça. Um ministro
polônes, ex-sacerdote católico, participou de uma organização protestante na América do
Norte e retornou para a Europa com esta nova realidade, o novo evangelho que havia
aprendido.
Nove semanas mais tarde foi com White e John para uma reunião campal em Clyde, Ohio,
onde falou para o auditório, as pessoas foram tocadas e arrecadou 76 dólares para seus
compatriotas. Essa foi a primeira oferta para as missões recolhida entre os adventistas do
sétimo dia.
Ellen estava muito doente para ir à reunião de Clyde, mas decidiu ir à de Owosso, Estado de
Michigan. Eles oravam pela sua saúde e pelos guardadores do sábado na Suíça. Os médicos do
Hospital de Battle Creek, sabendo que ela estava muito doente enviaram o recado que ela não
deveria ir, para ter certeza enviaram a Dra. Mary Chamberlain. A médica fez de tudo para
aliviar a dor ciática que ela tinha.
Eles viajaram para a reunião, Ellen mandou que todos fossem inclusive a doutora. depois que
partiram, ela mandou que Willie arrumasse a carruagem e partiram para se encontrar com eles
em Ionia para irem até Ossowo.
Eles partiram e onde planejavam descansar as pessoas também haviam ido para a reunião,
continuaram a viagem cansados, com muito calor até a estação, onde colocaram Ellen no trem
e Willie teve que ir de carruagem.
Horas mais tarde, a Sra. White estava deitada num colchonete na tenda da família, feliz, mas
sofrendo. Ela sentia que deveria ter ido até lá. No dia seguinte, o esposo e o filho ajudaram
Ellen a ir até o púlpito, enquanto se dirigia até o púlpito já se sentia melhor. Três vezes durante
aquela campal Ellen falou ao auditório, depois ela quis continuar sua viagem com o esposo.
Convidou a doutora a acompanha-los.

Capítulo 24 “Onde está o outro homem?”
O dia 4 de janeiro de 1875 foi a data para a dedicação do Colégio de Battle Creek, primeiro
colégio adventista no mundo. Alguns ministros tinham dúvidas de que era importante este
colégio, achavam que já tinham gastos com os ministros e Jesus estaria voltando logo.
Uma epidemia de gripe assolava a cidade. Ellen cuidava de toda família e agora ela estava
doente. Ela precisava assistir a reunião daquela noite, mas estava muito doente, então os
pastores oraram por ela. Com a voz fraquinha ela orou, mas de repente deu um sonoro brado:
“Glória a Deus!” estava tendo uma visão. Ela não quis contar a visão naquele momento, subiu
para o quarto e o esposo foi para uma reunião. Ao entardecer Tiago voltou para casa, falando
com a esposa ela disse que não tinha mais sintomas de gripe. Ele perguntou se queria ir a uma
reunião com ele e Ellen aceitou.
No programa daquela noite, Ellen apresentou a visão. os homens que haviam questionado a
construção do colégio se surpreenderam com a mensagem de que grupos de pessoas
estudavam a Bíblia em diferentes partes do globo. Foi mostrado que breve viria o tempo que
mandariam missionários para terras estrangeiras. Ela não lembrava o nome dos países,
somente da Austrália.
Dez anos mais tarde conseguiram enviar missionários para a Austrália.
Três meses depois o casal White viajou para a Suíça com Willie, a esposa e a filha Ella, com 3
anos e meio de idade e alguns auxiliares. Lá, na Basileia Ellen reconheceu o lugar de sua visão.
Meses mais tarde, ela e Willie visitaram Christiania (hoje Oslo), Noruega. Também reconheceu
o lugar de sua visão.
Seis anos depois, na editora em North Fitzroy, Austrália, ela também reconhece o lugar,
apresentado 17 anos antes em sua visão.
Capítulo 25 O sinal secreto
Tiago White morreu em agosto de 1881. Vinte e um anos antes haviam perdido Herbert, com 3
meses de idade. Três anos depois, Henry, com 16 anos, o doce cantor da família. Tentaram não
olhar para as tragédias, mas ter esperança do retorno de Jesus. Agora com a morte de Tiago,
inesperadamente, Ellen se sentiu triste, com sentimentos quase insuportáveis, mas sabia que
não era cristão entregar-se à tristeza.
Quatro anos mais tarde embarcou com seu filho William e alguns missionários, para Austrália.
Durante a viagem no Oceano Pacífico, numa noite teve uma visão, recebeu uma mensagem
especial para N. D. Faulkhead, tesoureiro da Echo Publishing Company, editora em Melbourne.
Um homem de negócios. Amado por sua família e respeitado por todos os que trabalhavam
com ele. Era membro de várias lojas maçônicas e ocupava cargos importantes nessa
sociedade secreta. À medida que passava o tempo dava mais atenção às lojas e menos à obra
de Deus. Seus amigos pediam que ele se retirasse destas sociedades lembrando que não
poderia servir a dois senhores, mas recusava porque tinha em alta consideração as lojas
maçônicas.
