PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL IDADE CONTEPORÂNEA PROF. RAPHAELA 1914-1918
O IMPERIALISMO CONSOLIDOU-SE NA EUROPA COM O AVANÇO DO CAPITALISMO E DA INDUSTRIALIZAÇÃO, IMPULSIONADO PELO NACIONALISMO E EM MEIO AO SURGIMENTO DO SOCIALISMO. A DISPUTA POR MERCADOS COLONIAIS GEROU DIVERSOS CONFLITOS ARMADOS, ENQUANTO A POPULAÇÃO ENFRENTAVA BAIXOS SALÁRIOS, FALTA DE MORADIA, DESABASTECIMENTO E PERSEGUIÇÕES. ESSAS CONDIÇÕES MOTIVARAM GRANDES FLUXOS MIGRATÓRIOS, SOBRETUDO DA EUROPA E DA ÁSIA, EM DIREÇÃO À AMÉRICA DO NORTE, AMÉRICA DO SUL E AUSTRÁLIA, ENTRE O SÉCULO XIX E O INÍCIO DO SÉCULO XX. IMPERIALISMO
2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, INICIADA NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX, EXPANDIU A INDUSTRIALIZAÇÃO PARA PAÍSES COMO FRANÇA, ALEMANHA, ESTADOS UNIDOS, JAPÃO E OUTROS. MARCADA POR INOVAÇÕES COMO ELETRICIDADE, AÇO, MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA, AUTOMÓVEL, AVIÃO, TELÉGRAFO, TELEFONE E AVANÇOS NA INDÚSTRIA QUÍMICA, TROUXE UMA NOVA DINÂMICA PRODUTIVA. A PRODUÇÃO EM SÉRIE, COM LINHAS DE MONTAGEM E ESTEIRAS ROLANTES, SURGIU NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA FORD, NOS EUA, ORIGINANDO O FORDISMO, QUE PRIORIZAVA A ESPECIALIZAÇÃO E O DOMÍNIO DAS MATÉRIAS-PRIMAS. ASSOCIADO AO TAYLORISMO, QUE FRACIONAVA E CONTROLAVA ETAPAS DO TRABALHO PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE, ESSE MODELO IMPULSIONOU O CRESCIMENTO DE GRANDES CONGLOMERADOS INDUSTRIAIS, COMO HOLDINGS, TRUSTES E CARTÉIS.
Fordismo Modelo de produção criado por Henry Ford, caracterizado pela produção em massa , com uso de linhas de montagem , especialização do trabalho e foco em um único produto , garantindo maior rapidez e redução de custos. Taylorismo Sistema de organização do trabalho desenvolvido por Frederick Winslow Taylor, que buscava aumentar a produtividade por meio da divisão das tarefas em etapas menores , controle rígido do tempo e movimentos dos trabalhadores e uso eficiente das máquinas . Holding Empresa que controla outras empresas por meio da posse majoritária de suas ações , influenciando suas decisões e estratégias . Truste União de várias empresas de um mesmo setor que se fundem para formar uma única grande organização , reduzindo a concorrência e controlando preços e mercados. Cartel Acordo entre empresas independentes do mesmo setor para fixar preços , dividir mercados ou limitar a produção , com o objetivo de eliminar a concorrência e aumentar os lucros .
O MUNDO NA ÉPOCA DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: O IMPERIALISMO E OS ANTECEDENTES DA PRIMEIRA O MUNDO NA ÉPOCA DA PRIMEIRA GUERRA OS FATORES QUE OCASIONARAM UM DS MAIORES CONFLITOS MILITARES DA HISTÓRIA TÊM ORIGEM NO IMPERIALISMO EUROPEU DO SÉCULO XIX. PAÍSES DO CONTINENTE SE LANÇARAM EM DIREÇÃO À AFRICA E ÁSIA E BUSCA DE NOVAS FONTES DE MATÉRIAS PRIMAS, BEM COMO DE MERCADOS CONSUMIDORES. NA DISPUTA POR ESSES TERRITÓRIOS FORA DESENVOLVIDAS HOSTILIDADES ENTRE AS POTÊNCIAS INDUSTRIAIS EUROPEIAS E, E RAZÃO DISSO, PAÍSES SE ARARAM FORTEMENTE E FIRMARAM ALIANÇAS MILITARES, PROVENDO UM CONFLITO ABERTO.
