Considerando a utilização das duas imagens em aulas
de História, de acordo com os pressupostos das
Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências
Humanas e suas Tecnologias, está correto afirmar que:
I- constituem-se como fonte para o estudo da
disciplina, mas não podem ser c onsideradas como
documentos históricos;
II- permitem trabalhar a questão da temporalidade,
destacando aspectos de duração, permanência e
mudança sobre o tema enfocado;
III- a fotografia, diferentemente da charge,
representa a realidade com maior verd ade,
registrando o fato com neutralidade científica;
IV- contribuem para explorar a ideia de que a
História é resultado da ação de diferentes sujeitos
históricos.
Está correto o que se afirma em
a) IV, apenas.
b) I e III, apenas.
c)II e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
6. (CESGRANRIO) Em nossas áreas [de ciências humanas e
sociais], o ideal era que houvesse linguagens distintas,
mais especializada nas revistas, mais acessível nos livros.
Poder-se-ia acrescentar ainda um terceiro meio, o artigo
de jornal, que requer linguagem ainda mais destravada e
acessível. A maioria dos historiadores usa o mesmo estilo
pesado nos três casos, confundindo-o com profundidade.
Depois reclama que não há leitores para livros de História,
quando os há aos milhare s para as obras de Eduardo
Bueno e para as biografias escritas por jornalistas. O fato é
que escrevemos mal e o leitor não especializado refuga.
Das duas uma, ou se renuncia a ser lido fora da tribo
acadêmica ou se procura melhorar a escrita. Pessoalmente,
acho que o historiador não deve fechar -se no gueto
acadêmico. Prefiro escrever sem jargão e correr o risco de
ser chamado de ensaísta a esconder o resultado das
pesquisas do público não especializado. Todos gostam de
boas histórias, não há por que não gostarem também de
boa História.
MORAES, José Geraldo Vinci de; REGO, José Marcio. José Murilo de Carvalho.
In: MORAES, José Geraldo Vinci de; REGO, José Marcio (orgs.). Conversas
com historiadores brasileiros. São Paulo: Ed. 34, 2002, p. 175.
A recente reflexão metodológica sobre as formas de escrita
da história não se restringe à preocupação com o estilo
adequado para cada público. Ela vincula -se também ao
“renascimento da narrativa”, alardeado por
a) Lucien Febvre, que privilegiou a “história dos
acontecimentos” em detrimento da história das
estruturas.
b)Fernand Braudel, que foi figura central da 2ª geração
da “escola dos Annales”.
c) Lawrence Stone, que contribuiu para tornar a
narrativa histórica tema de debate.
d) Eric Hobsbawm, que reconheceu o equívoco de um a
história de inspiração marxista para a compreensão do
mundo atual.
e) Hayden White, que provocou enérgicas reações dos
historiadores ao negar o caráter literário da escrita da
História.
7. (COVEST-2013) A pesquisa histórica é importante para
se entender as relações sociais. Para efetivá-la, temos que
consultar fontes que:
a) contenham verdades oficiais e facilitem compreender o
poder político.
b) tenham uma organização aceita pelos cursos de pós -
graduação.
c)ajudem na elaboração da pesquisa e nas respostas às
suas questões.
d) afirmem a coerência do estudo e as verdades
conhecidas na Ciência.
e) sejam limitadas aos documentos atuais e escritos nas
academias.
8. (AOCP-2013) Convencionou-se denominar História Oral
ao uso de informações obtidas por meio de entrevistas na
investigação histórica. O termo é bastante controverso e
apresenta diversos problemas que demandam constantes
debates por historiadores. Assinale a alternativa que NÃO
se relaciona corretamente ao que é a História Oral como
método de pesquisa histórica.
a) Metodologia de pesquisa e de constituição de fontes
para o estudo da história contemporânea surgida
em meados do século XX.
b) Ao utilizar este método o recomendável é que o
historiador mantenha uma interação
permanente com outros tipos de fontes.
c) Apesar do alargado uso da fonte oral, este método
não é aceito pela história por não ser considerado
científico.
d) O objeto central da História Oral reside nas
representações individuais ou coletivas do passado tal
como narradas em entrevistas.
e) Pesquisadores utilizam a História Oral para construir
“contra narrativas” radicais, seus objetos-sujeitos são
as classes populares, os grupos marginais e as
minorias étnicas de gênero.
9. (FUMARC-2013) Leia o poema a seguir:
O HISTORIADOR
“Veio para ressuscitar o tempo
e escalpelar os mortos,
as condecorações, as liturgias, as espadas,
o espectro das fazendas submergidas,
o muro de pedra entre membros da família,
o ardido queixume das solteironas,
os negócios de trapaça, as ilusões jamais confirmadas
nem desfeitas.
Veio para contar
o que não faz jus a ser glorificado
e se deposita, grânulo,
no poço vazio da memória.
É importuno,
sabe-se importuno e insiste,
rancoroso, fiel.”
Carlos Drummond de Andrade