Homem vitruviano 20130802

jwelington 6,480 views 31 slides Aug 22, 2013
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About This Presentation

Trabalho completo sobre o Renascimento. Colégio Rio Branco, Profa. Mayra. Alunos : Manuela e João Pedro.


Slide Content

“Para que um todo, dividido em partes desiguais, pareçam 
harmonioso, é preciso que exista, entre a parte pequena e a maior, 
a mesma relação que entre a grande e o todo” .
(Euclides)
Manuela Barres – No. 23
João Pedro Nogueira – No. 15
7ª A 3
Profa. Mayra

O nome “Homem Vitruviano” tem em sua origem um 
trabalho realizado pelo arquiteto romano chamado 
Marcus Vitruvius Pollio que apresentou um estudo 
matemático no século I a. C. Nesse estudo Vitruvius
descreve, num Tratado de Arquitetura, as proporções  
ideais do corpo humano. Esse conceito do modelo ide al 
para o ser humano inspirou Leonardo Da Vinci que em  
1490, com base na descrição de Vitruvius fez o famos o 
desenho. Nele, Da Vinci representou as proporções i deais 
do corpo humano masculino. As proporções são perfei tas 
e expressam o ideal clássico de beleza e proporção.  As 
posições dos braços e pernas expressam quatro postu ras 
diferentes, inseridas num círculo e num quadrado, a o 
mesmo tempo. Expressa o conceito da “Divina Proporç ão” 
que se fundamenta numa das leis que regem o equilíb rio 
dos corpos , a harmonia das formas e dos movimentos . E 
esse conceito pode ser estendido ao Universo como u m 
todo. Isso pode ser observado no mundo que nos cerc a. 
Assim, quando achamos algo bonito, harmonioso , 
significa que essas formas obedecem a uma regra 
geométrica especial chamada Proporção Áurea.
O desenho atualmente faz parte da coleção da Galler ie
dell'Accademia (Galeria da Academia) em Veneza, Itál ia.
Inspirado pela obra de Vitrúvio, “O Homem Vitruvian o” 
de Da Vinci ilustra soberbamente o interesse dele n a 
proporção humana – é a teoria transposta para a arte  
em papel.

Durante anos o homem procurou a beleza perfeita, a 
proporção ideal. Os gregos criaram então o retângulo de 
ouro. Era um retângulo, do qual havia-se proporções... do 
lado maior dividido pelo lado menor e a partir dessa 
proporção tudo era construído. 
Bom, durante milênios, a arquitetura clássica grega 
prevaleceu, o retângulo de ouro era padrão mas depois de 
muito tempo, veio a construção gótica, com formas 
arredondadas que não utilizavam o retângulo de ouro grego.
Desta forma os gregos construíram o Parthenon... a proporção 
do retângulo que forma a face central e lateral. A 
profundidade dividia pelo comprimento ou altura, tudo seguia 
uma proporção ideal de 1,618.
Os Egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides cada pedra 
era 1,618 menor do que a pedra de baixo a de baixo era 
1,618 maior que a de cima, que era 1,618 maior que a da 
3a fileira e assim por diante.
A proporção áurea, número de ouro, número áureo ou 
proporção de ouro é uma constante real algébrica irracional 
denotada pela letra grega φphi (PHI), em homenagem ao 
escultor Phideas (Fídias), que a teria utilizado para conceb er o 
Parthenon, e com o valor arredondado a três casas decimais 
de 1,618. Também é chamada de seção áurea (do latim 
sectio aurea) , razão áurea, razão de ouro, média e extrema 
razão (Euclides), divina proporção, divina seção (do latim  
sectio divina), proporção em extrema razão , divisão de 
extrema razão ou áurea excelência. 

