Idade Média: Gótico

JDLIMA 66,386 views 36 slides Mar 08, 2007
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About This Presentation

Gótico


Slide Content

Idade Média: A
experiência urbana
Uma nova sensibilidade
artística: o gótico

O ressurgimento urbano
O vigoroso ressurgimento da
vida urbana, desde os começos
do século XI, prosseguia a um
ritmo acelerado e a importância
das cidades não se fez sentir
apenas no campo económico ou
político, mas também noutras
esferas: os bispos e o clero
urbano ganham influência; as
escolas catedrais e as
universidades ocuparam o lugar
dos mosteiros como centros do
saber, enquanto os esforços
artísticos da época culminavam
nas grandes catedrais.


H.W.Janson, História da Arte

O surgimento do estilo gótico
O burguês é um homem orgulhoso de si
próprio e da sua cidade, não se poupando a
esforços para a embelezar e engrandecer.
Assim, contribui com quantias avultadas para
as grandes construções urbanas: muralhas,
portas monumentais, palácios, catedrais… A
burguesia estava empenhada em demonstrar
o seu poder financeiro, rivalizando com as
elites das cidades vizinhas.
Esta vontade de promover as cidades
coincidiu com o surgimento de um novo estilo
artístico, o gótico. Este surgiu pela primeira
vez na abadia de Saint-Denis, perto de Paris,
quando o abade Suger mandou efectuar
obras de remodelação e ampliação do templo
(1137).
Uma combinação engenhosa de elementos
arquitectónicos permitiu então elevar as
construções góticas a alturas até então
desconhecidas. As torres dos palácios
comunais e, sobretudo, das igrejas podiam
assim ser vistas de muito longe, anunciando a
importância do burgo e das suas gentes.

Arte gótica ou estilo gótico - definição
Estilo artístico que dominou a
arte europeia entre os séculos
XII e XV. Irradiou do Norte de
França e, embora se tenha
desenvolvido em várias
vertentes artísticas (pintura,
escultura, vitral, ourivesaria,
etc.), permaneceu
essencialmente ligado à
arquitectura, recebendo por
vezes o nome de ogival, em
referência aos arcos cruzados
das abóbadas.
Nota: O estilo gótico foi precedido na Europa
pelo estilo românico. Este definia-se pela
horizontalidade e pela obscuridade dos
interiores, fazendo utilização sistemática do
arco de volta perfeita e da abóbada de berço.

A catedral, expoente do gótico
A arte gótica teve na
catedral a sua melhor
expressão.
O que imediatamente
distingue as catedrais
góticas é a sua elevação
e verticalidade
(por exemplo, a catedral de
Amiens media 145 metros).
O exterior é imponente e
profusamente decorado.
O interior é amplo,
elevado e luminoso, de
formas arquitectónicas
graciosas e leves, quase
sem peso, se as
compararmos com a
solidez maciça dos
interiores românicos.

A catedral, expoente do gótico
Grandes janelas,
adornadas de magníficos
vitrais, dão ao interior
uma luminosidade
coada, que
simultaneamente
deslumbra e convida à
meditação. “Deus é luz”
e essa vivência espiritual
é deliberadamente
realçada pelo estilo
gótico.

Elementos estruturais

Elementos estruturais

Os elementos construtivos
Arco quebrado – vem
substituir o arco de volta
perfeita, semicircular,
utilizado na arte românica; o
arco quebrado ou ogival
pode ser “estirado” em
altura, independentemente
da largura da sua base, o
que confere aos portais e
às arcaturas interiores um
aspecto de verticalidade e
elevação.

Os elementos construtivos

Os elementos construtivos
Abóbada de cruzamento de
ogivas – deriva da abóbada de
aresta e identifica-se facilmente
pelos arcos diagonais de suporte
(ogivas); ao contrário das
abóbadas de berço do estilo
românico (que descarregam o seu
peso de forma contínua sobre as
paredes), as abóbadas góticas
são articuladas, isto é, compostas
por secções independentes
(tramos); os arcos de cada tramo
desempenham o papel de uma
armação, suportando o peso da
abóbada e descarregando-o nos
pilares. É esta concentração do
peso em pontos específicos que
permite fragilizar as paredes,
introduzindo-lhes grandes
aberturas preenchidas por vitrais.

Os elementos construtivos

Os elementos construtivos
Arcobotantes – vão
reforçar no exterior os
pontos de pressão. O
arcobotante compõe-se de
duas partes: uma massa
sólida, espécie de
contraforte (estribo) e um
ou mais arcos que, partindo
o estribo, vêm apoiar as
paredes da nave central.
Para reforçar o estribo, este
é, muitas vezes, encimado
por um pináculo.

Os elementos construtivos

Catedral de Notre-Dame de Paris

Catedral de Reims

Catedral de Amiens

Catedral de Colónia

Catedral de Léon

Outros exemplos
Catedral de Lincoln
Catedral de Salisbury

Outros exemplos
Abadia de Westminster
Catedral de Burgos

A escultura gótica – algumas características
Ligação à arquitectura:
A relação escultura-
arquitectura é muito
intensa. Uma nuvem de
imagens invade as
fachadas, os portais, os
telhados. As esculturas
góticas perfilam-se de
forma ordenada e
simétrica, destacando-se
dos elementos
arquitectónicos aos quais
se encontram unidas.