Poucos dias depois de chegar à Austrália, a Sra. White viu uma revelação sobre os perigos em
que se encontrava o Sr. Faulkhead. Escreveu carta longa com instruções que havia recebido,
mas quando ia colocar no correio uma voz dizendo “Ainda não!” Quase um ano se passou. Um
dia, um amigo perguntou ao homem o que faria se a irmão White tivesse um testemunho para
ele. Ele disse que deveria ser um testemunho muito forte. Ele respeitava a senhora. Certa
noite ele sonhou que a Ellen tinha uma mensagem para ele.

Alguns dias mais tarde, após uma reunião administrativa , o pastor White disse ao senhor
Faulkhead que sua mãe precisava falar com ele, se dirigiu até o escritório e perguntou a ela se
queria conversar com ele. os dois então estavam conversando, ela pegou a carta que tinha
escrito um ano antes. Durante a leitura ele reconheceu coisas que falara, fazia , expressões das
lojas maçônicas, dava somas altas de dinheiro para a sociedade e moedas na igreja. Ellen
advertiu do perigo que corria. Ela afirmou que a menos que ele se desligasse com essas
sociedades perderia a vida eterna.
A senhora White duas vezes fez um gesto com a mão que apenas 6 pessoas conheciam e assim
ele teve a certeza do que ela falava, decidiu largar tudo e ser fiel a Deus.
Capítulo 26 Quem fez o sulco?
Alguns meses depois de chegarem à Austrália a Sra. White disse que precisavam construir uma
escola. Mas eles não tinham dinheiro, apenas 500 adventistas australianos. Um grupo foi
organizado para procurar o terreno, mas era muito caro. Foram supervisionar um terreno e
Ellen contou sobre um sonho(visão noturna). O anjo lhe mostrou um lugar que tinha um sulco
pequeno, dois homens haviam dito que a terra não era boa, mas Deus havia escolhido o lugar
e o lugar produziria frutas e vegetais. O anjo acrescentou: O Senhor é capaz de estender uma
mesa no deserto.
Depois de viajar por duas horas e meia, desembarcaram na estação , entraram em barcos a
remo. Quando os barcos atracaram às margens da propriedade, subiram o barranco e
entraram na floresta. Depois de um tempo ela foi andar com o casal Starr e encontraram o
local do sonho, aconteceu exatamente o que ela havia visto no sonho. À noite se reuniram na
cabana para discutir, tinham certeza que deveriam ouvir a voz do anjo, mas faltava o dinheiro.
A propriedade foi chamada de Avondale por causa dos muitos cursos de água cristalina que a
cortavam. pegaram 4.500 emprestado, mas como pagariam este empréstimo.
A Sra. Wessels, da África do Sul, sua filha Anna e o esposo da filha visitaram a propriedade e
Anna doou 5 mil dólares. Pagaram e com o resto começaram as construções. Foram
construindo e usando lugares diferentes para iniciar as aulas. os alunos estudavam e ajudavam
na construção. 5 de outubro de 1896, 35 pessoas se reuniram para observar a Sra. White
assentar a pedra fundamental. A terra produziu muito, como o anjo havia predito. As aulas
começaram em 28 de abril de 1897, com quatro professores e 10 alunos.
cerca de um ano depois do início das aulas, a Austrália sofreu uma terrível seca, mas que não
atingiu a propriedade do colégio. Um jornal de Sydney, comentou a triste situação do país e
mencionou que a única exceção era a propriedade da Escola Avondale, comparando-a com um
oásis no deserto.
Capítulo 27 A enfermeira de Battle Creek
Ella e sua família moravam numa casa alugada em Cooranbong, e foram roubados dentro de
casa, algumas pessoas tinham este hábito de entrar na casa dos outros e roubar. Um dia Ellen
disse que não eram para falar nada sobre uma sobremesa que alguém havia roubado. Ela
começou a ir na vizinhança para que a conhecessem e sua família, falou da escola que estavam
construindo e que seus filhos poderiam estudar. As pessoas descobriram que existia uma
enfermeira na família, a Srta. Sara McEnterfer, do famoso hospital de Battle Creek e como o
hospital era distante começaram a pedir ajuda dela.
A enfermeira começou a ajudar os vizinhos e Ellen achava que era uma boa forma de
testemunhar. Cuidou, junto com a Sra. Rodd, também enfermeira, durante dois anos de umas
240 pessoas e não cobrava nada. Viajavam quilômetros a cavalo pelas casas espalhadas pelo

vilarejo e no meio da floresta. Apenas uma pessoa não sobreviveu. Um rapaz, estava muito
doente, ela conseguiu baixar a febre. Mas depois de sair da casa chegou outro médico, disse
que tudo estava bem, um membro da família perguntou se podiam dar um pouco de bebida
alcoólica, o médico permitiu um pouco, mas a família foi dando drinques até que veio a falecer
por coma alcoólico.