Em 1509, o matemático italiano Luca Paccioli, um gr ande 
amigo de Leonardo Da Vinci, publicou a obra  Divina 
Proportione, um tratado sobre a Proporção Áurea”.
Esta proporção , simbolizada pela letra grega  Φ(PHI), 
aparece com uma frequência impressionante na 
matemática e na natureza. Podemos perceber a 
proporção mais facilmente , dividindo uma linha em  2 
segmentos para que o Raio entre o segmento inteiro  e a 
parte mais longa seja o mesmo do Raio entre a parte  
mais longa e a parte mais curta.
“Pa
a
r
a“

O tratado do estudo do livro descobriu que as coisas na 
natureza evoluem exponencialmente, seguindo uma 
proporção perfeita. 
Essa proporção foi identificada observando e medindo a 
natureza do crescimento, com base no cálculo dos números 
de Fibonacci. 
Leonardo Fibonacci, um matemático que estudava o 
crescimento das populações de coelhos, criou aquela que é 
provavelmente a mais famosa sequência matemática a  Série 
de Fibonacci. A partir de 2 coelhos, Fibonacci foi contando 
como eles aumentavam a partir da reprodução de várias 
gerações e chegou numa sequência onde um número é igual 
a soma dos dois números anteriores.
0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, …
(0+1)=1; (1+2)=3; (3+5)=8; (8+13)=21; (21+34)=55; 
(55+89)=144
Após muitos cálculos, foi identificado que a proporção 
cresce na escala 1,618033989 com pequenas variações 
para cima ou para baixo -exatamente a proporção das 
pirâmides do Egito e do retângulo de ouro dos grego s.
A descoberta de Fibonacci abriu uma nova ideia de tal 
proporção que os cientistas começaram a estudar a 
natureza em termos matemáticos e identificaram outras 
“coincidências”.
A proporção de 
abelhas fêmeas em 
comparação com 
abelhas machos em 
uma colmeia é de 
1,618.
A proporção que 
aumenta o 
tamanho das 
espirais de um 
caracol é de 
1,618.
A proporção em 
que aumenta o 
diâmetro das 
espirais sementes 
de um girassol é 
de 1,618.
A proporção em que 
se diminuem as 
folhas de uma arvore 
a medida que 
subimos de altura é 
de 1,618.
E não só na Terra se 
encontra tal proporção. Nas 
galáxias as estrelas se 
distribuem em torno de um 
astro principal numa espiral 
obedecendo à proporção de 
1,618 também

Ao desenhar o “Homem Vitruviano” , o gênio 
italiano personificou o espírito renascentista 
e sobretudo, o antropocentrismo, muito mais 
do que isto a beleza e a perfeição da 
natureza, representada pelo corpo humano.
Mas da Vinci foi ainda mais longe; ele como 
cientista, utilizava cadáveres para medir a 
proporção do seu corpo e descobriu que 
nenhuma outra coisa obedece tanto a 
DIVINA PROPORÇÃO quanto o corpo 
humano... obra prima de Deus.
Tudo, cada osso do corpo humano é regido 
pela Divina Proporção.
Seria Deus, usando seu conceito maior de 
beleza em sua maior criação feita a sua 
imagem e semelhança?
Coelhos, abelhas, caramujos, constelações, 
girassóis, arvores, artes e o homem; coisas 
teoricamente diferentes, todas ligadas numa 
proporção em comum.
Meça sua altura e depois 
divida pela altura do seu 
umbigo até o chão; o 
resultado é 1,618.
Meça seu braço inteiro e 
depois divida pelo tamanho 
do seu cotovelo até o dedo; 
o resultado é 1,618.
Meça seus dedos, ele inteiro 
dividido pela dobra central 
até a ponta ou da dobra 
central até a ponta dividido 
pela segunda dobra. O 
resultado é 1,618.
Meça sua perna inteira e 
divida pelo tamanho do seu 
joelho até o chão. O 
resultado é 1,618.
A altura do seu crânio 
dividido pelo tamanho da 
sua mandíbula até o alto 
da cabeça. O resultado 
1,618.
Da sua cintura até a cabeça 
e depois só o tórax. O 
resultado é 1,618.