UNIFICAÇÃO ALÉM DISSO, OS PROCESSOS DE UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA ALEMANHA GERARAM REVANCHISMOS DE CARÁTER NACIONALISTA. A ALEMANHA SE TORNOU UM PAÍS APÓS A VITÓRIA SOBRE A FRANÇA, NA GUERRA FRANCO PRUSSIANA (1870-1871). NESSE CONFLITO, A FRANÇA PERDEU TERRITÓRIOS, COMO A ALSÁCIA LORENA, O QUE REALIMENTOU RESSENTIMENTOS PRESENTES DESDE AS GUERRAS NAPOLEÔNICAS. O REVANCHISMO E A COMPETIÇÃO POR TERRITÓRIOS COLONIAIS FEZ DA EUROPA UM “BARRIL DE PÓLVORA”, PRESTES A EXPLODIR.
INDÚSTRIA ALEMÃ O ACELERADO CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA ALEMÃ, N FINAL DO XIX, FOI OUTRO FATOR RELEVANTE, POIS O PAÍS PASSOU A DISPUTAR MERCADOS CONSUMIDORES EM TODO O GLOBO COM AS TRADICIONAIS INDÚSTRIAS FRANCESA E BRITÂNICA.
PAZ ARMADA A CRESCENTE TENSÃO NA EUROPA NO FINAL DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX ACELEROU O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA ARMAMENTISTA E A FORMAÇÃO DE ALIANÇAS POLÍTICAS. NESSA FASE NÃO HOUVE CONFLITOS DIRETOS, MAS ERA EVIDENTE QUE UA GUERRA PODERIA OCORRER A QULQUER MOMENTO. ESSE PERÍODO FICOU CONHECIDO COM PAZ ARMADA.
DARWINISMO SOCIAL O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL E BÉLICO DA RECÉM CRIADA ALEMANHA ROMPEU O ANTIGO EQUILÍBRIO DE PODERES CONTINENTE - O PAÍS ULTRAPASSOU, EM 1914, A GRÃ-BRETANHA EM RESERVAS DE FERRO E AÇO. NESSE PERÍODO, FLORESCIA UMA GERAÇÃO DE JOVENS GUIADA PELOS CONCEITOS ORIUNDOS DO DARWINISMO SOCIAL, DE ENALTECIMENTO DA RAÇA ARIANA.
PANGERMANISMO PAN-ESLAVISMO AO MESMO TEMPO, ERAM DADOS OS PRIMEIROS PASSOS EM DIREÇÃO À IDEIA DE EXPURGO DE OUTROS POVOS DO TERRITÓRIO ALEMÃO, POIS O IMPÉRIO ESTABELECIDO EM 1871 DEFENDIA UMA LÍNGUA, UMA NAÇÃO, UMA RAÇA. SE CONSOLIDARAM ASSIM OS PRINCIPAIS ELEMENTOS DA IDEOLOGIA NACIONALISTA: VISAVAM CONGREGAR TODOS OS POVOS DA MESMA ETNIA COMO PANGERMANISMO (ALEMÃO) PAN-ESLAVISMO (RUSSOS). PODEMOS COMPREENDER ESSE FENÔMENO COMO RESULTADO DO RACISMO CIENTÍFICO, CONSTRUÍDO NO MOMENTO DO IMPERIALIMSO, E A IDEOLOGIA NACIONALISTA.
UNIÃO AINDA NO PERÍODO DA PAZ ARMADA, OS ANTAGONISMOS SE AGRADAVA, SOBRETUDO EM VIRTUDE DA DISPUTA PELOS IMPÉRIOS AUSTRO-HÚNGARO E RUSSO PELOS TERRITÓRIOS DA REGIÃO DOS BALCÃS. OS ESTADOS EUROPEUS PASSARA A INVESTIR MAIS NA INDÚSTRIA BÉLICA E NA FORAÇÃO DE CONTINGENTE MILITARES. EM 1822, DUAS ALIANÇAS SE CONSOLIDARAM: A ITÁLIA SE UNIU A BLOCO DA ALEMANHA E DO IMPÉRIO AUTRO-HÚNGARO (DEPOIS O IMPÉRIO TURCO OTOMANO) - TRÍPLICE ALIANÇA E 1907, A GRÃ-BRETANHA E O BLOCO FRANCO-RUSSO FORMARAM A TRÍPLICE ENTENTE
ENTENTE Poster, de 1914, representando os três países da Tríplice Entente (França a esquerda, Rússia no centro e Reino Unido a direita).