A escultura gótica – algumas características
 Naturalismo
idealizado:
Apresentam rostos
serenos e vestes
detalhadas,
revelando uma
qualidade no
tratamento desses
elementos que o
Ocidente não
conhecia desde o
declínio da arte
romana.

A escultura gótica – algumas características
Existência de gárgulas:
- Esculturas de diabos,
monstros ou animais que
adornam o exterior da
catedral.

A escultura gótica – algumas características
Valor doutrinal:
- A escultura é o “livro de
imagens” da Cristandade. As
esculturas contavam ao povo
analfabeto da Idade Média a
vida de Cristo e dos Santos,
enquanto as gárgulas
alertavam para a possibilidade
de condenação do pecado.

A pintura gótica – os vitrais
No domínio da pintura e artes afins sobressai
o vitral, constituído por vidros coloridos
unidos por pedaços de chumbo. Embora seja
de origens mais antigas, o desenvolvimento
da arte do vitral está obviamente ligado à
possibilidade (trazida pelo estilo gótico) de
rasgar amplas janelas nas paredes dos
edifícios.
A luz era considerada uma manifestação
divina, razão pela qual as representações
projectadas no interior dos edifícios através
dos vitrais produziam uma forte impressão
mística, uma vez que a luz entrava coada
pelos vidros coloridos.
As figuras e cenas mais recriadas nos vitrais
diziam respeito a temas religiosos, como a
vida de Cristo, da Virgem ou dos Santos, ou
ainda actividades características dos
diferentes ofícios.
As tonalidades utilizadas nos vitrais eram
essencialmente o vermelho e o azul, mas
também branco, púrpura, amarelo e verde.

A pintura gótica - vitrais

A pintura gótica – os retábulos
A pintura dos retábulos
marcou a última etapa do
gótico.
A escola flamenga destacou-
se neste tipo de pintura, pela
expressividade do seu modo
de pintar a óleo, pela minúcia
da representação e pela
expressão mística das figuras.

A pintura gótica – a iluminura
A iluminura consistia num tipo de
representação pictórica,
profundamente colorida e decorativa
que, organizada em pequenos
quadros ao longo dos livros
manuscritos de pergaminho, visava
ilustrar e tornar mais compreensíveis
as diferentes passagens do texto.
A iluminura readquiriu importância na
segunda metade do século XIII, à
medida que a actividade
arquitectónica declinava e as
encomendas de vitrais se tornavam
mais raras.
O renovado interesse por esta técnica
está relacionado com o
desenvolvimento de gostos
requintados no seio do mundo urbano
e das cortes europeias e pela
crescente valorização da escrita e da
leitura que se lhe encontrava
associada.

A arte gótica em Portugal
Em Portugal, o estilo gótico desenvolveu-se um pouco mais tarde do
que no resto da Europa, ou seja, a partir do século XIII.
Particularidades da arte gótica em Portugal:
Desenvolvimento tardio – devido à situação de guerra (Reconquista) e à
exiguidade de recursos que o reino dispunha na altura para investir numa
arte cara e sofisticada.
Arte monástica e rural e não episcopal e urbana – foi a mando de abades e
monges que se construíram as igrejas monásticas que serviam os seus
mosteiros e conventos.
Maior simplicidade do gótico português – embora seguindo, nos princípios
técnicos e estéticos, o gótico internacional de origem francesa, o gótico
português caracterizou-se por uma maior simplicidade.

Exemplos do gótico português
Igreja do Mosteiro de Santa
Maria de Alcobaça
- Encontramos nesta construção
elementos pertencentes ao gótico,
como a rosácea que permite uma
grande luminosidade natural no
interior, dando uma sensação de
profundidade e verticalidade.
- Destaque ainda para o impulso
das abóbadas suportadas pelos
pilares com colunas adossadas aos
muros laterais dotados de
contrafortes exteriores.

Exemplos do gótico português
Claustro da Sé Velha de
Coimbra
- Arcadas de duas alas, apenas
com piso térreo.
- No seu interior ressalta a sua
robustez, com cruzeiros volumosos
a saírem dos maciços dos pilares e
de mísulas apoiadas em colunelos
adossados à parede interior.
- Os fechos dos arcos estão a
alturas desiguais, impedindo o
lançamento da espinha.

Exemplos do gótico português
Convento de Santa Clara-a-
Velha, em Coimbra
- Uma das poucas obras desta
época que se encontra
totalmente abobadada.
- Nas paredes laterais rasgam-
se amplas frestas de dois
lumes e três rosáceas,
introduzindo uma
luminosidade interior.

Exemplos do gótico português
Igreja do Mosteiro de
Santa Maria da Vitória,
na Batalha
- Na nave central da igreja
é possível visualizar a
estrutura geométrica das
rosáceas, no seu interior o
que sobressai é o
esplendor dos vidros
policromados.
- A iluminação interior
ampliou os espaços,
clarificando as volumetrias,
dando uma impressionante
sensação de verticalidade
e profundidade.