Como desenhar o “Homem Vitruviano” Passo 1 – Desenhe um quadrado e um círculo Passo 2 – Mova o círculo de forma que o ponto A se
sobreponha ao ponto B
Passo 3 – Marque o centro do novo círculo (ponto O) 
dividindo a distância AB no meio. Desenhe um novo círc ulo
com o Raio R2 = OA

1.
Simetria (geometria);
2.
Matemática;
3.
Estudos de Anatomia;
4.
Antropocentrismo;
5.
Naturalismo (Homem);
6.
Força e Harmonia;
7.
Proporções e Movimento do 
Corpo.

Botticelli sublima a pureza formal sem 
insinuar o que tem de material. Para 
obter esse efeito, exalta a plasticidade 
dos corpos e leva ao limite a sensação 
de movimento: são as linhas que se 
mexem, as figuras estão paradas. Isso 
talvez explique a emoção intelectual 
que seu estilo nos causa.
Como em todas as obras do artista, a 
simbologia é importante. Aqui ele funde 
os novos ideais cristãos com a grandeza 
do mito clássico. Não é por acaso que o 
manto oferecido à deusa é cor de rosa, 
e que as flores são açucenas, o que 
representa na História da Arte a 
“virgem rainha dos céus”. Já os ramos 
de murta são a concessão do artista à 
ideia da “Vênus Sagrada”, da qual essa 
planta era o símbolo.

“O Nascimento de 
Vênus” é sem dúvida 
umas das pinturas mais 
conhecidas em toda a 
História da Arte. 
Figura até nos dez 
centavos do euro 
italiano. Já foi 
reproduzida à 
exaustão, mas sempre 
encanta.

Foi encomenda de Lorenzo di Pierfrancesco de' Medici,  
sobrinho de Lorenzo, o Magnífico, em conjunto com o utras 
obras do pintor, “Primavera” e “Atenas doma o centa uro”, 
para decorar a Villa di Castello na campanha florent ina. 
Hoje, as três se encontram na Galleria degli Uffizzi.
A deusa Vênus surge da espuma do mar, nua em uma 
concha que é impelida e acariciada pelo sopro de Zé firo, 
o vento fecundador, que aparece abraçado a Clóris,  a 
ninfa que com ele simboliza o ato físico do amor. N as 
margens da ilha de Chipre, a favorita da deusa, uma  das 
ninfas que preside às mudanças das estações oferece  à 
deusa um manto todo florido para protegê-la.
Faz parte das obras neoplatônicas de Botticelli: ne ssa 
tela ele descreve, segundo o relato mitológico de O vídio, 
o conceito de amor como força motriz da natureza. A s 
cores claras e puras, as formas refinadas e nítidas , as 
linhas elegantes e harmoniosas, o leve movimento da s 
águas, o perfil do horizonte, os mantos inflados pe lo 
vento, se sublimam na nudez casta e pudica da deusa . É a 
exaltação da beleza clássica e, ao mesmo tempo, da 
pureza da alma. 

1.
Culto ao individualismo (obras 
assinada pelo artista e reconhecida); 2.
Simetria;
3.
Cores;
4.
Gesto das mãos e pés (perfeição 
das formas especialmente nesta 
obra);
5.
Resgate da estética da cultura 
greco-romana, principalmente a 
busca da perfeição na elaboração 
de esculturas e pinturas;
6.
Humanismo: conjunto de princípios 
que valorizavam as ações humanas e 
valores morais (respeito, justiça, 
honra, amor, liberdade, 
solidariedade, etc).