PASSAVAM A EXISTIR NA EUROPA dois grandes blocos antagônicos: a TríplicE Aliança e a Tríplice Entente, que fomentaram a tensão que levou os países europeus aos preparativos armamentistas.
QUESTÃO BALCÂNICA A DISPUTA PELos Bálcãs – região entre os mares Negro e Adriático – iniciou-se no final do século XIX. A INTERVENÇÃO IMPERIALISTA INTERNACIONAL NA REGIÃO, POLARIZADA PELA TRÍPLICE ENTENTE E PELA TRÍPLICE ALIANÇA, E AS LUTAS NACIONALISTAS DOS DIVERSOS POVOS QUE FAZIAM PARTE DO IMPÉRIO ORIGINARAM AGUDAS CRISES LOCAIS E INTERNACIONAIS. PRETENDENDO DOMINAR A REGIÃO DO MAR NEGRO AO MAR EGEU, PASSANDO PELOS BÁLCÃS, A RÚSSIA DEFENDIA O PAN-ESLAVISMO E A INDEPENDÊNCIA DAS MINORIAS NACIONAIS. SUA INTENÇÃO ERA UNIFICAR OS POVOS ESLAVOS BALCÂNICOS, LIBERTANDO-OS DO ENFRAQUECIDO IMPÉRIO TURCO E GARANTINDO SUA INFLUÊNCIA E SUPREMACIA SOBRE AS NOVAS NAÇÕES.
O ideal de unifi cação eslava, encabeçado pela Sérvia e que resultaria na Grande Sérvia, tornou-se mais distante quando as regiões da Bósnia e da Herzegovina foram tomadas ao domínio turco e anexadas à Áustria- -Hungria, em 1908. Desse modo, para conquistar a unidade, os sérvios tinham agora de lutar contra os impérios Turco e Austro-Húngaro. Nos anos seguintes, essa situação provocou agitações nacionalistas na região, promovidas pela Sérvia com respaldo russo.
A MORTE DO HERDEIRO DO IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO A PARTIR DE 1912, PAÍSES BALCÂNICOS SE UNIRAM CONTRA O ENFRAQUECIDO IMPÉRIO TURCO, MAS DIVERGÊNCIAS SOBRE FRONTEIRAS GERARAM CONFLITOS, COMO O ATAQUE DA BULGÁRIA À SÉRVIA EM 1913, QUE TERMINOU COM A DERROTA BÚLGARA. POVOS ESLAVOS DA BÓSNIA E HERZEGOVINA, DOMINADOS PELO IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO, BUSCAVAM INDEPENDÊNCIA COM APOIO DA SÉRVIA. Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando foi assassinado em Sarajevo por membros da organização sérvia Mão Negra. A Áustria-Hungria enviou um ultimato à Sérvia, que recusou as exigências. Em 1º de agosto, a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia, e o sistema de alianças colocou Rússia, Alemanha, França e Inglaterra no conflito, que rapidamente se transformou em guerra mundial.
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ENVOLVEU AS PRINCIPAIS POTÊNCIAS DA ÉPOCA, COM MOBILIZAÇÃO TOTAL DA ECONOMIA E DA POPULAÇÃO PARA O ESFORÇO DE GUERRA. NOVAS TECNOLOGIAS BÉLICAS, COMO TANQUES, SUBMARINOS E AVIÕES, AUMENTARAM O PODER DE DESTRUIÇÃO. O CONFLITO TEVE DUAS FASES: A GUERRA DE MOVIMENTO (1914), MARCADA PELO PLANO SCHLIEFFEN, NO QUAL A ALEMANHA PRETENDIA DERROTAR RAPIDAMENTE A FRANÇA INVADINDO-A PELA BÉLGICA E DEPOIS ATACAR A RÚSSIA; E, A PARTIR DE 1915, A GUERRA DE POSIÇÃO, CARACTERIZADA PELAS TRINCHEIRAS. A INVASÃO DA BÉLGICA LEVOU A INGLATERRA A DECLARAR GUERRA À ALEMANHA.
consequências da 1ª Guerra Perdas humanas e materiais Cerca de 10 milhões de mortos e mais de 20 milhões de feridos. Destruição de cidades, indústrias e campos agrícolas, principalmente na Europa.
