Miguel de Moura, porém, após algum tempo doou suas terras para os padres da
Companhia de Jesus, jesuítas esses que segundo Joaquim Norberto de Sousa e Silva
(1854), fund aram por volta do ano de 1584 onde hoje é o distrito de Itambí o
Aldeamento de São Barnabé.
Joaquim Norberto de Sousa e Silva caracteriza assim o aldeamento de São
Barnabé:
“A fundação da aldeia de São Barnabé remonta - se
ao século de descobrimento do Brasi l [XVI] . Fundada em
princípio em Cabuçu, sob a direção dos jesuítas, tiveram os
índios a ventura de serem em 1584 doutrinados pelo padre
José de Anchieta, que aí descansara, de volta das pescarias
de Marica, onde, segundo dizem, fizera - se notável pelos
mui tos milagres que obrou. (...) O inconveniente do sítio,
pela insalubridade do clima, foi causa mais do que
suficiente para os jesuítas a transferissem; assentaram - se
pois num sítio mais sadio, a pequena distância da primeira,
nas vizinhanças do Rio Macacu, lugar de Itambi, onde
edificaram novo templo de pedra e cal.”
2
Os padres da Companhia de Jesus venderam parte de suas terras localizadas
entre o rio Caceribú e o rio Macacu (Fig. 6), para Manoel Fernandes Ozouro, negociante
que ergueu nessa nova propri edade em 1612 uma capela dedicada a Santo Antônio .
C om a criação de um povoamento nesse lugar em 1648 os padres franciscanos
da P rovíncia da C onceição, oriundos do C onvento de Santo Antônio do Rio de Janeiro
fundaram o Convento São Boaventura, esse local a cabou se tornando um importante
centro religioso, fato que levou o local a se tornar em 1647/48 a sede da freguesia de
Santo Antônio do Caceribú.
Devido sua posição estratégica e sua prosperidade econômica e m 1697 o então
Governador Geral da Colônia altero u o nome da freguesia para Vila de Santo Antônio
de Sá, essa alteração se deu em homenagem dos fazendeiros açucareiros que eram os
donos das terras para o então Governador da Capitania do Rio de Janeiro, Artur de Sá.
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2
SILV A, Joaquim Norberto de Sousa, Me mória histórica e documentada das aldeia s de índios da
província do Rio de Janeiro. IN: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 3ª série, nº14,
segundo trime stre de 1854. p 136.