A postura:a atitude de Vénus 
inspira-se nas estátuas antigas e, 
apesar do aparente pudor, com 
uma mão revela um seio e os 
cabelos evocam a ideia dos 
pêlos púbicos, cuja representação 
estava proibida. O peso está 
todo para o lado direito o que 
nos dá uma ideia de leveza. A 
postura da deusa representa a 
natureza dual do amor, ao 
mesmo tempo sensual e casto. 
Interpretada à luz do 
neoplatonismo, Vénus 
representaria a união de 
qualidades espirituais e humanas.
Referência 
indireta a 
escultura 
clássica : 
corpo de 
mármore
O rosto:trata-se de um rosto 
muito jovem, com a boca 
fechada e olhos claros. 
Apresenta uma expressão de 
doce melancolia. A delicadeza 
dos traços sugere uma bondade 
moral que purifica a deusa 
pagã.
FLORA – “Espírito da Primavera”
Representa a castidade e Aguarda 
Vénus para a envolver no seu 
manto imortal. Tem um vestido 
ornamentado com  motivos florais e 
à cintura uma faixa de rosas e 
grinaldas de mirto, símbolo de 
amor eterno, pormenores estes que 
se usavam na época.
“ O Vento do Ocidente”
Zéfiro, deus do vento 
ocidente;
Filho de Éolo e de Aurora;
Abraçando sua esposa 
Clóris que tinha sido 
raptada por ele.
Os amantes Zéfiro e Clóris
representam o  sopro da 
paixão através do qual a 
deusa recém-nascida é 
conduzida. Os ventos 
sopram rosas que 
perfumam todo o mar.
O Esquema de Cores e 
Simetria
É comedido e modesto como a 
Deusa. Os afrescos verdes e 
azuis são realçados pelos 
suaves rosas e pelos 
pormenores a ouro.

A história da pintura começa em 25 abril de 
1483, quando a Confraria Milanesa da 
Imaculada Conceição encomendou, para sua 
capela, uma pintura central da “Virgem com o 
Menino” e dois painéis laterais com anjos, a 
Leonardo da Vinci e aos irmãos “de Predis”.
conclusão do trabalho estava prevista para 8 de 
dezembro – dia da Imaculada Conceição. Os 
painéis dos anjos, destinados aos irmãos “de 
Predis” foram concluídos, mas o painel central não.  
Nenhuma novidade, visto que Leonardo não tinha 
muito compromisso com datas. Uma disputa judicial 
foi iniciada. Os irmãos “de Predis” queriam sua 
parte no pagamento e Leonardo que havia saído 
de Milão. A batalha demrou a ser resolvida, 23 
anos! Em 1506, foi exigido que da Vinci voltasse a 
Milão, no prazo de 2 anos, e terminasse a obra.
O fato é que duas versões da obra foram 
pintadas. Parece que a demora no cumprimento 
ao contrato rendeu frutos!  ☺Atualmente uma das 
versões se encontra na The National Gallery (NG) 
–Londres/Reino Unido, e a outra no Louvre 
(Paris/França).

As diferenças entre as pinturas são facilmente percebidas.  A 
começar pelo tamanho da tela, sendo a do Louvre 8cm maior 
do que a da National Gallery. Mas, tomando por base a versão 
que se encontra na National Gallery, é possível observar, entre 
outros detalhes que, nesta versão:
1.
o azul é mais intenso e as águas dão impressão maior de movimen to;
2.
inclui uma cruz de junco nas mãos do menino S. João Batista;
3.
o anjo não aponta para S. João, como na versão do Louvre;
4.
sobre a cabeça da Virgem Maria aparece um halo;
5.
os drapeados da roupa da Virgem são mais leves;
6.
as rochas são mais grotescas, mais próximas da realidade.

1.
Simetria (geometria);
2.
Sfumato(da Vinci inovou com 
está técnica de luz e sombra); 3.
Naturalismo;
4.
Humanismo (observação da 
natureza –caverna, rochas, 
montanhas, gelo).