Ellen viu a necessidade de terem um local próprio para que os doentes fossem tratados de
modo inteligente. escreveu para amigos falando da necessidade de um pequeno hospital
ligado à escola de Avondale, assim os alunos poderiam obter prática.
A escola cedeu um terreno que ficava a 10 minutos de caminhada do prédio escolar e
começaram a construção, os alunos e famílias ajudavam, cartas vinham com ajuda financeira.
Dentro de poucas semanas tinham um hospital com 25 leitos, nem havia ficado totalmente
pronto e já estavam recebendo pacientes. É improvável que alguém tenha ficado sem
atendimento por questões financeiras, pois os preços eram moderados.
Capítulo 28 Testemunho para uma garota
Não foi Ellen que fez esta grande obra, Deus operou por intermédio de um ser frágil, usou os
lábios, a voz e a pena para falar em nome dele.
Numa reunião Campal em Groveland, perto de Boston, ela falou para 20.000 pessoas, todos
ouviram e sem uso do microfone, pois ainda não existia.
Pouco tempo depois dela começar a relatar suas visões, foi-lhe dito para escrever, mas ela
respondeu que não conseguia, depois de várias tentativas, desistiu. No entanto numa noite o
anjo do Senhor se colocou ao lado da cama dela e repetiu: “Você deve escrever as instruções
que lhe dou” e ela dizia que não conseguia, a ordem foi dada novamente; “Escreva!”
Pegando um suporte para escrever, colocou sobre o colo, tomou a pena e começou. Descobriu
que podia escrever com facilidade. A mão, que havia estado tão fraca e trêmula, traçava
palavras claras e legíveis. O Senhor havia operado um milagre.
Ninguém sabe quantas páginas Ellen White escreveu. No depósito, no escritório da Associação
Geral em Washington, DC, há 60 mil páginas datilografadas, copiadas de seus manuscritos ou
de relatórios taquigrafados de sermões e entrevistas. Ela escrevia quando se encontrava
sozinha em seu quarto, durante as primeiras horas da manhã. À noite vinha uma anjo com
uma mensagem para o povo de Deus, para fortalecer sua fé na Bíblia e ajuda-lo a entender e
seguir mais perfeitamente os seus ensinos.
Muitas vezes, ao descer para o desjejum tinha 12-16 páginas grandes, as quais havia escrito
enquanto os demais dormiam.
Numa noite Ella ajoelhou-se ao lado de sua cama e orou porque percebia que estava vivendo
longe de Deus desde que se batizara a 3 anos, estava ficando distante, não desfrutando as
bênçãos de Deus. Mas sentia que sua oração não passava do teto.
No dia seguinte, a carruagem da vovó parou na frente de casa, ela cumprimentou a todos e
disse que precisava conversar com a família, todos se sentaram e Ella e Mabel com os gêmeos
no colo, a vó Ellen pediu que alguém cuidasse dos bebês, pois precisava que as meninas
estivessem atentas ao que falaria.
Ela leu uma carta que havia escrito naquela noite a partir das 23 horas quando não conseguiu
mais dormir. Tinha sido instruída por Deus. Havia muitas pessoas naquela casa, barulhos e
confusão, esquecimento de deus nos deveres diários. Deveria haver mais tempo para o estudo

da Bíblia. Eles moravam com uns pensionistas na casa que ainda não era deles e era muito
velha. Ela deu ordens aos pais para que organizassem melhor a casa e às filhas sobre os
deveres domésticos, deveriam dar mais atenção as tarefas da casa e Deus do que aos estudos,
naquele momento.
Ella entendeu que parte da carta era para ela. Pediu também que não desanimassem. Vovó
terminou a leitura, deixou o manuscrito com a mãe, se colocou em pé e foi embora. Ella subiu
para seu quarto, chorou, pois estava amargurada e ressentida, queria cuidar mais dos estudos,
não queria trabalhar tanto, mas lembrou do pedido que tinha feito a Deus sobre ajuda-la,
naquele mesmo local na noite anterior. Esta era a resposta, deus ouviu seu clamor e estava lhe
respondendo.
Lágrimas de arrependimento tomaram o lugar das lágrimas rebeldes. Orou novamente a Deus
agradecendo que não tinha lhe abandonado.
Desceu as escadas e foi conversar com os pais e Mabel. O pai conversou com ela sobre as
dificuldades que ela havia enfrentado nestes últimos tempos, mas lembrou que faltava pouco
para irem para sua nova casa, com menos pessoas, menos trabalhos e com mobílias novas,
onde eles ficariam mais tempo juntos. As meninas ficaram lembrando tarefas da casa que
diminuiriam, teria Joe para dividir as tarefas.
Ella lembrou da panela que havia deixado de molho no fogão, foi até lá e começou a organizar
aquilo que tinha deixado para depois, lembrando que Deus nos diz “Foste fiel no pouco, sobre
o muito te colocarei” e daquele dia em diante prometeu realizar as tarefas cuidadosamente e
fielmente, como se pudesse olhar para cima e ver Jesus observando tudo o que fazia.
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