Mudanças territoriais e políticas Queda de impérios: Alemão, Austro-Húngaro, Russo e Otomano. Surgimento de novos países (Polônia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia). Redistribuição de colônias entre potências vencedoras. Tratado de Versalhes (1919) Alemanha considerada culpada pela guerra. Perda de territórios (Alsácia-Lorena, “corredor polonês”) e de todas as colônias ultramarinas. Limitação do exército a 100 mil homens, proibição de fabricar navios de guerra e aviões. Pagamento de altas indenizações (cerca de 30 bilhões de dólares).
mulheres... à frente! Impactos econômicos Crise e endividamento da Europa. Fortalecimento econômico dos Estados Unidos como nova potência mundial. Inflação e desemprego, especialmente na Alemanha. Transformações sociais Avanço dos movimentos feministas, com maior participação das mulheres no mercado de trabalho e conquista de direitos, como o voto em alguns países. Crescente insatisfação popular em várias nações.
+ consequências Novas práticas militares Uso em larga escala de tanques, aviões, metralhadoras e armas químicas. Experiência de guerra total, mobilizando toda a sociedade e economia. Consequências políticas de longo prazo Formação da Liga das Nações, tentativa de manter a paz, mas com pouca eficácia. Crescimento de ideologias extremistas, como o fascismo e o nazismo, em reação à crise e às imposições do Tratado de Versalhes.
O MUNDO NA ÉPOCA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Tópico “o”
O Período Entre-Guerras e a Crise do Tratado de Versalhes Após a Primeira Guerra Mundial, os conflitos originados pelo Tratado de Versalhes e a Grande Depressão de 1929 agravaram tensões globais . A insatisfação gerou um forte nacionalismo e o surgimento de regimes totalitários nazifascistas na Alemanha , Itália e Japão . A política de apaziguamento , que buscava evitar confrontos por meio de concessões , falhou em garantir a paz . A Liga das Nações mostrou -se frágil e ineficaz , incapaz de conter agressões territoriais , deixando países menores vulneráveis .
o Japão invadiu a Manchúria (1931) e avançou no Pacífico; a Itália conquistou a Abissínia (1935) a Alemanha desafiou o Tratado de Versalhes ao reocupar o Sarre (1935) e militarizar a Renânia (1936). A Expansão Militar e o Eixo Totalitário ÁSIA ÁFRICA EUROPA
FIM DA LIGA DAS NAÇÕES Esses atos foram tolerados pelas potências ocidentais, evidenciando a falência da Liga das Nações.
Após a derrota do Eixo, a Coreia, dominada pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial, foi dividida entre norte-americanos e soviéticos. Mas, antes do término do conflito, já se havia determinado o paralelo 38º Norte como limite geográfico para atuação militar de soviéticos e norte-americanos, com o objetivo de acelerar a rendição japonesa em duas frentes e desocupar o território coreano. Terminada a guerra, no entanto, esse limite transformou-se em divisão real, surgindo dois Estados coreanos sob ocupação de cada uma das duas potências: a República da Coreia, ao sul, sob domínio norte-americano, e a República Popular Democrática da Coreia do Norte, sob ocupação soviética. Guerra da Coreia (1950-1953)
COREIA Na ONU, os Estados Unidos e seus aliados consideraram a Coreia do Norte agressora e intervieram, sob o comando do general MacArthur, para conter seu avanço. Os governos da China e da União Soviética deram apoio aos norte-coreanos, deixando evidente a bipolarização na região. Diante do risco de uma guerra indesejada, as potências envolvidas forçaram iniciativas para obtenção de um acordo de paz. A morte de Stálin, em março de 1953, abriu espaço para mudanças na política externa soviética.
COREIAS Com o final da Guerra Fria, a Coreia do Norte passou a praticar uma política que oscilou entre aproximação com o mundo capitalista – incluindo os Estados Unidos e a Coreia do Sul – e distanciamento e conflitos. Em junho de 2000, o presidente sul-coreano Kim Dae-jung visitou a capital da Coreia do Norte, num inédito encontro de cúpula com o “grande líder” Kim Jong-il, para firmar promessas de ampliação do diálogo e de ajuda entre as duas Coreias.