O Casal Arnolfini é o mais famoso quadro do pintor
flamengo Jan van Eyck, pintado em 1434. A obra exibe
o então rico comerciante Giovanni Arnolfini e sua esposa
Giovanna Cenami, que se estabeleceram e prosperaram
na cidade de Bruges (hoje Bélgica), entre 1420 e 1472.
É considerada uma das obras mais notáveis de van Eyck.
É um dos primeiros retratos de tema não hagiográfico
que se encontram conservados, e, por sua vez,
representa uma relativa cena costumeira. O casal se
apresenta de pé, em sua alcova (leito matrimonial); o
esposo bendiz a sua mulher, que lhe oferece sua mão
direita, enquanto apoia a esquerda em seu ventre. A
pose das personagens resulta-se teatral e cerimoniosa,
praticamente hierática; alguns especialistas veem nessas
atitudes fleumáticas certa comicidade, ainda que a
estendida interpretação que se vê no retrato, a
representação de um casamento atribui a isso seu ar
pomposo.
A obra, considerada muito inovadora para a época em
que foi concebida, exibe diversos conceitos novos
relativamente às perspectivas e à acentuação dos
segundos planos. Note-se o espelho no fundo da
composição, em que toda cena aparece invertida, tal
como a imagem do próprio artista.

O espelho é um dos melhores exemplos da
minuciosidade microscópica alcançada por Jan van
Eyck (mede 5,5 centímetros e cada uma das cenas
da paixão que o rodeiam mede 1,5 cm), e enlaça
com o seguinte assunto. Em torno do espelho, se
mostram 10 das 14 estações da Via Sacra (as
paradas do caminho de Cristo até sua morte no
Calvário). Sua presença sugere que a
interpretação do quadro deve ser cristã e
espiritual, além de testemunho legal do casamento,
e recorda o sacrifício que têm de suportar os
esposos.
Certamente estes pequenos espelhos convexos
eram muito populares naquela época; eram
chamados “bruxas”, e eram usados para espantar
a má sorte. Frequentemente se encontravam juntos
das janelas e portas. Para que se saiba, esta é a
primeira vez em que se usa como recurso pictórico,
a ideia teve muito êxito e foi imitada. O espelho é
o centro da gravidade de todo o quadro, é o que
mais chama atenção, uma espécie de "círculo
mágico" calculado com incrível precisão para
atrair o olhar e revelar o segredo da história do
quadro.

Em primeiro lugar, a representação do casal, que é antagônica e revel a os
diferentes papel que cumpre cada um no casamento. Atenta-se para o f ato
de se tratar duma sociedade de mais de 500 anos atrás, entre a Idade
Média e a Idade Moderna: ele é severo, bendiz ou, quiçá, jura (fides
levata) - em qualquer caso, ostenta o poder moral da casa (potestas) - e
segura com autoridade a mão de sua esposa (fides manualis), que incl ina a
cabeça em atitude submissa e pousa sua mão esquerda em seu avultado
ventre, sinal inequívoco de sua gravidez (que não é real), que seria sua
culminância como mulher. As mesmas roupas que reforçam esta mensagem,
apesar de que a ambientação sugere um tempo de verão, ou quando
menos primaveril, leva pesadas túnicas que revelam sua alta posição
socioeconômica, o tabardo (antigo capote, de mangas e capuz) dele é
escuro e sóbrio (ainda que os remates de pele de marta custavam,
particularmente, caros), e ela se destaca com um ostentoso vestido, d e cores
vivas e alegres, com punhos de arminho (complementados com um colar,
vários anéis e um cinto todo brocado, todo em ouro).
As laranjas, importadas do sul, eram um 
luxo no norte da Europa, e aqui aludem, 
talvez, à origem mediterrânea dos 
retratados. Conhecidas como "maçãs do 
Éden" (podem se tratar de uma 
evocação do paraíso perdido), em 
alusão ao pecado mortal da luxúria, 
provável motivo da perda da graça. Os 
instintos pecaminosos da humanidade se 
santificam mediante ao ritual do 
matrimônio cristão. 
O cão dá um ar de graça e calma 
ao quadro, que é de surpreendente 
solenidade. O detalhismo do pelo é 
todo uma proeza técnica. Nos 
retratos, os cães podem simbolizar, 
como aqui, a fidelidade e o amor 
terreno.
A lâmpada só tem uma vela, que 
simboliza a chama do amor - era 
costume flamengo acender uma vela 
no primeiro dia de casamento, mas 
também recorda a candeia que 
sempre ilumina o ostensório da 
igreja, a permanente presença de 
Cristo.
Os tamancos espalhados pelo chão - eles vão 
descalços - representam o vínculo com o solo 
sagrado do lar e também são sinal de que se 
estava celebrando uma cerimônia religiosa. A 
posição dos sapatos é também relevante: os de 
Giovanna, vermelhos, estão próximos à cama; 
os de seu marido, mais próximos do mundo 
exterior. Naquele tempo se acreditava que 
pisar no chão descalço assegurava a 
fertilidade. 

Os rosários eram 
um presente 
habitual do noivo 
a sua futura 
esposa. O cristal é 
sinal de pureza, e 
o rosário sugere a 
virtude da noiva e 
sua obrigação de 
ser devota. 
Também o cristal 
do espelho alude 
à pureza do 
sacramento 
matrimonial 
(speculum sine
macula).
A cama tem relação, sobretudo na 
realeza e na nobreza, com a 
continuidade da linhagem e do 
sobrenome. Representa o lugar onde 
se nasce e se morre. Os tecidos 
vermelhos simbolizam a paixão, 
além de proporcionar um poderoso 
contraste cromático com o verde da 
indumentária feminina. Era costume 
da época, nas casas confortáveis da 
Borgonha, colocar uma cama no 
salão onde se recebiam as visitas. 
Ainda que, geralmente, era usada 
para se sentar, ocasionalmente, era 
também o lugar onde as mães 
acabadas de dar a luz recebiam, 
com seu bebê, as congratulações dos 
parentes e amigos.
O tapete que há junto da cama é muito 
luxuoso e caro, procedente da Anatólia, 
outra demonstração de sua fortuna e 
posição.
Os tamancos espalhados pelo chão - eles 
vão descalços - representam o vínculo com 
o solo sagrado do lar e também são sinal 
de que se estava celebrando uma 
cerimônia religiosa. A posição dos sapatos 
é também relevante: os de Giovanna, 
vermelhos, estão próximos à cama; os de 
seu marido, mais próximos do mundo 
exterior. Naquele tempo se acreditava que 
pisar no chão descalço assegurava a 
fertilidade.
Na cabeceira da cama 
vê-se talhada uma mulher 
com um dragão aos pés. É 
provável que seja Santa 
Margarida, protetora dos 
partos, cujo atributo é o 
dragão; mas a escovinha 
que há ao lado, poderia 
se tratar de Santa Marta, 
protetora do lar, que 
compartilha o mesmo 
predicativo. 

Os únicos que faltariam para completar a 
cerimônia do matrimônio, seriam o sacerdote e a 
testemunha, mas ambas as personagens 
aparecem refletidas no espelho, junto do casal: 
um clérigo e o próprio pintor, que atua como 
testemunha, e que, com sua assinatura, não só 
reclama a autoria do quadro como testifica a 
celebração do sacramento: "Johannes van Eyck
fuit hic 1434" (Jan van Eyck esteve aqui em 
1434). O quadro seria, portanto, um documento 
matrimonial. Não obstante, é também um quadro 
evidentemente temporal, porque se refere 
simultaneamente aos feitos que têm lugar no 
matrimônio, mas em fases diversas ao longo do 
tempo. 
A obra é um fiel reflexo das características de estilo do 
gótico flamengo e, sobretudo, é um compêndio do estilo 
de seu autor. Em sua composição sobressaem: 
os detalhes: por ser uma pintura concebida para a 
exibição doméstica, o que permitiria vê-la de perto, os 
detalhes se misturam com uma escrupulosidade
microscópica, somente possível graças ao emprego do 
óleo e de enfeites especiais. Por exemplo, no espelho 
do fundo - em cujo marco estão representadas dez 
cenas da Paixão de Cristo - se reflete toda a habitação 
de trás, inclusive todo o mobiliário, o casamento, outras 
duas pessoas e o vitrô com uma vista de Bruges. 
O deleite na reprodução dos objetos: os flamengos se 
orgulham do bem-estar material que conseguiram, de 
suas pequenas posses, e as representam em suas obras: 
a lâmpada, os móveis finamente trabalhados, a roupa 
etc. 
A naturalidade: van Eyck se preocupava muito em 
representar a realidade com a maior exatidão possível, 
ainda que o olho moderno da imagem pareça 
escassamente realista pela atitude hierática dos 
retratados - inclusive o cão. O movimento é nulo na 
imagem; as formas têm uma solidez escultural, e a cena, 
em geral, é rígida, teatral e pouco espontânea. 
A preocupação com a luz e com a perspectiva: próprias 
de van Eyck, que nisso se adiantou a seu tempo. A luz 
que penetra pela janela é suave e envolve as formas 
delicadamente, a claridade se dissolve, pouco a pouco, 
em uma atmosfera tangível; o marco arquitetônico e o 
recurso do espelho de fundo dão uma sensação de 
profundidade muito verossímil. O próprio Diego 
Velásquez se inspirou nesta obra ao pintar La Familia
de Felipe IV.

1.
Simetria (geometria);
2.
Perspectiva;
3.
Realismo;
4.
Burguesia;
5.
Humanismo: conjunto de 
princípios que valorizavam as 
ações humanas e valores 
morais (respeito, justiça, honra, 
amor, liberdade, 
solidariedade, etc).


Leonardo da Vinci (1452-1519) – Considerado verdadeiro gên io criativo, foi brilhante em
diversos campos do saber, tanto nas ciências como nas artes. Pintou reduzido número de
telas e de afrescos, mas todas constituem autênticas obras- primas da história da pintura
universal. Entre suas obras destacam-se: A última ceia, afr esco pintado num convento de
Milão; A Monalisa ou a Gioconda, A Dama e o Arminho; A Virgem do s Rochedos..


Leonardo conseguia atingir a perfeição em suas obras atravé s de uma observação criteriosa
da natureza. Seus cadernos são um imenso laboratório de pens amento. Nas notas, estudos
e rascunhos dedicados a engenharia, a voo dos pássaros, corp o humano, etc. encontra-se
um apurado explorador da natureza.


Podemos dizer que da Vinci é a representação plena do
espírito renascentista. O homem completo, materializado e
imortalizadoemsuasobras.

Ele se interessava por absolutamente tudo que há debaixo do
Sol,paranãofalardoqueseencontraalémdele.


No Início da Idade Moderna, as cidades ocidentais renasceram graças ao lento mas
progressivo desenvolvimento do comércio, tornando-se importantes centr os políticos e
econômicos, que levaram à perda do poder dos senhores feudais e à decadência d o
feudalismo.

Muitas destas novas cidades surgiram a partir dos burgos, que eram c onjuntos de
habitações fortificadas que serviam de residência para os burgueses . Com a
dinamização da economia nas cidades, em função do comércio, muitaspessoas
começaram a deixar o campo para tentar a vida nos centros urbanos. Portan to, nos
séculos XIV e XV, a Europa passou por um importante processo de êxodo rur al (saída
das pessoas do campo para as cidades).


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História da Arte (16ª Edição) – E.H. Gombrich
Editora LTC – ISBN : 978-85-216-1185-1